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TCC Final

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52
UNIVERSIDADE NILTON LINS
CURSO DE PSICOLOGIA
DISCIPLINA TCC I
	
GRACIETE DA COTA SILVA 
Psicologia Organizacional: A Identificação do Estresse Desenvolvido Dentro do Ambiente de Trabalho e a Importância da Pratica Psicológica Para a Prevenção de Saúde Mental 
MANAUS
2020
GRACIETE DA COTA SILVA 
Psicologia Organizacional: A Identificação do Estresse Desenvolvido Dentro do Ambiente de Trabalho e a Importância da Pratica Psicológica Para a Prevenção de Saúde Mental 
Monografia apresentada à Universidade Nilton Lins como requisito parcial para a obtenção do grau de Pedagogia. 
Linha de Pesquisa: Psicologia e processos de prevenção e promoção de saúde. 
Orientador Temático: Profº. Esp. Ariel Luiz da Silva Araújo 
Orientadora Metodológica: Profa. MSc. Lílian Christina Veiga Mota
MANAUS
2020
FOLHA DE APROVAÇÃO
ELI COSTA DE SOUZA 
Psicologia Organizacional: A Identificação do Estresse Desenvolvido Dentro do Ambiente de Trabalho e a Importância da Pratica Psicológica Para a Prevenção de Saúde Mental 
Monografia apresentada à Universidade Nilton Lins como requisito parcial para a obtenção do grau de Psicólogo.
Psicologia e processos de prevenção e promoção de saúde. 
APROVADA em: ____/____/____
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________
 Prof. Ariel Luiz da Silva Araújo 
 Orientador Temático
_________________________________________
Profa. Msc. Lílian Christina Veiga Mota Orientadora Metodológica
_________________________________________
 Esp. Jessé Assis Pacheco Rebelo
 Membro Convidado
DEDICATÓRIA
Dedico em especial primeiramente a Deus, outrossim, a todos que me auxiliaram e contribuíram na construção desta pesquisa.
Dedico aos meus pais Antônio Adezio Marques de Souza e Graciete Costa de Souza que me apoiaram nos momentos difíceis da minha caminhada e formação.
Dedico ao Profº. Temático Esp. Ariel Luiz da Silva Araújo que sempre se prontificou em auxiliar-me nas orientações e correções necessárias para o bom desenvolvimento desta monografia. 
Dedico a minha Noiva Fabíola da Silva Martins por me apoiar e estar ao meu lado nesse momento de construção da minha carreira profissional enquanto psicólogo. 
Dedico a psicóloga Juliana de Souza Izidio do Prado, que sempre me auxiliou nas atividades de estágio no Centro de Atenção Psicossocial ( CAPS ) Silvério Tundis
Dedico ao meu primo João Marques de Souza Junior por ter me ajudado pelo qual sou grato.
AGRADECIMENTOS
Agradeço de todo o meu coração em primeiro lugar a Deus que me sustentou e me apoiou em suas mãos nos momentos mais distintos da minha vida.
Agradeço a minha família que direta e indiretamente contribuiu e me apoiaram na aquisição de conhecimentos para a conclusão de mais essa jornada.
Agradeço a minha noiva e futura esposa/amiga, que me acompanhou e me deu forças em cada passo deste caminho.
Agradeço ao professor Esp. Ariel Luiz da Silva Araújo, orientador temático, que mesmo nos finais de semana e feriados sempre se mostrava presente para esclarecer dúvida da forma muito profissional que possibilitou a finalização deste trabalho pelo qual sou grato.
A minha orientadora metodológica Profa. Lílian Christina Veiga Mota por sua dedicação e atenção que foram necessários para o fechamento desta obra.
A coordenadora do curso Jaida da Costa, por sua compreensão e por todo o apoio nestes anos de formação.
Ao meu colega e amigo de classe Alexandro Braga que através de nossas discursões, conversas seculares falando de psicologias e psicologias no corredor da universidade tornaram esse caminho mais prazeroso, assim como todos os demais amigos com os quais pude compartilhar tantos momentos felizes.
Agradeço ao meu supervisor e colega de Trabalho Everton Amaral que em muitas das vezes confiou em mim e me liberava para o estágio e isto me proporcionou um desenvolvimento profissional e pessoal.
Igualmente a todos que contribuíram ao longo destes cincos anos para a conclusão deste curso de psicologia, meu muito obrigado.
EPÍGRAFE
Uma coisa eu sei: Deus está comigo. Pois o senhor é quem dá sabedoria; de sua boca procede o conhecimento e o discernimento.
Este é o dia que fez o senhor; regozijemo-nos, e alegremo-nos nele.
(Bíblia Sagrada)
VI
RESUMO
Este estudo buscará identificar as causas de adoecimento de colaboradores nos ambientes organizacionais de trabalho, visando compreender as angustias e que forma o estresse é desenvolvido dentro da esfera do ambiente organizacional, nas, suas mais diferentes funções laborais, visa igualmente reconhecer o papel do profissional psicólogo incorporado nas empresas, a fim de prevenir, detectar e combater os elementos responsáveis pelo o aparecimento de patologias, o adoecimento e pressões no ofício das atividades e como resolver a divergência de interesses entre divisões hierárquicas, bem como à sobre carga ocupacional que colaboram para o desajustamento da saúde psíquica de colaboradores direto e indiretamente, que corrobora para o aparecimento de sintomas psicossomáticos e as causas comuns doenças de ordem mental e físicas que contribuem para o fenômeno do estresse, ansiedades, irritação, agressividade e outros males de ordem psíquicas. Uma vez que o fenômeno do estresse dentro das organizações está diretamente relacionado à causa de afastamentos, seja abstinência, pedidos de licença, cuja as mais relacionadas são os transtornos ansiosos e reação grave ao estresse, sintomas esses muito observados em países desenvolvidos. A pesquisa de base encontra referencial teórico na perspectiva da psicologia organizacional como ciência de estúdio da psique humana enquanto campo de atuação, construindo mecanismos de ação preventiva e o papel do psicólogo mediante as circunstâncias que cooperam para o surgimento do estresse no ambiente organizacional são as práticas sobre carga de serviços, assédio moral, discriminação, assédio moral, desvio de função e preconceito. A coleta de dados dar-se à no primeiro semestre de 2017.
Palavras-chave: Identificação, estresse psicológico, saúde mental. 
ABSTRACT
This study will seek to identify the causes of sickness of employees in the organizational work environments, aiming to understand the anguish and how stress is developed within the sphere of the organizational environment, in its different work functions, it also aims to recognize the role of the psychological professional In order to prevent, detect and combat the elements responsible for the appearance of pathologies, illness and pressures in the activities and how to resolve the divergence of interests between hierarchical divisions, as well as the occupational burden that contribute to the Maladjustment of the psychic health of employees directly and indirectly that corroborate for the appearance of psychosomatic symptoms and causes common mental and physical illnesses that contribute to the phenomenon of stress, anxiety, irritation, aggression and other psychic ills. Since the phenomenon of stress within organizations is directly related to the cause of withdrawal, be it abstinence, license applications, the most related of which are anxious disorders and severe reaction to stress, symptoms that are much observed in developed countries. The basic research finds theoretical reference in the perspective of organizational psychology as the studio science of the human psyche as field of action, constructing mechanisms of preventive action and the role of psychologist through the circumstances that cooperate for the emergence of stress in the organizational environment are the practices On burdens of services, bullying, discrimination, harassment, misuse of duties and prejudice. Data collection will occur in the first half of 2017.
Key words:Identification, psychological stress, mental health.
SUMÁRIO
DEDICATÓRIA	I
AGRADECIMENTOS	II
EPÍGRAFE	III
RESUMO	IV
ABSTRACT	V
SUMÁRIO	VI
INTRODUÇÃO	7
OBJETIVOS	9
GERAL	9
ESPECÍFICOS	9
CAPÍTULO 1 - EMBASAMENTO TEÓRICO	10
1.1 Teoria de base	10
1.2 REVISÃO DA LITERATURA	12
1.2.1 O estresse no ambiente de trabalho	12
1.2.2 As principais angústias desenvolvidas nos funcionários devido o estresse	15
1.2.3 O Papel do Psicólogo no Ambiente Organizacional na prevenção da saúde mental do trabalhador	19
CAPÍTULO 2 - MATERIAIS E MÉTODOS	23
2.1 Tipo de Pesquisa	23
2.2 A Amostra	24
2.3 Local da Pesquisa	24
2.4 Tratamento e Análises de Dados	24
CAPÍTULO 3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO	26
3.1 Categoria 1- Os motivos que contribuem para o aparecimento do estresse no ambiente de trabalho e os principais sintomas vivenciados pelos trabalhadores.	27
3.2 Categoria 2 - Os distúrbios físicos e psicológicos acometidos no colaborador no ambiente organizacional de trabalho.	32
3.3 Categoria 3 - Atuações do psicólogo nas organizações no acompanhamento de pessoas, desenvolvimento de estratégias de combate ao estresse, manutenção, controle e avaliação de indivíduos.	36
CONCLUSÃO	43
REFERÊNCIAS	45
ANEXOS	53
INTRODUÇÃO
Os estudos realizados e que serão apresentados nesta monografia, estão organizados em capítulos. O primeiro capítulo fará referência ao tema e a problemática levantada; como a identificação do estresse desenvolvido dentro das organizações de trabalho, a exposição de colaboradores em situações de exigências que acarretam o desenvolvimento do estresse, cargas horárias prolongadas e a jornada de trabalho exaustiva. Explorações intelectuais e físicas, chefes autoritários e o ambiente desarmonioso que frequentemente aparecem dentro das organizações, imperando comportamentos negativos a partir de gestos, vocábulos, práticas discriminatórias desumanas, sem ética e que instalam males à dignidade racional desequilibrando o estado psicológico da pessoa envolvida, provocando graves problemas em relação a sua saúde mental. 
