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Cotovelo, punho e mão

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1 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
.Cotovelo; punho e mão. 
SO – 3 
 
Cotovelo: 
É uma articulação estável que contem 3 articulações dentro de uma mesma 
cápsula articular: 
▪ Articulação Úmero-ulnar; 
▪ Articulação radioumeral; 
▪ Articulação radio-ulnar-proximal. 
 
Ossos: 
Estruturas que conseguimos palpar: 
▪ Processo do Olecrano (parte pontuda de cotovelo); 
▪ Epicôndilo. 
Estruturas impalpáveis: 
▪ Cabeça do rádio; 
▪ Fossa do olecrano; 
▪ Tróclea; 
▪ Capítulo do úmero; 
▪ Chanfradura troclear; 
▪ Processo coronóide da ulna; 
▪ Colo do rádio; 
▪ Tuberosidade radial. 
 
 
 
 
Articulação: 
O cotovelo é uma articulação do tipo dobradiça que só permite flexão e extensão. 
É uma articulação sinovial. 
 
 
Caso se consiga palpar alguma dessas estruturas significa que estão fora do lugar, 
quebradas. 
 
2 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
EIXO DE MOVIMENTO: 
É representado por uma linha através dos centros da Tróclea e do capítulo. 
 
Ângulo de carregar: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Eixo de movimento da articulação radio-ulnar: 
O eixo da articulação radio-ulnar passa por uma linha através do centro da cabeça do 
rádio proximalmente e através do centro da cabeça da ulna distalmente. 
 
 
✓ Articulação radio-ulnar: 
 
Esta articulação permite que o rádio rode em relação a ulna, passando de uma posição 
paralela para cruzada. 
A mão acompanha os movimentos do rádio. 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Ângulo observado quando o cotovelo é 
extendido, onde se observa que o antebraço 
supinado desvia-se lateralmente ou (desvio em 
valgo). Desvio em varo é sempre 
patológico. 
 
▪ É mais pronunciado nas mulheres e em quem 
tem frouxidão ligamentar. 
 
▪ Foi sugerido que é ele que serviria para manter 
afastados do corpo os objetos carregados na 
mão. Mas nenhuma função foi realmente 
confirmada. 
 
▪ Possível avaliar no exame físico. 
 
O rádio NÃO está perfeitamente paralelo em 
relação a ulna. Ele gira em torno da ulna 
para fazer o movimento radio-ulnar. 
 
3 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Articulação radio-ulnar distal: 
▪ A superfície articular do rádio é côncava de tal modo que o rádio gira em torno 
da cabeça da ulna e é interposta por um disco articular. 
 
Articulação radio-ulnar proximal: 
▪ Fica dentro da cápsula articular do cotovelo e é do tipo pivô (ou trocóide) - cabeça 
do rádio está encapsulada; 
 
▪ O lado da cabeça do rádio articula-se com a chanfradura radial da ulna; 
 
▪ O ligamento anular fibroso forma um anel em torno da cabeça do rádio, 
permite a rotação transversa e impede movimentos em outra direção. 
 
 
 
 
 
:
 
A pronação dolorosa é o deslocamento da cabeça do rádio (osso localizado no lado do 
polegar do antebraço) em relação ao ligamento anular na região do cotovelo (ligamento 
que auxilia na estabilidade do cotovelo). 
 A lesão geralmente acontece em crianças, normalmente entre os 12 meses e os 4 anos 
de idade, devido ao ligamento anular, que envolve a cabeça do rádio, ser de tecido 
cartilaginoso e não estar completamente formado, e isso permite um maior movimento 
da cabeça do rádio. 
Esse deslocamento geralmente acontece quando o braço da criança é puxado para 
cima enquanto está em pronação (quando a palma da mão apontada para 
trás). Movimento frequente quando o adulto procura tirar a criança do chão pelos 
braços, com os cotovelos esticados, para evitar uma queda ou até mesmo para fazer o 
balanço de mãos dadas com os adultos e outras brincadeiras (normalmente ocorre em 
momentos recreativos ou na proteção a queda de crianças). 
A pronação dolorosa só acontece até os cinco anos de idade no máximo, pois é quando 
os ligamentos das crianças são frágeis e ainda estão em desenvolvimento. Após esta 
idade o desenvolvimento natural dos ligamentos reforça a articulação e a pronação 
dolorosa não acontece mais, tornando toda articulação do cotovelo mais estável. 
Pronação dolorosa em crianças ocorre em crianças com até 3 anos, vai haver chanfradura 
(mini canoinha dentro do osso ou como se fosse uma arranhadura no osso). 
 
