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Introdução à Fisioterapia em Neurologia

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− Estudar e compreender lesões no SN 
maduro (em adultos) e processo de 
recuperação de lesão ao nível central e 
periférico. Este processo ocorre através 
da neuroplasticidade. 
− Estudo das alterações funcionais 
sensório-cognitivo-motoras decorrentes 
das lesões neuromusculares em 
indivíduos adultos – Visando a função. 
− Vias aferentes: Levam as informações 
sensoriais da periferia para o central - 
Sensações. 
 
Alteração sensorial: 
− Perda da sensibilidade do tato – 
Hipoestesia. 
− Alterações proprioceptivas no pé, por 
exemplo, resulta em alterações na 
marcha. 
 
Alteração cognitiva: 
− Pacientes com Parkinson, possuem nível 
de atenção reduzido, com dificuldade 
para compreender informações, tempo 
de resposta diminuído, afetando 
diretamente a pratica clínica – Atenção. 
− Se o paciente não entende o porquê 
daquele exercício, ele apenas repete, 
por isso devemos sempre trabalhar a 
atenção do mesmo, através de 
estímulos cognitivos. 
 
O que alterações cognitivas se 
relacionam com a pratica clínica do 
fisioterapeuta? 
 
Tempo de resposta diminuído, dificuldade 
de compreensão de comando, etc. 
 
 
 
 
Alterações motoras: 
− Lesão raquimedular, ficando 
paraplégico (na região de tronco 
inferior, cadeirante), consequen-
temente não anda, não senta, não rola. 
 
− Semiologia neurofuncional: Prope-
dêutica – Avaliação, ou seja, avaliação 
neurofuncional. 
− O processo de reorganização neural 
(neuroplasticidade) e possibilidade 
funcional, sempre uma possibilidade, 
nunca uma certeza. Controle postural. 
 
− Elaboração de diagnóstico 
fisioterapêutico (comprometimento, 
disfunções, limitações e incapacidades) 
e de programa de intervenção 
fisioterapêutica nas disfunções 
neurológicas. 
 
Comprometimento: 
− Sinais e sintomas; 
 
Disfunção: 
− Apresenta dificuldade motora – Ato 
motor com dificuldade; 
− Ex: Senta com auxilio 
 
Limitação funcional: 
− Ato motor não realizado. 
− Ex: Não senta, não rola 
 
Incapacidade: 
− Avaliação de AVDs – Atividades de vida 
diária, sendo setor básico – 
sobrevivência, cozinhar por exemplo 
não é, se encaixa em 
 
Fisioterapia em Neurologia:
 
− AIVDs – Atividades instrumentais de vida 
diária, também entra na avaliação de 
incapacidades. 
− Atividades laborais: Paciente deixa de 
trabalhar por conta da sequela 
neurológica, com isso se encaixa em 
incapacidade. 
− Atividades sociais: Caso não consiga 
mais realizar atividades sociais devido à 
sequela. 
− Escala de Barthel 
 
Memórias afetivas e experiências motoras 
contribuem no processo de reabilitação 
neurofuncional. Portanto, devemos 
considerar todos esses aspectos e fazer 
com que o paciente compreenda a 
conduta. 
 
✓ Quem perde AIVD tem prognóstico 
melhor do que aquele que perde 
ambas (avds + aivds). 
✓ A reorganização da casa também é 
nossa função, tornando a pessoa mais 
ativa e podendo auxiliar nos trabalhos 
domésticos. 
 
Não esquecer que: 
Ao avaliar a motricidade (mudanças 
posturais/transferências - gato, ajoelhado, 
etc.) entram em disfunção, caso tenha 
dificuldade ou limitação, caso não faça. 
São atos motores, portanto devem entrar 
na ficha de avaliação. 
 
Aula 2: 
 
SNC X SNP: 
 
SNC: 
− Encéfalo; 
− Cérebro; 
− Tronco enfefálico 
− Cerebelo; 
− Medula Espinal. 
SNP: 
− Gânglios sensitivos; 
− Terminações nervosas livres; 
− Nervos espinais; 
− Nervos cranianos. 
 
Lesões Centrais: 
✓ Cerebrais. Ex: AVC/ AVE (mais correto, 
mas ambos são estão corretos), TCE, 
Esclerose múltipla. 
✓ Tronco encefálico. Ex: AVC, TCE, 
esclerose múltipla 
✓ Medulares. Ex: Lesão medular – TRM 
(traumatismo raquimedular), tumor, 
esclerose múltipla. 
✓ Núcleos da base ou circuitos que os 
unem. Ex: Parkinson 
✓ Cerebelares. Ex: Ataxias 
Independente da fisiopatologia, o mais 
importante para nós é saber fazer o 
diagnóstico cinético funcional nos 
pacientes, uma vez que a mesma 
patologia pode causar disfunções 
diferentes. Ex: Mesma lesão medular, um 
pcte não anda, outro anda com auxílio. 
 
Lesões Periféricas: 
− Raízes nervosas. Ex: Radiculopatias 
− Nervos espinais ou cranianos. Ex: 
Neuropraxia, neurotimese, axonotimese, 
Sindrome de Guillian Barré - Todas 
espinais. Paralisia facial periférica (PFP) – 
Craniano. 
− Junção neuromuscular. Ex: Miastenia 
Gravis 
Quando se pergunta o tipo de lesão: 
Central ou periférica. 
 
