Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
− Estudar e compreender lesões no SN maduro (em adultos) e processo de recuperação de lesão ao nível central e periférico. Este processo ocorre através da neuroplasticidade. − Estudo das alterações funcionais sensório-cognitivo-motoras decorrentes das lesões neuromusculares em indivíduos adultos – Visando a função. − Vias aferentes: Levam as informações sensoriais da periferia para o central - Sensações. Alteração sensorial: − Perda da sensibilidade do tato – Hipoestesia. − Alterações proprioceptivas no pé, por exemplo, resulta em alterações na marcha. Alteração cognitiva: − Pacientes com Parkinson, possuem nível de atenção reduzido, com dificuldade para compreender informações, tempo de resposta diminuído, afetando diretamente a pratica clínica – Atenção. − Se o paciente não entende o porquê daquele exercício, ele apenas repete, por isso devemos sempre trabalhar a atenção do mesmo, através de estímulos cognitivos. O que alterações cognitivas se relacionam com a pratica clínica do fisioterapeuta? Tempo de resposta diminuído, dificuldade de compreensão de comando, etc. Alterações motoras: − Lesão raquimedular, ficando paraplégico (na região de tronco inferior, cadeirante), consequen- temente não anda, não senta, não rola. − Semiologia neurofuncional: Prope- dêutica – Avaliação, ou seja, avaliação neurofuncional. − O processo de reorganização neural (neuroplasticidade) e possibilidade funcional, sempre uma possibilidade, nunca uma certeza. Controle postural. − Elaboração de diagnóstico fisioterapêutico (comprometimento, disfunções, limitações e incapacidades) e de programa de intervenção fisioterapêutica nas disfunções neurológicas. Comprometimento: − Sinais e sintomas; Disfunção: − Apresenta dificuldade motora – Ato motor com dificuldade; − Ex: Senta com auxilio Limitação funcional: − Ato motor não realizado. − Ex: Não senta, não rola Incapacidade: − Avaliação de AVDs – Atividades de vida diária, sendo setor básico – sobrevivência, cozinhar por exemplo não é, se encaixa em Fisioterapia em Neurologia: − AIVDs – Atividades instrumentais de vida diária, também entra na avaliação de incapacidades. − Atividades laborais: Paciente deixa de trabalhar por conta da sequela neurológica, com isso se encaixa em incapacidade. − Atividades sociais: Caso não consiga mais realizar atividades sociais devido à sequela. − Escala de Barthel Memórias afetivas e experiências motoras contribuem no processo de reabilitação neurofuncional. Portanto, devemos considerar todos esses aspectos e fazer com que o paciente compreenda a conduta. ✓ Quem perde AIVD tem prognóstico melhor do que aquele que perde ambas (avds + aivds). ✓ A reorganização da casa também é nossa função, tornando a pessoa mais ativa e podendo auxiliar nos trabalhos domésticos. Não esquecer que: Ao avaliar a motricidade (mudanças posturais/transferências - gato, ajoelhado, etc.) entram em disfunção, caso tenha dificuldade ou limitação, caso não faça. São atos motores, portanto devem entrar na ficha de avaliação. Aula 2: SNC X SNP: SNC: − Encéfalo; − Cérebro; − Tronco enfefálico − Cerebelo; − Medula Espinal. SNP: − Gânglios sensitivos; − Terminações nervosas livres; − Nervos espinais; − Nervos cranianos. Lesões Centrais: ✓ Cerebrais. Ex: AVC/ AVE (mais correto, mas ambos são estão corretos), TCE, Esclerose múltipla. ✓ Tronco encefálico. Ex: AVC, TCE, esclerose múltipla ✓ Medulares. Ex: Lesão medular – TRM (traumatismo raquimedular), tumor, esclerose múltipla. ✓ Núcleos da base ou circuitos que os unem. Ex: Parkinson ✓ Cerebelares. Ex: Ataxias Independente da fisiopatologia, o mais importante para nós é saber fazer o diagnóstico cinético funcional nos pacientes, uma vez que a mesma patologia pode causar disfunções diferentes. Ex: Mesma lesão medular, um pcte não anda, outro anda com auxílio. Lesões Periféricas: − Raízes nervosas. Ex: Radiculopatias − Nervos espinais ou cranianos. Ex: Neuropraxia, neurotimese, axonotimese, Sindrome de Guillian Barré - Todas espinais. Paralisia facial periférica (PFP) – Craniano. − Junção neuromuscular. Ex: Miastenia Gravis Quando se pergunta o tipo de lesão: Central ou periférica. Síndromes: Piramidais: − Pirâmides estão no bulbo, nelas há as decusação das pirâmides (desviam as informações para o lado contralateral) - corticoespinal lateral. − Nas lesões piramidais o lado mais comprometido é o contralateral da lesão devido à decussação das pirâmides. Onde, as vias descendentes atravessam para o lado contralateral. − Nota: Não há lado não comprometido, há menos comprometido. Devemos tratar o paciente como um todo. − As síndromes piramidais podem ser cerebrais (AVC), de tronco encefálico, medulares e lesão da via corticoespinal. − Nota: AVC é uma lesão central, sendo síndrome piramidal. Há 2 tipos de vias (tracto) cortiçoespinal: − Partem do córtex (motor, no lobo frontal, giro pré-central) e vão até a medula espinal. − Via Lateral, passa pela decussação das pirâmides, só essa se relaciona à sindrome piramidal − Via Anterior, não passa pela decussação das pirâmides, pois desce em ipsilateral − Nota: Através dos sinais e sintomas do paciente sabemos o que ele tem. Extrapiramidais: − São lesões dos núcleos da base e suas conexões − Não passa pelas pirâmides, é no núcleo da base – Dificulta a motricidade automática, o movimento voluntário – Circuito subcortical. − Nota: Parkinson é uma lesão do tipo central, sendo uma síndrome extrapiramidal. − Toda vez que estamos aprendendo uma habilidade, o córtex está em atividade, é a região mais rica do encéfalo. Uma vez aprendido, fica armazenado nos núcleos da base, não sendo necessário pensar em cada passo para realizar a ação – movimento automatizado. − Por isso pcte com Parkinson têm um tempo maior de resposta. Devemos tomar cuidado com a conduta exagerada para que o pcte não entre em frezein “congele” – fica parado, correndo o risco de quedas. Cerebelares: − Cerebelo é responsável pela coordenação do movimento – praxia − Pcte pode ter incoordenação e metria, ou coordenação e dismetria. No mais grave é incoordenação e dismetria. − Periféricas: Raízes, nervos, junções neuromusculares. São duas vias eferentes (descem) ✓ A da esquerda não cruza – desceu em ipsilateral – Corticoespinal anterior ✓ A da direita cruza – desceu contra lateral – Corticoespinal lateral Funções dos Núcleos da Base: − Controle automático do movimento − Aprendizado motor − Funções emocionais (+ sistema límbico - emocionais) − Substancia negra, não é um núcleo da base, é uma estrutura do mesencéfalo, mas se conecta com os núcleos. − As informações dos núcleos dependem do neurotransmissor (dopamina) produzido na substancia negra. Neurotransmissor extremamente importante para o movimento automático, sem ela não iniciamos o movimento, nem freamos, por isso ocorre o frezein, pois pcte com Parkinson tem diminuição de dopamina. − Nota: Devemos compreender a vida do pcte, conhecer a profissão, mostrar afetividade, com base disso podemos pensar na conduta e quais exercícios ajudarão a retornar as atividades. Cerebelo: Ajustes funcionais sobre as vias motoras – Refina o movimento: − Delicadeza; − Precisão; − Coordenação; − Postura e equilíbrio. − Nota: Devemos pensar nos detalhes da terapia. A lesão neurológica é progressiva, cada ano de terapia inadequada, maior o agravamento. Terminações Efetoras: − Associação aos músculos; − Transmissão química: Neurotransmissor (acetilcolina) − Unidademotora: 1 axônio + fibras musculares que ele inerva Conceitos Fundamentais: Comportamento motor: − Área de conhecimento que envolve os estudos do desenvolvimento motor, aprendizagem motora e controle motor (controle do movimento e controle postural). − Se não conheço o comportamento motor de um SN saudável, como vou interferir em um não saudável? − CORE: Músculos estabilizadores do tronco, da postura. Abdominais, multifidos, lombares, etc – Controle postural, depende da funcionalidade do CORE. Desenvolvimento motor: − Respeita o processo neuroevolutivo (evolução de axial para apendicular), muito trabalhado em psicomotricidade. − Por isso devemos começar a tratar pelo axial e depois irmos para apendicular. Aprendizagem motora: − Relaciona-se com os movimentos automáticos, imput sensoriais (entrada das informações sensoriais no SN, pelo tato e visão) e feedback (resposta frente ao estimulo). − Só fazemos isso através da aprendizagem