4 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Amplitude do movimento: 
▪ A flexão em média é de 145° (120° a 160°); 
 
▪ A sensação final pode ser macia (músculos do braço e antebraço) ou dura 
(processo coronóide da ulna com fossa coronóide do úmero); 
 
▪ Extensão é 0°; 
 
Sensação final é dura (processo olecrano da ulna com fossa olecraneana do 
úmero). 
 
Hiperextensão 0 – 10°; Flexão ativa 145° (o paciente faz a flexão); 
Flexão passiva 160° (quando alguém ajuda, forçando a flexão). 
 
 
Músculos relacionados: 
FLEXORES DO COTOVELO: 
▪ Braquial; 
▪ Bíceps braquial; 
▪ Braquiorradial. 
 
OUTROS: 
▪ Pronador redondo; 
▪ Extensores radiais longo e curto do carpo. 
 
MÚSCULOS SUPINADORES: (mão para cima). 
▪ Bíceps braquial; 
▪ Supinador; 
▪ Abdutor longo do polegar; 
▪ Extensor curto do polegar; 
▪ Extensor próprio do indicador; 
 
MÚSCULOS PRONADORES: (mão para baixo). 
▪ Pronador redondo; 
▪ Pronador quadrado; 
▪ Flexor radial do carpo; 
▪ Palmar longo; 
▪ Extensor radial longo do carpo; 
EXTENSORES DO COTOVELO: 
▪ Tríceps braquial; 
▪ Ancôneo. 
 
5 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Punho: 
Ossos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
: 
 
O escafóide é o osso mais comumente fraturado do carpo, correspondendo de 60 a 70% 
destas fraturas. Esta fratura frequentemente passa desapercebida na fase aguda devido 
a vários fatores, ocasionando a não consolidação da fratura ou pseudoartrose do 
escafóide. 
 
 
 
Articulação: 
▪ Rádio - ulnar distal; 
▪ Rádio - cárpica; 
 
Fratura do escafóide é uma das 
fraturas mais graves e limitantes da 
ortopedia. Isso porque nesse osso a 
vascularização é péssima. 
 
 
6 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Músculos: 
MÚSCULOS SUPINADORES: 
▪ Bíceps braquial; 
▪ Supinador; 
▪ Abdutor longo do polegar; 
▪ Extensor curto do polegar; 
▪ Extensor próprio do indicador. 
 
MÚSCULOS PRONADORES: 
▪ Pronador redondo; 
▪ Pronador quadrado; 
▪ Flexor radial do carpo; 
▪ Palmar longo; 
▪ Extensor radial longo do carpo. 
 
 
 
 
 
Mão: 
 
 
Ossos: 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos e nervos 
que os irradiam 
 
Fase volar; 
Fase dorsal; 
 
 
7 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Regiões da mão: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Músculos da mão: 
MÚSCULOS DA REGIÃO PALMAR LATERAL (Tenar): 
▪ Abdutor curto do polegar; 
▪ Flexor curto do polegar; 
▪ Oponente do polegar; 
▪ Adutor do polegar. 
 
MÚSCULOS DA REGIÃO PALMAR MEDIAL (Hipotenar): 
▪ Palmar curto; 
▪ Abdutor do mínimo; 
▪ Flexor curto do mínimo; 
▪ Oponente do mínimo; 
 
MÚSCULOS DA REGIÃO SUPERIOR: 
▪ Lumbricais; 
▪ Interósseos palmares; 
▪ Interósseos dorsais. 
 
 
 
 
 
 
Região superior ou infra digital, 
também chamada de terra de ninguém. Esta 
é a região que mais acontece lesões ou que 
oferece mais risco de lesões na mão. 
As regiões Tenar e Hipotenar são 
excelentes para avaliar quem tem atrofia, por 
conta de alguma lesão neurológica ou por 
conta de alguma sequela. 
 A atrofia é percebida quando estas 
duas regiões, “gordurinhas” estão 
mais baixas, quase planas. 
 