Síndromes: 
 
Piramidais: 
− Pirâmides estão no bulbo, nelas há as 
decusação das pirâmides (desviam as 
informações para o lado contralateral) - 
corticoespinal lateral. 
− Nas lesões piramidais o lado mais 
comprometido é o contralateral da 
lesão devido à decussação das 
pirâmides. Onde, as vias descendentes 
atravessam para o lado contralateral. 
− Nota: Não há lado não comprometido, 
há menos comprometido. Devemos 
tratar o paciente como um todo. 
− As síndromes piramidais podem ser 
cerebrais (AVC), de tronco encefálico, 
medulares e lesão da via corticoespinal. 
− Nota: AVC é uma lesão central, sendo 
síndrome piramidal. 
 
Há 2 tipos de vias (tracto) cortiçoespinal: 
− Partem do córtex (motor, no lobo 
frontal, giro pré-central) e vão até a 
medula espinal. 
− Via Lateral, passa pela decussação das 
pirâmides, só essa se relaciona à 
sindrome piramidal 
− Via Anterior, não passa pela 
decussação das pirâmides, pois desce 
em ipsilateral 
− Nota: Através dos sinais e sintomas do 
paciente sabemos o que ele tem. 
 
Extrapiramidais: 
− São lesões dos núcleos da base e suas 
conexões 
− Não passa pelas pirâmides, é no núcleo 
da base – Dificulta a motricidade 
automática, o movimento voluntário – 
Circuito subcortical. 
− Nota: Parkinson é uma lesão do tipo 
central, sendo uma síndrome 
extrapiramidal. 
 
− Toda vez que estamos aprendendo uma 
habilidade, o córtex está em atividade, 
é a região mais rica do encéfalo. Uma 
vez aprendido, fica armazenado nos 
núcleos da base, não sendo necessário 
pensar em cada passo para realizar a 
ação – movimento automatizado. 
 
− Por isso pcte com Parkinson têm um 
tempo maior de resposta. Devemos 
tomar cuidado com a conduta 
exagerada para que o pcte não entre 
em frezein “congele” – fica parado, 
correndo o risco de quedas. 
 
Cerebelares: 
− Cerebelo é responsável pela 
coordenação do movimento – praxia 
− Pcte pode ter incoordenação e metria, 
ou coordenação e dismetria. No mais 
grave é incoordenação e dismetria. 
 
− Periféricas: Raízes, nervos, junções 
neuromusculares. 
 
São duas vias eferentes (descem) 
✓ A da esquerda não cruza – desceu em 
ipsilateral – Corticoespinal anterior 
 
✓ A da direita cruza – desceu contra 
lateral – Corticoespinal lateral 
 
Funções dos Núcleos da Base: 
− Controle automático do movimento 
− Aprendizado motor 
− Funções emocionais (+ sistema límbico - 
emocionais) 
− Substancia negra, não é um núcleo da 
base, é uma estrutura do mesencéfalo, 
mas se conecta com os núcleos. 
− As informações dos núcleos dependem 
do neurotransmissor (dopamina) 
produzido na substancia negra. 
Neurotransmissor extremamente 
importante para o movimento 
automático, sem ela não iniciamos o 
movimento, nem freamos, por isso 
ocorre o frezein, pois pcte com 
Parkinson tem diminuição de dopamina. 
 
− Nota: Devemos compreender a vida do 
pcte, conhecer a profissão, mostrar 
afetividade, com base disso podemos 
pensar na conduta e quais exercícios 
ajudarão a retornar as atividades. 
 
 
 
Cerebelo: 
Ajustes funcionais sobre as vias motoras – 
Refina o movimento: 
− Delicadeza; 
− Precisão; 
− Coordenação; 
− Postura e equilíbrio. 
 
− Nota: Devemos pensar nos detalhes da 
terapia. A lesão neurológica é 
progressiva, cada ano de terapia 
inadequada, maior o agravamento. 
 
Terminações Efetoras: 
− Associação aos músculos; 
− Transmissão química: Neurotransmissor 
(acetilcolina) 
− Unidademotora: 1 axônio + fibras 
musculares que ele inerva 
 
Conceitos Fundamentais: 
 
Comportamento motor: 
− Área de conhecimento que envolve os 
estudos do desenvolvimento motor, 
aprendizagem motora e controle motor 
(controle do movimento e controle 
postural). 
− Se não conheço o comportamento 
motor de um SN saudável, como vou 
interferir em um não saudável? 
− CORE: Músculos estabilizadores do 
tronco, da postura. Abdominais, 
multifidos, lombares, etc – Controle 
postural, depende da funcionalidade do 
CORE. 
 
Desenvolvimento motor: 
− Respeita o processo neuroevolutivo 
(evolução de axial para apendicular), 
muito trabalhado em psicomotricidade. 
− Por isso devemos começar a tratar pelo 
axial e depois irmos para apendicular. 
Aprendizagem motora: 
− Relaciona-se com os movimentos 
automáticos, imput sensoriais (entrada 
das informações sensoriais no SN, pelo 
tato e visão) e feedback (resposta frente 
ao estimulo). 
− Só fazemos isso através da 
aprendizagem motora. 
 
