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1. Sobre o diafragma: a) Cite a sua forma, localização e fixações; Divisória musculotendínea que separa as cavidades torácica e abdominal. Possui o formato de duas cúpulas com concavidades inferiores, o que permite o alojamento dos órgãos. Cúpula direita: mais alta por causa do fígado. Cúpula esquerda Possui uma parte muscular e um centro tendíneo (aponeurose). As fibras de sua parte muscular convergem da periferia para o centro em direção sua parte aponeurótica. O seu centro tendíneo abriga o forame da VCI. Fixações Periféricas: Parte esternal: Duas alças musculares que se fixam à face posterior do processo xifoide, nem sempre está presente. Parte costal: Alças musculares largas que se fixam às faces internas das cartilagens costais e forma as cúpulas direita e esquerda. Parte lombar: Forma os pilares musculotendíneos direito e esquerdo). Ligamentos Arqueados: Ligamento Arqueado Mediano: Se une aos pilares direito e esquerdo para formar o hiato aórtico. Ligamento Arqueado Medial: Espessamento da fáscia do músculo psoas maior. Ligamento Arqueado Lateral: Cobre o músculo quadrado do lombo. b) Cite sua vascularização e inervação; Vasos e Nervos do Diafragma Irrigação Arterial Face superior: Artérias pericardiofrênica e musculofrênica (ramos da Artéria torácica interna e artérias frênicas superiores (ramos da aorta torácica). Face inferior: Artérias frênicas inferiores (1º ramo da parte abdominal da aorta). Drenagem Venosa Face superior: Veias pericardiofrênica e musculofrênica (desembocam nas veias torácicas internas) e veia frênica superior (desemboca na VCI). Face inferior: Veias frênicas inferiores. Direita: Desemboca na VCI. Esquerda: Dupla um ramo desemboca na VCI e outro na veia suprarrenal esquerda. Inervação: Nervos frênicos direito e esquerdo. Ramos anteriores de C3 a C5. A inervação sensitiva (dor e propriocepção) é feita pelos nervos frênicos. Obs: A inervação das partes periféricas é feita por nervos intercostais e subcostais. c) Cite os seus orifícios e o conteúdo desses. Abertura no diafragma Forame da Veia Cava: No centro tendíneo. Estruturas: VCI, Ramos terminais do N. Frênico Direito e vasos linfáticos. Hiato esofágico: No músculo do pilar direito do diafragma. Estruturas: Esôfago, troncos vagais anterior e posterior, ramos esofágicos dos vasos gástricos e vasos linfáticos. O cruzamento das fibras do pilar direito forma um esfíncter muscular para o esôfago que o constringe quando o diafragma se contrai Constrição diafragmática. Hiato Aórtico: Posterior ao diafragma. Estruturas: Aorta descendente, ducto torácico e Vv. Ázigo e hemiázigo. Trígono Esternocostal: Entre as fixações esternal e costal. Estruturas: Vasos linfáticos da face diafragmática do fígado e vasos epigástricos superiores. Trígono lombocostal: Nada passa nessa região. Devido a sua fragilidade, é um local passível de herniações. 2. Cite os músculos que constituem a parede posterior do abdome, sua relação com o diafragma e com a fáscia toracolombar. Mm. Psoas e M. Quadrado do lombo, M. Ilíaco, M. Transverso do abdome e Mm. Obliquos do abdome. Parede posterior do Abdome: 5 vértebras lombares e seus discos + músculos psoas, quadrado do lombo, ilíaco, transverso do abdome e oblíquos externo e interno do abdome + diafragma + fáscia + plexo lombar (ramos anteriores dos nervos espinais lombares + gordura, nervos, vasos e linfonodos. Fáscia da parede posterior: Camada contínua de fáscia endoabdominal (entre peritônio e os músculos). Fáscia do músculo Psoas: Seu espessamento superiormente forma o ligamento arqueado medial. Fáscia do músculo quadrado do lombo: Aponeurose toracolombar. Fixada medialmente à coluna vertebral e lateralmente aos Mm. Transverso do abdome e oblíquo interno. Possui lâminas posterior, média e anterior. Posterior: Parte tendínea dos Mm. Eretores da espinha e latíssimo do dorso. Média: Parte tendínea dos Mm. Transverso do abdome e oblíquo interno. Anterior: Fáscia e parte tendínea do M. Quadrado do lombo. 