O primeiro capítulo igualmente disserta a revisão literária sobre Psicologia Organizacional: A Identificação do Estresse Desenvolvido Dentro do Ambiente de Trabalho; O estado emocional, físico e psicológico dos empregados vítimas das condições internas de trabalho que desencadeiam os fatores estressantes no indivíduo que trabalham sobre pressão das exigências e cobranças para o cumprimento de metas mirabolantes inatingíveis, horas extras excessivas além da jornada habitual de 44 horas semanais.
O estresse em questão é a manifestação da desordem orgânica e psíquica instigado por agentes agressores como o trauma, emoções intensas, fadiga, exposição a sobre carga de serviços, a situações conflituosas, tensão, que provocam nervosismo, inquietação, cefaleia, irritabilidade, baixa autoestima, mal estar, dentro outros sintomas no empregado que são os exemplos adversos comuns para a manifestação de estresse.
 O estresse juntamente com a rápida industrialização das empresas está gerando as desordens psíquicas, causando efeitos negativos no bem estar da saúde do trabalhador, acarretando mudanças orgânicas e mentais que implicam direta e indiretamente no bom desempenho deste funcionário. 
O segundo capítulo aborda sobre a metodologia utilizada para a análise dos dados, na qual consiste a pesquisa bibliográfica, sendo está definida como uma busca sistematizada e apurada teoricamente os conteúdos em livros, artigos, revistas entre outras ferramentas. A abordagem dessa pesquisa é qualitativa, onde o pesquisador procura aprofundar-se na compreensão dos fenômenos que estuda, focalizando-se nas ações dos indivíduos, grupos ou organizações em seu ambiente e contexto social.
O método escolhido para a análise e tratamento dos dados é o descritivo, neste tipo de método se estabelece uma relação entre os fenômenos e a população a serem estudados, utilizando variáveis específicas para descobrir a frequência das ocorrências dos fatos. A discussão é organizada por temas ou categorias.
Sabemos que as pessoas passam boa parte da sua vida no tralho e, é onde crescem e se promovem na busca de suas realizações pessoais, como também auxiliam as empresas a se manterem no mercado concorrido através de suas habilidades e capacidades, neste sentindo é extremamente importante promover um ambiente de trabalho acolhedor e que os funcionários possam se sentir bem, Com isso se preocupar com o bem estar, a saúde física e mental dos indivíduos é algo essencial para garantir uma produtividade eficaz, sem causar nenhum dano a ambas as partes. 
O terceiro capítulo discorre sobre os resultados referentes à temática, tendo como tema o estresse nas organizações de trabalho a prática psicológica e a prevenção da suade mental, tendo como primeiro tema: motivos do aparecimento do estresse no ambiente de Trabalho, e seus agentes potencializadores como; as vivências, condições de trabalho, falta de confiança, mudanças tecnologias e econômicas que desencadeiam o estresse no trabalhador, fatores e principais problemas que levaram esse fenômeno para as grandes organizações.
 O segundo tema a ser discutido, apresenta as principais complicações sobre o surgimento de patologias, são: os distúrbios físicos e psicológicos acometidos no colaborador no ambiente de trabalho dentro dos ambientes organizacionais, onde podemos destacar fatores orgânicos, hereditários, insatisfação, fadiga, problemas emocionais dentre outros fatores, relacionados ao gênero, idade, e características particulares que desencadeiam as alterações das funções psíquicas estressantes, além de comprometer a saúde orgânica do colaborador. 
Por fim, o último tema discute sobre as atuações do psicólogo nas organizações no acompanhamento de estratégias de combate ao estresse, manutenção, controle e avaliação de indivíduos, na tratativa desse fenômeno, bem como a criação de um clima organizacional que proporcione a saúde física, social e psíquica de todos os empregados. 
OBJETIVOS 
GERAL 
Analisar como o estresse surge no ambiente de trabalho, as principais causas dos processos desencadeantes deste dentro do ambiente organizacional e a importância da prática psicológica para prevenção da saúde mental do trabalhador.
ESPECÍFICOS 
· Identificar os fatores que contribuem para o surgimento do estresse no ambiente organizacional e os principais sintomas que o estresse ocasiona aos trabalhadores;
· Descrever os efeitos psicológicos desenvolvidos pelos trabalhadores e que causam danos à saúde mental.
· Averiguar a atuação do profissional de psicologia nas organizações em relação ao estresse e prevenção da saúde mental.
CAPÍTULO 1 - EMBASAMENTO TEÓRICO 
1.1 Teoria de base
A Psicologia organizacional é uma das áreas distintas da atuação da psicologia, um ramo de atuação. Com base na pesquisa teórica constatou-se para embasar teoricamente essa pesquisa a teoria de base Psicologia Organizacional. 
Psicologia organizacional é uma área da psicologia que fala nas relações de trabalho e que se preocupa com o bem estar e com a saúde mental do trabalhador. 
Segundo Spector (2012, p.7) “psicologia é a ciência do comportamento humano (e não humano), da cognição, da emoção e da motivação”. Ela pode ser dividida em várias especializações, algumas delas se preocupam somente com o próprio conhecimento da psicologia como ciência, enquanto outras se voltam também para a aplicação daquela ciência. A psicologia organizacional está inserida nesta última categoria ocupando-se tanto da ciência psicológica como com a sua aplicação aos problemas das pessoas nas organizações. 
De acordo com Spector (2012) a Psicologia organizacional refere-se ao desenvolvimento e à aplicação de aspectos científicos no contexto de trabalho. Esta disciplina não lida diretamente com os problemas emocionais ou pessoais do funcionário, pois isto é função da psicologia clínica. Mas nada impede, caso a organização verifique a necessidade de um especialista nesta área, e o psicólogo organizacionalindicar a contratação de um psicólogo clinico, subdividindo o trabalho dentro das necessidades verificadas. 
A psicologia organizacional e do trabalho abrange ações em instituições e empresas voltadas para o desenvolvimento de estratégias. Segundo Campos et al. (2011) ambicionam a melhoria do ambiente de trabalho e buscando compreender os fenômenos relacionados à vida do trabalhador em seu contexto pessoal e profissional, procurando promover seu bem-estar nesse ambiente. Através da psicologia das organizações, torna-se possível realizar atração e seleção, análise de clima organizacional, resolver conflitos entre funcionários, organizar treinamentos para aprimoramento de habilidades e desenvolver dinâmicas de grupo.
Campos et al. (2011) por esse motivo, o psicólogo organizacional exerce importância na busca por satisfação do trabalhador para com a empresa/instituição, além de que essas sejam privilegiadas pela espécie do trabalho desenvolvido. Ainda, demonstra-se relevante destacar que o ofício do profissional dentro das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos trabalhadores dentro dos vários setores que a compõem, considerando a saúde e a subjetividade dos mesmos e o funcionamento da empresa. As atividades exercidas nessa atribuição, fundamentadas em técnicas e instrumentos da psicologia, trazem desenvolvimento para a empresa, para o trabalhador e para a sociedade.
O ramo da psicologia do trabalho visa analisar e modificar os comportamentos e as situações do Homem no trabalho, no que diz respeito às condições de trabalho exteriores a esse indivíduo e por meio dessas mesmas condições, ou seja, deve-se buscar promover, nos espaços organizacionais, ambientes de trabalho onde as pessoas se sintam bem ou motivadas. Ao trabalhar com satisfação, o indivíduo preenche seu lado profissional e também o pessoal, e, assim, esta pessoa é muito mais produtiva, pois encontra razões para executar suas tarefas (CLOT, 2006, p. 55).
A atuação da Psicologia Organizacional como ciência tem duas divisões principais: a industrial (de recursos humanos) e a organizacional. Apesar destes dois conteúdos se sobreporem e não poderem ser facilmente separados, tradicionalmente eles têm origens diferentes. A parte industrial, que deu início a este campo de atuação é amais antiga e busca gerenciar a eficácia organizacional por meio do uso adequado dos recursos humanos. Ela se preocupa com a questão de eficiência no projeto de tarefas, seleção e treinamento de funcionários e avaliação de desempenho. A parte organizacional se desenvolveu a partir do movimento das relações humanas nas empresas. Seu foco no trabalhador como indivíduo é maior do que a existente na parte industrial (SPECTOR, 2012). 
Ainda segundo Spector (2012) preocupa-se em entender e compreender o comportamento individual e aumentar o bem-estar dos colaboradores no ambiente de trabalho. Os aspectos organizacionais abordam o comportamento e as atitudes dos funcionários, o estresse no trabalho e práticas de supervisão. Como podemos observar a área industrial e organizacional não podem ser distinguidas com clareza, e juntas elas sugerem toda a amplitude da psicologia organizacional. 
a evolução da psicologia organizacional e o do trabalho no Brasil seguiram as transformações internacionias relativas à área. Seu aparecimento está associado à crescente industrialização que ocorreu nos principais países do cenário Ocidental, no fim do século XIX e início do século XX (ZANELLI & BASTOS, 2007).
Segundo Zanelli & Bastos (2007) a busca de critérios e procedimentos para atender as demandas de avaliação e seleção de pessoal para as indústrias em grande expansão e de militares para o exército fez com que os métodos e teorias tivessem seus primórdios na área. O desempenho e eficiência no trabalho constituíram, desde o começo, preocupações que orientam as atividades dos psicólogos nas organizações.
Segundo Krumm (2011) a psicologia organizacional é definida como a aplicação da teoria e da metodologia psicológicas aos problemas das organizações e aos problemas de grupos e indivíduos nos ambientes organizacionais.