Seletividade da atenção + mecanismos 
dos sistemas visual, vestibular e 
somatossensorial = papel importante no 
trabalho cooperativo de comandos 
centrais e periféricos para controle motor 
do organismo em contato com o meio 
externo. 
 
Seletividade da atenção: 
− Atenção (Estado/resposta cognitivo 
Entendimento do processo). Estamos 
voltando o corpo e SN à uma execução 
de tarefa. 
− Déficit de atenção está ligado com a 
seletividade de atenção, portanto, pcte 
com este déficit podem apresentar 
dificuldade motora. 
− Se não estimulamos a atenção, há 
chances de o paciente cair, realizar 
uma atividade incompleta ou não 
realizar. Na reabilitação devemos 
passar uma tarefa de cada vez, para 
que o paciente tenha seletividade. 
− Passar muita informação (feedback 
verbal) pode atrapalhar a seletividade. 
Pcte não sabe se escuta, se faz o 
comando, fica perdido. 
− Nota: Seletividade de atenção depende 
da motivação 
 
Mecanismo do Sistema Visual: 
− Visão é fundamental para ajustar o 
movimento. 
− Cegos lançam mão de outros sistemas, 
principalmente somatossensorial. 
− Tudo isso se relaciona com controle 
motor, mas também se relaciona com 
controle postural 
 
Mecanismo do Sistema Vestibular: 
− O sistema vestibular controla a posição 
da cabeça em relação ao meio 
externo, se localiza no ouvido interno. 
Orientação espacial – noção de 
espaço. 
− Sistema vestibular alterado = Alteração 
de equilíbrio = Náusea, tontura e o mais 
grave, quedas. Pcte pode ter medo de 
andar, até desenvolver síndrome do 
imobilismo. 
− Andar é o ápice do sistema vestibular. 
− No sistema vestibular temos 2 reflexos 
fundamentais para o funcionamento 
deste sistema: Vestíbulo-ocular e 
vestíbulo-espinal. 
− Vestíbulo-ocular: Fixa a imagem mesmo 
o corpo estando em movimento. Ex: Ler 
um outdoor em um carro. 
− Vestíbulo-espinal: Relacionado com o 
controle dos mm posturais. Ex: Pcte não 
consegue passar de sentado para em 
pé por ter mm posturais fracos. 
− Mm posturais: Paravertebrais, obliquo 
do abd, transverso do abd quadrado 
lombar, tríceps sural (principalmente 
sóleo), isquiotibiais. 
 
Na avaliação devemos avaliar tudo isso 
para determinar o local do 
comprometimento e moldar a conduta. 
 
Nota: O Alzheimer afeta dos os sentidos. 
 
 
 
 
Mecanismo do Sistema Somatossensorial: 
− Sensação do movimento voluntário – 
recepção da aferência relacionada ao 
movimento. 
− Trabalha muito sobre o tempo de 
resposta, quando melhor o tempo de 
resposta mais habilidosos os músculos. 
− Pcte com memória muscular tem este 
sistema mais elaborado, ajuda demais 
na conduta. 
 
Sempre é hora de treinar habilidades. 
− Um bom fisioterapeuta tem na sua 
programação de tratamento tem: 
− Interação entre indivíduo, tarefa 
(exercício funcional proposto, pcte 
deve saber para que está fazendo) e 
ambiente (deve ser o tema da terapia). 
 
− Controle motor reside na região motora 
do córtex (córtex motor) 
− Controle motor é junção do controle do 
movimento automático (ex: pegar um 
copo) + controle postural. 
− Para que isso ocorra, o restante do 
corpo precisa fornecer um controle 
(controle postural). 
− Para sentar, precisamos de um controle 
postural da cabeça, do tronco, dos 
músculos posturais 
 
Controle Postural: 
− Habilidade motora complexa derivada 
da interação (sempre os dois juntos) dos 
sistemas neural e musculoesquelético. 
− Pode ser um objetivo de tratamento. 
 
Componentes neurais: 
− Processamento motor, processamento 
sensorial, altos níveis de processamento 
essenciais (cognitivos: atenção e 
motivação) para os aspectos 
adaptativos e antecipatórios do 
controle postural. 
− Componentes neurais trabalham juntos 
nos ajustes posturais antecipatórios 
(APAs)=Relacionam-se com as respostas 
dos mm posturais que contraem antes 
do movimento principal ocorrer. 
− Isso ocorre para melhor realização do 
movimento, só acontecem por causa 
do controle postural. 
− Não ter bons ajustes: Risco de quedas, 
execução ruim do movimento, tempo 
de resposta ruim 
Exemplos: 
− Dupla tarefa durante a marcha 
(atividade motora associada à 
atividade cognitiva). Ex: Andar e falar 
no de animais – Trabalhamos 
seletividade de atenção. 
− Tempo de resposta em diferentes 
posições: Deitado, sentado, em pé. 
 
Nota: Nunca infantilize pcte adulto. 
 
