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PlanoDeAula_14

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Plano	de	Aula:
ORGANIZAÇÃO	ESTATAL	-	ARA0338
Tema
5.	PODER	JUDICIÁRIO	BRASILEIRO	NA	CONSTITUIÇÃO	FEDERAL	DE	1988
Objetivos
Avaliar	os	motivos	geradores	do	ativismo	judicial,	fundamentando	nas
premissas	do	neoconstitucionalismo,	a	fim	de	compreender	a	expansão	da
jurisdição	constitucional.
Analisar	jurisprudência	dos	Tribunais	Superiores,	distinguindo	o	ativismo	judicial
da	judicialização	da	política,	para	compreender	o	protagonismo	da	atuação	do
Supremo	Tribunal	Federal.
Tópicos
5.1	ESTRUTURA	ORGANIZACIONAL	E	ATRIBUIÇÕES	DO	PODER	JUDICIÁRIO	NACIONAL
5.2	ESTATUTO	E	GARANTIAS	INSTITUCIONAIS	E	FUNCIONAIS	DA	MAGISTRATURA
BRASILEIRA
5.3	FUNÇÕES	ESSENCIAIS	À	JUSTIÇA	BRASILEIRA
Procedimentos	de	Ensino	-	Aprendizagem
O	professor	deve	iniciar	a	aula	apresentando	uma	situação	que	possa
despertar	o	interesse	na	temática	a	ser	desenvolvida	e	que	possa	refletir	em
sua	futura	atuação	profissional.	Recomenda-se	que	o	fato	envolva	um	evento
do	dia	a	dia,	para	que	os	alunos	possam,	em	seguida,	realizar	atividades	e
encontrar	a	forma	mais	adequada	de	solucionar	o	problema.	Como	sugestão,
segue	o	roteiro	abaixo:
Situação-problema:	"Até	não	muito	tempo	atrás,	o	debate	no	Brasil	sobre	o
ativismo	judicial	era	restrito,	basicamente,	à	academia.	Hoje,	o	tema	é	assunto
de	discussão	cotidiana	nos	jornais	e	nas	revistas	semanais,	no	Parlamento	e
na	sociedade	civil,	nas	salas	de	aula	e	nas	mesas	de	bar.	Até	poucos	anos
atrás,	praticamente	só	os	professores	de	Direito	e	advogados	especializados
conheciam	os	nomes	dos	ministros	do	Supremo	Tribunal	Federal	-	STF.
Atualmente,	os	ministros	são	verdadeiras	personalidades	públicas	-	alguns	se
converteram	em	autênticos	pop	stars	-,	cujas	inclinações	e	atitudes	são
amplamente	debatidas	por	iniciados	e	leigos."	(SARMENTO,	Daniel.	Prefácio.	In:
CAMPOS,	Carlos	Alexandre	de	Azevedo.	Dimensões	do	ativismo	judicial	do	STF.
Rio	de	Janeiro:	Forense,	2014).	Assim,	dado	o	protagonismo	desempenhado
pelo	Supremo	Tribunal	Federal	na	vida	pública	brasileira	nos	últimos	anos,	o
jurista	Oscar	Vilhena	Vieira	afirmou	que	lidamos	com	uma	verdadeira
"supremocracia".	
Dessa	maneira,	pergunte	à	turma:	por	que	essa	situação	em	geral	se
apresenta?	Qual	é	a	diferença	entre	ativismo	judicial	e	judicialização?
Metodologia:	inicialmente,	sugere-se	que	o	professor	apresente	alguns	dados
sobre	o	ativismo	judicial.	Além	disso,	demonstrar	a	desconfiança	da	sociedade
nos	Poderes	Legislativo	e	Executivo,	somando-se	a	expansão	da	jurisdição
constitucional	alavancada	pela	superação	do	pensamento	jurídico-formalista.
Após,	estabeleça	a	diferença	entre	ativismo	judicial	e	judicialização.	O
professor	pode,	através	do	uso	da	metodologia	ativa,	examinar	o	avanço	do
debate	por	meio	da	ferramenta	Mentimeter,	a	fim	de	criar	uma	nuvem	com	as
palavras	associadas	ao	tema	da	aula.	Feito	esse	levantamento,	será	possível
verificar	os	aspectos	relacionados	ao	ativismo	judicial.