motora. Seletividade da atenção + mecanismos dos sistemas visual, vestibular e somatossensorial = papel importante no trabalho cooperativo de comandos centrais e periféricos para controle motor do organismo em contato com o meio externo. Seletividade da atenção: − Atenção (Estado/resposta cognitivo Entendimento do processo). Estamos voltando o corpo e SN à uma execução de tarefa. − Déficit de atenção está ligado com a seletividade de atenção, portanto, pcte com este déficit podem apresentar dificuldade motora. − Se não estimulamos a atenção, há chances de o paciente cair, realizar uma atividade incompleta ou não realizar. Na reabilitação devemos passar uma tarefa de cada vez, para que o paciente tenha seletividade. − Passar muita informação (feedback verbal) pode atrapalhar a seletividade. Pcte não sabe se escuta, se faz o comando, fica perdido. − Nota: Seletividade de atenção depende da motivação Mecanismo do Sistema Visual: − Visão é fundamental para ajustar o movimento. − Cegos lançam mão de outros sistemas, principalmente somatossensorial. − Tudo isso se relaciona com controle motor, mas também se relaciona com controle postural Mecanismo do Sistema Vestibular: − O sistema vestibular controla a posição da cabeça em relação ao meio externo, se localiza no ouvido interno. Orientação espacial – noção de espaço. − Sistema vestibular alterado = Alteração de equilíbrio = Náusea, tontura e o mais grave, quedas. Pcte pode ter medo de andar, até desenvolver síndrome do imobilismo. − Andar é o ápice do sistema vestibular. − No sistema vestibular temos 2 reflexos fundamentais para o funcionamento deste sistema: Vestíbulo-ocular e vestíbulo-espinal. − Vestíbulo-ocular: Fixa a imagem mesmo o corpo estando em movimento. Ex: Ler um outdoor em um carro. − Vestíbulo-espinal: Relacionado com o controle dos mm posturais. Ex: Pcte não consegue passar de sentado para em pé por ter mm posturais fracos. − Mm posturais: Paravertebrais, obliquo do abd, transverso do abd quadrado lombar, tríceps sural (principalmente sóleo), isquiotibiais. Na avaliação devemos avaliar tudo isso para determinar o local do comprometimento e moldar a conduta. Nota: O Alzheimer afeta dos os sentidos. Mecanismo do Sistema Somatossensorial: − Sensação do movimento voluntário – recepção da aferência relacionada ao movimento. − Trabalha muito sobre o tempo de resposta, quando melhor o tempo de resposta mais habilidosos os músculos. − Pcte com memória muscular tem este sistema mais elaborado, ajuda demais na conduta. Sempre é hora de treinar habilidades. − Um bom fisioterapeuta tem na sua programação de tratamento tem: − Interação entre indivíduo, tarefa (exercício funcional proposto, pcte deve saber para que está fazendo) e ambiente (deve ser o tema da terapia). − Controle motor reside na região motora do córtex (córtex motor) − Controle motor é junção do controle do movimento automático (ex: pegar um copo) + controle postural. − Para que isso ocorra, o restante do corpo precisa fornecer um controle (controle postural). − Para sentar, precisamos de um controle postural da cabeça, do tronco, dos músculos posturais Controle Postural: − Habilidade motora complexa derivada da interação (sempre os dois juntos) dos sistemas neural e musculoesquelético. − Pode ser um objetivo de tratamento. Componentes neurais: − Processamento motor, processamento sensorial, altos níveis de processamento essenciais (cognitivos: atenção e motivação) para os aspectos adaptativos e antecipatórios do controle postural. − Componentes neurais trabalham juntos nos ajustes posturais antecipatórios (APAs)=Relacionam-se com as respostas dos mm posturais que contraem antes do movimento principal ocorrer. − Isso ocorre para melhor realização do movimento, só acontecem por causa do controle postural. − Não ter bons ajustes: Risco de quedas, execução ruim do movimento, tempo de resposta ruim Exemplos: − Dupla tarefa durante a marcha (atividade motora associada à atividade cognitiva). Ex: Andar e falar no de animais – Trabalhamos seletividade de atenção. − Tempo de resposta em diferentes posições: Deitado, sentado, em pé. Nota: Nunca infantilize pcte adulto. Componentes musculoesqueléticos: − ADM, flexibilidade, propriedades