Componentes musculoesqueléticos: 
− ADM, flexibilidade, propriedades dos 
músculos e relações biomecânicas 
entre os segmentos (propriedades visco-
elásticas e configuração anatômica 
dos ossos, músculos e articulações). 
− Qualquer limitação de força, ADM, dor 
ou mesmo de controle dos pés (base de 
suporte) irá afetar o controle postural 
que irá afetar a função. 
 
Nota: O objetivo é sempre tratar a 
funcionalidade do pcte. 
 
Nunca é só ganhar ADM, é ganhar ADM 
para que? Ganhar ADM para melhorar a 
flexibilidade do musculo, para diminuir a 
espasticidade, etc. 
 
 
− Envolve a orientação postural e 
equilíbrio postural: 
 
Orientação postural: 
− Habilidade de manter a relação 
apropriada entre os segmentos 
corporais e o ambiente. Depende do 
controle do alinhamento corporal e do 
tônus em relação à gravidade, à 
superfície de suporte, às referências 
internas e às informações sensoriais. 
 
Equilíbrio postural: 
− Habilidade de manter a posição do 
corpo, especificamente do centro de 
massa, dentro dos limites de 
estabilidade através da inter-relação 
das várias forças que agem sobre o 
corpo, incluindo a força de gravidade, 
dos músculos e inerciais. Pode-se dizer 
que a tarefa básica do equilíbrio é a 
manutenção da estabilidade corporal 
tanto em condição estática quanto 
dinâmica. 
AULA 3: 
 
• Diagnostico Cinético funcional; 
• Divisão neuroanatomica do SN; 
• Os tipos de lesões no SNC e SNP; 
• Os tipos de síndromes vinculadas ao 
SNC e SNP; 
• Comportamento motor (depende da 
aprendizagem motora, controle e 
desenvolvimento motor); 
• Controle postural; 
• Neuroplasticidade; 
• Avaliação Neurológica. 
Plasticidade Cerebral 
(sinônimo de neuroplasticidade) 
− Desenvolvimento de adaptação de 
respostas do sistema neural, frente a 
situações novas. 
− Todos nós fazemos neuroplasticidade, 
no momento em que aprendemos 
algo. 
− Um movimento é considerado funcional 
pelo fato de estar bem ajustado à 
solução de um determinado problema 
ou desafio motor. (Não só motor como 
cognitivo) 
− Pcte pode ter um padrão e ainda sim ser 
funcional, depende do que propomos 
para ele. 
− Sempre que passamos por uma 
situação nova o SN é obrigado a se 
adaptar. 
Outra literatura: 
− Processo de auto-organização por meio 
da adaptação do sistema (positiva ou 
negativa) às condições ambientais e às 
exigências da tarefa (o exercício, a 
conduta, a atividade proposta – é 
estimulante?) que o “executante” se 
propõe a fazer.Existem dois tipos de neuroplasticidade: 
 
Neuroplasticidade Positiva: 
− Auto-organização por meio de 
adaptação dos sistemas a partir da 
restauração. O fisioterapeuta é 
fundamental para restauração. 
− É objetivo do fisioterapeuta diminuir os 
movimentos compensatórios. 
 
Neuroplasticidade Negativa: 
− Auto-organização por meio de 
adaptação compensatória, ou seja, traz 
movimentos compensatórios. Ex: Fazer 
extensão de tronco ao tentar fazer 
flexão de braço. O Sn ao aprender 
dessa forma, passa a fazer sempre – 
vícios. 
− Se o pcte não tem fisioterapia, 
orientação, uma conduta adequada, 
autoavaliação corporal, o corpo se 
adapta da forma que dá. 
− Esse tipo de neuroplasticidade negativa 
é um caminho sem volta devido aos 
vícios, muito difícil de reverter. 
− Pcte adquire isso, pois precisa ser 
funcional, por isso é fundamental a 
intervenção fisioterapêutica além de 
orientações. 
 
✓ Neuroplasticidade está associada 
com idade, criança é mais fácil. 
 
 
− Anamnese: Coletar dados do pcte que 
ajudem no andamento do tratamento, o 
que ele gosta e respeitar a partir do que 
o pcte é. Sempre pensar na questão 
biopsicossocial, ao qual obtemos na 
anamnese. 
− HMP e HMA: Saber o que perguntar, ter 
perguntas disparadoras. 
− Ex pregressa: Quando aconteceu, 
como aconteceu, tempo de 
internação, como saiu do hospital, já fez 
fisioterapia. Ajuda no prognostico, para 
traçar metas. 
− Ex atual: Consegue ir ao banheiro 
sozinho, comer sozinho, o que espera 
com a fisioterapia. 
− QP: Um objetivo da conduta, sempre 
levar em consideração. Relembrar ao 
pcte que a realização do exercício é 
para essa queixa. 
− Se pcte fica ansioso, fica mais instável, o 
tônus muscular muda, etc. 
 
Exame físico: 
Inspeção, palpação e ADM 
− Inspeção: Desnudou a região, sempre 
colocar novamente no lugar. 
− Sempre pegar os equipamentos/ 
aparelhos necessários antes, para não 
deixar pcte sozinho. 
− Palpação: Palpar para achar a 
estrutura. Achou dor, devemos tratar. 
Achou alteração, devemos tratar. 
− ADM: Sempre a passiva primeiro e ativa 
depois, pois geralmente o pcte tem 
alteração no tônus muscular e a ativa 
excita o fuso neuromuscular – 
hiperestimulação. Com isso ao fazer a 
ativa, talvez a resposta não seja 
verdadeira. 
 
