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Disc.: INVESTIGAÇÃO - INTERCEPTAÇÃO TELEFÔNICA E CRIMES DE COLARINHO BRANCO Aluno(a): Acertos: 10,0 de 10,0 03/09/2022 1a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Para que questão da prova no processo penal esteja alinhada aos requisitos democráticos e constitucionais, princípios norteadores devem ser atendidos. Nesse sentido, o que se entende pelo princípio da comunhão das provas? As ações da autoridade policial na busca da prova devem ser razoáveis. O ônus da prova cabe a quem alega a ocorrência do fato no mundo dos acontecimentos. É preciso garantir o contraditório antes do deferimento da interceptação telefônica pelo magistrado. A prova produzida no curso da investigação e inserida no processo pertence a ele, não mais a quem a produziu. O acusado só é considerado culpado com o reconhecimento da autoridade judiciária de que não há mais provas a serem levadas ao processo. Respondido em 03/09/2022 12:25:38 Explicação: Apenas uma alternativa responde ao comando da questão, pois o princípio da comunhão das provas apregoa que, uma vez tendo a parte (seja acusação ou defesa) produzido/levado a prova ao processo penal, ela se integra ao processo, sob o crivo do contraditório e da ampla defesa, prestando-se à elucidação completa dos fatos. 2a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (IBADE/2017) Euclênio, jornalista, teve seu telefone interceptado para que fosse descoberta a fonte de uma reportagem, uma vez que alguém repassara informações a ele para uma matéria sobre corrupção no poder público. A Polícia Civil, ao elaborar a representação pela receptação telefônica sustentou que a fonte do jornalista participara de um esquema de desvio de verbas públicas e sua identificação seria imprescindível para o sucesso da investigação. Nesse contexto, é correto afirmar que: Considera-se a interceptação telefônica ilegal, tendo em vista que o jornalista não participou do crime, contudo não há previsão constitucional ao sigilo da fonte. A interceptação telefônica é legal, mesmo que o jornalista não tenha participado do crime, devendo ser considerado que o sigilo da fonte não foi arrolado entre os direitos fundamentais. A interceptação telefônica é ilegal porquanto o jornalista não tenha participação no crime e a CRFB/88 estabeleça o sigilo da fonte como direito individual. Em que pese o sigilo da fonte ser um direito fundamental, a interceptação telefônica é legal, mesmo que o jornalista não tenha participado do crime. O jornalista não poderia ser interceptado em hipótese alguma, pois a CRFB/88 lhe garante a cláusula de reserva absoluta. Respondido em 03/09/2022 12:26:10 Explicação: Na situação narrada, o jornalista não era investigado criminalmente. Logo, a interceptação é ilegal por violação ao sigilo da fonte, constituindo prova ilícita que deve ser inutilizada no processo penal (art. 5º, LVI, da Constituição Federal). 3a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (FCC/2002 - Adaptada) A realização da escuta telefônica demanda o preenchimento de certos requisitos. Para licitude da escuta telefônica são requisitos que não podem ser afastados: a ordem judicial. A realização da escuta telefônica demanda o preenchimento de certos requisitos. Para licitude da escuta telefônica são requisitos que não podem ser afastados: a ordem judicial: E finalidade de investigação criminal ou instrução processual penal. Ou do representante do Ministério Público, em qualquer caso de investigação criminal ou instrução processual. Ou policial, conforme haja, respectivamente, instrução processual ou investigação criminal. E finalidade de investigação ou instrução processual de qualquer natureza. Ou policial, sempre que eles julgarem necessário em despacho fundamentado. Respondido em 03/09/2022 12:26:45 Explicação: Trata-se de reprodução do art. 5º, inciso XII, da Constituição Federal, segundo o qual é inviolável o sigilo da correspondência e das comunicações telegráficas, de dados e das comunicações telefônicas, salvo, no último caso, por ordem judicial, nas hipóteses e na forma que a lei estabelecer para fins de investigação criminal ou instrução processual penal. 