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(
FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE CAMPOS GERAIS
 - 
FACICA
) 
Prof. Ademilson Pereira Ribeiro
Direitos Humanos e Relações étnico-raciais
Aula 2: Aspectos gerais dos Direitos Humanos
Link de aula:
Introdução: https://youtu.be/nLBrsS5xaIo 
Aula: https://youtu.be/DdYlE9jwRj4 
1. Conceito, Terminologia, Estrutura Normativa, Fundamentação
 	Iniciamos nossa conversa sobre Direitos Humanos a partir do pressuposto de que tais direitos pertencem à categoria de direitos essenciais à pessoa humana, que visam resguardar a solidariedade, a igualdade, a fraternidade, a liberdade, a dignidade da pessoa humana.
Nos regimes democráticos, toda e qualquer pessoa deve ter a sua dignidade respeitada independentemente de sua origem, etnia, raça, convicção econômica, orientação política, classe social, idade, identidade sexual, orientação ou credo religioso. No Brasil, com vistas a garantir essa gama de direitos, o constituinte materializou na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 um modelo de ordenamento jurídico que tem como um de seus pilares a dignidade da pessoa humana, ao lado da soberania, da cidadania, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e do pluralismo político.
Dessa forma, podemos dizer que a proteção aos direitos do homem, quando materializadas em ordenamentos jurídicos, garantem o desenvolvimento da personalidade humana em total consonância com os conceitos de justiça, igualdade e democracia. É o que se espera entre os membros de qualquer sociedade, bem como entre os indivíduos e seu relacionamento com o Estado.
A partir dessas premissas, podemos dizer que cada Estado incorpora no seu ordenamento jurídico os direitos humanos mais próximos aos seus próprios valores, aos valores de sua sociedade, decidindo quais serão constitucionalizados (ou seja, quais alçarão a categoria de “direitos fundamentais”), bem com quais pertencerão ao nível infraconstitucional dentro do ordenamento.
O Brasil, por exemplo, ao estabelecer os princípios fundamentais de sua República Federativa, preferiu deixar expresso na Constituição Federal como objetivos fundamentais a construção de uma sociedade livre, justa e solidária (art. 3º, II); a erradicação da pobreza e da marginalização, bem como a redução das desigualdades sociais e regionais (art. 3º, III); e, ainda, a promoção do bem de todos, sem preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV); objetivos esses completamente alinhados com as doutrinas nacionais e internacionais de proteção dos direitos humanos.
Quis o legislador constituinte, ainda, registrar na Carta Constitucional (art. 4º) que a República Federativa do Brasil reger-se-ia nas suas relações internacionais pelos princípios da independência nacional, da prevalência dos direitos humanos, da autodeterminação dos povos, da não intervenção, da igualdade entre os Estados, da defesa da paz, da solução pacífica dos conflitos, do repúdio ao terrorismo e ao racismo, da cooperação entre os povos para o progresso da humanidade, bem como da concessão de asilo político; princípios esses também intrinsicamente alinhados com a proteção dos direitos humanos.
Sendo assim, podemos afirmar que os direitos humanos representam um apanhado de normas jurídicas internas e externas que visam proteger a pessoa humana, ou seja, um conjunto de direitos e garantias do ser humano que tem por finalidade o respeito à sua dignidade, capazes de protegê-lo do arbítrio do poder estatal, garantindo-lhe condições mínimas de sobrevivência e desenvolvimento de sua personalidade.
Quanto à sua conceituação, de uma forma bem didática, na lição de André Ramos de Carvalho podemos dizer que os direitos humanos são todos aqueles direitos considerados indispensáveis a uma vida em sociedade, pautada na liberdade, na igualdade e na dignidade. Do ponto de vista formal, os direitos humanos seriam aqueles positivados em instrumentos internacionais, a exemplo da Declaração Universal dos Direitos Humanos (DUDH).
Valério de Oliveira Mazzuoli, por sua vez, conceitua direitos humanos como, in verbis:
Direitos protegidos pela ordem internacional (especialmente por meio de tratados multilaterais, globais ou regionais) contra as violações e arbitrariedades que um Estado possa cometer às pessoas sujeitas à sua jurisdição. São direitos indispensáveis a uma vida digna e que, por isso, estabelecem um nível protetivo (standard) mínimo que todos os Estados devem respeitar, sob pena de responsabilidade internacional.
Diante disso, podemos observar que o conceito de direitos humanos gira em torno dos vetores da dignidade e das boas condições de vida em sociedade.