Exame neurológico: 
Padrão, Deformidades, Tônus 
✓ Padrão: 
− Toda postura permanente (não só o 
movimento) que foge das condições 
fisiológicas/biomecânicas. 
− Ex: Flexor de MMSS e extensor de MMII, 
mas nem todo pcte AVC tem esse 
padrão. 
− Sempre descrever o padrão. 
 
✓ Deformidades: 
− É a nível articular. Alteração na forma 
(óssea) articular, como será que é a 
ADM – Alterada, às vezes nem tem 
amplitude. 
✓ Ex: Deformidade no tornozelo, 
dificuldade na marcha – prognostico 
reservado para marcha. 
 
✓ Tônus Muscular: 
− Pra avaliar devemos fazer inspeção, 
palpação e ADM passiva; 
− Ashwort somente na elástica, plástica 
não. 
− Estado de tensão intramuscular durante 
o repouso. 
− Estado de prontidão da musculatura do 
corpo na preparação para a 
manutenção da postura ou o 
desempenho de um movimento. 
− Permite o movimento seletivo para 
atingir habilidades funcionais. 
 
✓ Pode ser: 
− Normal; 
 
− Hipotonia: Diminuído, tônus flácido. A 
idade causa isso. 
 
Hipertonia elástica: 
− Espástica /Espasticidade): Há 
resistência, mas ao soltar o membro 
volta igual canivete. Também chamada 
de velocidade dependente, ou seja, se 
for feito rápido, rapidamente vai voltar. 
− Compromete somente o agonista 
(quem manda o movimento) 
− Ex: Sinal do canivete. Lesões piramidais - 
avc, moto neurônio superior. 
 
Hipertonia plástica: 
− Rigidez, movimento de alavanca por 
toda ADM, como se fosse uma catraca. 
Velocidade não dependente. 
− Acomete todos os grupos musculares 
(agonista, antagonista, sinergista) – O 
corpo todo. Pcte vai ter alteração 
postural 
− Ex: Sinal da roda denteada. Sinal do 
cano de chumbo (para o movimento no 
meio do caminho e depois continua). 
Sinal do travesseiro fictício (grau mais 
avançado da doença) – Protuberância 
occipital externa não toca no tablado 
cama. 
− Doenças: Lesões extrapiramidais, de 
núcleo da base, Parkinson. 
 
Trofismo – Volume 
Tônus – Tensão 
 
Podemos ter hipertonia sem ser 
patológico. Ex: Semana de provas. 
 
Reflexos: 
− Tem um capitulo no sanvito 
− Resposta motora ou secretora a um 
estímulo adequado interno (tosse, 
espirro) ou externo. 
− Cada reflexo corresponde um centro 
num determinado nível do neuroeixo. A 
medula espinal serve de neuroeixo para 
um reflexo – arcoreflexo. Cada altura da 
medula (neuroeixo) corresponde à um 
reflexo. 
− Período de latência; Período refratário; 
Fadiga; Fenômeno da adição; Princípio 
da inervação recíproca; Lei da 
organização. 
− Base anatômica da motricidade reflexa: 
Arco Reflexo 
− Reflexo miotatico: Toda vez que 
percutimos (estimulamos) o tendão de 
um músculo (que deve estar relaxado) 
 
− Via aferente (receptor e nervo sensitivo); 
um centro (substância cinzenta do 
SNC); uma via eferente (neurônio motor 
e órgão efetor). 
− Não sobe para vias centrais, forma um 
arco. Não é pensado – a interpretação 
e resposta ocorrem à nível medular. 
− Precisamos dos reflexos para nos 
proteger, embora alguns foram perdidos 
com a evolução do movimento. 
 
• Exames subsidiários: 
• Dados semiológicos (relato médico): 
 
 
 
Sensibilidade: 
− Capacidade de detectar e processar a 
informação sensorial que é gerada por 
um estímulo proveniente do ambiente 
interno ou externo ao corpo. 
− Precisamos de detectores para receber 
e áreas especificas 
− Lobo parietal e giro pós central – 
Processamento da informação do 
estimulo. 
− Avaliar a sensibilidade: Vedar os olhos 
do pcte – Apenas os olhos. Devemos ter 
cuidado para não tocar dois locais ao 
mesmo tempo 
 
Protopática/Exteroceptivas: 
− Sensibilidade superficiais – Sinônimos. 
Fibras terminam no tálamo (ele mesmo 
processa). Resposta rápida, grosseira e 
imprecisa. 
− Ex: Reflexo de retirada. - Tatil, térmica e 
dolorosa. 
 
Epicrítica/Proprioceptivas: 
− Sensibilidade profundas. Fibras terminam 
no córtex pós-rolândico (processada 
nele). Resposta lenta, fina, delicada e 
localização precisa. 
− Ex: Cinestesia, artroestesia, tato 
discriminativo e combina (estéreo-
gnosia). 
 