dos músculos e relações biomecânicas entre os segmentos (propriedades visco- elásticas e configuração anatômica dos ossos, músculos e articulações). − Qualquer limitação de força, ADM, dor ou mesmo de controle dos pés (base de suporte) irá afetar o controle postural que irá afetar a função. Nota: O objetivo é sempre tratar a funcionalidade do pcte. Nunca é só ganhar ADM, é ganhar ADM para que? Ganhar ADM para melhorar a flexibilidade do musculo, para diminuir a espasticidade, etc. − Envolve a orientação postural e equilíbrio postural: Orientação postural: − Habilidade de manter a relação apropriada entre os segmentos corporais e o ambiente. Depende do controle do alinhamento corporal e do tônus em relação à gravidade, à superfície de suporte, às referências internas e às informações sensoriais. Equilíbrio postural: − Habilidade de manter a posição do corpo, especificamente do centro de massa, dentro dos limites de estabilidade através da inter-relação das várias forças que agem sobre o corpo, incluindo a força de gravidade, dos músculos e inerciais. Pode-se dizer que a tarefa básica do equilíbrio é a manutenção da estabilidade corporal tanto em condição estática quanto dinâmica. AULA 3: • Diagnostico Cinético funcional; • Divisão neuroanatomica do SN; • Os tipos de lesões no SNC e SNP; • Os tipos de síndromes vinculadas ao SNC e SNP; • Comportamento motor (depende da aprendizagem motora, controle e desenvolvimento motor); • Controle postural; • Neuroplasticidade; • Avaliação Neurológica. Plasticidade Cerebral (sinônimo de neuroplasticidade) − Desenvolvimento de adaptação de respostas do sistema neural, frente a situações novas. − Todos nós fazemos neuroplasticidade, no momento em que aprendemos algo. − Um movimento é considerado funcional pelo fato de estar bem ajustado à solução de um determinado problema ou desafio motor. (Não só motor como cognitivo) − Pcte pode ter um padrão e ainda sim ser funcional, depende do que propomos para ele. − Sempre que passamos por uma situação nova o SN é obrigado a se adaptar. Outra literatura: − Processo de auto-organização por meio da adaptação do sistema (positiva ou negativa) às condições ambientais e às exigências da tarefa (o exercício, a conduta, a atividade proposta – é estimulante?) que o “executante” se propõe a fazer.Existem dois tipos de neuroplasticidade: Neuroplasticidade Positiva: − Auto-organização por meio de adaptação dos sistemas a partir da restauração. O fisioterapeuta é fundamental para restauração. − É objetivo do fisioterapeuta diminuir os movimentos compensatórios. Neuroplasticidade Negativa: − Auto-organização por meio de adaptação compensatória, ou seja, traz movimentos compensatórios. Ex: Fazer extensão de tronco ao tentar fazer flexão de braço. O Sn ao aprender dessa forma, passa a fazer sempre – vícios. − Se o pcte não tem fisioterapia, orientação, uma conduta adequada, autoavaliação corporal, o corpo se adapta da forma que dá. − Esse tipo de neuroplasticidade negativa é um caminho sem volta devido aos vícios, muito difícil de reverter. − Pcte adquire isso, pois precisa ser funcional, por isso é fundamental a intervenção fisioterapêutica além de orientações. ✓ Neuroplasticidade está associada com idade, criança é mais fácil. − Anamnese: Coletar dados do pcte que ajudem no andamento do tratamento, o que ele gosta e respeitar a partir do que o pcte é. Sempre pensar na questão biopsicossocial, ao qual obtemos na anamnese. − HMP e HMA: Saber o que perguntar, ter perguntas disparadoras. − Ex pregressa: Quando aconteceu, como aconteceu, tempo de internação, como saiu do hospital, já fez fisioterapia. Ajuda no prognostico, para traçar metas. − Ex atual: Consegue ir ao banheiro sozinho, comer sozinho, o que espera com a fisioterapia. − QP: Um objetivo da conduta, sempre levar em consideração. Relembrar ao pcte que a realização do exercício é para essa queixa. − Se pcte fica ansioso, fica mais instável, o tônus muscular muda, etc. Exame físico: Inspeção, palpação e ADM − Inspeção: Desnudou a região, sempre colocar novamente no lugar. − Sempre pegar os equipamentos/ aparelhos necessários antes, para não deixar pcte sozinho. − Palpação: Palpar para achar a