As organizações empresariais são compostas em níveis de hierarquia, que envolvem as relações de obediência. Conforme Campos (2011) o papel do psicólogo dentro das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da organização.
 De acordo com Pereira (2010) a psicologia vem se modificando a cada dia e com isso surgindo novos cursos e com isso aumentando a quantidade de Psicólogos no mercado de trabalho.
1.2 REVISÃO DA LITERATURA
1.2.1 O estresse no ambiente de trabalho
Conforme o dicionário Aurélio, o conceito de estresse na medicina é um “conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e outras, capazes de perturbar a homeostase; estricção” (FERREIRA, 2009, p. 837). 
Limongi-França e Rodrigues definem o estresse como o estado do organismo, após o esforço de adaptação, que pode produzir deformações na capacidade de resposta, atingindo o comportamento mental e afetivo, o estado físico e o relacionamento com as pessoas (2005, p. 25).
O estresse é uma circunstância de desarmonia orgânica física e mental que podem gerar outras complicações.
Se este equilíbrio é reestabelecido de pronto, não há danos maiores para a pessoa. No entanto, se a condição de desequilíbrio permanecer por tempo excessivo, as doenças começam a surgir e a impaciência, a ansiedade e a depressão se estabelecem (LIPP, 2010, p.1). 
As transformações constantes que tem ocorrido na economia mundial, nas relações sociais e políticas, na tecnologia e na organização produtiva têm provocado alterações no mundo do trabalho e têm gerado um forte impacto na saúde e na qualidade de vida do trabalhador. Em poucas décadas, o mundo do trabalho sofreu profundas mudanças. A concorrência mundial nunca foi tão grande e as organizações estão sendo gerenciadas de uma forma nova e mais engenhosa. Ao final do século XX, observa-se que o panorama do trabalho se transformou de maneira imprevista (AREIAS & COMANDULE, 2004).
 Trabalhadores mundo afora estão se confrontando com uma enorme variedade de novas estruturas e de novos processos organizacionais – downsizing, produção enxuta, estrutura de gerenciamento horizontal, longos turnos de trabalho, contingente de emprego, só para nomear alguns. O estresse no trabalho tem se tornado (e cada vez mais) uma séria carga para a saúde e para a economia dos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Inúmeras pesquisas passam a ser desenvolvidas buscando uma maior compreensão do impacto dessas mudanças no adoecimento do trabalhador. Busca-se entender como essas condições contribuem para o estresse e para o surgimento de transtornos mentais e de doenças (AREIAS & COMANDULE, 2004).
Segundo Wagner (2009) o estresse caracteriza-se por um estado emocional desconfortável decorrente de situações onde as pessoas estão inseguras de sua capacidade para enfrentar um desafio percebido em relação a um valor importante.
Conforme dito por Bernal (2010, p. 144), [...] “o estresse esta na origem de 50% de todos os atestados médicos.” Além do desgaste emocional que o colaborador sofre, obtêm-se também custos para a organização, indivíduo e sistema de saúde que ampara o colaborador. 
Pode-se definir o estresse ocupacional a partir do enfoque nos estressores organizacionais que permitem diferenciar dois tipos de estudo: os de estresse ocupacional e os de estresse de forma geral. O ocupacional enfoca estressores relacionados ao ambiente de trabalho, e os de forma geral estressores gerais na vida do indivíduo (PASCHOAL; TAMAYO, 2006).
Quanto à definição do estresse ocupacional a partir das respostas aos eventos estressores, pode-se apontar sua contribuição para a identificação e compreensão de consequências do estresse. A principal crítica a esta abordagem refere-seà dificuldade em estabelecer se determinados comportamentos, estados afetivos e problemas de saúde são consequências de estresses organizacionais ou de outros contextos e eventos da vida do indivíduo (JONES; KINMAN, 2001 apud PASCHOAL; TAMAYO, 2006, p.3).
A abordagem que enfoca os estressores organizacionais tem contribuído para a identificação de demandas organizacionais potencialmente geradoras de estresse. Apesar das contribuições, esta abordagem tende a considerar o caráter objetivo dos estressores e tem sido alvo de inúmeras críticas (PASCHOAL; TAMAYO, 2006).
Para que isto não ocorra, é necessário que a pessoa perceba e avalie os eventos como estressores, o que quer dizer que fatores cognitivos têm um papel central no processo que ocorre entre os estímulos potencialmente estressores e as respostas do indivíduo a eles. A existência de um evento considerado estressor na organização não quer dizer que ele seja percebido desta maneira pela pessoa (PASCHOAL; TAMAYO, 2006).
Os impactos do estresse para as organizações são: queda de produção, predisposição a acidentes de trabalho, diminuição da qualidade dos produtos, absenteísmo, aumento da rotatividade, greves, ociosidade, sabotagem, afastamento por doenças, aumento de despesas médicas, desrespeitos entre os colaboradores (FRANÇA; RODRIGUES, 2011).
Já para Silva (2013) o estresse ocorre sempre que o sujeito sofre um estado de alerta preparando-o para uma determinada reação. No entanto a liberação dessa energia acumulada seja ela física ou mental não ocorre de maneira satisfatória para que o indivíduo possa sentir-se aliviado. 
	O estresse trata-se de uma reação do organismo que acontece frente a situações ao qual se exige do mesmo adaptações que estão além dos seus limites. Atualmente alguns estudos sobre o estresse apontam que tal fenômeno não atinge apenas o corpo e a mente do individuo, seus efeitos estão concomitantemente influenciando na qualidade de vida da sociedade (SADIR, BIGNOTTO E LIPP, 2010). 
Segundo Lipp (2010) pode se entender que a sobrecarga e as pressões excessivas por tempo e resultados no trabalho, em um mundo competitivo ao extremo, são as grandes causadoras do estresse laboral. Assim, muitos acabam se transformando em workholics, com sobrecarga de tarefas, trabalhando muitas horas a mais do que seria o correto para manter os níveis de estresse e saúde em proporções satisfatórias. 
Ballone (2008) entende que a urgência de tempo, responsabilidade excessiva e falta de apoio são alguns dos fatores que contribuem para o estresse patológico no trabalho, porque excedem a capacidade de adaptação do profissional. 
As condições de trabalho geram fatores estressantes, quando há desgastes das relações entre os funcionários, com ambiente de agressividade entre as pessoas, perda de tempo com discussões sem sentido, trabalho sem cooperação, inadequada abordagem política, competição demasiada entre os funcionários (MARRAS, 2011).
De acordo com Goulart Jr. e Lipp (2011) o estresse configura-se atualmente enquanto um fenômeno muito presente em todas as sociedades, atingindo os indivíduos independentes de sua condição econômica e social. Esse fenômeno “abre portas” para doenças, tanto de caráter psicológico como físico, trazendo prejuízos acentuados para toda a comunidade. Nas organizações de trabalho, a presença do estresse entre os trabalhadores pode influenciar nos altos índices de absenteísmo, acidentes de trabalho, licença saúde, diminuição da qualidade de vida no trabalho, aumento de conflitos interpessoais, etc; todas essas condições podem favorecer acentuados prejuízos, tanto para os trabalhadores como para as próprias organizações.
Segundo Lipp (2010) o estresse pode trazer importantes consequências para a empresa: excesso de atraso e faltas; aumento de licenças médicas; acidente de trabalho; alta rotatividade; desempenho irregular; absenteísmo dentre outros.
1.2.2 As principais angústias desenvolvidas nos funcionários devido o estresse
A saúde mental é concebida pela Organização Mundial de Saúde (OMS, 2011) como um estado de completo bem-estar físico, mental e social e não apenas como ausência de doenças. Quanto à saúde do trabalhador, entende-se o conjunto de ações de vigilância e assistência, visando a promoção, a proteção, a recuperação e a reabilitação da saúde dos trabalhadores submetidos a riscos e agravos advindos dos processos de trabalho.
De acordo com França e Rodrigues (2011, p. 31) “a vida de forma geral sem estresse seria chata, monótona e sem graça, não haveria desenvolvimento pessoal ou científico”. E que as pessoas precisam aprender a lidar com o estresse, pois estão a todo o momento tentando se adaptar as exigências internas e externas do ambiente.
Estresse é a palavra da moda, mas muitas pessoas ainda não sabem realmente o que significa, “Hans Selye utilizou esse termo para denominar o conjunto de reações que um organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço de adaptação” (FRANÇA; RODRIGUES, 2011, p.29).
A relação entre saúde mental e trabalho tem recebido atenção crescente nas últimas décadas devido às várias mudanças ocorridas no ambiente de trabalho com o advento da globalização. Entre essas mudanças estão a intensificação do trabalho, a alta produtividade, o avanço tecnológico e a precarização das relações de trabalho que têm resultado em ampliação significativa no número de trabalhadores com problemas de saúde, estresse e burnout (ZANELLI, 2010).
De acordo com Junior (2009) os trabalhos que são desenvolvidos de maneira negativa ou até mesmo agressiva, podem constranger e assim proporcionar o surgimento de variados fatores como: racismo, discriminação por sexo ou idade, diferenças religiosas, além do poder exercido de um sobre o outro. Por esses motivos, os locais de trabalho considerados estressantes, jornadas ampliadas, desvalorização profissional e consequentemente desigualdades salariais, são apenas alguns dos motivos que estão na base das doenças que atingem os trabalhadores.
Conforme Fiorelli relata sobre as atividades estressoras no ambiente organizacional: 
Desequilíbrio entre a capacidade física de produção e a quantidade exigida. O profissional torna-se ansioso por não atingir a meta. Inadequação entre o perfil do profissional e as exigências da tarefa. Agentes nocivos ou perturbadores presentes no local da tarefa (excesso de ruído, temperaturas muito elevadas, gases, poeira e outros). Manifestam-se os fenômenos relacionados com a sensação e a percepção [...] ( 2008, p. 284).