3. Cite os nervos da parede posterior do abdome e a sua formação (raízes). PLEXO LOMBAR: Ramo anterior de L1: Relacionado ao ligamento arqueado medial. N. iliohipogástrico (mais superior). N. ilioinguinal (mais inferior). N. cutâneo femoral lateral (L2 e L3): Sai da margem lateral do M. psoas maior e cruza a fossa ilíaca. N. femoral (L2 a L4): Sai da margem lateral do M. psoas maior e cruza profundamente o lig. inguinal. É grande e bem grosso. N. genitofemoral (L1 e L2): Perfura o M. psoas maior. R. genital (inerva o M. cremaster) R. femoral N. obturatório (L2 a L4): Passa através do forame obturatório. Tronco lombossacral (L4 e L5): Formará o plexo sacral. Responda: porque não há ramos comunicantes brancos a partir do nível vertebral de L II? Não há ramos comunicantes brancos a partir de L2, pois os corpos dos neurônios pré- ganglionares do SN simpático só estão presentes até esse segmento. Assim, as fibras simpáticas só saem nos rr. comunicantes brancos até L2. TRONCO SIMPÁTICO: Relacionado ao ligamento arqueado medial. GÂNGLIOS PARAVERTEBRAIS E PRÉ-VERTEBRAIS: Gânglios pré-vertebrais: celíacos, mesentéricos superiores, aorticorrenais e mesentéricos inferiores. NN. ESPLÂNCNICOS MAIOR, MENOR E IMO: Carregam fibras pré-ganglionares até os gânglios pré-vertebrais. 4. Sobre a aorta abdominal, cite: a) Os níveis vertebrais onde tem o seu início e o seu fim; Início: T12. Fim: L4. b) Suas relações anteriores com demais órgãos e estruturas; Relação anterior: Plexo e gânglios celíacos, corpo do pâncreas, V. esplênica, parte horizontal do duodeno e alças do intestino delgado. Relação lateral direita: V. ázigo, cisterna do quilo, ducto torácico, pilar direito e gânglio celíaco direito. Relação lateral esquerda: Pilar esquerdo e gânglio celíaco esquerdo. c) Seus ramos. A. Frênica inferior. A. Suprarrenal média. Tronco Celíaco. A. Mesentérica superior. Aa. Renais esquerda e direita. Aa. Gonadais. A. Mesentérica inferior. Aa. Lombares (ramos posteriores). A. Sacral mediana. Bifurca-se em Aa. Ilíacas comuns esquerda e direita. Obs: As artérias ilíacas externas dão origem as Aa. Epigástricas inferiores e circunflexa ilíaca profunda. d) (opcional) Esquematize em uma folha separada as artérias da parede posterior do abdome. Classificação das artérias da aorta abdominal: Ímpares: Vão para órgãos ímpares. Pares laterais: Vão para órgãos pares Pares posterolaterais: Vão para parede posterior 5. Sobre a veia cava inferior, cite: a) Os níveis vertebrais onde tem o seu início e o seu fim; Início: L5 pela junção das Vv. Ilíacas comuns (E e D) Fim T8 (parte inferior do Átrio Direito) b) As regiões drenadas por ela; Abdome, pelve e membros inferiores. Região dorsal também (parte inferior dela). Órgãos do sistema digestório e baço drenam primeiro para o sistema porta hepático para depois ir para a VCI. c) Suas tributárias. Correspondem aos pares de ramos viscerais e parietais da parede abdominal da aorta: Veias Hepáticas (Direita, Intermediária e Esquerda), V. Suprarenal Direita, V. gonadal direita, Vv. Renal esquerda e direita. Obs: Veias Suprarrenal e gonadal esquerdas são tributárias da Veia renal esquerda e, por isso, vão indiretamente para a VCI. O sangue das vísceras abdominais atravessa o sistema porta hepático antes de entrar na VCI pelas Vv. Hepáticas. Suas tributárias correspondem aos ramos pares laterais e posterolaterais da aorta abdominal. As tributárias correspondentes aos ramos ímpares da aorta abdominal desembocam na V. Porta. 6. Cite os grupos de linfonodos presente na parede posterior do abdome, os troncos linfáticos que atuam nessa drenagem e o ducto linfático de destino. Drenagem Linfática: Ocorre basicamente em 3 troncos que drenam para a cisterna do quilo, em seguida parao ducto torácico e por fim para o ângulo venoso esquerdo. TRONCOS LOMBARES DIREITO E ESQUERDO: Linfonodos lombares (cavais e aórticos). Recebem linfa da parede posterior do abdome, rins, ureteres, testículos ou ovários, útero, tubas uterinas, membros inferiores, colo descendente e pelve. TRONCO INTESTINAL Linfonodos pré-aórticos (celíacos e mesentéricos superiores e inferiores). Recebe linfa do sistema digestório. 