estrutura. Achou dor, devemos tratar. Achou alteração, devemos tratar. − ADM: Sempre a passiva primeiro e ativa depois, pois geralmente o pcte tem alteração no tônus muscular e a ativa excita o fuso neuromuscular – hiperestimulação. Com isso ao fazer a ativa, talvez a resposta não seja verdadeira. Exame neurológico: Padrão, Deformidades, Tônus ✓ Padrão: − Toda postura permanente (não só o movimento) que foge das condições fisiológicas/biomecânicas. − Ex: Flexor de MMSS e extensor de MMII, mas nem todo pcte AVC tem esse padrão. − Sempre descrever o padrão. ✓ Deformidades: − É a nível articular. Alteração na forma (óssea) articular, como será que é a ADM – Alterada, às vezes nem tem amplitude. ✓ Ex: Deformidade no tornozelo, dificuldade na marcha – prognostico reservado para marcha. ✓ Tônus Muscular: − Pra avaliar devemos fazer inspeção, palpação e ADM passiva; − Ashwort somente na elástica, plástica não. − Estado de tensão intramuscular durante o repouso. − Estado de prontidão da musculatura do corpo na preparação para a manutenção da postura ou o desempenho de um movimento. − Permite o movimento seletivo para atingir habilidades funcionais. ✓ Pode ser: − Normal; − Hipotonia: Diminuído, tônus flácido. A idade causa isso. Hipertonia elástica: − Espástica /Espasticidade): Há resistência, mas ao soltar o membro volta igual canivete. Também chamada de velocidade dependente, ou seja, se for feito rápido, rapidamente vai voltar. − Compromete somente o agonista (quem manda o movimento) − Ex: Sinal do canivete. Lesões piramidais - avc, moto neurônio superior. Hipertonia plástica: − Rigidez, movimento de alavanca por toda ADM, como se fosse uma catraca. Velocidade não dependente. − Acomete todos os grupos musculares (agonista, antagonista, sinergista) – O corpo todo. Pcte vai ter alteração postural − Ex: Sinal da roda denteada. Sinal do cano de chumbo (para o movimento no meio do caminho e depois continua). Sinal do travesseiro fictício (grau mais avançado da doença) – Protuberância occipital externa não toca no tablado cama. − Doenças: Lesões extrapiramidais, de núcleo da base, Parkinson. Trofismo – Volume Tônus – Tensão Podemos ter hipertonia sem ser patológico. Ex: Semana de provas. Reflexos: − Tem um capitulo no sanvito − Resposta motora ou secretora a um estímulo adequado interno (tosse, espirro) ou externo. − Cada reflexo corresponde um centro num determinado nível do neuroeixo. A medula espinal serve de neuroeixo para um reflexo – arcoreflexo. Cada altura da medula (neuroeixo) corresponde à um reflexo. − Período de latência; Período refratário; Fadiga; Fenômeno da adição; Princípio da inervação recíproca; Lei da organização. − Base anatômica da motricidade reflexa: Arco Reflexo − Reflexo miotatico: Toda vez que percutimos (estimulamos) o tendão de um músculo (que deve estar relaxado) − Via aferente (receptor e nervo sensitivo); um centro (substância cinzenta do SNC); uma via eferente (neurônio motor e órgão efetor). − Não sobe para vias centrais, forma um arco. Não é pensado – a interpretação e resposta ocorrem à nível medular. − Precisamos dos reflexos para nos proteger, embora alguns foram perdidos com a evolução do movimento. • Exames subsidiários: • Dados semiológicos (relato médico): Sensibilidade: − Capacidade de detectar e processar a informação sensorial que é gerada por um estímulo proveniente do ambiente interno ou externo ao corpo. − Precisamos de detectores para receber e áreas especificas − Lobo parietal e giro pós central – Processamento da informação do estimulo. − Avaliar a sensibilidade: Vedar os olhos do pcte – Apenas os olhos. Devemos ter cuidado para não tocar dois locais ao mesmo tempo Protopática/Exteroceptivas: − Sensibilidade superficiais – Sinônimos. Fibras terminam no tálamo (ele mesmo processa). Resposta rápida, grosseira e imprecisa. − Ex: Reflexo de retirada. - Tatil, térmica e dolorosa. Epicrítica/Proprioceptivas: − Sensibilidade profundas. Fibras terminam no córtex pós-rolândico (processada nele). Resposta lenta, fina, delicada e localização precisa. − Ex: Cinestesia, artroestesia, tato discriminativo e combina (estéreo- gnosia). Enteroceptivas /visceroceptivas: − Ex: Bexiga cheia – sensibilidade