Atividade	verificadora	da	aprendizagem:	como	a	atividade	metodológica	é
colaborativa	e	demanda	tempo,	o	professor	estará	apto	para	ativar	o	debate
posterior	como	atividade	verificadora,	assim	como	a	manutenção	do	foco	da
situação-problema	depois	de	analisadas	e	agrupadas	as	considerações	dos
alunos.	Nesse	caso,	o	professor	pode	deixar	claro	que	a	participação	faz	parte
da	atividade.	Além	disto,	indicar	a	realização	de	exercícios	de	verificação	de
aprendizagem	localizados	no	final	do	módulo.
Estudo	de	caso:	
Leia	a	ementa	de	julgamento	no	Supremo	Tribunal	Federal	do	Mandado	de
Injunção	4.733-DF:	
DIREITO	CONSTITUCIONAL.	MANDADO	DE	INJUNÇÃO.	DEVER	DO	ESTADO	DE
CRIMINALIZAR	AS	CONDUTAS	ATENTATÓRIAS	DOS	DIREITOS	FUNDAMENTAIS.
HOMOTRANSFOBIA.	DISCRIMINAÇÃO	INCONSTITUCIONAL.	OMISSÃO	DO	CONGRESSO
NACIONAL.	MANDADO	DE	INJUNÇÃO	JULGADO	PROCEDENTE.
1.	É	atentatório	ao	Estado	Democrático	de	Direito	qualquer	tipo	de
discriminação,	inclusive	a	que	se	fundamenta	na	orientação	sexual	das
pessoas	ou	em	sua	identidade	de	gênero.
2.	O	direito	à	igualdade	sem	discriminações	abrange	a	identidade	ou
expressão	de	gênero	e	a	orientação	sexual.
3.	À	luz	dos	tratados	internacionais	de	que	a	República	Federativa	do	Brasil	é
parte,	dessume-se	da	leitura	do	texto	da	Carta	de	1988	um	mandado
constitucional	de	criminalização	no	que	pertine	a	toda	e	qualquer
discriminação	atentatória	dos	direitos	e	liberdades	fundamentais.	4.	A	omissão
legislativa	em	tipificar	a	discriminação	por	orientação	sexual	ou	identidade	de
gênero	ofende	um	sentido	mínimo	de	justiça	ao	sinalizar	que	o	sofrimento	e	a
violência	dirigida	a	pessoa	gay,	lésbica,	bissexual,	transgênera	ou	intersex	é
tolerada,	como	se	uma	pessoa	não	fosse	digna	de	viver	em	igualdade.	A
Constituição	não	autoriza	tolerar	o	sofrimento	que	a	discriminação	impõe.
5.	A	discriminação	por	orientação	sexual	ou	identidade	de	gênero,	tal	como
qualquer	forma	de	discriminação,	é	nefasta,	porque	retira	das	pessoas	a	justa
expectativa	de	que	tenham	igual	valor.
6.	Mandado	de	injunção	julgado	procedente,	para	(i)	reconhecer	a	mora
inconstitucional	do	Congresso	Nacional	e;	(ii)	aplicar,	até	que	o	Congresso
Nacional	venha	a	legislar	a	respeito,	a	Lei	7.716/89	a	fim	de	estender	a
tipificação	prevista	para	os	crimes	resultantes	de	discriminação	ou	preconceito
de	raça,	cor,	etnia,	religião	ou	procedência	nacional	à	discriminação	por
orientação	sexual	ou	identidade	de	gênero.
A	partir	disso,	analise	a	decisão	e	faça	a	distinção	entre	o	ativismo	judicial	da
judicialização	da	política,	apontando	julgamentos	do	Supremo	Tribunal	Federal.
Recursos	Didáticos
Sala	de	aula	equipada	com	quadro	branco,	projetor	multimídia,	caixa	de	som,
acervo	bibliográfico	no	ambiente	virtual.
Leitura	Específica
Leia	o	artigo	de:	COURA,	A.	C.;	PAULA,	Q.	C.	DE.	Ativismo	judicial	e	judicialização
da	política:	sobre	o	substancialismo	e	procedimentalismo	no	estado
democrático	de	direito.	Revista	Brasileira	de	Estudos	Políticos,	v.	116,	n.	29,
jun.,	2018.	Disponível	em:
https://pos.direito.ufmg.br/rbep/index.php/rbep/article/view/511.	Acesso	em:	25
jan.	2021.	Leia	o	artigo	de:	PENNA,	Bernardo	Schmidt.	Mais	do	ativismo	judicial
à	brasileira:	análise	do	Estado	de	Coisas	Inconstitucional	e	da	decisão	na	ADPF
347.	Revista	Pensamento	Jurídico,	São	Paulo.	v.	11,	n.	1,	jan./jun.,	2017.
Disponível	em:
https://fadisp.com.br/revista/ojs/index.php/pensamentojuridico/article/view/84/123.