Ainda a respeito da conceituação, observamos que do ponto de vista do Direito Internacional, os direitos humanos representam aqueles direitos essenciais para que o ser humano seja tratado com dignidade, fazendo jus a eles todos aqueles da espécie humana. Já sob a perspectiva constitucionalista, os direitos humanos seriam o conjunto de garantias do ser humano em face do poder estatal, com vistas à proteção de sua dignidade e de sua liberdade, também chamados, nessa perspectiva, de direitos humanos fundamentais.
No tocante à terminologia, é importante destacar a diferença conceitual na relação existente entre os direitos humanos, os “direitos do homem” e os “direitos fundamentais”. Algumas literaturas abordam os direitos humanos como sinônimo de direitos fundamentais, bem como tratam os direitos do homem como sinônimo de direitos humanos.
Porém, para melhor compreensão, temos que a expressão “direitos do homem” tem cunho jusnaturalista, relacionada aos direitos inerentes à condição humana, mas vinculada à vontade divina. Trata-se, pois, nessa concepção, de um direito que não necessita de positivação, uma vez que diz respeito ao “direito natural”.
Já a expressão “direitos fundamentais” diz respeito diretamente àqueles direitos positivados na Constituição Federal ou na Carta Constitucional de determinado país.
Na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988, podemos verificar a existência das duas expressões: direitos humanos e direitos fundamentais. Entretanto, nas passagens em que consta a expressão “direitos humanos”, verifica-se que o legislador constituinte se refere a direitos previstos na ordem internacional e, nas passagens em que consta a expressão “direitos fundamentais”, percebe-se que o legislador se refere a direitos positivados na ordem interna, ou seja, direitos fundamentais na ordem jurídica brasileira.
Nesse sentido, vejamos o quadro-síntese a seguir:
Dito isso, até o momento, podemos inferir que:
• A essência dos Direitos Humanos é a dignidade humana.
• A diferença de Direitos Humanos e Direitos Fundamentais está em sua positivação.
• Direitos Humanos: direitos reconhecidos na ordem internacional.
• Direitos Fundamentais: direitos positivados na ordem interna de cada Estado, ou seja, em suas Constituições.
Quanto à estrutura normativa, o doutrinador André de Carvalho Ramos refere--se aos direitos humanos como:
• Direito-pretensão – dever: consiste na exigibilidade de um bem ou de uma conduta, gerando do outro lado da relação o dever de fornecer esse bem ou adotar tal conduta. Ex.: direito à educação. Exige esse bem e do outro lado surge o dever de fornecer esse bem.
• Direito-liberdade – ausência de direito: consiste na faculdade de agir, gerando no outro polo a ausência de direitos. Ex.: liberdade de expressão que impõe uma abstenção do outro lado, Estado ou particulares, em respeitar aquela liberdade.
• Direito-poder – sujeição: consiste, por exemplo, no direito à assistência de advogado e da família no momento da prisão. O sujeito passivo pode exigir que o sujeito ativo adote uma medida de sujeição, de submissão a esse direito.
• Direito-imunidade – incompetência: afasta a atuação dos agentes públicos em relação ao titular do direito, gerando a esses agentes públicos uma situação de impossibilidade de agir. Ex.: prisão somente em flagrante ou por mandado judicial.
Por fim, quanto à fundamentaçãodos direitos humanos, a doutrina majoritária destaca as correntes Jusnaturalista, Positivista e Moralista. Para a primeira, os direitos humanos seriam os direitos tidos como básicos e inalienáveis a todos os homens, independente de positivação. Seriam aqueles direitos chamados de naturais, concebidos pela inspiração divina ou pela razão humana. Seriam os direitos inerentes ao homem, e não positivados em nenhum ordenamento jurídico.
Para os positivistas, os direitos humanos seriam aqueles direitos concebidos pelo Estado aos seres humanos, de forma institucionalizada, positivados no ordenamento jurídico. Em contraponto aos jusnaturalistas, os positivistas não acreditam na existência de direitos preexistentes aos já positivados e reconhecidos pelo Estado.
Quanto aos moralistas, percebe-se a defesa da teoria de que os direitos são direitos morais da coletividade humana, fundamentados não apenas de forma jurídica, mas, sim, em valores da sociedade.
Acerca da importância dos direitos naturais, cumpre ressaltar o posicionamento do Supremo Tribunal Federal na ocasião do julgamento da Ação Direta de Inconstitucionalidade n. 595/ES, de relatoria do Ministro Celso de Mello (julgamento realizado no ano de 2002):
(...) cabe ter presente que a construção do significado de Constituição permite, na elaboração desse conceito, que sejam considerados não apenas os preceitos de índole positiva, expressamente proclamados em documento formal (que consubstancia o texto escrito da Constituição), mas, sobretudo, que sejam havidos, igualmente, por relevantes, em face de sua transcendência mesma, os valores de caráter supra positivo, os princípios cujas raízes mergulham no direito natural e o próprio espírito que informa e dá sentido à Lei Fundamental do Estado.
