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AD1 2021 1 EJA

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UNIVERSIDADE FEDERAL 
DO
 
ESTADO DO RIO DE 
JANEIRO
 
 
	Nome: 
	
	Matrícula: 
	Polo: 
 
 
EJA 
EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS 
Coordenação: Prof.ª Juliana Prata 
 
AD1 – 2021.1 
 
 
Questão 1 (valor: 2,5 pontos) Descreva qual a importância do Manifesto dos Pioneiros, de 1932, para o debate sobre o direito à educação para todos os brasileiros? 
Durante o Período Republicano e sua efervescência política surge o movimento dos Pioneiros da Educação Nova, que defendia a educação como recurso para as melhorias e desenvolvimentos da estrutura social. Desse movimento é criado o Manifesto dos Pioneiros de 1932. Seu papel no debate sobre o direito à educação para todos vem do fato de que esse documento pregava a laicidade e a gratuidade da educação e defendia um ensino púbico e obrigatório para os brasileiros, buscando combater assim o elitismo tradicional vigente naquela época. Esse documento configurou, portanto, um importante marco da busca de direitos educacionais igualitários para todos. 
 
Questão 2 (valor: 2,5 pontos) No início da década de 1960, surgiu uma série de movimentos populares de alfabetização. Nesse contexto, o governo brasileiro criou o Programa Nacional de Alfabetização – PNA. Quais eram os objetivos do PNA? Quem foi o educador responsável pela sua organização? E como terminou o programa? 
 
O Programa Nacional de Alfabetização – PNA – tinha como objetivo mobilizar a participação, a cooperação e os serviços de agremiações estudantis, sindicatos, profissionais, sociedade de bairro, instituições religiosas, organizações da sociedade civil, organizações militares, associações patronais, o magistério e vários outros setores, para a alfabetização a partir do chamado “método Paulo Freire”. No entanto, o PNA durou pouco tempo, sendo silenciado pela força das armas com o golpe militar em março de 1964.
 
Questão 3 (valor: 5,0 pontos) O fichamento bibliográfico é o resumo, resenha crítica ou comentada das ideias principais abordadas por determinada obra. Escreva um fichamento do texto “A Trajetória Histórica da EJA no Brasil e suas Perspectivas na Atualidade”(Miranda et al, 2016). (Texto presente na plataforma). 
Disciplina: Educação de Jovens e Adultos – EJA
Trabalho: Fichamento modelo resumo
Referência: MIRANDA, Conceição de Paula; SOUZA, Leonardo Tavares; PEREIRA, Rodrigues Diamantino. A Trajetória Histórica da EJA e suas Perspectivas na Atualidade. Montes Claros, 2016).
 O presente artigo se debruça em descrever diversos momentos e cenários históricos, a partir do período colonial, que marcaram, e ainda marcam o ensino e a história do EJA no Brasil. Para tanto, os autores utilizaram de literatura científica para apresentar como o EJA se iniciou, descrever seu cenário até os dias de hoje e quais perspectivas podemos esperar para essa modalidade de ensino no país.
 O texto se inicia por pontuar o princípio do EJA no período de colonização, em que Jesuítas alfabetizavam e catequizavam tanto criança como adultos, unindo a fé católica ao trabalho educativo. Esse trabalho é encerrado com a chegada da família real, que toma para si essa responsabilidade sem de fato exerce-la. Somente após 1030 é que a educação de jovens e adultos volta a ter foco no cenário brasileiro, quando em 1934, o governo cria o Plano Nacional de Educação que estabelece o ensino primário integral, gratuito, obrigatório e extensivo para adultos como obrigação constitucional e dever do Estado assegurar.
 Após esse momento diversos movimentos e inciativas em prol do ensino para jovens e adultos passaram a fazer parte do cenário da educação brasileira. Em 1947 foi lançada uma campanha de Educação de Adultos e criou-se o Serviço Nacional de Educação de Adultos (SNEA) voltado ao ensino Supletivo. Nesse período surge também a 1º Campanha Nacional de Educação de Adolescentes e Adultos (CEAA) e o 1° Congresso Nacional de Educação de Adultos. Na década de 50 é realizada a Campanha Nacional de Educação de Adultos e, posteriormente, em 1949, o Seminário Interamericano de Educação de Adultos. Ainda nessa década é realizada a Campanha Nacional de Erradicação do Analfabetismo (CNEA) e na década de 1960 o Movimento da Educação de Base (MEB) (VIEIRA, 2004). Logo após, em 1967, o governo militar cria o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), 
 Na década de 70 destaca-se no país o ensino supletivo, criado em 1971 pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (nº. 5.692/71) (BRASIL, 1971). Nos anos 80 ocorre a implantação da Fundação Nacional para Educação de Jovens e Adultos (Fundação Educar), vinculada ao Ministério da Educação, ms somente em1996, surge a nova Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) (nº. 9.394/96), que reafirma o direito dos jovens e adultos trabalhadores ao ensino básico e ao dever público sua oferta gratuita, estabelecendo responsabilidades aos entes federados através da identificação e mobilização da demanda, com garantia ao acesso e permanência (BRASIL, 1996). 
 Em 2003 o Governo Federal criou a Secretaria Extraordinária de Erradicação do Analfabetismo, lançando então o Programa Brasil Alfabetizado, nele incluídos o Projeto Escola de Fábrica (voltado para cursos de formação profissional), o PROJOVEM (com enfoque central na qualificação para o trabalho unindo a implementação de ações comunitárias) e o Programa de Integração da Educação Profissional ao Ensino Médio para Jovens e Adultos (PROEJA) (VIEIRA, 2004). 
 Já em 2007 o Ministério da Educação (MEC) aprova a criação do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (FUNDEB), passando, todas as modalidades de ensino, a fazer parte dos recursos financeiros destinados à educação (BRASIL, 2007). 
 Essa análise da trajetória do EJA nos leva até o momento atual marcado pelas descontinuidades e insuficientes políticas públicas de ajuda. Os jovens e adultos analfabetos são vistos como um problema para a sociedade, e se tornam vítimas de um sistema excludente onde não são capazes de exercer todos os seus deveres como cidadão. O que foi possível observar com este artigo é que diversos programas e iniciativas foram criadas para auxiliar a educação dos adultos, mas quase todas fracassadas ou de duração curta. O EJA necessita de ajuda. Mas, mais do que uma necessidade, a Constituição Federal de 1988 demanda essa obrigação já que o ensino e aprendizagem é um direito assegurado a todos. É preciso investimentos firmes, políticas públicas eficazes e programas que criem de fato uma oportunidade real para todos aprenderem.

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