Na busca por eliminar o agente estressor e reestabelecer o equilíbrio do organismo o corpo produz substâncias antiestresse, mas se a exposição à causa do estresse continua a pessoa segue para a próxima fase. Os sintomas físicos e emocionais neste caso são mais graves como ulcerações no aparelho digestivo, mudanças de humor e no sono, entre outros (HOLLENBECK, 2006 apud PEREIRA, L, 2012).
Os fatores organizacionais que mais afetam a qualidade de vida, segundo Ballone (2008) podem ser: sobrecarga de trabalho - o ambiente de trabalho exige muito e com isso a falta de adaptação; falta de estímulos – neste caso existe o tédio, a sensação de nulidade ou solidão, portanto a falta ou escassez de solicitações também proporciona situações estressoras; ruídos – muitas profissões onde o ruído é intensivo existe mais estresse; alteração do sono – atraso nos horários do sono provocados pelo horário de trabalho, viagens, entre outros podem levar a insônia e consequentemente ao estresse.
Segundo o mesmo autor: a falta de perspectivas – a falta das boas perspectivas, ou o que é pior, na presença de perspectivas pessimistas a pessoa ficará sobre os efeitos ansiosos do cotidiano, sem esperanças de recompensas agradáveis; necessidades de mudanças – essas necessidades podem ser comparadas a um ciclo vicioso; o momento presente está quase sempre exigindo mudanças e com isso trazendo novos problemas; mudanças determinadas pela empresa – esse tipo de mudança pode ser feito por uma nova chefia. Mudanças devido à novas tecnologias– as tecnologias estão em constante mudança e com isso as pessoas são obrigadas a se adaptar ao novo; mudanças devido ao mercado – as oscilações do mercado. 
Nos dizeres de Bernal (2010, p. 145) “na realidade, o mau não é estar submetido ao estresse em certas ocasiões, mas que a situação de estresse perdure no tempo ou que tenhamos recursos para lutar contra ela.”
Fiorelli (2008, p. 281) ainda declara que “o indivíduo adota comportamentos de esquiva ou fuga de situações em que se sinta observado ou analisado”; ainda dito por Fiorelli (2008, p. 280), [...] “o indivíduo presa de constante nervosismo, a ponto de incapacitar-se para um desempenho eficaz”.
Por estes motivos que o investimento na Qualidade de Vida do trabalho vem sendo ponto chave para as empresas, pois esta ferramenta ajuda as partes a terem um relacionamento mais aberto e dinâmico, fazendo com que os impactos do trabalho seja amenizados. Programas de vacinação, leitura, jogos, confraternizações e trabalhos laborais são formas de se fazer esta interação, deixando seus funcionários e seus familiares mais a vontade em relação à empresa, tendo como consequência um melhor rendimento na execução de suas tarefas (SILVA, 2012, p. 01).
Todos os indivíduos dentro da sua subjetividade reagem de formas diferentes para melhor se enquadrar e ser bem visto na organização, mesmo se submetendo ao estresse contínuo, enfrentando essa pressão como desafio. 
A pessoa que recebe uma tarefa extra pode ver essa situação como a oportunidade de deixar boa impressão em seu supervisor, enquanto outra vai entender a mesma situação como imposição injusta sobre o seu tempo livre (SPECTOR, 2012, p. 432). 
O desenvolvimento do estresse pode ser causado pela falta de estímulos, perspectiva de vida e motivação, já que as atividades repetitivas e sem sentido são muito estressantes. Um profissional sem objetivo e sem perspectivas de crescimento na organização, cujo trabalho não o realiza, fica desmotivado, sem interesse podendo aí se instalar o estresse e as consequências dele advindas, como, no caso, a depressão, dentre outras (BALLONE, 2008).
Em abril de 2011, foi divulgada uma pesquisa da Universidade de Brasília, na qual ficou constatado que mais de um milhão de brasileiros recebem auxílio-doença devido aos problemas de saúde causados pelo estresse no trabalho. Os problemas mais encontrados foram: depressão, alcoolismo, hipertensão, dor de cabeça, entre outros. Constatou-se que a maioria das empresas não sabe lidar com problemas psicológicos dos profissionais (R7 NOTÍCIAS, 2011).
As pressões geradas pelas constantes transformações econômicas e sociais têm tornado os indivíduos mais vulneráveis às doenças psicossomáticas e orgânicas (ULHÔA, 2010). Nos últimos anos, estudos diversificados sobre estresse foram conduzidos em múltiplos contextos, associando-o a diferentes variáveis. Nestes estudos é perceptível a preocupação com a investigação acerca da relação entre estresse e trabalho, sobressaindo o construto do estresse laboral (SANTOS; CARDOSO, 2010).
Pereira, L. (2012) alerta que às vezes mudar as causas de estresse não são suficientes, e a eliminação dos sintomas é melhor do que nada, intervenções como exercícios físicos, técnicas de relaxamento e meditação, feedback positivo, rodízio de cargos, ginástica laboral, técnicas de administração do tempo, expansão da rede de apoio social, planejamento econômico, reeducação alimentar, entre outros, podem gerar benefícios tanto para as pessoas quanto para as empresas como a melhoria da qualidade de vida, aumento da motivação e satisfação no trabalho, redução do número de doenças e afastamentos, oportunidade de crescimento pessoal e profissional, otimização dos recursos da empresa, redução da ansiedade, aumento da produtividade, entre outros (FRANÇA; RODRIGUES, 2011).
A primeira fase, que é o alarme “é desencadeada quando se percebe, consciente ou inconsciente, algo que ameaça física ou psicologicamente à adaptação ao meio. Nesta fase os indivíduos analisam estratégias de enfrentamento, decidindo se irão enfrentar ou fugir. Se a escolha for a fuga, poderá causar um estresse maior, desencadeando a próxima fase (PEREIRA, 2012). 
A segunda fase, resistência à pessoa tenta adaptar ao agente estressor, os sintomas da fase anterior desaparecem, mas a causa do estresse ainda está agindo. O corpo produz substancias ante estresse, buscando eliminar o agente estressor, restabelecendo o equilíbrio do organismo. Ainda é o momento de alerta, em que o indivíduo tem oportunidade de voltar ao seu estado normal. Se a causa persistir, chega-se a fase do esgotamento (PEREIRA, 2012).
· Falta de concentração - prejudica reuniões, decisões, vendas, pois não assimila claramente as necessidades dos clientes internos e externos.
· Desmotivação - o profissional já não encontra mais fonte de energia para continuar em busca das metas e objetivos.
· Conflitos interpessoais - são gerados problemas de comunicação, sonegação de dados, fofocas, formação de guetos organizacionais e, consequentemente, perda de clientes.
· Baixa qualidade - serviços e produtos são afetados por falta de atenção, displicência.
· Custos com faltas - os problemas com stress são responsáveis por até 60% das faltas no trabalho. Mas, pior que o absenteísmo (falta no trabalho) é o presenteísmo, onde o colaborador está na empresa, mas é como se não estivesse. Essa situação é muito comum em organizações estressadas.
· Custos com doenças do trabalho, acidentes e afastamentos - o stress causa e acelera esse processo que envenena as empresas e reduz a qualidade de vida das pessoas.
· Erros - como a capacidade mental e fisiológica do profissional fica vulnerável, as chances de erros serem cometidos crescem significativamente. Alguns erros podem causar perdas de oportunidades ou de clientes e - pior - podem gerar altos custos não previstos, como por exemplo: acidentes de trabalho.
1.2.3 O Papel do Psicólogo no Ambiente Organizacional na prevenção da saúde mental do trabalhador
De acordo com Wachowicz (2012) o psicólogo deve trabalhar na promoção de um ambiente onde o trabalhador possa se sentir bem e motivado com suas atividades, ou seja , psicólogo deve desenvolver a partir de cada demanda um sentimento de identificação do sujeito com a organização. Assim o individuo motivado acaba por produzir mais e também executar suas tarefas com mais eficiência.
Para Zanelli & Bastos (2007) a Psicologia organizacional é uma área de atuação da psicologia inserida no campo de trabalho e tem um vínculo muito próximo com as atividades administrativas. Dentro de suas perspectivas e metas, extrapola a ideia de ajustamento do indivíduo no trabalho. Busca priorizar o desenvolvimento da pessoa, por meio de mudanças planejadas e participativas, nas quais o homem possa adquirir maior controle do seu ambiente.
De acordo com o Conselho Federal de psicologia na Resolução CFP nº 013/2007 anexo II item II dispõe sobre a atuação e as atribuições do psicólogo organizacional:
Atua em atividades relacionadas à análise e desenvolvimento organizacional, ação humana nas organizações, desenvolvimento de equipes, consultoria organizacional, seleção, acompanhamento e desenvolvimento de pessoal, estudo e planejamento de condições de trabalho, estudo e intervenção dirigidos à saúde do trabalhador. Desenvolve, analisa, diagnostica e orienta casos na área da saúde do trabalhador, observando níveis de prevenção, reabilitação e promoção de saúde. [...] Utiliza métodos e técnicas da psicologia aplicada ao trabalho, como entrevistas, testes, provas, dinâmicas de grupo, etc. para subsidiar as decisões na área de recursos humanos como: promoção, movimentação de pessoal, incentivo, remuneração de carreira, capacitação e integração funcional e promover, em consequência, a auto-realização no trabalho (CONSELHO FEDERAL DE PSICOLOGIA, 2007, p. 13).
 
A Psicologia Organizacional não se limita a gestão de colaboradores, igualmente dá importância à saúde mental do trabalhador e da organização. Fiorelli (2007) a psicologia na organizaçãopreocupa-se com o efeito que os diferentes fenômenos provocam sobre a atividade psicológica, por exemplo, a reação do indivíduo a situação de estresse, um termo que se atribui vários significados e que se encontra virtualmente banalizado, gerando entendimentos distorcidos. 
