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DESENVOLVIMENTO DE ANFÍBIOS O tipo de ovo característico dos anfíbios é o heterolécito. Em várias espécies, a fecundação é externa com liberação de um grande número de ovos para fora. A ovulação do gameta feminino ocorre na primeira divisão meiótica, e a progressão se dá no caminho do oviduto, chegando ao útero, ele atinge a metáfase II e fica imobilizado até a fecundação. No ovo típico desse grupo, a polaridade é destacada antes da fecundação, o polo animal é mais pigmentado que o vegetativo, tendo uma cor marrom-acinzentada, já no vegetativo é despigmentado. O polo animal tem uma região mais clara, a mancha polar, local onde libera o corpúsculo polar. Somente a cabeça do espermatozóide penetra o citoplasma do ovócito, o pronúcleo masculino e feminino vão de encontro um ao outro, mas o masculino deixa rastro pigmentado durante o percurso. Com a penetração do espermatozóide no citoplasma do ovócito, vão ocorrer fenômenos importantes e determinantes para o desenvolvimento do embrião de anfíbios: a reação de ativação, a rotação de equilíbrio e a rotação de simetria. SEGMENTAÇÃO: Como foi dito, o ovo do anfíbio é heterolécito de segmentação total, mas desigual, formando blastômeros de tamanhos distintos. Na maioria dos embriões de rãs e salamandras, a clivagem é holoblástica radial. Devido ao ovo de anfíbio possuir quantidade moderada de vitelo, e de este concentrar-se no polo vegetal, observa-se que a velocidade de segmentação sofre a interferência do mesmo, acontecendo no polo animal mais rapidamente que no vegetal. Dessa maneira, a primeira divisão inicia no polo animal e rapidamente se estende até o vegetal. A primeira segmentação é meridional, formando dois blastômeros iguais. O segundo plano também é meridional, mas perpendicular ao primeiro, ocasionando quatro blastômeros iguais. Porém, a terceira é latitudinal, acima da linha do equador, dando origem a quatro blastômeros superiores menores (micrômeros) e quatro inferiores maiores (macrômeros).A quarta clivagem é meridional e forma 16 blastômeros. Posteriormente, as clivagens se tornam assincrônicas e a velocidade no polo animal é mais rápida do que no vegetal. É importante ressaltar que nesse desenvolvimento não tem fase típica de mórula, e a blastocele se forma já no estágio de oito células. Com o desenvolvimento, a blastocele mostra-se revestida por várias camadas celulares, caracterizando, assim, a blástula. No término da segmentação, a blástula atinge de 5 a 6 mil células, porém, mantém o mesmo diâmetro inicial. GASTRULAÇÃO E NEURULAÇÃO: No começo da gastrulação, percebe-se o desenvolvimento do lábio dorsal do blastóporo, local por onde começa a invaginação dos macrômeros para a formação do arquêntero e onde a entrada é o blastóporo. Ao crescer, o arquêntero desloca os macrômeros para o interior da blastocele. Os macrômeros formam o lábio ventral do blastóporo e tampão (rolha vitelínica). No lábio dorsal do blastóporo, proliferam células que, penetrando para o interior da gástrula, ocupam o teto do arquêntero, situando-se entre o ectoderma e o endoderma e constituindo o terceiro folheto, denominado cordomesoblástico, que cresce para adiante e para baixo. A placa notocordal, quando separada da mesoderme, diferencia-se em um cilindro celular longo, chamado notocorda. O desenvolvimento rápido da mesoderme leva à diferenciação dos somitos, que estão ao lado da notocorda, mas continuam com outros dois componentes da mesoderme, chamados de laterais e intermediários. A mesoderme lateral está no formato de duas lâminas, que dará origem às cavidades celomáticas, que originará no celoma. A mesoderme lateral que se liga ao ectoderma, e a outra, unida ao endoderma, formará a esplanconpleura. A zona médio-dorsal da ectoderme diferencia-se numa zona mais espessa, a placa neural. Essa placa vai originar o tubo nervoso, resultando no sulco neural, com isso, as bordas do sulco irão se aproximar, criando o tubo neural. Nesse âmbito, o surgimento da neurulação irá encerrar a gastrulação.
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