7. Defina: a) A fáscia renal; Camada membranácea que envolve os vasos renais, que se junta às gorduras, fornecendo revestimento e sustentação para os rins. b) A cápsula adiposa do rim; Gordura profundamente à fáscia renal (se estende até o seio renal). c) O corpo adiposo pararrenal. Gordura externamente à fáscia renal semelhante ao tecido extraperitonial. 8. Sobre os rins: EM CASO DE TRANSPLANTE, É COLOCADO NA FOSSA ILÍACA. SUSTENTAÇÃO, MELHOR LEITO PARA O RIM (ESPAÇO DA FOSSA), NÃO PERFURA O PERITÔNIO, ACESSO MAIS FACILITADO, EVITA QUE O RIM CAIA. a) Cite a sua localização, e fixação; No retroperitônio, ou seja, na cavidade peritoneal, entre a parede anterior do abdome e o peritônio. No nível das vértebras T12 a L3. b) Cite a sua relação com as costelas; Tem relação com a 12ª costela no polo superior. c) Defina: córtex renal, medula renal, seio renal e hilo renal; Divisões internas do rim: 3 partes. Córtex renal: parte mais periférica. Medula renal: Em forma de pirâmides, com bases voltadas para o córtex e ápice para a região coletora. Parte mais central. Seio renal: Cavidade que é infundida pela gordura da cápsula renal. Hilo renal: Local onde adentram as artérias e nervos e saem a veia renal, ureter e vasos linfáticos. d) Cite as estruturas que atravessam o hilo renal; Artéria renal, Veia Renal, Ureter. e) Cite as estruturas que conduzem a urina até o ureter; Néfrons Papilas renais Cálices renais menores Cálices renais maiores Pelve renal Ureter Bexiga Urinária f) Cite a segmentação arterial do rim. Artéria Renal (Ramo da Aorta – L1/L2). Entram quase que perpendiculares ao rim. Esquerda: + curta. / Direita: + longa (passa posterior a VCI). Cada artéria renal se divide em 5 ramos segmentares (terminais) que suprem os segmentos renais funcionais. Nenhuma delas faz anastomose, o que torna a região suprida por cada unidade independente e, por isso, cirurgicamente ressecável. Off: Drenagem venosa: Veias renais: Direita: + Curta (+ próxima da VCI). Eesquerda: + Longa (Recebe as Vv. Suprarrenal E e Gonadal E) 9. Sobre os ureteres: a) Cite a sua constituição; Ductos musculares que conduzem a urina dos rins para a bexiga. b) Cite a sua extensão e relação com os processos transversos das vértebras lombares; O início dos ureteres é na altura de L2, anteriormente, se estendendo até a bexiga. Relação bastante sagital/vertical com as vértebras torácicas na parte abdominal. c) Cite suas constrições; Apresentam constrições em 3 locais Possíveis locais de obstrução por cálculo. 1º Na junção das pelves renais e dos ureteres. 2º Onde o ureter cruza os vasos ilíacos. 3º Na sua passagem pela parede da bexiga. d) Cite a origem dos ramos arteriais que nutrem os ureteres. Pode ser irrigado por vasos renais, gonadais, aórticos e pélvicos. 10. Sobre as glândulas suprarrenais: a) Cite a sua fixação e relação com os rins; Estão fixadas pela fáscia renal dos pilares do diafragma e repousam (frouxamente aderidas) sobre o colo superior do rim. b) Defina a forma de cada uma delas; A direita é triangular/piramidal e a esquerda tem formato semilunar. A piramidal tem relação com a VCI, drenagem venosa direta. Posterior a VCI. c) Cite a sua vascularização; Drenagem venosa: A Suprarrenal Direita drena diretamente na VCI. A Suprarrenal Esquerda drena na veia renal. Artérias suprarrenais: Aa. Suprarrenais superiores da A. Frênica inferior. Aa Suprarrenais médias: Aorta Abdominal. Aa. Suprarrenais inferiores: Aa. Renais. d) Descreva a diferença entre córtex e medula suprarrenal. São divididas em 2 partes: Córtex suprarrenal: (mais amarelo) Secreta corticoesteroides e androgênios, que causam a retenção renal de sódio e água em resposta ao estresse, aumentando o volume sanguíneo e a pressão arterial. Medula Suprarrenal: (parte mais escura) Massa de tecido nervoso permeada por capilares e sinusoides. Muito relacionada ao SN Simpático. Células cromafins: Estão relacionadas com os neurônios dos gânglios simpáticos (pós-ganglionares). Secretam cotecolaminas (principalmente epinefrina) para a corrente sanguínea em resposta a sinais de neurônios pré-ganglionares. A liberação de epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina) ativam o corpo para uma resposta de luta ou fuga ao estresse traumático.