De acordo com Andrade e Pagotto (2010) a Psicologia Organizacional e do Trabalho é uma subárea de conhecimento e ao mesmo tempo um campo de aplicação de conhecimentos ou de intervenções, tendo o ser humano como objeto de estudo e os contextos do trabalho e das organizações como os locais desse estudo.
Em suma, o papel do psicólogo dentro das organizações é atuar como facilitador e conscientizador do papel dos vários grupos que compõem a instituição, considerando a saúde e a subjetividade dos indivíduos, a dinâmica da empresa e a sua inserção no contexto mais amplo da organização. As atividades exercidas dentro desse papel, que são fundamentadas em técnicas e instrumentos da Psicologia e relacionadas à díade homem & trabalho, podem trazer desenvolvimento para a empresa, o trabalhador e a sociedade (ORLANDIDNI, 2008).
De acordo com Mascarenhas (2008) a gestão de pessoas pode ser conceituada como mobilização, orientação, direcionamento e administração do fator humano no ambiente organizacional, observando-se as diversidades dessa gestão em diferentes contextos organizacionais.
Andrade e Pagotto (2010) também afirmam que a psicologia organizacional e do trabalho como campo de aplicação ou intervenção, precisa dar respostas às questões práticas concernentes as interações entre o comportamento humano, o trabalho e as organizações, onde comportamentos indesejados podem ocorrer, bem como as questões relacionadas às práticas das organizações.
Pereira e Gomes (2009) destacam que a atuação do Psicólogo Organizacional só se expande quando, através do esforço pessoal, este procura a profissionalização, caso contrário sua atividade fica restrita a recrutamento e seleção.
Dessa forma, Guerra (2007) descreve o psicólogo como um profundo conhecedor dos comportamentos humanos, apresentando as seguintes funções:
- Catalisador: promove e facilita os processos de comunicação nas organizações, recorrendo a procedimentos e técnicas que apontem dinamizar todo este processo, especialmente em situações de mudança e enquadramento;
- Assessor: tem como função sensibilizar, alertar, prestar aconselhamento e coaching ao empresário, no sentido de lhe potencializar as competências de liderança, nomeadamente as que se prendem com a motivação individual e coletiva dos colaboradores.
- Consultor: diagnosticar problemas ao nível do clima organizacional, necessidades de formação e todo o tipo de disfuncionalidades de ordem sócio-afetiva e comportamental que possam por em causa o bom ‘ambiente’ organizacional.
- Técnico: exercer o recrutamento interno e externo, assim como selecionar os melhores recursos na perspectiva do alinhamento da missão da empresa com a estratégia e política de RH prevista.
- Avaliador: avaliar o desempenho e auxiliar os administradores a regular as competências, expectativas e as carreiras dos recursos humanos, reconhecendo os talentos e criando mecanismos de compensação que valorizem e potenciem as capacidades dos sujeitos de forma a tornar a organização mais competitiva.
Silva (2012, p. 01) nos lembra que: 
As organizações podem ajudar e muito a minimizar o estresse ocupacional, melhorando a relação de trabalho com as pessoas proporcionando treinamentos e tempo adequado tanto para o aprendizado quanto para a execução das atividades, fornecerem uma descrição clara e precisa sobre o que deve ser executado pelo colaborador, quais são as suas rotinas e o seu impacto para o fluxo produtivo. Isso porque o trabalhador precisa se sentir como parte do processo, não apenas como mais um posto de trabalho. Eliminar ou diminuir exposições físicas prejudiciais à saúde como ruídos excessivos substancia tóxicas e outros fatores ambientais também são pontos de atenção para serem analisados.
De acordo com Bispo (2006) o clima organizacional está relacionado a uma visão mais ampla e flexível da influência ambiental sobre a motivação. Ele pode ser definido como uma qualidade ou propriedade do ambiente de trabalho que é percebido ou experimentado pelos membros da organização e que influência o seu comportamento. Podemos dizer que refere-se ao ambiente interno existente entre as pessoas que convivem no meio organizacional e está relacionado com o grau de motivação de seus participantes. 
Uma grande mudança de mentalidade das empresas coloca as pessoas em lugar de destaque. Nenhuma empresa atinge o sucesso se não tiver pessoas satisfeitas trabalhando para elas. Cada vez mais as empresas estão preocupadas com o bem-estar das pessoas. O fator humano tem sido considerado o grande diferencial das empresas para vencer a competitividade. Atualmente, para que as organizações consigam conquistar bons resultados, é preciso oferecer algo mais do que uma remuneração atraente para deixar os colaboradores comprometidos. É essencial investir em atividades que visem à melhoria da qualidade de vida dos funcionários e atitudes que busquem o aperfeiçoamento do ambiente de trabalho. Daí a importância da avaliação do Clima Organizacional (VIEIRA; VIEIRA, 2004, p. 1).
Para Zanelli (2010) a qualidade de vida no ambiente de trabalho envolve aspectos como o significado do trabalho para seu executor, as condições de trabalho, a segurança e os riscos envolvidos, abertura para a criatividade e inovação, as consequências da participação efetiva nos processos de decisão, a percepção que se tem da remuneração e recompensas, possibilidade de desenvolvimento profissional e pessoal, o tratamento que é recebido, a sinceridade nas relações interpessoais, etc.
Em geral, o estresse se instala quando os estressores ocupacionais interagem com as características individuais e resultam em uma interrupção aguda da homeostasia psicológica ou fisiológica (ROSSI; PERREWÉ; MEURS, 2011).
CAPÍTULO 2 - MATERIAIS E MÉTODOS
2.1 Tipo de Pesquisa
Considerando os vários meios metodológicos analisados e com base na descrição sobre a metodologia cientifica, a escolha metodológica da pesquisa transcorreu na abordagem qualitativa e do tipo bibliográfica descritiva.
	Para Bervian, Cervo e Silva (2007, p.53) “nas ciências, entende-se por método o conjunto de processos empregados na investigação e na demonstração da verdade. Não se inventa um método; ele depende, fundamentalmente, do objeto de estudo”.
 	Conjunto de atividades sistemáticas e racionais que permitem alcançar um objetivo com segurança e economia, na medida em que traça um caminho a ser seguido, detecta erros e auxilia as decisões de um cientista (MARCON; LAKATOS, 2010).
A pesquisa bibliográfica é aquela que se realiza, segundo Severino (2007) a partir do:
[...] registro disponível, decorrente de pesquisas anteriores, em documentos impressos, como livros, artigos, teses etc. Utilizam-se dados de categorias teóricas já trabalhadas por outros pesquisadores e devidamente registrados. Os textos tornam-se fontes dos temas a serem pesquisados. O pesquisador trabalha a partir de contribuições dos autores dos estudos analíticos constantes dos textos (p.122).
Segundo MINAYO (2008) destaca que na pesquisa qualitativa, o importante é a objetivação, pois durante a investigação científica é preciso reconhecer a complexidade do objeto de estudo, rever criticamente as teorias sobre o tema, estabelecer conceitos e teorias relevantes, usar técnicas de coleta de dados adequadas e, por fim, analisar todo o material de forma específica e contextualizada. Para a referida autora, a objetivação contribui para afastar a incursão excessiva de juízos de valor na pesquisa: são os métodos e técnicas adequados que permitem a produção de conhecimento aceitável e reconhecido.
Investigando o objeto de estudo, seus objetivos e as aplicações do método qualitativo, de acordo com Minayo (2008, p.57) 
“o método qualitativo é adequado aos estudos da história, dasrepresentações e crenças, das relações, das percepções e opiniões, ou seja, dos produtos das interpretações que os humanos fazem durante suas vidas, da forma como constroem seus artefatos materiais e a si mesmos, sentem e pensam”.
De acordo com Gerhardt e Silveira (2009) a consulta bibliográfica é realizada a partir de levantamentos de referências teóricas na qual já foram analisadas e publicadas através de meios escritos ou eletrônicos onde podemos citar os livros, artigos, revistas e páginas de web sites. Todo trabalho científico inicia-se com base em uma pesquisa bibliográfica, pois esta permite ao pesquisador conhecimento de assuntos anteriormente pesquisados por outros, a fim de que o mesmo recolha o máximo de informações e conhecimentos prévios sobre o problema do qual se procura a resposta.
2.2 A Amostra 
A amostragem organizada foi construída a partir da pesquisa bibliográfica, através de documentação bibliográfico já publicado, sobre o assunto, igualmente pesquisado em: 
- Livros de acervo próprio e de terceiros 
- Revistas de acervo próprio e de terceiros 
- Artigos 
- Literaturas online (Scielo) 
- Folders 
2.3 Local da Pesquisa 
Este estudo foi construído através de uma revisão da literatura especializada, cuja sua amostra está constituída de pesquisa bibliográfica realizada na biblioteca Aderson Dutra, da Universidade Nilton Lins, situada na Avenida Professor Nilton Lins, 3259. Parque das Laranjeiras na Cidade de Manaus/Am. No qual realizou-se uma consulta a livros e periódicos presentes na Biblioteca, e em acervo particular, acervo de terceiros, igualmente livros on-line, (Books), através de busca no banco de dados do Scielo, links, revistas centralizadas na temática, artigos científicos dentre outros, realizado entre fevereiro a novembro de 2017. 
2.4 Tratamento e Análises de Dados
O tratamento e análise dos dados foram avaliados e interpretadas através do método descritivo.
Conforme argumenta Appolinário (2011, p. 147), na pesquisa descritiva o pesquisador se limita a “descrever o fenômeno observado, sem inferir relações de causalidade entre as variáveis estudadas”. O autor complementa que esta modalidade se opõe à pesquisa experimental onde o pesquisador elabora juízo de valor acerca do conteúdo investigado.