8 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Nervos dos membros superiores: 
 
Zona dos flexores: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Inervação: 
 NERVO ULNAR; 
 NERVO MEDIANO; 
 NERVO RADIAL; 
 
 
 
 
Vascularização: 
 
 
 
 
 
 
 
Zona dos extensores: 
 
 
Aperta-se a parte radial para 
verificar se a artéria ulnar está 
perfundindo bem. 
Para testar a vascularização do paciente, 
é preciso pressionar este ponto onde 
chega à artéria ulnar, isto para avaliar 
se a artéria radial está perfundindo 
bem. 
Teste de Allen: comprimir simultaneamente as duas 
artérias (radial e ulnar) pedindo ao paciente que feche e 
abra várias vezes a mão; esta ficará esquemiada e 
pálida.Em seguida com a mão do paciente aberta, retira-
se os dedos da artéria ulnar. A coloração rósea deve 
voltar, indicando boa circulação colateral. Depois faça a 
mesma coisa com a radial para avaliar a circulação. 
 
9 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Músculos intrínsecos: 
EMINÊNCIA TENAR: 
▪ Flexor curto; 
▪ Abdutor curto; 
▪ Adutor; 
▪ Oponente de polegar; 
 
EMINÊNCIA HIPOTENAR: 
▪ Abdutor do 5° dedo; 
▪ Flexor do 5° dedo; 
▪ Oponente do dedo mínimo; 
▪ Palmar curvo; 
 
 
Músculos intrínsecos dorsais: 
✓ INERVAÇÃO: Nervo ulnar. 
 
MÚSCULOS: 
▪ Abdução dos dedos; 
▪ Flexão metacarpofalângica; 
▪ Extensão das interfalângicas. 
 
 
 
 
 
Músculos intrínsecos Volares: 
✓ INERVAÇÃO: Nervo ulnar. 
 
MÚSCULOS: 
▪ Abdução dos dedos; 
▪ Flexão metacarpofalângica; 
▪ Extensão das interfalângicas. 
 
Para testar se esses músculos estão funcionantes o médico pede 
para o paciente abrir os dedos em formato de leque. 
 
 
10 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Músculos Lumbricais: 
✓ INERVAÇÃO: 
 
Nervo Ulnar – dois mediais; 
Nervo Mediano – dois laterais; 
 
MÚSCULOS: 
▪ Flexão metacarpofalângica; 
▪ Extensão das interfalângicas. 
 
 
 
Amplitude de movimento: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Testes especiais: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE DE FILKELSTEIN: 
Médico pede para paciente abrir a mão e 
colocar o polegar para dentro, e em seguida 
fecha-lo fazendo um desvio ulnar do punho. 
Caso o paciente apresente dor ao realizar o 
movimento o teste estará POSITIVO. 
Esse teste detecta a tenossinovite 
(tendinite com inflamação do 
revestimento da bainha do tendão. 
 
 
TESTE DE PHALEN: 
Avalia se paciente sente choque na região 
marcada com uma seta. 
Usando, para AVALIAR NERVO 
 
 
TESTE DE TINEL: 
Avalia a percussão do nervo mediano. 
O examinador realiza percussão digital ao 
longo do curso do nervo mediano no aspecto 
volar do pulso. O teste é considerado positivo 
quando a manobra causa parestesias na 
distribuição do nervo mediano. 
 
12 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
Inspeção estática: 
▪ Posição; (na posição de repouso). 
▪ Musculatura intrínseca; (importante ver se tem assimetria). 
▪ Pregas; (dobras, juntas, articulações- são as linhas). 
▪ Deformidades; 
▪ Tumorações; 
▪ Sinais flogísticos; (calor, rubor, vermelhidão local, edema). 
▪ Cicatrizes; 
▪ Leito ungueal e microcirculação. 
 
 
Palpação: 
▪ Pele; 
▪ Partes moles; 
 
o Compartimentos; 
o Flexor ulnar e radial do carpo; 
o Palmar longo; 
o Pulsos; 
o Túnel do carpo; 
o Eminência tenar e hipotenar. 
 
 
Exame neurológico: 
 
 
 
 
 
 Teste para extensor longo e curto do polegar: 
Médico pede para o paciente fazer o sinal de positivo, então este vai 
tentar empurrar o dedo para baixo, fazendo movimento contrário ao 
que o paciente está tentando fazer com o sinal de positivo. 
 
