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POLÍTICA NACIONAL DE SAÚDE INTEGRAL LGBT PROCESSO TRANSSEXUALIZADOR Beatriz Gomes, Bianca Sardi, Carlos Eduardo de Nadai, Daniel Favalessa, Guilherme Mamede, João Magno, Lucas Brumatti, Matheus Gonçalves, Nathália Marques e Victória Pagani Cadu LGBTQIA+ https://dentrodomeio.com.br/ Cadu Conceitos Importantes LGBT - Geral Sexo Biológico Orientação sexual Identidade de gênero Cis e Trans Transgênero Transsexual Travesti Cadu A Luta pelo Direito à Saúde Grupo Somos: Reconhecido como precursor da luta homossexual; Ao surgir a epidemia HIV/Aids, no início dos anos 80, à época fortemente relacionada aos gays, o governo brasileiro apoiou mobilizações da população homossexual masculina na prevenção da doença; Até 1980, mulheres lésbicas e bissexuais eram invisíveis politicamente, sendo excluídas até mesmo do plano de prevenção ao HIV; 2003: 12ª Conferência Nacional de Saúde (BRASIL, 2004): Direitos LGBT sendo pautado pelo SUS; 2007: 13ª Conferência Nacional de Saúde (BRASIL, 2008): a orientação sexual e a identidade de gênero são incluídas na análise da determinação social da saúde. https://br.pinterest.com/ http://www.alguemavisa.com.br/ Bianca Política Nacional de Saúde Integral de LGBTs Documento norteador e legitimador das necessidades e especificidades, em conformidade aos postulados de equidade previstos na Constituição Federal e na Carta dos Usuários do Sistema Único de Saúde; Seguiu as diretrizes de governo expressas no Programa Brasil sem Homofobia: Programa Nacional de Direitos Humanos (PNDH 3); A Política LGBT é composta por um conjunto de diretrizes cuja operacionalização requer planos contendo estratégias e metas sanitárias e sua execução requer desafios e compromissos das instâncias de governo; Objetivos: Qualificar e ampliar o acesso da população LGBT aos serviços de saúde do SUS; Criar iniciativas para a redução de danos e riscos à saúde da população LGBT; Oferecer atenção e cuidado à saúde de adolescentes e idosos pertencentes à população. http://www.araraquara.sp.gov.br/ Mamede Plano Operativo da Política Nacional de Saúde Integral LGBT Desenvolvimento de ações e estratégias de enfrentamento de desigualdades; Gestão unificada entre federação, estados e municípios; Equidade e Integralidade; O Plano possui quatro eixos: Eixo 1: Acesso da população LGBT à atenção integral à saúde; Eixo 2: Ações de promoção e vigilância em saúde da população LGBT; Eixo 3: Educação permanente e educação popular em saúde com foco na população LGBT; Eixo 4: Monitoramento e avaliação das ações de saúde para a população LGBT. Fonte: www.avasus.ufrn.br Fonte: www.observatoriodh.com.br Fonte: www.b9.com.br Lucas Regulamentação do Processo Transsexualizador no SUS Portaria Nº457, 19 de agosto de 2008 Necessidade de estabelecer critérios, estruturar serviços, regulação, avaliação e controle da atenção especializada no que concerne ao Processo Transsexualizador; Art. 3º - Definir como atribuições da Unidade de Atenção Especializada: Na integralidade da atenção, não restringindo ou centralizando a meta terapêutica às cirurgias de transgenitalização e demais intervenções somáticas; Na humanização da atenção, promovendo um atendimento livre de discriminação, inclusive através da sensibilização dos trabalhadores e demais usuários da unidade de saúde para o respeito às diferenças e à dignidade humana. Daniel Regulamentação do Processo Transsexualizador no SUS Art. 8º - Criar o procedimento específico para tratamento hormonal pré-operatório à cirurgia seqüencial de transgenitalização: Daniel Regulamentação do Processo Transsexualizador no SUS Art. 9º - Criar o procedimento específico para acompanhamento terapêutico no Processo Transsexualizador: Daniel Regulamentação do Processo Transsexualizador no SUS Art. 10º - Criar o procedimento específico para cirurgia de transgenitalização: Daniel Desafios enfrentados por pessoas trans para acessar o processo transsexualizador do Sistema Único de Saúde