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Aula 3 - Pacote Anticrime III

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Pacote Anticrime III
LEGISLAÇÃO PENAL ESPECIAL
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PACOTE ANTICRIME III
• O Pacote Anticrime altera o Código Penal (CP), o Código de Processo Penal (CPP) e 
leis penais e processuais especiais.
• Deve ser estudada a Lei do Pacote Anticrime e, também, a Lei do Abuso de Autoridade.
• Nesta aula, trataremos da interceptação ambiental ilegal, tanto pela nova Lei de Abuso 
de Autoridade quanto pelo Pacote Anticrime.
• O Pacote Anticrime colocou na Lei de interceptação telefônica uma medida de inves-
tigação denominada interceptação ambiental que, em regra, consiste na captação de 
sinais óticos, acústicos e eletromagnéticos da conversa desenvolvida entre interlocuto-
res por um terceiro, desconhecido deles, no mesmo ambiente ou não, onde se desen-
volve o diálogo.
• Essa é a interceptação ambiental em sentido estrito, que é a mais comum de todas.
• A conversa é captada por meio de um microfone e câmeras e necessita de autoriza-
ção judicial.
• A interceptação ambiental, numa primeira fase, deve ser cobrada no âmbito do Pacote 
Anticrime. 
• Era muito difícil a interceptação ambiental ser cobrada nos concursos na sua primeira 
fase, porque a Lei n. 9.034/1995, já revogada desde 2013, tinha apenas um dispositivo 
que versava acerca de interceptação ambiental.
• A Lei n. 12.850/2013, que traz os regramentos para o combate ao crime organizado, 
revogou a Lei n. 9.034/1995 e manteve um dispositivo sobre interceptação ambiental.
A interceptação ambiental era cobrada em concursos pela doutrina, jurisprudência, em 
peças práticas ou provas orais.
Há um Informativo do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre os policiais federais entrarem 
num escritório de advocacia e colocarem os aparelhos de interceptação ambiental, com auto-
rização judicial, durante o período da noite – o STF considerou a prova obtida como lícita, pois 
quando um escritório de advogados está envolvido com atividades criminosas, é afastada a 
inviolabilidade desse mesmo escritório, segundo previsão do Estatuto da OAB.
Há, agora, tipos penais previstos na Lei de Abuso de Autoridade que punem a conduta da 
autoridade e dos seus agentes de entrar, de maneira astuciosa, na residência de uma pessoa, 
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sem observar o cumprimento de horários. A Lei de Abuso de Autoridade, inclusive, revogou 
um dispositivo do CP (art. 150) que tratava sobre o ingresso do funcionário público em uma 
residência de forma ilegal.
• O tipo penal previsto no art. 10 da Lei n. 9.296/1996, referente à interceptação telefô-
nica ilegal, tem uma nova redação.
• A interceptação ilegal de telefone não configura crime hediondo.
• Existe a interceptação de telefone de maneira ilegal e a quebra de sigilo telefônico de 
maneira ilegal – como a Lei se refere também a dados de informática e telemática, 
implica quebra de dados de maneira ilegal.
Obs.: � A interceptação telefônica é diferente da interceptação ambiental.
Lei n. 9.296/1996
Art. 10-A. Realizar captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos para inves-
tigação ou instrução criminal sem autorização judicial, quando esta for exigida:
Pena – reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa.
§ 1º Não há crime se a captação é realizada por um dos interlocutores.
§ 2º A pena será aplicada em dobro ao funcionário público que descumprir determinação de sigilo 
das investigações que envolvam a captação ambiental ou revelar o conteúdo das gravações en-
quanto mantido o sigilo judicial.
Não se admite suspensão do processo (sursis processual) prevista no art. 89 da Lei n. 
9.099/1995, porque essa só cabe para os crimes cuja pena mínima é igual ou inferior a um 
ano. A pena mínima por captação ilegal ambiental é de 2 anos. Sendo a pena máxima de 4 
anos, também não se admite transação penal, porque a transação penal cabe para os crimes 
cuja pena máxima é de até 2 anos e em todas as contravenções penais (art. 76 da Lei n. 
9.099/1995).
As medidas despenalizadoras previstas na Lei n. 9.099/1995, que é a Lei dos Juizados 
Especiais Criminais Estaduais, não estão previstas para serem aplicadas na captação ambien-
tal ilegal.
Os Juizados Especiais Criminais Federais não julgam as contravenções penais, de acordo 
com a Súmula 38 do STJ e o artigo 109 da Constituição Federal (CF).
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Aqueles que acompanham a Operação Lava Jato desde 2013 devem se lembrar de quando 
Roberto Yousseff, numa foto, exibiu microfones instalados no local onde ele ficava detido. Isso 
caracterizaria captação ambiental ilegal.
Esse crime é doloso, o elemento subjetivo é o dolo, não admite modalidade culposa (não 
é referida de modo expresso).
Na fase de investigação, pode ser incluído o inquérito policial.
A instrução criminal compreende o processo crime, é uma das fases dele (fase de produ-
ção de provas, em juízo).
O crime de captação ambiental ilegal acontece ou durante uma investigação (inquérito) ou 
durante a instrução criminal (processo crime).
O funcionário poderá passar informações a um colega que não está relacionado ao caso 
ou mesmo a um familiar ou revelar, tornar público, passando à imprensa, e com isso incorrerá 
em crime punido com o dobro.
As interceptações telefônicas e ambientais são cautelares sigilosas, tramitam separadas 
dos autos do processo.
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���������������������������������������������������������������������������������Este material foi elaborado pela equipe pedagógica do Gran Cursos Online, de acordo com a aula 
preparada e ministrada pelo professor Sérgio Bautzer. 
A presente degravação tem como objetivo auxiliar no acompanhamento e na revisão do conteúdo 
ministrado na videoaula. Não recomendamos a substituição do estudo em vídeo pela leitura exclu-
siva deste material.

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