Diante disso, é importante compreender que todas essas teorias da fundamentação dos direitos humanos foram importantes e ainda são reportadas como fundamentais para a base da nossa disciplina no direito contemporâneo. Assim, todas as teorias não devem ser compreendidas isoladamente, ou seja, não se fala em direitos humanos sem falar da contribuição jusnaturalista para a concretização do direito contemporâneo.
Questões discursivas e objetivas
Para memorizar melhor esse tema, vejamos como as bancas de concurso abordaram essa temática em questões discursivas e objetivas:
1 - Conceitualmente, os direitos humanos são os direitos protegidos pela ordem internacional contra as violações e arbitrariedades que um Estado possa cometer às pessoas sujeitas à sua jurisdição. Por sua vez, os direitos fundamentais são afetos à proteção interna dos direitos dos cidadãos, os quais encontram-se positivados nos textos constitucionais contemporâneos.
Gabarito: certo - Pois bem, de acordo com a doutrina a respeito da matéria, a questão está correta, considerando a diferença conceitual existente entre Direitos Humanos (que engloba direitos previstos em instrumentos internacionais) e Direitos Fundamentais (que engloba direitos previstos nas Constituições dos países), ou seja, a chave para a diferenciação está na positivação).
2 - Os direitos humanos nascem do reconhecimento do valor e da dignidade da pessoa humana. Esse entendimento pode ser expresso pela seguinte frase:
a) O valor do ser humano é sempre negociável.
b) O ser humano vale pelo fato de ser humano.
c) A ênfase está na caridade.
d) Somente os bons merecem respeito.
Gabarito: b - Trata-se de questão fácil, uma vez que exige do(a) candidato(a) a percepção de que, sob o ponto de vista do Direito Internacional, os direitos humanos representam aqueles direitos essenciais para que os seres humanos sejam tratados com dignidade, fazendo jus a eles simplesmente porque fazem parte da espécie humana.
3 - No que se refere à fundamentação dos direitos humanos e à sua afirmação histórica, julgue o item a seguir: Conforme a teoria positivista, os direitos humanos fundamentam-se em uma ordem superior, universal, imutável e inderrogável.
Gabarito: Errado. Trata-se de questão fácil para quem acabou de ler a respeito da fundamentação dos direitos humanos, uma vez que o jusnaturalismo versa sobre ordem superior, imutável e inderrogável, independente de positivação. Manifesta-se a partir do direito natural, sem necessidade de formalização escrita.
4 – Atente ao seguinte enunciado: “Trata-se de uma teoria amplamente difundida na doutrina e na prática dos direitos humanos, fundamenta tais direitos em uma ordem superior, universal, imutável e inderrogável”.
A teoria descrita no enunciado acima é a Teoria
a) Positivista
b) Jusnaturalista
c) Moralista
d) Moderna
Gabarito: Letra b. Trata-se de mais uma questão fácil para quem acabou de ler a respeito da fundamentação dos direitos humanos, uma vez que o jusnaturalismo versa sobre ordem superior, imutável e inderrogável, independente de positivação. Manifesta-se a partir do direito natural, sem necessidade de formalização escrita.
5 - Assinale a alternativa correta com relação ao conceito de direitos humanos.
a) Direitos humanos é uma forma sintética de se referir a direitos fundamentais da pessoa humana, aqueles que são essenciais à pessoa humana, que precisa ser respeitada pela dignidade que lhe é inerente.
b) Direitos humanos são aqueles que estão previstos de forma expressa em uma Constituição e que se referem somente a direitos das pessoas que respondem a um inquérito ou a um processo penal.
c) Como os direitos humanos são inerentes à natureza humana, somente derivam do espírito humano e não devem ser positivados nas leis.
d) No âmbito da filosofia, a expressão “direitos humanos” significa a independência do ser humano, tratando exclusivamente do direito de liberdade.
e) Considerando o que prevê a Constituição de 1988, os direitos humanos se dão por meio da propriedade, que se impõe como um valor incondicional e insubstituível, que não admite equivalente.
Gabarito: Letra a. Bom, muito embora o gabarito tenha sofrido crítica por conter na alternativa a expressão “sintética”, a resposta correta é a letra a. Trata-se de uma questão que o candidato pode enfrentar utilizando o método da exclusão. Tendo em mente 4 (quatro) premissas básicas dos direitos humanos, quais sejam, UNIVERSALIDADE, ESSENCIALIDADE, SUPERIORIDADE NORMATIVA e RECIPROCIDADE, fica mais fácil eliminar as assertivas erradas. No nosso caso, todas as outras alternativas (“b” a “e”) estão em desacordo com a matéria estudada até aqui, tendo em vista que direitos fundamentais estão expressamente tutelados nas Constituições dos Estados, enquanto que os direitos humanos estão expressamente tutelados em instrumentos normativos internacionais, ambos versando sobre os direitos inatos à condição humana.
