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PSICANÁLISE REICH E TRADICIONAL

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PSICANÁLISE REICH E TRADICIONAL
O princípio da neurose
Se percebe que nesta teoria começa os desencontros de ideias de Reich e Freud, onde Reich leva sua teoria para complicações físicas e não só mente.
Wilhelm Reich foi um dos discípulos mais fiéis de Freud. Contudo, isso não significou um seguimento cego aos princípios dele. Isso porque Reich foi além e descreveu que as origens da neurose se encontravam em conflitos de poder das relações sociais. Ademais, a reflexão do autor também se somava a implicações psicológicas e emocionais dos indivíduos.
Freud aponta, no início desse texto de 1937, que três fatores presentes na gênese das neuroses seriam decisivos para as possibilidades de êxito da terapia analítica: o influxo traumático, a intensidade constitucional das pulsões e a alteração prejudicial do ego.
Nessa época, Freud já havia desenvolvido sua teoria sobre a neurose e atribuído sua origem à repressão sexual. Reich levou o conceito além e propôs que a repressão se dava não apenas no plano psíquico, mas também no físico. 
O conceito despertou interesse, mas Reich propunha uma solução radical para o problema: a repressão deveria ser combatida não apenas verbalmente, como ensinava Freud, mas também fisicamente. Com esse objetivo, desenvolveu uma terapia que rompeu com uma das doutrinas básicas da psicanálise: a neutralidade entre o profissional e seu paciente.
A terapia reichiana é uma abordagem terapêutica que atua no nível corporal, psicológico e bioenergético, considerando o indivíduo como uma unidade, na qual corpo e mente formam um sistema integrado. Como resultados finais, ela proporciona: autoconhecimento; soltura física e emocional, seguida de aumento do fluxo energético; mudanças de comportamento, especialmente nos padrões defensivos negativos; e mudanças efetivas e duradouras.
Em suas pesquisas, Wilhelm Reich percebeu que os distúrbios psicoemocionais apresentavam uma correlação com distúrbios corporais e vice-versa. A esses distúrbios, Reich deu o nome de couraça, por justamente conterem a emoção.
Em sua formação, a couraça provoca alterações musculares, viscerais, respiratórias, sensoriais, circulatórias e hormonais, organizando-se no corpo em sete segmentos: ocular, oral, cervical, torácico, diafragmático, abdominal e pélvico. Insatisfeito com os resultados da psicanálise tradicional, procurou melhores resultados terapêuticos aliando à terapia verbal o trabalho corporal, com o objetivo de dissolver a couraça, liberar impulsos e emoções reprimidas, podendo elaborá-los posteriormente.
Reich descobriu no organismo a existência de uma energia específica denominada bioenergia, ou energia orgone, que percorre o corpo de acordo com as funções emocionais e fisiológicas. Retomando o conceito de couraça, Reich percebeu que elas promovem um bloqueio no fluxo da energia orgônica, provocando o surgimento de regiões com deficiência de energia ou ainda com energia em excesso, predispondo o organismo a doenças.

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