4a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 A Lei nº 9.296/96 já foi objeto de algumas reformas desde sua edição. Assinale a alternativa que faça referência à nova redação dada à Lei nº 9.296/96 pela Lei nº 13.869/2019. No que se refere ao crime esculpido no art. 10, incorrerá na mesma pena a autoridade judicial que determina a execução de conduta prevista no caput do dispositivo com objetivo não autorizado em lei. O incidente de inutilização será assistido pelo Ministério Público, sendo facultada a presença do acusado ou de seu representante legal. A interceptação de comunicações telefônicas dependerá de ordem do juiz competente da ação principal, sob segredo de justiça. De forma excepcional, o juiz poderá admitir que o pedido seja formulado verbalmente, desde que estejam presentes os pressupostos que autorizem a interceptação, caso em que a concessão será condicionada à sua redução a termo. A decisão que defere o pedido da interceptação telefônica será fundamentada, sob pena de nulidade. Respondido em 03/09/2022 12:27:09 Explicação: A Lei nº 13.869/2019 inovou no ordenamento jurídico penal e processual penal no que tange à interceptação telefônica, incluindo o parágrafo único ao art. 10 da Lei nº 9.296/96, responsabilizando a autoridade judicial que determina a execução de conduta prevista no caput do mesmo dispositivo, qual seja, realizar interceptação de comunicações telefônicas, de informática ou telemática, promover escuta ambiental ou quebrar segredo da Justiça, sem autorização judicial ou com objetivos não autorizados em lei, na mesma pena de reclusão, de 2 (dois) a 4 (quatro) anos, e multa. As demais alternativas não representam inovações trazidas pela referida lei. 5a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Banca: CESPE - 2009 - TRE-GO - Analista Judiciário - Área Judiciária ¿ AdaptadaFoi requerida ao juiz a autorização para a interceptação do telefone celular utilizado por Natália, por existirem indícios de seu envolvimento no crime de moeda falsa, previsto no art. 289 do Código Penal, cuja pena é de reclusão, de 3 a 12 anos, e multa. O juiz autorizou o monitoramento pelo prazo de quinze dias. Considerando a situação hipotética apresentada, assinale a opção correta. A interceptação é ilícita, uma vez que o crime de moeda falsa não está elencado como um dos crimes passíveis de investigação mediante escuta telefônica. Ultrapassado o período de quinze dias, caso a autoridade policial prossiga no monitoramento, sem requerer a prorrogação do prazo, toda prova se tornará ilícita. Dessa forma, embora a prova possa permanecer nos autos, não poderá ser considerada pelo juiz quando da fundamentação da sentença a ser proferida na ação penal proposta. A interceptação seria lícita para obtenção de provas neste crime e em qualquer outro, visto que não existem requisitos específicos para que a interceptação seja utilizada. A interceptação das comunicações telefônicas somente poderá ser determinada pelo juiz se houver requerimento da autoridade policial. Para requerer a prorrogação da interceptação telefônica, não há a necessidade de transcrição de todas as conversas interceptadas durante o período de monitoramento. Respondido em 03/09/2022 12:27:28 Explicação: Entendimento do STF neste sentido. O STF (Inq 3693/PA e e do HC 278.794) e o STJ (AgRg no REsp 1316907/PR) já firmaram entendimento de que, sendo possível o acesso do investigado à todas as conversas captadas, não é obrigatória a realização da transcrição integral do material captado, sendo suficiente a degravação dos trechos das conversas que foram necessários ao embasamento da denúncia oferecida.Considerando a possibilidade das conversas obtidas pela interceptação implicarem em um numeroso montante de horas de gravação, a não relativização da necessidade de transcrição integral do material interceptado acabaria por afetar o tempo razoável para o início da instrução criminal. Por fim, não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando a prova puder ser feita por outros meios disponíveis, tampouco quando o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. 