Os resultados da pesquisa são organizados por categorias ou temas. De acordo com Reis (2010) para a apresentação e a discursão dos resultados recomenda-se a leitura diversas vezes do conteúdo coletado, a fim de que se possa organizá-los em categorias ou temas. 
As categorias são definidas como capítulos organizados na escrita final das análises dos dados, onde se cria o número necessário de capítulos, com um título e de acordo com o seu principal assunto.
De acordo com Lakatos e Marconi (2010) a pesquisa descritiva aborda quatro aspectos: análise e intepretação de fenômenos atuais, objetivando o seu funcionamento no presente. 
Segundo Severino (2010) evidencia que a pesquisa descritiva expõe a característica de determinada população ou determinado fenômeno. E também estabelece correlações entre variáveis de defini sua natureza. Esta não tem compromisso de explicar o fenômeno que descreve, no entanto servi de base para tal explicação. 
CAPÍTULO 3 – RESULTADOS E DISCUSSÃO 
Diante do mundo contemporâneo e do advento de novas industriais e tecnologias incorporadas no ambiente de trabalho, o homem se viu diante de adversidades que corroboram para a insegurança e despreparo para o cenário atual. Intensificando a alta competitividade entre as empresas as organizações buscam no mercado colaboradores com competências e habilidades necessárias para estar intimamente ligado a organização e ao mundo competitivo ao qual estamos inseridos.
A rápida industrialização das organizações com a intensa competição no comércio está produzindo altos níveis de ansiedade e fadiga que estão causando efeitos negativos na salubridade, sanidade e bem-estar dos trabalhadores, igualmente o surgimento de várias alterações na saúde física e mental que trazem complicações adversas aos profissionais como: doenças de ordem orgânica; tremores, infarto, úlceras, psoríase, cefaleia, distúrbios interferência no fluxo de sangue e bombeamento cardíaco, psicológicas como; ansiedade, depressão, irritabilidade, baixa autoestima e principalmente o estresse dentre outros males capaz de provocar a homeostase, refletindo diretamente na competência da organização ou empresa causando a desordem psicológica na organização. 
A atividade laboral abrange boa parte do tempo e da vida das pessoas, neste contexto reconhecemos que o estresse causado pelo trabalho deve ser motivo de análise e reflexões para o desenvolvimento de estratégicas que possa elucidar o estresse como fenômeno causador de desordens significativas e as manifestações físicas e psicológicas. 
O trabalho do Psicólogo Organizacional é oferecer através de suas habilidades e competências um serviço não meramente burocrático, mais também de propor dinâmicas facilitadores que promovam e aperfeiçoe as demandas da organização incentivando as condições ideais de trabalho para um bom clima organizacional, valorizando o papel do trabalhador como parceiro na organização, diminuindo as disfuncionalidades comportamentais que inconscientemente causa efeitos prejudiciais aos colaboradores e as empresas, antecipando-se com medidas adequadas de prevenção e controle de crises e para o combate ao estresse e quaisquer outras fontes de adoecimento que cause excitação emocional física perturbadora contribuindo nos objetivos propostos diretamente no desempenho da organização ou empresa e assim deprimir o estresse nas organizações promovendo saúde e bem-esta a todos. 
3.1 Categoria 1 - Os motivos que contribuem para o aparecimento do estresse no ambiente de trabalho e os principais sintomas vivenciados pelos trabalhadores.
O estresse laboral pode ser definido como um processo pelo qual vivências e demandas psicológicas no local de trabalho produzem alterações a curto e longo prazo na saúde física e mental do trabalhador (GANSTER; ROSEN, 2013).
Sintomas como o aumento do estresse, assédio moral ou violência psicológica têm sido foco de investigação de diversos autores, neste sentindo Bernal (2010) e Zanelli et al. (2010) ademais, com o aumento do desejo de equilibrar a vida profissional e familiar, embasado sob ética, transparência, justiça e refletindo a aposentadoria, houve um acentuado interesse de inúmeros profissionais por questões referentes à saúde do trabalhador (SILVA, 2007).
Segundo Silva; Bernardo, Maeno e Kato (2010) o adoecimento está diretamente ligado, a modernização do trabalho, sendo causado por excessiva cobrança aos trabalhadores na geração de lucros e resultados, sem um olhar atento sobre a subjetividade de casa indivíduo. 
Podemos observar com base no que os teóricos acima discutem sobre o estresse, o adoecimento no ambiente de trabalho, as alterações psicológicas e físicas, que estas resultam hoje da forma como as organizações estão demandando as atividades a serem executadas, bem como as exigências em relação ao tempo, as ferramentas de trabalho, principalmente as que envolvem de alguma forma a tecnologia e a maneira que os colaboradores são gerenciados por seus superiores.
Neste mesmo sentindo afirmam Gomes, Cruz e Cabanelas (2009) colaboradores que são expostos à sobre carga de serviços no ambiente de trabalho apresentam grandes riscos para seu equilíbrio emocional, afetados pelo estresse ocupacional estes trabalhadores tendem a apresentar os efeitos negativos que esse distúrbio pode trazer para a saúde física e mental do trabalhador, bem como o comprometimento da qualidade do serviço prestado por este. 
 As péssimas condições de trabalho, o ambiente organizacional insalubre, com baixa luminosidade, pouca ventilação e a relação conflituosa entre funcionários são agentes que desencadeiam o estresse, quando há desgastes das relações entre os colaboradores, com ambiente de agressividade entre as pessoas, perda de tempo com desentendimentos semsentido, trabalho sem cooperação, inadequada abordagem política, disputa demasiada entre os funcionários (MARRAS, 2011). 
O estresse é uma temática sempre atual oriunda da diversidade de contexto social e vulnerabilidades a que os trabalhadores estão sujeitos no processo laboral (BARCAUI & LIMONGI-FRANÇA, 2014). A questão do estresse é um fenômeno mundial com elevado impacto nas organizações, principalmente nos sistemas de saúde, pois compromete tanto os trabalhadores como a qualidade da assistência, colocando em risco os pacientes, com os erros médicos (ROMANI; ASHKAR, 2014).
Segundo Grazziano: 
As exigências da vida moderna e do mercado de trabalho nas últimas décadas vem consumindo a energia física e mental dos trabalhadores, minando seu compromisso, sua dedicação e tornando-os descrentes quanto às suas conquistas e ao sucesso no trabalho. Afirma ainda que essas mudanças trazem consequências negativas para o trabalhador como: aumento da carga de trabalho, insegurança pela instabilidade do emprego, redução de ganhos e perda de benefícios (2008, p.18). 
 
Observa-se com base nos estudiosos que o estresse instala-se nos funcionários devido as grandes demandas exigidas no ambiente organizacional, como as dificuldades nas relações interpessoais, clima corporativo desfavorável, sobre carga de tarefas que ultrapassam a capacidade funcional do trabalhador de realizá-las, etc. que a médio e longo prazo provocam a desestabilização orgânica e psíquica dos colaboradores refletindo direta e indiretamente na qualidade do serviço prestado no ambiente de trabalho.
Segundo Furegato (2012) a competitividade do mercado, a busca pela segurança pessoal e econômica e a competência profissional, têm sido apontadas como fatores estressores laborais nas mais diversas profissões, profissionais, buscam satisfação e realização no seu trabalho, no entanto estar sob o estímulo de constante pressão, que exija muito esforço físico, mental e emocional pode resultar em estresse ocupacional. 
Na identificação de agentes ou fatores estressores no trabalho, as mudanças ganham destaque. Por mais que sejam desenvolvidas possíveis soluções para minimizar seus efeitos, elas podem tornar o cotidiano dos indivíduos mais produtivo, menos desgastante e, possivelmente, valorizá-lo mais como ser humano e profissional (CALDERERO; MIASSO; CORRADI-WEBSTER, 2008).
O estresse é um fenômeno que pode estar presente em qualquer profissão, no entanto, conforme salientam Goulart Junior e Lipp (2008), determinadas profissões têm maior potencial para se relacionar a manifestações de estresse por expor o profissional a condições mais desgastantes, tanto físicas quanto emocionais.
Notamos por fim, que o estresse está se instalando na nova geração de trabalhadores do século XXI, observa-se que com o advento constantes de novas tecnologias, há um impacto para o homem do mundo contemporâneo que não consegue se adaptar as novas mudanças com tanta rapidez, o que lhe causa frustração, insegurança profissional resultando em inúmeras implicações negativas na qualidade de vida do trabalhador. 
Segundo Lipp (2010) pode se entender que a sobrecarga e as pressões excessivas por tempo e resultados no trabalho, em um mundo competitivo ao extremo, são as grandes causadoras do estresse laboral. Assim, muitos acabam se transformando em workholics, com sobrecarga de tarefas, trabalhando muitas horas a mais do que seria o correto para manter os níveis de estresse e saúde em proporções satisfatórias. 
Neste mesmo sentindo Marras e Veloso (2012) agentes estressores são fatores ou elementos que despertam nos indivíduos a obrigatoriedade de resposta por entenderem que esse fato é consciente ou inconscientemente ameaçador. 
Segundo Mendes (2008) o estresse ocupacional é um acumulo de tensão no indivíduo em consequência de suas tentativas (frustradas ou insuficientes) de se adaptar às demandas internas ou externas que lhe são impostas por variadas fontes, como a própria organização, suas condições e relações sociais de trabalho.
Acerca das organizações que procuram globalizar seus produtos e serviços que estão numa intensa competição na busca por novos consumidores, e possuem uma administração voltada apenas para os resultados, observa-se muito o autoritarismo da chefia, pressão constante para o cumprimento de metas, assim generaliza-se a insegurança no trabalho e desconfiança ocasionando fatores esses que provocam a ruptura no equilíbrio pessoal e instabilidade entre os trabalhadores. 