Acesso	em:	25	jan.	2021.
Aprenda	Mais
Assista	aos	vídeos:
Fecomercio	SP	-	O	desafio	da	Justiça	em	conciliar	rapidez	e	qualidade:
2016.	1	vídeo	(34	min	07	seg).	Disponível	em:	https://www.youtube.com/watch?
v=mluvGktJ2Vc	Acesso	em:	05	jan.	2021.
AGU	 Explica	 -	 Funções	 Essenciais	 à	 Justiça:	 2018.	 1	 vídeo	 (2min).
Disponível	 em:	 https://www.youtube.com/watch?v=o5b2Yb2GGbs	 Acesso	 em:	 5
jan.	2021.
AGU	 Explica	 -	 Defensor	 Público:	 2020.	 1	 vídeo	 (2min).	 Disponível	 em:
https://www.youtube.com/watch?v=tH2AZ2YT4sA	Acesso	em:	13	jan.	2021.
AGU	 Explica	 -	 O	 que	 faz	 a	 AGU:	 2018.	 1	 vídeo	 (2min).	 Disponível	 em:
https://www.youtube.com/watch?
v=nj3YbtV2430&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=161
Acesso	em:	13	jan.	2021.
Ouça	o	podcast:
JusFederal	#17:	Competência	para	julgar	antissemitismo	praticado	por	meio	das
redes	 sociais.	 Podcast	 Disponível	 em:
https://open.spotify.com/episode/5WK9PQQ3nQmICrdT59frdS	Acesso	em:	8	 jan.
2020.
Leia	a	seguinte	decisão:
BRASIL.	 Supremo	 Tribunal	 Federal.	 Ação	 Direta	 de	 Inconstitucionalidade
4.796/PR	 ?	 Paraná.	 Autogoverno	 dos	 tribunais	 deve	 atender	 ao	 bem	 comum.
Ministério	Público	e	Defensoria	Pública	podem	ter	gabinetes	para	desempenho
de	 suas	 funções	 nas	 instalações	 físicas	 dos	 tribunais.	 Relator:	 Min.	 Gilmar
Mendes,	 j.	 16-9-2020,	 P,	 DJE	 de	 5-10-2020.	 Disponível	 em:
http://portal.stf.jus.br/processos/detalhe.asp?incidente=4258482	 Acesso	 em:	 2
https://www.youtube.com/watch?v=mluvGktJ2Vc
https://www.youtube.com/watch?v=o5b2Yb2GGbs
https://www.youtube.com/watch?v=tH2AZ2YT4sA
https://www.youtube.com/watch?v=nj3YbtV2430&list=PL2H44XpYMBhhHrUNfHmx1kkYCmoIjxaCy&index=161
jan.	2021.
Assistaao	TED:
PRATT,	 Victoria.	How	 judges	 can	 show	 respect?	 [Nova	 York]:	 TED,	 2016.	 1
vídeo	 (15	 min)	 Disponível	 em:
https://www.ted.com/talks/victoria_pratt_how_judges_can_show_respect#t-
11423	Acesso	em:	6	jan.	2021.
Atividade	 Autônoma	 Aura:	 Olá,	 seja	 bem-vindo/a!	 Sabemos	 que	 você	 quer
aprender	 mais,	 por	 isso,	 selecionamos	 duas	 questões	 que	 revisitam	 o
tema/tópico	 ministrado	 nesta	 aula.	 Você	 deve	 resolvê-las,	 completando,	 assim,
sua	jornada	de	aprendizagem	do	dia.