enteroceptiva. Coordenação e Metria: − Dependente de um sistema funcional (sensibilidade profunda e cerebelo). Toda vez que avaliamos coordenação e metria, também avaliamos cerebelo. − Sensibilidade profunda: Aferências sensitivas (feixe/fascículo grácil e cuneiforme), informam constantemente cerebelo e córtex cerebral. Indispensável para uma coordenação normal. − Lesões nesses feixes: comprometimento de coordenação e metria. − Coordenação e metria são motores, mas para que sejam feitos é preciso de aferências (sensores) para capaz essa coordenação e metria. Fascículo Grácil: − Responsável pela coordenação e metria de tronco inferior e membros inferiores. − Ex: Testar calcanhar e joelho. Fascículo Cuneiforme: − Responsável pela coordenação e metria de tronco superior e membros superiores. − Ex: Index-index, index-orelha, etc. Cerebelo: − Centro da coordenação motora. Servomecanismo (princípio da autocorreção, adaptação contínua a novas situações. Regulação do tônus muscular). − Se pcte erra um index, mas corrige, ele é métrico (podemos colocar obs na ficha), pois cerebelo está integro fazendo autocorreção. Equilibrio Estático: − Sinal de Romberg: Avaliação da oscilação do pcte. Positivo caso pcte oscile na base de apoio. − Quando romberg foi positivo é ruim, pois é sinal de instabilidade postural. − Pode seralteração de cerebelo, fraqueza musc, nos feixes, córtex, etc. − O maior problema é risco de quedas. Coordenação: − Diadococinesia: Avaliar a coordenação por meio de movimentos rápidos de mãos e pés. − Necessário (obrigatório) que pcte faz com as duas mãos e dois pés. − Pcte hemiplégicos, ou sem um dos membros não se avalia – Não adota a posição (NT – Não testável). − Devemos comparar os dois membros. − Faz de forma incoordenada: Disdiadocinesia − Não faz: Adiadocinesia Motricidade: − Um dos itens mais importantes da ficha. − Relacionada diretamente com disfunção e limitação funcional. Ex: Rolar com auxilio – disfunção. Não rola pra supino – limitação. REEP: Reação de equilíbrio, endireitamento e proteção Estamos avaliando controle postural, pois está relacionado. Equilíbrio: − Ajuste estático. Ex: Pedir para pcte passar de sentado para gato, avaliamos o equilíbrio na posição inicial e final, e verificar se tem ou não oscilações. Se mantem através do mm posturais – tônicos. Endireitamento: − Ajuste dinâmico. Avaliamos durante o movimento. Ex: Durante a passagem de sentado para gato. Também podemos causar perturbação (deslocar) no pcte para que ele saia da posição estática. Qual é a qualidade do movimento, pcte é capaz de se ajustar? − A massa corporal se desloca devido a perturbação, mas pcte é capaz de se endireitar (retornar) à postura inicial. Ex: Em pé, foi empurrado, mas retorna à posição. Proteção: − Perde a capacidade de fazer ajuste, mas ainda se protege. − Quando pcte cai, mas tenta se proteger, ainda tem a reação de proteção – é ativada quando reações de equilíbrio e endireitamento são perdidos. Ex: Catar cavaco, tentar colocar a mão antes de cair, etc. − Reação de proteção serve para proteger cabeça e tronco. Quando pcte cai sem nenhum tipo de proteção = Perdeu reação de proteção. Prognostico complicado, alterações profundas no controle postural. Marcha: Composto por: ✓ Fase de suporte: 60% • Choque de calcanhar, • Aplanamento do pé, • Apoio médio, • Resposta carga, • Impulso dos artelhos, ✓ Fase de balanço: 40% • Balanço inicial (Aceleração); • Balanço médio; • Balanço final (Desaceleração). ✓ Observar: ADM, centro de gravidade, oscilação de MMSS, rotação de cinturas, uso de próteses ou órteses. − Nota: Saber grupos musculares envolvidos em cada fase da marcha e os músculos especificados de cada grupo muscular. Além dos músculos envolvidos para a dissociação de cintura espacular e pélvica. Diagnóstico cinético-funcional: − Comprometimentos − Disfunção − Limitações − Incapacidades Objetivos: Objetivo específico – OE: − Devemos selecionar uma característica motora funcional. Ex: Melhorar a transferência de sentado para em pé. Com isso os objetivos gerais poderiam ser: • Melhorar a força muscular de MMII • Melhorar a coordenação e metria • Aumentar a ADM de MMII e tronco • Estimular as REEP • Melhorar o equilíbrio