De acordo com Vanderley e Ximenes (2008) o estresse é resultante de uma reação complexa de componentes físicos e psicológicos decorrente da exposição a situações que excedem os recursos de enfrentamento da pessoa. Assim, o estresse é uma reação de adaptação do organismo humano ao mundo em constante mudança. As pessoas são mais vulneráveis ao estresse, quando as causas se prolongam e os meios de enfrentamento são escassos, tornando o corpo do trabalhador mais suscetível a diversas doenças. As respostas físicas e psicológicas ao estresse decorrem de fatores, tais como, a herança genética, o estilo de vida, as estratégias de enfrentamento utilizadas pelo indivíduo, e a intensidade e duração do agente causador do estresse.
A esse respeito, Limongi-França & Rodrigues (2012) comentam que o trabalho possui características contraditórias: ao mesmo tempo em que motiva e gratifica, provoca desgaste físico e mental.
Em se tratando de processo, o estresse compreende as reações biológicas e psicológicas do indivíduo e as ações decorrentes para lidar com o estressor; este é uma ameaça real, percebida ou socialmente construída (MARRAS; VELOSO, 2012).
Sabendo da relevância que tem o estresse na vida dos profissionais e o efeito negativo que este proporciona é importante que sejam desenvolvidas medidas de enfrentamento com o objetivo de diminuir os problemas existentes no ambiente de trabalho, minimizar as dificuldades, dar apoio aos trabalhadores, proporcionar melhores condições de vida dentro e fora do ambiente de trabalho e assim, melhorar a qualidade da assistência prestada ao indivíduo (MORENO 2010).
Conforme salientam Limongi-França e Rodrigues (2012) as reações ao estresse são necessárias para a sobrevivência, porém podem se tornar prejudiciais ao indivíduo.
Problemas como depressão ou outros emocionais por diversas vezes estão ligados à carga horária excessiva, a pressão no trabalho, ou algum desentendimento na área de trabalho. Elas podem acabar desenvolvendo no trabalhador um desânimo prolongado no convívio de trabalho, ocasionando uma tristeza profunda (REVISTA PROTEÇÃO, 2014, p. 1).
Observando as organizações que não investem na promoção e proteção da saúde dos colaboradores estas sofrem impactos diretos na produção, pois, o estresse não se origina apenas de um fator, e poderá acontecer a nível individual ou coletivo, é um estado que não irá atingir exclusivamente um trabalhador, mas também seu ambiente de trabalho, como consequência funcionários tornam-se vulneráveis as diversas doenças de ordem física e psíquica como: o cansaço emocional, depressão, diminuição da atenção, irritabilidade, tensão muscular, dor lombar ou cervical e distúrbios do sono.
Os impactos do estresse para as organizações são: queda de produção, predisposição a acidentes de trabalho, diminuição da qualidade dos produtos, absenteísmo, aumento da rotatividade, greves, ociosidade, sabotagem, afastamento por doenças, aumento de despesas médicas, desrespeitos entre os colaboradores (FRANÇA; RODRIGUES, 2011).
Segundo Sales (2017) o estresse descontrolado lesa os órgãos ao longo do tempo, impedindo os colaboradores de realizar as suas funções normalmente. Está por isso na base do envelhecimento e de diversas doenças. Alterando também a  função cerebral, havendo diminuição da rentabilidade mental mais cedo do que seria de esperar.  Verifica-se também o surgimento de diversas patologias/sintomas: ansiedade, depressão, doença de parkinson.
Com a instalação do quadro de estresse nos trabalhadores quesão expostos, de forma prolongada, aos fatores desencadeantes, poderão ser vitimados por infarto, úlceras, psoríase, depressão e outros, podendo chegar à morte, em casos mais graves. Em outros casos pode desencadear angina do peito, elevação da frequência cardíaca, da pressão arterial e do lipídio sérico, dentre outros risco (SANTOS, 2010). 
Assim Kaur, Chodagiri e Reddi (2013) defendem que o estresse pode estar relacionado tanto à vida pessoal como à vida social dos indivíduos, manifestando-se de maneira distinta em cada indivíduo.
Segundo Santos (2017) hoje são vários fatores contribuindo para o adoecimento dos funcionários, as pressões diárias do trabalho, a alta competitividade, prazos e principalmente o medo de ser demitido. Não podemos falar da saúde do trabalhador apenas no aspecto físico, a saúde mental é fundamental nas organizações, É fundamental estar atento aos sintomas que dificultam as atividades diárias do indivíduo, causando inquietude e angustia na hora de desempenhar as principais funções no ambiente profissional. 
Desequilíbrio entre a capacidade física de produção e a quantidade exigida. O profissional torna-se ansioso por não atingir a meta. Inadequação entre o perfil do profissional e as exigências da tarefa. Agentes nocivos ou perturbadores presentes no local da tarefa (excesso de ruído, temperaturas muito elevadas, gases, poeira e outros). Manifestam-se os fenômenos relacionados com a sensação e a percepção [...] (FIORELLI, 2008, p. 284).
As ações de desenvolvimento de novas tecnologias, aliadas a fugacidade das alterações no processo produtivo nas organizações, o capitalismo objetivando alta lucratividade e exclusivamente os resultados, inclinam-se a determinar aos funcionários intensas sobre cargas de serviços, desvios de funções, exigências para o comprimento de metas improváveis, tudo isto aliado a insegurança no trabalho com o medo da demissão ocasiona o aumento da ansiedade, sensação de desvalor, falta de confiança atingindo o estado mental e afetivo, o estado físico e o convívio com os demais colaboradores, colocando o colaborado num estado de luta ou fuga numa reação de combate ao estresse. 
3.2 Categoria 2 - Os distúrbios físicos e psicológicos acometidos no colaborador no ambiente organizacional de trabalho.
Conforme o dicionário Aurélio, o conceito de estresse na medicina é um “conjunto de reações do organismo a agressões de ordem física, psíquica, infecciosa e outras, capazes de perturbar a homeostase; estricção” (FERREIRA, 2009, p. 837). 
Segundo Grazziano (2008) o estresse quando ligado ao ambiente organizacional de trabalho é capaz de desencadear doenças e complicações aos profissionais, como a hipertensão arterial, doença coronariana, além de distúrbios emocionais e psicológicos, como a ansiedade, depressão, baixa autoestima entre outras, repercutindo diretamente no desempenho da organização ou empresa e podendo estes afetar os usuários dos serviços e demais colegas de profissão.
Conforme dito por Bernal (2010, p. 144), [...] “o estresse esta na origem de 50% de todos os atestados médicos.” Além do desgaste emocional que o colaborador sofre, obtêm-se também custos para a organização, indivíduo e sistema de saúde que ampara o colaborador.
As doenças causadas pelo estresse devido às circunstâncias extremas de tensão excessiva no trabalho estão desencadeando alterações no organismo e diferentes tipos de distúrbios biológicos e psicológicos, resultando na incapacidade do trabalhador de superar e enfrentar o trabalho de maneira saudável, as exigências psíquicas ou de ajustar-se a elas, ficando o colaborador inseguro na hora de tomar decisões, imunidade biológica baixa e consequentemente vulneráveis ao quadro de estresse. 
Pereira (2010) os sintomas psíquicos no trabalhador são: depressão, ausência de concentração e de atenção, pensamento lentificado, alterações de memória, sentimento de perturbação mental, de solidão e de incompetência, auto-estima diminuída, instabilidade emocional, dificuldade de auto-aceitação, desânimo, astenia, inquietação, desconfiança e paranóia Os sintomas defensivos, por sua vez, levam o trabalhador a apresentar: tendência ao isolamento, sentimento de onipotência, perda do interesse pelo trabalho (ou até pelo lazer), absenteísmo, ironia e cinismo. 
Segundo Moreno (2010) a forma como o setor organizacional estabelece suas firmas, a organização do trabalho de forma rígida, valorizando apenas aspectos econômicos influencia muito no aparecimento ou não do estresse, o resultado será um desajuste, uma incompatibilização entre o trabalhador e processo de trabalho.
Por se tratar de doenças psicológicas, muitas vezes as pessoas não sabem que estão sofrendo da doença, consideram ter apenas tristeza, desânimo ou estarem passando por uma "fase" da vida (MENDES, 2008).
Stress é uma condição de desequilíbrio do funcionamento, tanto físico como mental. Em momentos de tensão excessiva, todo o organismo é afetado. Se este equilíbrio é reestabelecido de pronto, não há danos maiores para a pessoa. No entanto, se a condição de desequilíbrio permanecer por tempo excessivo, as doenças começam a surgir e a impaciência, a ansiedade e a depressão se estabelecem (LIPP, 2010, p.1). 
 Fiorelli (2008) o indivíduo presa de constante nervosismo, a ponto de incapacitar-se para um desempenho eficaz. 
As constantes condições ambientais insatisfatórias no trabalho podem evoluir para o estresse e o estresse gerar outros quadros ansiosos e depressivos mais significativos, tendo como transtornos iniciais a síndrome do pânico, transtorno obsessivo compulsivo, a depressão, distúrbios gastrintestinais, mal-estar, ansiedade e inquietação cefaleia, úlceras gástricas em mulheres interferência no fluxo de sangue e lapsos constantes de memória que favorecem o surgimento de doenças orgânicas. 
Afirma Chamon (2011) igualmente concordar que o estresse organizacional é um risco muito grande tanto para os trabalhadores quanto para a saúde organizacional e sua sobrevivência.
Em sua atuação profissional compreende sofrimento frequente, o trabalhador experiência esgotamento físico e psicológico, condições que podem levar ao que se denomina de estresse ocupacional (ANDRADE; CARDOSO, 2012).
