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HIPERTIREOIDISMO ETIOLOGIAS QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO Primário: problema na tireoide TSH baixo/ T3 e T4L altos Secundário: problema na hipófise ↑ TSH, ↑ T3 e T4L Insônia; cansaço extremo; agitação psicomotora; incapacidade de concentração; nervosismo; dificuldade de controlar as emoções; agressividade; sudorese excessiva; intolerância ao calor; hiperdefecação; amenorreia; oligomenorreia; perda de libido e disfunção erétil; perda ponderal; polifagia; pele quente e úmida; presença de tremor fino e sustentado; queda de cabelo; retração palpebral; olhar fixo e brilhante; PA divergente (diferença de PAS e PAD > 60); B1 hiperfonética; fibrilação atrial; cardiomiopatia dilatada; miopatia; osteopatia; hipercalcemia e hipercalciúria; elevação da fosfatase alcalina, de ALT e da enzima conversora de angiotensina e ferritina; redução do colesterol; microcitose. DOENÇA DE GRAVES QUADRO CLÍNICO DIAGNÓSTICO Tríade de Graves: bócio difuso e simétrico + exoftalmia + dermopatia (mixedema pré-tibial) TSH↓ e T4L↑ Obs: se TSH suprimido e T4L normal, dosa-se T3. Alterações hematológicas e bioquímicas: leucopenia, hipercalciúria, hipercalcemia, hiperbilirrubinemia, ↑ transaminases, FA e GGT; anemia normo normo; ↑de células vermelhas; ↑ de volume plasmático. Obs: solicitar sempre hepatograma, pois drogas antitireoidianas possuem efeito hepatotoxico; Anticorpos antitireoidianos: Anti-TPO (mais típica em Hashimoto); TRAb específico de Graves. TRATAMENTO SEGUIMENTO PRIMEIRA OPÇÃO DE TRATAMENTO: BB + tionamidas Betabloqueadores: propranolol 20-40mg a cada 6 a 8 horas ou atenolol 50-200mg/dia (efeito sobre as manifestações adrenérgicas da tireotoxicose e inibe a conversão periférica de T4 em T3). Tionamidas: Efeitos colaterais: rash cutâneo, prurido, artralgia, doença do soro, alopecia, perda do paladar, sintomas gastrointestinais, sialoadenite, hepatite medicamentosa com PTU, colestase, alterações hematológicas, neurite, psicose toxica. - Metimazol (primeira escolha) Ataque (4-8 semanas): 40 mg/dia, em 1-2 tomadas Manutenção: 5-20mg/dia, em 1 tomada - propiltiouracil (indicações: gestantes no primeiro trimestre, crise tireotóxica e contraindicação ao metimazol) Ataque (4-8 semanas): 300-600mg/dia em 3 tomadas; Manutenção: 100-400mg/dia em 2 tomadas SEGUNDA OPÇÃO DE TRATAMENTO: dose terapêutica de iodo/ radioablação com iodo-131: dose média: 5-15mCi contraindicação: gravidez e oftalmopatia (pode exacerbar); iniciar prednisona 0,2-0,5 mg/kg/dia com redução gradual em 2-3 meses para pacientes com oftalmopatia moderada a grave antes da terapia com iodo. Consequência: hipotireoidismo pós- radioablação→ faz-se reposição de levotiroxina 50-200µg/dia TERCEIRA OPÇÃO DE TRATAMENTO: Tireoidectomia subtotal ou quase total. Indicações: pacientes que não controlam a doença com tionamidas e se recusam a fazer radioablação com iodo; bócio volumoso causando deformidade estética ou comprimindo traqueia e trazendo desconforto; suspeita de neoplasia tireoidiana subjacente Seis semanas de tratamento→ novos exames→ persistência de hipertireoidismo → aumenta-se a dose. TSH demora para normalizar no hipertireoidismo primário→ devido a atrofia dos tireotrofos da hipófise→ seguimento deve ser feito avaliando T4L. Após alcançar o eutireoidismo→ reduz-se a droga pela metade em cerca de 4-8 semanas, e depois 1/3 da inicial. A partir disso, avalia-se a cada 3 meses. Jamille Ponte ADENOMA TÓXICO/ DOENÇA DE PLUMMER QUADRO CLÍNICO / DIAGNÓSTICO TRATAMENTO Nódulo tireoidiano autônomo hiperfuncionante maior que 3 cm; Dor, aumento de volume, necrose espontânea e calcificação; TSH sempre suprimido; T4L e T3 podem estar elevados. Confirmação: cintilografia tireoidiana → mostra nódulo quente com o restante da glândula com captação bem reduzida. Radioiodo 131I Nodulectomia Injeção percutânea do nódulo com etanol guiada por USG Terapia com laser guiada por USG TIREOIDITE GRANULOMATOSA DE DER QUERVAIN QUADRO CLÍNICO/ DIAGNÓSTICO TRATAMENTO clínica previa de infecção do trato respiratório superior. Presença de dor a palpação Doença autolimitada captação de iodo é baixa na cintilografia tireoidiana (“nódulo frio”) AINE ou corticoide + propranolol (paciente é muito sintomático) CRISE TIREOTÓXICA FATORES PRECIPITANTES MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS TRATAMENTO Infecções, cirurgias, terapia com iodo radioativo, suspensão de drogas antitireoidianas, uso de amiodarona, ingestão de hormônios tireoidianos, insuficiência cardíaca, toxemia da gravidez, hipoglicemia, parto, estresse emocional importante, embolia pulmonar, acidente vascular encefálico, trauma à glândula tireoide, cetoacidose diabética, extração dentaria, infarto agudo do miocárdio. Escala de gravidade proposta por Herman: - Estágio I: taquicardia superior a 150bpm, arritmia, hipertermia, diarreia, tremor intenso, desidratação, agitação; - Estágio II: estágio I + distúrbios da consciência (estupor, sonolência, psicose, desorientação no tempo e espaço) - Estágio III: coma Propiltiouracil em doses altas → ataque: 800mg e 200- 300 de 8/8h, VO, sonda nasogástrica ou retal. Iodo após 1h da dose de PTU na forma de iodeto de potassio 5 gotas 8/8h ou solução lugol 10gotas VO 8/8h Propanolol IV 1mg até a dose de 10mg ou VO 40-60mg 6/6h Dexametasona: 2mg IV 6/6h Jamille Ponte
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