6a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 Banca: VUNESP - 2018 - Câmara de Tanabi - SP ¿ Advogado - Adaptada A Lei nº 9.296/96 é responsável por regulamentar o inciso XII, parte final, do art. 5° da Constituição Federal. Nos expressos termos da lei, em especial nos arts. 1º a 3º , a interceptação de comunicações telefônicas: só é admitida para obtenção de prova em investigação criminal e instrução processual penal. é meio de prova que pode ser determinado por qualquer juiz, em processos cíveis ou criminais. se admite, apenas, para prova de crimes punidos com detenção e reclusão, excluídos os delitos punidos com prisão simples. é admitida mesmo que a prova buscada possa ser produzida por outro meio disponível. depende, para sua decretação, de prévio e favorável parecer do Ministério Público, não podendo ser determinada de ofício pelo magistrado. Respondido em 03/09/2022 12:27:52 Explicação: Previsão expressa da Lei 9.296/96. Não será admitida a interceptação de comunicações telefônicas quando a prova puder ser feita por outros meios disponíveis, tampouco quando o fato investigado constituir infração penal punida, no máximo, com pena de detenção. Além disso, a interceptação de comunicações telefônicas, de qualquer natureza, só é possível para obtenção de prova em investigação criminal e em instrução processual penal. 7a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (FCC/AFAP - Analista de Fomento - 2019 - ADAPTADA) A Lei 7.492/86 define os Crimes contra o Sistema Financeiro Nacional. Acerca do procedimento previsto para tais crimes, é correto afirmar que: Quando tais crimes forem cometidos em quadrilha ou coautoria, o coautor ou partícipe que, através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa, terá sua pena reduzida de um a dois terços. Quando a denúncia não for intentada no prazo legal, o prejudicado poderá representar perante o Corregedor Geral da Justiça Federal para que determine ao órgão ministerial as providências cabíveis. A ação penal, nesses crimes, será promovida pelo Ministério Público Federal ou Estadual, perante a Justiça Federal ou Estadual, de acordo com o tipo penal no caso concreto. O órgão do Ministério Público poderá requerer ao juiz da causa que requisite quaisquer informações, documentos ou diligências para subsidiar as provas dos crimes investigados, sendo defeso fazê-lo diretamente. Nos crimes apenados com reclusão, contra o Sistema Financeiro Nacional, o réu poderá prestar fiança e apelar em liberdade, desde que primário e de bons antecedentes, estando ou não configurada a situação justificadora de prisão preventiva. Respondido em 03/09/2022 12:40:10 Explicação: O art. 27 da Lei 7.492/86, determina que quando a denúncia não for intentada no prazo legal, o ofendido poderá representar ao Procurador-Geral da República, para que este a ofereça, designe outro órgão do Ministério Público para oferecê-la ou determine o arquivamento das peças de informação recebidas. De outro lado, o art. 26 institui que a ação penal, nos crimes previstos em tal lei, será promovida pelo Ministério Público Federal, perante a Justiça Federal. O art. 25, § 2º dispõe que nos crimes cometidos em quadrilha ou co-autoria, o co-autor ou partícipe que através de confissão espontânea revelar à autoridade policial ou judicial toda a trama delituosa terá a sua pena reduzida de um a dois terços. O art. 31 prevê que, nos crimes previstos nesta lei e punidos com pena de reclusão, o réu não poderá prestar fiança, nem apelar antes de ser recolhido à prisão, ainda que primário e de bons antecedentes, se estiver configurada situação que autoriza a prisão preventiva. O art. 29 prevê que o órgão do Ministério Público Federal, sempre que julgar necessário, poderá requisitar, a qualquer autoridade, informação, documento ou diligência, relativa à prova dos crimes previstos na lei. 8a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (Instituto AOCP - PC/PA - Investigador de Polícia Civil - 2021 - ADAPTADA) A Lei de Organizações Criminosas (Lei nº 12.850/2013), não só define organização criminosa, como também dispõe sobre a investigação criminal, os meios de obtenção da prova, infrações penais correlatas e o procedimento criminal. Sobre o tema, assinale a alternativa