As doenças psicológicas se agravam por diversos fatores como: estresse, desmotivação, cansaço por fazer sempre a mesma tarefa, fadiga mental, depressão decorrente de problemas como assédio moral, entre outras doenças. As exigências das empresas com relação à entrega de tarefas, deixando seus funcionários com várias doenças psicológicas e se o colaborador ficar doente, a empresa terá prejuízos com relação à saúde de seus colaboradores (MENDES, 2008).
Corroborando com esta ideia, Enriquez (2006) destaca que:
[...] os indivíduos estão sempre em situação de prova, em estado de estresse, sentem queimaduras internas, tomam excitantes ou tranquilizantes para dar conta da situação, para ter bom desempenho, para mostrar sua “excelência” (entramos numa civilização de dopping); e, quando esses indivíduos não são mais úteis, eles são descartados apesar de todos os esforços despendidos (p. 6).
De acordo com os autores, o estresse no ser humano gera sofrimento biopsicossocial, e diante de questões não resolvidas e mecanismos de defesa desadaptativos, o estresse manifestar-se através de uma doença somática, quando o acumulo de situações desgastantes emocionalmente geram um conflito que não consegue encontrar uma resolução psíquica e desencadeia no corpo desordens orgânica. 
Conforme Andrade e Cardoso (2012) é comum no estresse ocupacional o descontentamento com o trabalho e altos níveis de fadiga e ansiedade que se apresentam acompanhados de problemas emocionais, podendo contribuir para o desenvolvimento de problemas comportamentais. 
Desta forma, o estresse ocupacional compromete, portanto, a saúde do trabalhador, da organização e da sociedade (PAIVA, GOMES, & HELAL, 2015).
A saúde desses profissionais pode vir a influenciar em sua qualidade de vida e, consequentemente, na qualidade do serviço prestado (SANTANA;MIRANDA; KARINO, 2013).
Monteiro, Dalagasperina e Quadros (2012, p. 20), os quais afirmam que “além do estresse ocupacional, podem também aparecer outras doenças ocupacionais causadas por sua recorrência e permanência, entre as quais se destaca a Síndrome de Burnout”.
É notável, a nível individual, a decorrência de problemas de insatisfação e realização, além do desinteresse e desmotivação, exaustão emocional e física que podem conduzir a problemas de saúde tanta física como mental, como por exemplo, de alterações no humor, do consumo excessivo de tabaco e álcool e de diversas queixas sintomáticas (ROQUE et. al.; 2015).
Segundo Lipp o diagnóstico diferencial de uma depressão causada por estresse não é tão simples:
O diagnóstico diferencial entre a depressão sintoma de stress e outros tipos de depressão, inclusive a biológica que ocorre como efeito colateral de medicamentos e a que faz parte do quadro de transtorno psiquiátrico, é bastante complexo. Para se diferenciar a depressão sintoma de stress é preciso analisar se a pessoa está tendo que fazer um esforço muito grande para se adaptar a algo, como por exemplo [...] mudança de emprego (LIPP, 2016, p.52).
De acordo com os autores é importante ponderar que existem sujeitos propensos, pois apresentam aspectos individuais subjetivos em sua complexa estrutura emocional debilitada, dificultando à reação do organismo as pressões corriqueiras, bem como os conflitos mal resolvidos, sejam questões familiares pendentes, tragédias, enfermidades malignas, aumentando a probabilidade do organismo de não reagir aos estímulos esternos, dentre outras, que tendem a diminuir a reação ao combate ao estresse. 
Somos a geração da conectividade e tecnologia. E claro, que essa característica do mundo moderno também traria impactos para o mundo do trabalho. Cary Cooper é pesquisador, pela Manchester Business School e autor de estudos sobre relação entre e-mails e estresse no trabalho, segundo ele “cerca de 40% das pessoas acordam e a primeira coisa que fazem é checar seus e-mails, para outros 40%, é a última coisa que fazem à noite” (BBC BRASIL, 2016).
Para Camelo e Angerami (2008) a evolução tecnológica trouxe contribuições para o desenvolvimento do homem em seu contexto social, cultural e biológico; contudo, também expôs sua fragilidade física e emocional.
O estresse é um estado em que o corpo emite reações a várias situações ambientais, físicas e sociais (FERRAZ; FRANCISCO; OLIVEIRA, 2014). Ou seja, quando afetada a homeostase do indivíduo, o organismo emite respostas buscando restabelecer o equilíbrio interno. Tamayo (2007) salienta que os fatores influenciadores podem ser tanto externos quanto internos.
De acordo com os autores a percepção de estímulos estressores por parte do organismo provoca excitação emocional, ansiedade generalizada dentre outros estímulos, as circunstâncias psicossociais do trabalhador no contexto adverso nas condições ambientais insatisfatórias prejudica a saúde dos trabalhadores, ativando uma reação estressante, assim, agentes estressores no organismo causam a desestabilização da homeostasia, levando ao indivíduo inconscientemente a mudanças que podem vir a ocorrer no organismo, internamente ou externamente. 
Ballone (2008) entende que a urgência de tempo, responsabilidade excessiva e falta de apoio são alguns dos fatores que contribuem para o estresse patológico no trabalho, porque excedem a capacidade de adaptação do profissional. 
O estresse patológico também pode ser causado pela falta de estímulos, perspectiva de vida e motivação, já que as atividades repetitivas e sem sentido são muito estressantes. Um profissional sem objetivo e sem perspectivas de crescimento na organização, cujo trabalho não o realiza, fica desmotivado, sem interesse podendo aí se instalar o estresse e as consequências dele advindas, como, no caso, a depressão, dentre outras (BALLONE, 2008).
Segundo Nakahagi (2016) o estresse emocional pode desequilibrar a secreção dos hormônios e causar irregularidade menstrual, disfunção da tireoide, do pâncreas por exemplo, e causar doenças que recebem o respectivo diagnóstico. Enfim, muitas doenças são causadas por situações emocionais e físicas sob pressão, o que chamamos a esta situação de “estresse”.
As doenças físicas causadas pelo estresse no trabalho são enxaqueca, cardiopatias, diabetes, infecções causadas por baixa imunidade, asma, bronquite, hipertensão, alergias, gastrite, obesidade, hipertireoidismo, disritmias cerebrais e alguns tipos de câncer, dentre outras Oliveira (R7 NOTÍCIAS, 2017). 
Segundos os autores, situações estressoras geram impactos significativos no bem-estar dos colaboradores, as doenças manifestam-se no corpo causando inúmeros comprometimentos a saúde do trabalhador, afetando o equilíbrio entre vida pessoal, profissional e familiar, sem que o mesmo tenha consciência destas implicações, o estresse ocupacional é considerado como um processo no decorrer do qual as circunstâncias laborais são sentidas como condições ameaçadoras a estabilidade emocional, gerando situações que transpõem o repertório de enfrentamento do indivíduo.
3.3 Categoria 3 - Atuações do psicólogo nas organizações no acompanhamento de pessoas, desenvolvimento de estratégias de combate ao estresse, manutenção, controle e avaliação de indivíduos.
Nas primeiras décadas do século XX, a Psicologia Aplicada ao Trabalho surgiu como área de conhecimento no cenário brasileiro e vem configurando seu campo de atuação desde então. Ao longo de sua história, a área passou por uma evolução marcada pela adoção de diferentes referenciais e metodologias, visando atender os problemas e desafios deflagrados pelos diversos contextos sociais, econômicos e políticos em que esteve inserida (BASTOS & GONDIM, 2010).
O papel do psicólogo organizacional é acompanhar as pessoas em seu local de trabalho, pois é aí que as dificuldades, as angústias, as frustrações, os desentendimentos e os conflitos aparecem. Para isso, é preciso que aperfeiçoe seus conhecimentos e habilidades e desenvolva atividades estratégicas, de pesquisa, planejamento e consultoria; deixando as rotineiras e burocráticas para setores específicos. Assim, terá mais tempo para conhecer as reais necessidades das pessoas com quem trabalha, oferecendo melhor atendimento aos seus clientes internos (colaboradores) e satisfazendo as demandas da organização (MARQUES 2017).
Podemos confirmar segundo os teóricos que o psicólogo organizacional é um especialista que desempenha suas atividades no campo da psicologia aplicada ao trabalho, em um mercado totalmente competitivo o profissionalismo é um elemento indispensável, a psicologia organizacional através do psicólogo organizacional dedica-se a promover um ambiente saudável e produtivo, levantando as necessidades de treinamento e desenvolvimento, como também um administrador de conflitos estabelecendo uma relação dinâmica entre colaboradores. 
O psicólogo que atua no mundo do trabalho obedece ao juramento de atuar visando à saúde e a qualidade de vida dos trabalhadores. Desse modo, o profissional deveria buscar, por meio de suas práticas, promover a saúde mental dos trabalhadores, desenvolvendo atividades que minimizem o sofrimento e promovam o seu bem-estar (SATO, 2013).
A psicologia estuda as pessoas e como influenciam umas às outras, para Nunes e Tolfo (2012) definem a cultura organizacional, como um padrão de compartilhamento de crenças, expectativas e suposições que são tidas pelos membros que a formam.
Assim o papel do psicólogo nas organizações é o de um profissional que desenvolve estratégias para melhorar o ambiente de trabalho, em geral. Cabe a ele entender os fenômenos relacionados à vida do sujeito e seu contexto. Do colaborador com a organização (BRUNO ALMEIDA, 2011). 
Para Ribeiro (2009) o psicólogo nas organizações deve assumir uma posição mais analítica, do que apenas técnica, buscando a interdisciplinaridade, penetrando nos processos políticos e estratégicos da empresa buscando mudanças no modelo controlador, adaptativo e individual

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