estático e dinâmico − Os gerais fomentam/nutrem o específico, que tem uma característica funcional. Atividades de Vida Diária: − Escala de Barthel classifica a independência funcional do pcte, inicialmente criado para pessoas pós AVC, mas foi incluída em outras avaliações, sendo uma excelente escala para AVDs. − Os itens desta escala entram em incapacidade, portanto considerar ao fazer o DCF. − Na 7 (subir/descer escadas), caso der parcial é disfunção. − Quanto às continências, entram em comprometimento. Portanto, saber como ocorre a incontinência e tratar, afinal, devemos tratar como um todo. − Precisamos saber que um pcte 60, dependência moderada é diferente de um pcte 90, também dependência moderada. − A reavaliação é importante para prognóstico. Programação: − O tratamento é funcional: Por que estamos fortalecendo esse membro? Para auxiliar nas transferências, para facilitar a troca de roupas, etc. − Feito a partir da analise das estruturas e funções. − Onde colocamos as mãos é onde estimulamos. Sempre considerar: • Conjuntos posturais • Pontos-chave de controle • Alinhamento dos segmentos do corpo, para ocorre neuroplasticidade positiva • Mobilização • Movimentação • Posicionamento do tronco – cinturas • Tratamento solo X Tratamento aquático • Cinesioterapia • Tipos de exercícios - modalidades • Quantidade de exercícios – de acordo com o objetivo • Descrição do exercício – concêntrico, excêntrico, mecânico, etc. • Enumerar programação! • Quantidade de tipos de exercícios X Objetivo específico. Sempre pensar detalhadamente na conduta, o pcte não pode perder tempo. Evolução: − Por data, inclusive o ano. − Data, nome do paciente, assinatura dos acadêmicos − Sinais vitais: iniciais e finais (o principal é PA, glicemia se for diabético) − Conduta: números referentes à programação do tratamento; − Repetições, séries − Quando há mudanças / adaptações no exercício − Acrescentar exercícios − Evolução diária /sessão: anotações importantes e relevantes, pcte conseguiu fazer, passou mal, precisou ir embora, foi colaborativo, etc. − Quando falta, anotamos na ficha controle. − Trata-se de avaliação, tratamento e reavaliação do pcte. − IBITA: International bobath instructors training association − Filosofia de trabalho: Princípio neuroevolutivo (desenvolvimento de axial para apendicular, respeita as simetrias, tronco, cabeça alinhada, para depois focar nas extremidades – encaminha uma boa plasticidade) − Avaliação e tratamento de indivíduos com distúrbios na função, no movimento e no controle postural causados por lesão do SNC. − Tratamento a partir das perspectivas (prognostico) do movimento (sistema motor – eferente), da percepção (sistema somatossensorial – aferente) e da cognição (relacionado à atenção). − Interação entre indivíduo e mundo que o acerca (conhecer a casa, o ambiente que ele vive). − A facilitação se dá através de pontos chaves − O fisioterapeuta DEVE tocar o pcte, estando do lado ou atrás dele, nunca na frente Avaliação: − Leva em consideração uma possibilidade inclusiva e individual: • Inclusivo: Pacientes com severidades diferentes, qualquer idade, pacientes com alterações em vários sistemas. Para todos. • Individual: Centrado no paciente e não centrado na doença. Tratar a queixa, tratamento sintomático (o que ele quer com a fisioterapia). Por isso a avaliação é fundamental para elaborar o plano de tratamento. Metas e intervenções específicas. Devemos escutar a queixa, um bom fisio é um bom ouvinte. − Ex: Pcte diz que quer ficar em pé, mas o objetivo está incompleto, devemos perguntar para que ele quer ficar em pé, saber a motivação para ficar em pé. Caso queira ficar em pé para escovar os dentes em pé, o objetivo especifico seria “promover ortostatismo para escovar os dentes olhando no espelho”, com isso devemos dar estímulos, como colocar um espelho no local de reabilitação para que ele se veja em pé. − Eu sou fisio, não médico pra ficar pensando em doença, devo pensar em tratar as disfunções. − A avaliação bobath é continuada feita na sessão, ou seja, em toda sessão = Avaliação qualitativa, analise do movimento funcional Bobath Contemporâneo: − Conceito bobath sofreu uma atualização, com isso passou a ser chamado