 
13 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
▪ Extensão dos dedos – C7 (nervo ulnar); 
o Extensor comum dos dedos; 
o Extensor próprio do indicador; 
o Extensor do dedo mínimo; 
 
▪ Extensão dos dedos – C7 (nervo ulnar); 
o Flexor superficial dos dedos (mediano -C7, C8, T1); 
o Flexor próprio dos dedos – dois laterais (mediano, C7, C8, T1); dois 
mediais (ulnar, C8, T1); 
o Lumbricais – dois mediais (ulnar, C8); dois laterais (mediano, C7); 
 
 
▪ Interósseos – ulnar, C8, T1; 
▪ Polegar; 
o Extensor curto e longo – radial, C7; 
o Flexor curto – superficial – mediano, C6, C7; profundo – ulnar C8; 
o Flexor longo – mediano, C6, C7; 
o Abdução – radial, C7 
 
Teste para flexor superficial dos 
dedos: 
Médico pede para paciente dobrar o dedo do 
meio enquanto segura os outros dedos. 
Paciente vai testar se está conseguindo fletir 
bem cada um desses dedos. 
 
 
Teste para flexor profundos dos dedos: 
Quando quer testar o flexor profundo o medico 
pede para o paciente fazer, apenas, flexão da 
falange distal. 
Só o flexor profundo se prende na falange distal. 
 
OBS: O que é pra fletir 
correlaciona com mediano, já 
estender correlaciona com 
radial. 
 
14 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
▪ Sensibilidade; 
o Face lateral do ombro e braços = C5 
o Face lateral do antebraço, polegar e indicador = C6 
o Dedo médio e região palmar da mão = C7 
o Dedos anular e mínimo + face medial do antebraço = C8 
o Face medial do braço =T1 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Patologias: 
 
Epicondilopatia lateral: 
Epicondilopatia: quando se trata de uma tendinite no cotovelo. 
Definida como uma patologia inflamatório e/ou degenerativa, que envolve lesões na 
origem dos tendões dos músculos extensores do punho (periósteo, entese e tendão). 
A avaliação ocorre quando o médico pede ao paciente que faço o movimento de 
supinação (mão de pedinte), depois o médico irá palpar o epicôndilo lateral. A dor 
especifica e lancinante nessa região confirma a Epicondilopatia, que pode ser só 
inflamatória ou então uma ruptura. 
 
 
 
15 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
 
 
 
 
 
 
 
 
→ Causas de danos teciduais: 
O médico deve considerar a demanda que chega sobre os músculos extensores do 
punho, o raciocínio focado permite identificar os diferentes fatores que podem 
aumentar a demanda no tecido alvo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se essa balança é ultrapassada 
ocorre lesão 
 
 
 
16 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
→ Exemplo: 
Cotovelo de tenista. Um jogador de tênis com Epicondilopatia lateral, pode 
apresentar fraqueza dos extensores do punho, como tradicionalmente considerado na 
clínica. Entretanto, o atleta também pode apresentar fraqueza dos músculos extensores 
do cotovelo e fraqueza dos músculos retratores da escapula. Além disso ele utiliza uma 
raquete com massa alta. 
 
 
→ A alta demanda as inserções tendíneas 
do epicôndilo é resultado dos seguintes 
fatores: 
 
▪ Alta frequência do movimento de blackhand (fator da organização da tarefa); 
▪ Fraqueza dos extensores do cotovelo (fator corporal local); 
▪ Fraqueza dos retratores da escapula (fator corporal não local); 
▪ Uso da raquete com massa excessiva (fator do ambiente). 
 
 
Recentes estudos questionam a presença de processos inflamatório, visto que em 
analise histológica, nota-se ausência de células inflamatórias na região, sugerindo então 
a nomenclatura de Epicondilopatia e não epicondilite. 
Evidencias de estudos histológicos considera adequado a nomenclatura de 
tendinose, devido a degeneração do colágeno e ausência de células inflamatórias. 
A epicondilite lateral é também denominada de degeneração angioblastica, 
estudos mostraram alterações fibroblasticas e vasculares, levando a alterações como 
fibrose e edemas. 
 