01)	Segundo	o	Ministro	Alexandre	de	Moraes,	 em	notícia	publicada	no	 site	do
STF,	 ?o	 excesso	 de	 judicialização	 da	 saúde	 tem	 prejudicado	 políticas	 públicas,
pois	 decisões	 judiciais	 favoráveis	 a	 poucas	 pessoas,	 por	 mais	 importantes	 que
sejam	seus	problemas,	comprometem	o	orçamento	total	destinado	a	milhões	de
pessoas	 que	 dependem	 do	 Sistema	 Único	 de	 Saúde	 (SUS).	 Não	 há	 mágica
orçamentária	 e	 não	 há	 nenhum	país	 do	mundo	 que	 garanta	 acesso	 a	 todos	 os
medicamentos	 e	 tratamentos	 de	 forma	 generalizada.?	 (Disponível	 em:
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?
idConteudo=439095&caixaBusca=N).	 No	 que	 se	 refere	 à	 judicialização	 da
saúde,	assinale	a	alternativa	correta.
a)	É	cabível	o	deferimento	pelo	Poder	Judiciário	de	medicamentos	experimentais
sem	eficácia	comprovada.
b)	A	Desvinculação	de	Receitas	da	União	(DRU)	e	o	subfinanciamento	do	sistema
público	 de	 saúde	 no	 Brasil	 não	 têm	 qualquer	 relação	 com	 o	 incremento	 da
judicialização	da	saúde.
c)	A	judicialização	da	saúde	não	se	confunde	com	o	ativismo	judicial:	enquanto	a
judicialização	 é	 uma	 postura	 behaviorista	 do	 juiz,	 violando	 o	 princípio	 da
separação	 de	 Poderes,	 o	 ativismo	 judicial	 é	 uma	 contingência	 que	 decorre	 da
omissão	dos	Poderes	Públicos.
d)	 A	 coerência,	 a	 integridade	 e	 a	 universalizabilidade	 do	 provimento
jurisdicional	 são	 critérios	 interpretativos	 utilizados	 para	 a	 observância	 da
segurança	jurídica	e	da	igualdade	na	prestação	de	saúde	pelo	Poder	Judiciário.
e)	O	acesso	universal	à	saúde	e	a	gratuidade	estão	previstos	na	Constituição	da
República	 e	 na	 legislação	 de	 regência,	 desde	 que	 comprovada	 a	 situação	 de
carência	do	usuário	do	sistema	público	de	saúde.
02)	O	 chamado	 ?ativismo	 judicial?	 sofre	 críticas	 de	 diversas	 origens	 baseadas
principalmente	 na	 ideia	 de	 que	 comprometeria	 a	 separação	 de	 poderes,
representando	 uma	 interferência	 indevida	 do	 Poder	 Judiciário	 sobre	 o	 mérito
administrativo	 e	 sobre	 a	 ação	 política.	 A	 esse	 respeito,	 assinale	 a	 afirmativa
correta.
a)	A	 legitimidade	do	Poder	 Judiciário	 para	 a	 realização	do	 controle	 judicial	 de
políticas	 públicas	 decorre	 de	 ser	 o	 único	 poder	 da	 República	 constituído
exclusivamente	por	agentes	selecionados	mediante	concurso	de	provas	e	títulos,
o	que	assegura	a	sua	neutralidade	e	imparcialidade.
http://www.stf.jus.br/portal/cms/verNoticiaDetalhe.asp?idConteudo=439095&caixaBusca=N
b)	 Caso	 o	 Poder	 Executivo	 aja	 de	 modo	 irrazoável	 ou	 proceda	 com	 a	 clara
intenção	 de	 neutralizar	 a	 eficácia	 dos	 direitos	 sociais,	 econômicos	 e	 culturais,
justifica-se	 a	 possibilidade	 de	 intervenção	 do	 Poder	 Judiciário	 sobre	 a	 ação
administrativa.
c)	 A	 Constituição	 Federal	 de	 1988	 não	 admite	 a	 interferência	 do	 Poder
Judiciário	no	mérito	administrativo,	de	maneira	que	não	merece	prosperar	ação
judicial	 que	pretende	 invalidar	 ato	 administrativo	 sob	o	 argumento	de	não	 ser
razoável	a	escolha	do	Administrador.
d)	 Os	 atos	 administrativos	 gozam	 de	 presunção	 de	 legitimidade,	 motivo	 pelo
qual	 não	 podem	 ser	 objeto	 de	 controle	 judicial,	 salvo	 em	 caso	 de	 flagrante
ilegalidade.
e)	 A	 impossibilidade,	 definida	 pela	 Constituição	 Federal	 de	 1988,	 de	 controle
judicial	 de	 atos	 administrativos	 é	 decorrência	 da	máxima	 ?the	 king	 can	 do	 no
wrong?,	introduzida	no	direito	brasileiro	por	meio	do	pensamento	positivista	de
Benjamin	Constant.

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