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RELATÓRIO: ESTÁGIOS INICIAIS DO CONFLITO EDIPIANO INOVAÇÕES TEÓRICAS MELANIE KLEIN

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PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE CAMPINAS
FACULDADE DE PSICOLOGIA
CENTRO DE CIÊNCIAS DA VIDA
ANA JULIA 
LARISSA CAUMO
NATALIA BULGARELLI ALMEIDA
PEDRO LUCAS AGOSTINI
TABATTA
TEXTO: ESTÁGIOS INICIAIS DO CONFLITO EDIPIANO
RESUMO DA AULA: 12 DE MAIO DE 2021
CAMPINAS
2021
1. COMPLEXO DE ÉDIPO, FORMAÇÃO DO SUPEREGO, INCAPACIDADE DE FALA E FRUSTRAÇÃO
Melanie inicia o artigo com a afirmação que o Complexo de Édipo entra em ação mais cedo do que se possa imaginar. No caso, entre o final do primeiro e início do segundo ano de vida. As tendências edipianas seriam liberadas como consequência da frustração do desmame e reforçado pelas frustrações anais sentidas durante a criança nesse período de vida. Além disso, a diferença anatômica entre os sexos influencia de forma determinante os processos mentais, na medida em que o complexo de édipo age diferentemente no sexo masculino e no sexo feminino.
	Considerando a transição da fase oral e anal para a genital, o menino passa ao objetivo da penetração pela existência do penis, ou seja, a libido frustrada é descarregada por mudar o seu objetivo, mas mantendo o mesmo objeto amoroso original. Ao contrário, nas meninas a receptividade da libido se mantém, contudo a libido frustrada é descarregada por alterar o objeto amoroso.
	A análise de adultos e crianças, demonstrou que os impulsos pulsionais pré-genitais carregam um sentimento de culpa, o qual é, segundo Klein, o efeito direto do conflito edipiano e na verdade a introjeção dos objetos amorosos, (que são os pais) ou seja, um produto da formação do superego. O desejo edipiano fica associado também ao medo da perda do pênis que é o complexo de castração. 
	A angústia gerada pelo conflito edipiano toma a forma simbólica de um ente psíquico devorador para a criança pequena, o qual é a representação da frustração da libido naquilo que a consciência da criança entende como violento, (ou seja um ente que morde). Esse mesmo é introjetado e representado como o superego e isso, por sua vez, explica a dualidade amorosa-sádica do superego, de um lado é aquele que dá alimento, e de outro aquele que corrige seus erros. Portanto, para se manter a saúde do ego é necessária forte repressão do superego, a qual explica a existência de um superego inconsciente. Além disso, sendo as fases pré-genitais associadas às primeiras frustrações se identifica a relação entre angústias mais pungentes vividas pela pessoa na vida adulta como expressões deste protótipo de frustração original.
	Considerando agora os processos conscientes para a interpretação e resolução das frustrações psíquicas, tem-se a utilização da linguagem como fonte de alívio, contudo, a criança pequena não disponibiliza esse recurso e, segundo Klein, tem uma dupla reação a linguagem: uma parte é devido ao desejo de aprender a linguagem e comunicar com os seus pais que se chama impulso epistemofílico. A outra parte é a frustração devido a incapacidade de compreendê-la, o que é interpretado como ódio. Isso amplifica ainda mais as frustrações inconscientes porque não se sabe a razão dessas frustrações e também não se pode saber de maneira instintiva. 
	O impulso epistemofílico, se volta ao corpo da mãe para a compreensão da sua razão de ser, e, compreendendo o ser humano como superfície ( a percepção da criança é basicamente o seu próprio corpo, e o seu arredor) e identifica uma coisa em particular, que é o sujeito feminino.
É importante salientar que Klein viu que no processo do brincar, a criança representa papéis e se coloca no papel de diversos personagens, expressa suas experiências emocionais, suas fantasias, o que externaliza a ajudar a compreender o mundo da criança, pois o inconsciente da criança é mais acessível que o do adulto.