→ Sinais e sintomas: 
▪ Dor na região lateral do cotovelo, durante a palpação, contração (principalmente 
excêntricas), alongamento passivo dos extensores do punho; 
▪ Dor referida em região de antebraço; 
▪ Diminuição da força de preensão; 
▪ Dificuldade de segurar peso com a mão. 
 
17 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
→ Limitações funcionais: 
▪ Estrutura e função do corpo (micro lesões tendíneas levando a perda de ADM 
ativa e passiva); 
▪ Consequências nas atividades (limitação em fazer algumas AVDS); 
▪ Consequências de participação (restrição em alguma participação profissional 
de laser); 
 
→ Mecanismos de lesão: 
Fatores corporais locais: 
▪ Tração dos tendões dos extensores de punho em sua inserção proximal; 
 
▪ Baixa capacidade local representada pela fraqueza e pela baixa resistência 
dos extensores do punho; 
 
▪ Demandas aumentadas, atividades que exija torque aumentado de 
extensão de punho e cotovelo como em atividades esportivas, laborais (digitação 
e culinária); 
 
▪ A fraqueza dos extensores do punho que não se insere no epicôndilo, aumenta 
a demanda dos músculos extensoresdo punho que fazem essa supinação; 
 
▪ Fraqueza dos extensores do cotovelo também, contribui para aumento da 
demanda; 
 
▪ Tríceps braquial; (nervo radial é responsável por ele). 
 
▪ Ancôneo; (nervo radial é responsável por ele). 
 
▪ Extensores proximais que podem estar sobrecarregados principalmente na sua 
inserção no cotovelo; 
 
▪ Ligações miofasciais entre grandes extensores do cotovelo e os extensores de 
punho, mostram que eles cooperam entre si para gerar movimentos de extensão 
de punho e cotovelo; 
 
 
Fatores corporais não locais: 
▪ Fatores anatomicamente distantes do cotovelo e do punho podem levar ao 
aumento de demanda sobre os extensores do punho. Dependendo da postura e 
do movimento durante uma atividade; 
 
18 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
▪ O médico deve ser capaz de identificar fatores envolvidos em diferentes 
situações, gerar hipóteses que possam ser o mecanismo de lesão; 
 
▪ A biomecânica do blackhand, mostra o envolvimento de diversas articulações e 
músculos na geração de torque no gestual esportivo; 
 
 
Fatores do ambiente: 
▪ São todos aspectos do meio externo que podem colaborar para o aumento da 
demanda para os extensores do punho. (por exemplo, uso de utensílios); 
 
▪ Atividades que envolvem digitação, mesa muito baixa pode exigir grande 
extensão do punho, aumentando assim a demanda de contração; 
 
Fatores da organização da tarefa: 
▪ Algumas atividades elevam a demanda sobre tecidos que se inserem no 
epicôndilo lateral. Frequência, intensidade e duração influenciam no 
aparecimento dos sintomas; 
 
 
→ Avaliação: 
▪ Investigar fatores que possam estar relacionados com a ocorrência e 
manutenção da patologia; 
▪ Teste de força dos extensores do punho; 
Testes provocativos: 
▪ Teste de Cozen e Mill. (teste ativo). 
Exames de Imagem. 
 
→ Diagnóstico diferencial: 
▪ Possíveis lesões traumáticas dos ligamentos colateral, lateral e anular do 
cotovelo; 
▪ Neuropatia do nervo radial; (nervo radial é responsável pelos extensores). 
▪ Envolvimento biomecânico do ombro, coluna cervical e torácica; (EX: o ombro 
afetado pode interferir na mão ...) 
▪ Dores referidas. 
 
19 Ana Inês Aguiar – MEDICINA, UNIFACS 
→ Tratamento e prevenção: 
Objetivos: 
▪ Redução do quadro álgico; 
▪ Ganho de força muscular; 
▪ Realinhamento das fibras; 
▪ Favorecimento da melhor deposição de colágeno; 
▪ Diminuição de possíveis fibroses; 
▪ Retorno da função / atividade. 
 
 Ultrassom; 
 Laserterapia; 
 Técnicas de liberação miofascial; 
 Brace (imobilizador funcional). 
 
 
Consultar os músculos: 
https://anatomia-papel-e-caneta.com/musculos-da-mao/

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