https://vermelho.org.br/ Victoria 2º Desafio: Discriminação e transfobia nos serviços de saúde Portaria nº 1.820, 13 de agosto 2009, instituiu a Carta dos Direitos dos Usuários do SUS e define: “o atendimento humanizado, acolhedor e livre de qualquer discriminação”. Portaria nº 2.836, 1º de dezembro de 2011, instituiu a Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transsexuais 1° Desafio: Distribuição geográfica das unidades habilitadas para a oferta do processo transsexualizador do SUS As unidades habilitadas para oferta do Processo Transsexualizador do SUS, tanto na modalidade hospitalar quanto ambulatorial, concentram-se em sua maioria na região Sudeste, com seis das dez unidades; Não oferta de insumos considerados importantes (pomadas para cuidados pós-operatórios e hormônios) Barreira geográfica para quem não pode se deslocar “Os indivíduos transgêneros são estigmatizados, discriminados e ridicularizados nos encontros com aqueles encarregados de seus cuidados” Victoria e Nathalia 3º Desafio: O diagnóstico de transsexualismo como requisito para o acesso ao processo transsexualizador Resolução do CFM nº 1652/201026 “Desejo expresso de eliminar os genitais, perder as características primárias e secundárias do próprio sexo e ganhar as do sexo oposto”; O paciente transsexual é “portador de desvio psicológico”. “O que eles cobram é você ter uma vivência feminina. Eles falam que eles não operam homem. [...] Eu já estava cansada de falar as mesmas coisas. Você tinha que provar que era mulher, que você era mulher na cabeça... na maneira de vestir, em tudo.” Pacientes que não se adequam aos ideais de feminilidade e masculinidade requeridos pelas equipes dos processos transsexualizadores, bem como às perspectivas de gênero impressas pelos profissionais nos processos de diagnóstico, não conseguirão acessar os serviços de saúde oferecidos no âmbito do processo transsexualizador. Bia Fluxos de Encaminhamento Avaliação inicial para acompanhamento terapêutico: Atenção Básica para consulta na atenção especializada; Da atenção especializada para consulta em hospital credenciado; Avaliação do transsexual avaliado nessa unidade. Readequação cirúrgica genital: Da atenção especializada para consulta em hospital credenciado; Permanência do transsexual nessa unidade; Processo extremamente burocrático Desgaste individual e psicológico Matheus Retrocesso Atual Retirada da população LGBTQIA + das diretrizes de Direitos Humanos do Ministério da Família, da Mulher e dos Direitos Humanos; Suspensão de financiamento da ANCINE para filmes com temáticas LGBTQIA +; Redução drástica de financiamento para movimentos culturais LGBTQIA +; “Menino veste azul, menina veste rosa”; Classificação de Disforia de Gênero como transtorno mental nos critérios CID-10; Brasil: país que mais mata travestis e transsexuais no mundo. João Referências 1. Ministério da Saúde. Política Nacional de Saúde Integral de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais. 2013;(1a). Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/politica_nacional_saude_lesbicas_gays.pdf 2. Cardozo Rocon P, Sodré F, Rodrigues A, Barros MEB de, Dettmann Wandekoken K. Desafios enfrentados por pessoas trans para acessar o processo transexualizador do Sistema Único de Saúde [Internet]. 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/icse/v23/1807-5762-icse-23-e180633.pdf 3. Ministério da Saúde. PORTARIA No 457 DE 19 DE AGOSTO DE 2008. Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/sas/2008/prt0457_19_08_2008.html 4. Caio. Você sabe a diferença entre transgênero, transexual e travesti? [Internet]. 2020 [citado 1o de abril de 2021]. Disponível em: https://thepride.com.br/transgenero-transexual-travesti/ 5. R. Brown G. Disforia de gênero e transexualismo [Internet]. 2019 [citado 1º de abril de 2021]. Disponível em:https://www.msdmanuals.com/pt-br/profissional/transtornos-psiquiátricos/sexualidade-disforia-de-gênero-e-parafilias/disforia-de-gênero-e-transexualismoJoão