de bobath contemporâneo − Não foca na inibição, mas sim ganhar funcionalidade. − Objetivo: Otimizar a recuperação do movimento e o potencial de pessoas com disfunção neurológica. Máxima qualidade possível do movimento funcional. − Recuperação do movimento típico, minimizando movimentos atípicos e compensatórios. − Otimizara atividade e participação. Na casa, na terapia, devemos perguntar quantos % é responsabilidade do fisio e do pcte, sendo 80% responsabilidade do pcte, pois somos tutores. Devemos otimizar participação do pcte. − “Caçadores de potenciais” - Neuroplasticidade positiva (é feita 24 horas por dia). − De nada adianta investirmos na conduta 2 vezes por semana, se o pcte passar o dia todo sentado em casa, por isso devemos pensar nas 24h do pcte. − Os pontos chaves evitam movimentos compensatórios. Imagem da direita possui movimentos compensatórios, mal posicionamentos dos pés, rotação do tronco, etc. − Se for pra realizar movimentos compensatórios é melhor nem fazer. Facilitação Habilidosa do Movimento: Ambiente barreira X ambiente facilitador − Altura de banco muito baixa, pcte não consegue levantar sem compensar. − Por isso avaliamos a qualidade do movimento, não só o movimento propriamente dito. − Trocou a cadeira, colocou um tapete antiderrapante – resolveu − Isso é avaliação qualitativa, promove um ambiente barreira e após um ambiente facilitador, comparamos os dois e adaptamos para sua realidade. Hipóteses de trabalho: − Sempre hipóteses pois as vezes é necessário alterar − Diagnostico do movimento; − Identificação dos potenciais; − Raciocínio clinico (vinculado à QP e DCF, analise quali e quanti) Ainda no raciocínio clinico: − Aspectos críticos: São pontos positivos ou negativos detectados como relevante pelo fisio e que influenciam o processo de raciocínio clinico e, portanto, afetam o tratamento. • Ex: Mesmo adaptando o sentar e levantar, pcte tem medo de cair quando fisio não está do lado comprometido. Ou o quanto de atenção o pcte tem durante a terapia. Tratamento: − Fortalecimento muscular deve ser uma opção terapêutica, mas deve ser realizado de forma criteriosa. − Ênfase à prática e intensidade de treinamento. − Habilidade do SNC em receber, integrar e responder para alcançar um objetivo motor funcional. − Músculos trabalhando em sinergismo com objetivo de facilitar o controle neuromecânico para realização do movimento, controle postural e locomoção. − Uso de pontos-chave Facilitação: − Tornar algo possível − Processo de aprendizagem ativo – paciente deve iniciar, continuar ou completar uma tarefa funcional (podemos facilitar a qualquer momento, mas devemos deixar que o pcte realize parte do movimento) − Manipulação específica de inputs aferentes somatossensorial, visual, vestibular e auditivo – ativação de vários sistemas − Intervenção direta: hands on – coloca as mãos. − Intervenção indireta: ex. banco mais alto, mais rígido. Ou seja, facilitação é: • Colocar ou não as mãos no paciente • Se colocar, onde colocá-las • Ao colocar, o que fazer e com qual intensidade • Como e quando tirar as mãos (hands off) Pontos-chave: − Proximais: tronco, cíngulo escapular e pélvico − Distais: mãos e pés, joelhos e cotovelos − Estabilidade dinâmica – reação em cadeia gerada pelos músculos estabilizadores dinâmicos corporais − APAs: músculos do CORE − Tronco é enfatizado no conceito Bobath. Influencia diretamente a qualidade da postura e do movimento − Toda vez que queremos movimento do apendicular, o axial também se contrai. Ajuste postural antecipatório, por isso devemos alinhar o pcte. Ou seja, tratamento é: − Abordagem centrada no paciente − Condicionamento físico, cardior- respiratório e muscular − Recursos externos – órteses, bandagem − Técnicas de mobilização articular e neural − Estimulação elétrica − Terapia por contenção induzida − Abordagem multidisciplinar Reavaliação: − Fazemos toda sessão, uma vez por semana Não é milagre, é fisioterapia! − As intervenções realizadas no bobath são completas, multidimensionais baseadas nas respostas observadas. − Segundo Berta Bobath “a única resposta à pergunta: O que você está fazendo com o pcte é correto? É a reação do pcte ao que você está fazendo”.
Compartilhar