Enteroceptivas /visceroceptivas: 
− Ex: Bexiga cheia – sensibilidade 
enteroceptiva. 
 
Coordenação e Metria: 
− Dependente de um sistema funcional 
(sensibilidade profunda e cerebelo). 
Toda vez que avaliamos coordenação 
e metria, também avaliamos cerebelo. 
− Sensibilidade profunda: Aferências 
sensitivas (feixe/fascículo grácil e 
cuneiforme), informam constantemente 
cerebelo e córtex cerebral. 
Indispensável para uma coordenação 
normal. 
− Lesões nesses feixes: comprometimento 
de coordenação e metria. 
− Coordenação e metria são motores, 
mas para que sejam feitos é preciso de 
aferências (sensores) para capaz essa 
coordenação e metria. 
 
Fascículo Grácil: 
− Responsável pela coordenação e 
metria de tronco inferior e membros 
inferiores. 
− Ex: Testar calcanhar e joelho. 
 
Fascículo Cuneiforme: 
− Responsável pela coordenação e 
metria de tronco superior e membros 
superiores. 
− Ex: Index-index, index-orelha, etc. 
 
Cerebelo: 
− Centro da coordenação motora. 
Servomecanismo (princípio da 
autocorreção, adaptação contínua a 
novas situações. Regulação do tônus 
muscular). 
− Se pcte erra um index, mas corrige, ele 
é métrico (podemos colocar obs na 
ficha), pois cerebelo está integro 
fazendo autocorreção. 
 
Equilibrio Estático: 
− Sinal de Romberg: Avaliação da 
oscilação do pcte. Positivo caso pcte 
oscile na base de apoio. 
− Quando romberg foi positivo é ruim, pois 
é sinal de instabilidade postural. 
− Pode seralteração de cerebelo, 
fraqueza musc, nos feixes, córtex, etc. 
− O maior problema é risco de quedas. 
 
Coordenação: 
− Diadococinesia: Avaliar a coordenação 
por meio de movimentos rápidos de 
mãos e pés. 
− Necessário (obrigatório) que pcte faz 
com as duas mãos e dois pés. 
− Pcte hemiplégicos, ou sem um dos 
membros não se avalia – Não adota a 
posição (NT – Não testável). 
− Devemos comparar os dois membros. 
− Faz de forma incoordenada: 
Disdiadocinesia 
− Não faz: Adiadocinesia 
 
 
Motricidade: 
− Um dos itens mais importantes da ficha. 
− Relacionada diretamente com 
disfunção e limitação funcional. Ex: 
Rolar com auxilio – disfunção. Não rola 
pra supino – limitação. 
 
REEP: 
 Reação de equilíbrio, endireitamento e 
proteção 
Estamos avaliando controle postural, pois 
está relacionado. 
 
Equilíbrio: 
− Ajuste estático. Ex: Pedir para pcte 
passar de sentado para gato, avaliamos 
o equilíbrio na posição inicial e final, e 
verificar se tem ou não oscilações. Se 
mantem através do mm posturais – 
tônicos. 
 
Endireitamento: 
− Ajuste dinâmico. Avaliamos durante o 
movimento. Ex: Durante a passagem de 
sentado para gato. Também podemos 
causar perturbação (deslocar) no pcte 
para que ele saia da posição estática. 
Qual é a qualidade do movimento, pcte 
é capaz de se ajustar? 
− A massa corporal se desloca devido a 
perturbação, mas pcte é capaz de se 
endireitar (retornar) à postura inicial. Ex: 
Em pé, foi empurrado, mas retorna à 
posição. 
 
Proteção: 
− Perde a capacidade de fazer ajuste, 
mas ainda se protege. 
− Quando pcte cai, mas tenta se 
proteger, ainda tem a reação de 
proteção – é ativada quando reações 
de equilíbrio e endireitamento são 
perdidos. Ex: Catar cavaco, tentar 
colocar a mão antes de cair, etc. 
− Reação de proteção serve para 
proteger cabeça e tronco. 
 
Quando pcte cai sem nenhum tipo de 
proteção = Perdeu reação de proteção. 
Prognostico complicado, alterações 
profundas no controle postural. 
 
Marcha: 
Composto por: 
✓ Fase de suporte: 60% 
• Choque de calcanhar, 
• Aplanamento do pé, 
• Apoio médio, 
• Resposta carga, 
• Impulso dos artelhos, 
 
✓ Fase de balanço: 40% 
• Balanço inicial (Aceleração); 
• Balanço médio; 
• Balanço final (Desaceleração). 
 
✓ Observar: ADM, centro de gravidade, 
oscilação de MMSS, rotação de 
cinturas, uso de próteses ou órteses. 
 
 
− Nota: Saber grupos musculares 
envolvidos em cada fase da marcha e 
os músculos especificados de cada 
grupo muscular. Além dos músculos 
envolvidos para a dissociação de 
cintura espacular e pélvica. 
 
 
Diagnóstico cinético-funcional: 
− Comprometimentos 
− Disfunção 
− Limitações 
− Incapacidades 
 
Objetivos: 
Objetivo específico – OE: 
− Devemos selecionar uma característica 
motora funcional. Ex: Melhorar a 
transferência de sentado para em pé. 
Com isso os objetivos gerais poderiam ser: 
• Melhorar a força muscular de MMII 
• Melhorar a coordenação e metria 
• Aumentar a ADM de MMII e tronco 
• Estimular as REEP 
• Melhorar o equilíbrio estático e 
dinâmico 
− Os gerais fomentam/nutrem o 
específico, que tem uma característica 
funcional. 
 