6 - Julgue o item subsecutivo, a respeito de aspectos gerais e históricos dos direitos humanos.
O principal fundamento dos direitos humanos no Brasil refere-se à dignidade da pessoa humana. Por essa razão, além de haver consenso acerca do conteúdo desse princípio, ele é válido somente para os direitos humanos consagrados explicitamente na CF.
Gabarito: Errado. Bom, essa questão exige a expertise do candidato, pois não há um consenso sobre o fundamento dos direitos humanos no Brasil. A dignidade da pessoa humana é um dos fundamentos, mas não é consolidada a afirmação de que fundamente apenas os direitos positivados. Com efeito, os direitos humanos versam sobre direitos indispensáveis para uma vida digna, podendo ser a dignidade humana, a liberdade e a igualdade. Também é importante que você saiba que a essência dos direitos humanos se apresenta de forma explícita e implícita nas Constituições e nos tratados internacionais.
Como leciona André de Carvalho Ramos :
Os direitos humanos representam valores essenciais, que são explicitamente ou implicitamente retratados nas Constituições ou nos tratados internacionais. A fundamentalidade dos direitos humanos pode ser formal, por meio da inscrição desses direitos no rol de direitos protegidos nas Constituições e tratados, ou pode ser material, sendo considerado parte integrante dos direitoshumanos aquele que – mesmo não expresso – é indispensável para a promoção da dignidade humana.
Assim, concluímos que o fundamento formal diz respeito à incorporação dos direitos essenciais à condição humana nas Constituições ou nos tratados; e o fundamento material diz respeito ao direito inato, inerente à condição humana para a efetivação de uma vida digna.
7 - Em relação aos Direitos Humanos, analise as afirmativas abaixo e assinale a alternativa correta:
I – Direitos Humanos são os direitos básicos de todos os seres vivos.
II – Todos os seres humanos nascem livres e iguais em dignidade e em direitos. Dotados de razão e de consciência, devem agir uns para com os outros em espírito de fraternidade.
III – Os direitos humanos são direitos inerentes a cada pessoa por ela simplesmente ser um humano.
a) Apenas II está correta.
b) Apenas III está correta.
c) Apenas II e III estão corretas.
d) Apenas I e II estão corretas.
e) I, II e III estão corretas.
Gabarito: Letra c. Ultimamente as provas estão vindo muito bem elaboradas e exigindo bastante conteúdo do candidato, entretanto, ainda é comum verificar algumas “cascas de banana” nos concursos, ou seja, é frequente o aparecimento de questões consideradas fáceis, mas que o candidato erra por descuido. Dessa forma, eu quis trazer essa questão para mostrar que mesmo candidatos de alto nível podem cair nessas ciladas. De início, observe o item I, notadamente em relação à expressão “seres vivos”. Aí está o erro, pois se compreende como “seres vivos” tanto os humanos como os animais. Portanto, as alternativas corretas seriam somente a II e III.
Índice-controle de estudos
	Estudo
Leitura analítica 
Grifo seletivo
 Código de cores
	Revisão 
Anotações criativas
Fichamento 
Esquematizado 
	Resolução de questões 
Questões objetivas 
Questões dissertativas
	Data 
__ /___/ ___
__ /___/ ___
Referências bibliográficas
BENTO, M.A.S. Cidadania em preto e branco: discutindo as relações raciais. São Paulo: Ática, 2002.
BRASIL. Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino da História Afro-Brasileira e Africana. Brasília: SECAD/ME, 2004.Disponível em: http://www.acaoeducativa.org.br/fdh/wp-content/uploads/2012/10/DCN-s-Educacao-das-Relacoes-Etnico-Raciais.pdf.
FREYRE, G. Casa grande & senzala: formação da família brasileira sob o regime da economia patriarcal. 51ed. São Paulo:Global,2006.
MAZZUOLI, Valério de Oliveira. Curso de direitos humanos. 4ª edição revista, atualizada e ampliada. São Paulo: Método, 2017. p. 22.
MUNANGA, K. Superando o Racismo na escola. 2 ed. Brasília: Ministério de Educação 2005. Disponível em: http://portal.mec.gov.br/secad/arquivos/pdf/racismo_escola.pdf.
RAMOS, André de Carvalho. Curso de direitos humanos. 4ª edição. São Paulo: Saraiva, 2017. p. 24.
Supremo Tribunal Federal STF – Ação direta de inconstitucionalidade: ADI 595 ES. Disponível em: < https://stf.jusbrasil.com.br/jurisprudencia/14815695/acao-direta-de-inconstitucionalidade-adi-595-es-stf>.
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Ademilson Pereira Ribeiro
 