2. FASE DA FEMINILIDADE
Esta fase é proposta por Melanie Klein como parte essencial do desenvolvimento em ambos os sexos, além de relacioná-la à identificação inicial da criança com a mãe. De acordo com a autora, ela ocorre no estágio psicossexual sádico-anal proposto por Freud, referência base para todos os estudiosos que se propõem a se debruçar sobre a Psicanálise.
Para melhor explicar as características dessa fase divide sua caracterização para meninos e meninas.
2.1. Para o menino
A ansiedade está relacionada ao útero da mãe e ao pênis do pai, o menino acredita que o útero da mãe pode mutilá-lo e o pai castrá-lo, então pensa na imagem do pai e da mãe juntos, como se eles fossem um só, e os intitulam como pais combinados. Dessa forma o menino teme que a mãe e o pai estejam juntos.
O menino quer ter bebês, igual como a mãe, se vê no papel de sua mãe, mas como vê que é diferente fisiologicamente, que tem um pênis e que a mãe não tem, ele precisa recalcar o desejo de ser igual a ela e se identifica com o pai. O recalque do filho menino será solucionado quando encontrar uma esposa e puder ser pai. 
A fase da feminilidade é a tentativa de passagem da posição pré-genital para a genital da libido. O ponto alto dessa tentativa é reconhecido como o conflito edipiano e se dá, na criança, entre as idades de três e quatros anos.
Há, ainda, uma relação com as fezes; elas são igualadas ao bebê que a criança espera ter. Além disso, a criança tem o desejo de roubar qualquer futuro bebê da mãe. Para ambos os sentimentos, existem dois objetivos: o desejo da criança em ter filhos e sua intenção em apropriá-los; ciúme de futuros irmãos, cujo surgimento é esperado, e pelo desejo de destruí-los dentro da mãe.
Essas tendências de roubar e destruir tem ligação com os órgãos de fecundação, gravidez e parto que o menino presume existirem na mãe. A partir disso propõe-se que por trás dessas intenções há o desejo frustrado de não possuir um órgão especial. Dessa forma, o temor do menino em ser punido pela destruição do corpo da mãe é inevitável, além de temer que seu corpo seja mutilado e desmembrado; esse último medo aponta para o complexo de castração.
Melanie Klein diz que a mãe é aquela que retira as fezes do menino e, por isso, para este menino sua mãe o desmembra e castra. Ademais, a figura do pai também é entendida como castrador, baseado no complexo de édipo explicado por Freud.
As tendências anteriormente mencionadas são ditas destrutivas tendo como alvo o útero da mãe e o pênis do pai; um pênis que se encontra dentro do útero da mãe, como fantasiado pela criança. Portanto, a fase de feminilidade se caracteriza pela ansiedade relacionada a esses objetos e esta ansiedade submete o menino a “um superego que devora, mutila e castra” (p. 220), formado a partir das imagens de ambos os pais ao mesmo tempo. 
2.2. Para a menina
A menina passa da posição oral para genital, mudando sua posição libidinal, mantendo o mesmo objetivo, que já havia levado a frustração em relação à mãe. Dessa forma a menina se volta para o pai como objeto amoroso.
Desde o começo os desejos edipianos são associados ao medo da castração e a sentimentos de culpa. O sentimento de culpa é o resultado da introdução dos objetos amorosos edipianos. As frustrações anais e orais, formam o protótipo de todas as frustrações levadas ao longo da vida, resultando em punição, originando-se a ansiedade. Nessa fase da feminilidade o corpo da mãe é visto como um cenário de todos os processos e desenvolvimentos sexuais.
A menina se identifica com a mãe e se vê nela, mas para fazer bebê, precisa de um pênis. Automaticamente se identificando com a mãe acredita que dessa forma terá o pênis do pai, porém, este a recusa. Agora a menina passa pela segunda frustração da vida dela, onde a primeira foi o desmame da mãe e agora, a rejeição do pai. Conclusão, a menina tem ataques histéricos com a mãe e em paralelo busca um marido que possa ter um filho.

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