 
Atividades de Vida Diária: 
− Escala de Barthel classifica a 
independência funcional do pcte, 
inicialmente criado para pessoas pós 
AVC, mas foi incluída em outras 
avaliações, sendo uma excelente 
escala para AVDs. 
− Os itens desta escala entram em 
incapacidade, portanto considerar ao 
fazer o DCF. 
− Na 7 (subir/descer escadas), caso der 
parcial é disfunção. 
− Quanto às continências, entram em 
comprometimento. Portanto, saber 
como ocorre a incontinência e tratar, 
afinal, devemos tratar como um todo. 
− Precisamos saber que um pcte 60, 
dependência moderada é diferente de 
um pcte 90, também dependência 
moderada. 
− A reavaliação é importante para 
prognóstico. 
 
Programação: 
− O tratamento é funcional: Por que 
estamos fortalecendo esse membro? 
Para auxiliar nas transferências, para 
facilitar a troca de roupas, etc. 
− Feito a partir da analise das estruturas e 
funções. 
− Onde colocamos as mãos é onde 
estimulamos. 
 
Sempre considerar: 
• Conjuntos posturais 
• Pontos-chave de controle 
• Alinhamento dos segmentos do corpo, 
para ocorre neuroplasticidade positiva 
• Mobilização 
• Movimentação 
• Posicionamento do tronco – cinturas 
• Tratamento solo X Tratamento aquático 
• Cinesioterapia 
• Tipos de exercícios - modalidades 
• Quantidade de exercícios – de acordo 
com o objetivo 
• Descrição do exercício – concêntrico, 
excêntrico, mecânico, etc. 
• Enumerar programação! 
• Quantidade de tipos de exercícios X 
Objetivo específico. 
 
Sempre pensar detalhadamente na 
conduta, o pcte não pode perder tempo. 
 
Evolução: 
− Por data, inclusive o ano. 
− Data, nome do paciente, assinatura dos 
acadêmicos 
− Sinais vitais: iniciais e finais (o principal é 
PA, glicemia se for diabético) 
− Conduta: números referentes à 
programação do tratamento; 
− Repetições, séries 
− Quando há mudanças / adaptações no 
exercício 
− Acrescentar exercícios 
− Evolução diária /sessão: anotações 
importantes e relevantes, pcte 
conseguiu fazer, passou mal, precisou ir 
embora, foi colaborativo, etc. 
− Quando falta, anotamos na ficha 
controle. 
 
− Trata-se de avaliação, tratamento e 
reavaliação do pcte. 
− IBITA: International bobath instructors 
training association 
− Filosofia de trabalho: Princípio 
neuroevolutivo (desenvolvimento de 
axial para apendicular, respeita as 
simetrias, tronco, cabeça alinhada, 
para depois focar nas extremidades – 
encaminha uma boa plasticidade) 
− Avaliação e tratamento de indivíduos 
com distúrbios na função, no movimento 
e no controle postural causados por 
lesão do SNC. 
− Tratamento a partir das perspectivas 
(prognostico) do movimento (sistema 
motor – eferente), da percepção 
(sistema somatossensorial – aferente) e 
da cognição (relacionado à atenção). 
− Interação entre indivíduo e mundo que 
o acerca (conhecer a casa, o ambiente 
que ele vive). 
 
 
− A facilitação se dá através de pontos 
chaves 
− O fisioterapeuta DEVE tocar o pcte, 
estando do lado ou atrás dele, nunca 
na frente 
 
Avaliação: 
− Leva em consideração uma 
possibilidade inclusiva e individual: 
 
• Inclusivo: Pacientes com severidades 
diferentes, qualquer idade, pacientes 
com alterações em vários sistemas. 
Para todos. 
 
• Individual: Centrado no paciente e não 
centrado na doença. Tratar a queixa, 
tratamento sintomático (o que ele quer 
com a fisioterapia). Por isso a avaliação 
é fundamental para elaborar o plano 
de tratamento. Metas e intervenções 
específicas. Devemos escutar a queixa, 
um bom fisio é um bom ouvinte. 
 
− Ex: Pcte diz que quer ficar em pé, mas o 
objetivo está incompleto, devemos 
perguntar para que ele quer ficar em 
pé, saber a motivação para ficar em pé. 
Caso queira ficar em pé para escovar os 
dentes em pé, o objetivo especifico 
seria “promover ortostatismo para 
escovar os dentes olhando no espelho”, 
com isso devemos dar estímulos, como 
colocar um espelho no local de 
reabilitação para que ele se veja em pé. 
 
− Eu sou fisio, não médico pra ficar 
pensando em doença, devo pensar em 
tratar as disfunções. 
 