correta. As informações pormenorizadas da colaboração serão dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá no prazo máximo de setenta e duas horas. O juiz poderá, de ofício ou a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até a metade a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal. O prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderão ser suspensos por até um ano, prorrogável por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. A condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, da função, do emprego ou do mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de cinco anos subsequentes ao cumprimento da pena. A Lei 18.850/13 admite dentre as técnicas investigativas: a colaboração premiada; a ação controlada; o acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais; e captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos. Respondido em 03/09/2022 12:34:14 Explicação: Segundo o art. 3o da lei, as seguintes técnicas investigativas são admitidas: I - colaboração premiada; II - captação ambiental de sinais eletromagnéticos, ópticos ou acústicos; III - ação controlada; IV - acesso a registros de ligações telefônicas e telemáticas, a dados cadastrais constantes de bancos de dados públicos ou privados e a informações eleitorais ou comerciais; V - interceptação de comunicações telefônicas e telemáticas, nos termos da legislação específica; VI - afastamento dos sigilos financeiro, bancário e fiscal, nos termos da legislação específica; VII - infiltração, por policiais, em atividade de investigação; VIII - cooperação entre instituições e órgãos federais, distritais, estaduais e municipais na busca de provas e informações de interesse da investigação ou da instrução criminal. Pelo art. 7 § 1º, as informações pormenorizadas da colaboração serão dirigidas diretamente ao juiz a que recair a distribuição, que decidirá no prazo de 48 (quarenta e oito) horas. Com base no art. 2° § 6º, a condenação com trânsito em julgado acarretará ao funcionário público a perda do cargo, função, emprego ou mandato eletivo e a interdição para o exercício de função ou cargo público pelo prazo de 8 (oito) anos subsequentes ao cumprimento da pena. Pelo art. 4º, o juiz poderá, a requerimento das partes, conceder o perdão judicial, reduzir em até 2/3 (dois terços) a pena privativa de liberdade ou substituí-la por restritiva de direitos daquele que tenha colaborado efetiva e voluntariamente com a investigação e com o processo criminal, desde que dessa colaboração advenha um ou mais de alguns resultados expressos na referida lei. Veja que o juiz precisaser provocado e não age de ofício. O art. § 3º prevê que o prazo para oferecimento de denúncia ou o processo, relativos ao colaborador, poderá ser suspenso por até 6 (seis) meses, prorrogáveis por igual período, até que sejam cumpridas as medidas de colaboração, suspendendo-se o respectivo prazo prescricional. 9a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (2019 - TJ-PR - Titular de Serviços de Notas e de Registros - Provimento) "O conceito de bem jurídico é bastante recente no Direito Penal, apontando-se o século XIX como o ponto de partida". (RANGEL; BACILA, 2015). Bem jurídico, portanto, é um interesse relevante tutelado pelo direito. É um bem jurídico tutelado no delito de Associação Criminosa previsto no artigo 288 do Código penal: fé pública. patrimônio público. costumes. incolumidade pública. paz pública. Respondido em 03/09/2022 12:32:43 Explicação: Conforme o título ao qual se inscreve no Código penal, IX, trata-se de crime contra a paz pública. As demais alternativas não se aplicam. 10a Questão Acerto: 1,0 / 1,0 (2018 - DPE-SC - Técnico Administrativo) O crime contra a Administração Pública de apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-lo, em proveito próprio ou alheio, chama-se: Corrupção Passiva. Concussão. Peculato. Prevaricação. Tráfico de influência. Respondido em 03/09/2022 12:29:59 Explicação: A questão exige o teor do Art. 316, CP, crime de peculato, segundo o qual "Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa". As demais alternativas não se aplicam.
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