 
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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE 
CAMPOS GERAIS
 
-
 
FACICA
 
 
Prof. Ademilson Pereira Ribeiro
 
Direitos Humanos e Relações étnico
-
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Aula 2: 
Aspectos gerais dos Direitos Humanos
 
 
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:
 
Introdução: 
https://youtu.be/nLBrsS5xaIo
 
 
Aula:
 
https://youtu.be/DdYlE9jwRj4
 
 
1. Conceito, Terminologia, Estrutura Normativa, Fundamentação
 
 
 
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FACULDADE DE CIÊNCIAS E TECNOLOGIAS DE 
CAMPOS GERAIS - FACICA 
 
Prof. Ademilson Pereira Ribeiro 
Direitos Humanos e Relações étnico-raciais 
Aula 2: Aspectos gerais dos Direitos Humanos 
 
Link de aula: 
Introdução: https://youtu.be/nLBrsS5xaIo 
Aula: https://youtu.be/DdYlE9jwRj4 
1. Conceito, Terminologia, Estrutura Normativa, Fundamentação 
 Iniciamos nossa conversa sobre Direitos Humanos a partir do pressuposto de que tais direitos 
pertencem à categoria de direitos essenciais à pessoa humana, que visam resguardar a solidariedade, 
a igualdade, a fraternidade, a liberdade, a dignidade da pessoa humana. 
Nos regimes democráticos, toda e qualquer pessoa deve ter a sua dignidade respeitada 
independentemente de sua origem, etnia, raça, convicção econômica, orientação política, classe social, 
idade, identidade sexual, orientação ou credo religioso. No Brasil, com vistas a garantir essa gama de 
direitos, o constituinte materializou na Constituição da República Federativa do Brasil de 1988 um 
modelo de ordenamento jurídico que tem como um de seus pilares a dignidade da pessoa humana, ao 
lado da soberania, da cidadania, dos valores sociais do trabalho e da livre iniciativa e do pluralismo 
político. 
Dessa forma, podemos dizer que a proteção aos direitos do homem, quando materializadas em 
ordenamentos jurídicos, garantem o desenvolvimento da personalidade humana em total consonância 
com os conceitos de justiça, igualdade e democracia. É o que se espera entre os membros de qualquer 
sociedade, bem como entre os indivíduos e seu relacionamento com o Estado. 
A partir dessas premissas, podemos dizer que cada Estado incorpora no seu ordenamento 
jurídico os direitos humanos mais próximos aos seus próprios valores, aos valores de sua sociedade, 
decidindo quais serão constitucionalizados (ou seja, quais alçarão a categoria de “direitos 
fundamentais”), bem com quais pertencerão ao nível infraconstitucional dentro do ordenamento. 
O Brasil, por exemplo, ao estabelecer os princípios fundamentais de sua República Federativa, 
preferiu deixar expresso na Constituição Federal como objetivos fundamentais a construção de uma 
sociedadelivre, justa e solidária (art. 3º, II); a erradicação da pobreza e da marginalização, bem como a 
redução das desigualdades sociais e regionais (art. 3º, III); e, ainda, a promoção do bem de todos, sem 
preconceito de origem, raça, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação (art. 3º, IV);

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