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Matéria: Direitos Humanos Colisão de direitos humanos: atividade religiosa durante isolamento social Em meio à pandemia do Corona Vírus (COVID-19), medidas foram tomadas para a prevenção, como consta na Lei nº 13.979 de 6 de fevereiro de 2020. Essas medidas vão de isolamento social, quarentena e proibição de diversos setores no país, como tráfego aéreo comercial e locomoção interestadual e intermunicipal. Após essa lei entrar em vigor, houve o despacho de nº 10.282 de 20 de março de 2020, o qual regulamenta a Lei nº 13.979, de 6 de fevereiro de 2020, para definir os serviços públicos e as atividades essenciais. Conforme o texto, no art. 3º, XXXIX, diz: “XXXIX - atividades religiosas de qualquer natureza, obedecidas as determinações do Ministério da Saúde;”. O que causou bastante discussão no judiciário Brasileiro é o fato que estas determinações não existem, ou seja, não há uma regulamentação exata, especificando como deve acontecer cultos e as reuniões religiosas. Portanto, com uma insatisfação por parte desta lacuna aberta pelo governo Federal, o Juiz substituto Márcio Santoro Rocha, proferiu sentença proibindo a cidade de Duque de Caxias o funcionamento de lotéricas e atividades religiosas. Diante disso, há a discussão a respeito da colisão entre quatro direitos fundamentais, sendo eles: Conforme lei que visa a redução das atividades, o direito à vida e o direito à saúde; Conforme despacho que permite a continuidade das atividades, o direito à liberdade de credo e o direito à reunião. A respeito dessa discussão, deve-se considerar que vivemos num momento extremamente delicado, onde há um vírus o qual não se tem informações suficientes para vacinação, tratamento e medicamentos que combatam o vírus comprovadamente. No atual cenário, pessoas estão sendo infectadas e morrendo muito rapidamente, sendo indispensável o isolamento social e medidas preventivas para o combate à doença. Infelizmente em momentos de urgência como esse, há uma priorização de direitos acima dos outros, como da vida e da saúde serem nesse caso, mais importantes do que o de credo e reunião. Considerando-se os direitos violados, o de credo apenas está em fase de adaptação, pois há o pleno direito de se expressar e de possuir a religião livremente, somente não podendo ir aos cultos por conta do vírus. Já o de reunião, houve a supressão temporária por uma questão de saúde maior, devido ao fato de que o Estado brasileiro e todos os outros do mundo estão correndo atrás da cura dessa doença, para que haja o retorno à normalidade o mais rápido possível. Portanto, o isolamento e a supressão de segmentos que possuam um risco agravante ao deve ser mantido e respeitado, pois o quanto mais a população respeitar e valorizar as medidas, menos danos serão sofridos pela nação.
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