− A avaliação bobath é continuada feita 
na sessão, ou seja, em toda sessão = 
Avaliação qualitativa, analise do 
movimento funcional 
 
Bobath Contemporâneo: 
− Conceito bobath sofreu uma 
atualização, com isso passou a ser 
chamado de bobath contemporâneo 
− Não foca na inibição, mas sim ganhar 
funcionalidade. 
− Objetivo: Otimizar a recuperação do 
movimento e o potencial de pessoas 
com disfunção neurológica. Máxima 
qualidade possível do movimento 
funcional. 
− Recuperação do movimento típico, 
minimizando movimentos atípicos e 
compensatórios. 
− Otimizara atividade e participação. Na 
casa, na terapia, devemos perguntar 
quantos % é responsabilidade do fisio e 
do pcte, sendo 80% responsabilidade 
do pcte, pois somos tutores. Devemos 
otimizar participação do pcte. 
− “Caçadores de potenciais” - 
Neuroplasticidade positiva (é feita 24 
horas por dia). 
− De nada adianta investirmos na conduta 
2 vezes por semana, se o pcte passar o 
dia todo sentado em casa, por isso 
devemos pensar nas 24h do pcte. 
 
− Os pontos chaves evitam movimentos 
compensatórios. 
 
 
 
 
Imagem da direita possui movimentos 
compensatórios, mal posicionamentos dos 
pés, rotação do tronco, etc. 
 
− Se for pra realizar movimentos 
compensatórios é melhor nem fazer. 
 
Facilitação Habilidosa do Movimento: 
Ambiente barreira X ambiente facilitador 
 
− Altura de banco muito baixa, pcte não 
consegue levantar sem compensar. 
− Por isso avaliamos a qualidade do 
movimento, não só o movimento 
propriamente dito. 
− Trocou a cadeira, colocou um tapete 
antiderrapante – resolveu 
− Isso é avaliação qualitativa, promove 
um ambiente barreira e após um 
ambiente facilitador, comparamos os 
dois e adaptamos para sua realidade. 
 
Hipóteses de trabalho: 
− Sempre hipóteses pois as vezes é 
necessário alterar 
− Diagnostico do movimento; 
− Identificação dos potenciais; 
− Raciocínio clinico (vinculado à QP e 
DCF, analise quali e quanti) 
 
Ainda no raciocínio clinico: 
− Aspectos críticos: São pontos positivos 
ou negativos detectados como 
relevante pelo fisio e que influenciam o 
processo de raciocínio clinico e, 
portanto, afetam o tratamento. 
• Ex: Mesmo adaptando o sentar e 
levantar, pcte tem medo de cair 
quando fisio não está do lado 
comprometido. Ou o quanto de 
atenção o pcte tem durante a terapia. 
 
 
 
Tratamento: 
− Fortalecimento muscular deve ser uma 
opção terapêutica, mas deve ser 
realizado de forma criteriosa. 
− Ênfase à prática e intensidade de 
treinamento. 
− Habilidade do SNC em receber, integrar 
e responder para alcançar um objetivo 
motor funcional. 
− Músculos trabalhando em sinergismo 
com objetivo de facilitar o controle 
neuromecânico para realização do 
movimento, controle postural e 
locomoção. 
− Uso de pontos-chave 
 
Facilitação: 
− Tornar algo possível 
− Processo de aprendizagem ativo – 
paciente deve iniciar, continuar ou 
completar uma tarefa funcional 
(podemos facilitar a qualquer 
momento, mas devemos deixar que o 
pcte realize parte do movimento) 
− Manipulação específica de inputs 
aferentes somatossensorial, visual, 
vestibular e auditivo – ativação de vários 
sistemas 
− Intervenção direta: hands on – coloca 
as mãos. 
− Intervenção indireta: ex. banco mais 
alto, mais rígido. 
 
Ou seja, facilitação é: 
• Colocar ou não as mãos no paciente 
• Se colocar, onde colocá-las 
• Ao colocar, o que fazer e com qual 
intensidade 
• Como e quando tirar as mãos (hands off) 
 
Pontos-chave: 
− Proximais: tronco, cíngulo escapular e 
pélvico 
− Distais: mãos e pés, joelhos e cotovelos 
− Estabilidade dinâmica – reação em 
cadeia gerada pelos músculos 
estabilizadores dinâmicos corporais 
− APAs: músculos do CORE 
− Tronco é enfatizado no conceito 
Bobath. Influencia diretamente a 
qualidade da postura e do movimento 
 
 
 
− Toda vez que queremos movimento do 
apendicular, o axial também se contrai. 
Ajuste postural antecipatório, por isso 
devemos alinhar o pcte. 
 
Ou seja, tratamento é: 
− Abordagem centrada no paciente 
− Condicionamento físico, cardior-
respiratório e muscular 
− Recursos externos – órteses, bandagem 
− Técnicas de mobilização articular e 
neural 
− Estimulação elétrica 
− Terapia por contenção induzida 
− Abordagem multidisciplinar 
 
Reavaliação: 
− Fazemos toda sessão, uma vez por 
semana 
 
Não é milagre, é fisioterapia! 
 
− As intervenções realizadas no bobath 
são completas, multidimensionais 
baseadas nas respostas observadas. 
− Segundo Berta Bobath “a única 
resposta à pergunta: O que você está 
fazendo com o pcte é correto? É a 
reação do pcte ao que você está 
fazendo”.

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