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DENSITOMETRIA ÓSSEA Ë um exame de radiologia que mede, com rapidez e precisão, a densidade dos ossos. O resultado é comparado com padrões para idade e sexo. É um exame inóquo, não invasivo, que utiliza uma fonte de RX de baixa radiação. A radiação recebida pelo paciente durante o exame é cerca de dez vezes menor que a que ocorre quando se faz um RX de coluna e cerca de cem vezes menor que uma Tomografia Computadorizada. O exame periódico de densitometria óssea permite detectar estados de redução da massa óssea, estimar a resistência óssea e avaliar o risco de futuras fraturas em pacientes com baixa massa óssea, principalmente na coluna lombar e fêmur, auxiliando no tratamento médico. Existem dois tipos de densitometro: o central e o periférico. O equipamento central que é o mais comumente utilizado, que serve para examinar a coluna lombar, quadril e corpo inteiro. O equipamento consiste de uma mesa de exame e um braço que fica suspenso sobre a paciente. Os equipamentos do tipo periférico medem a densidade mineral óssea do punho, calcâneo ou dedo e têm pequenas dimensões e não são considerados equipamentos padrões. A máquina de densitometria envia um feixe de raios-x invisível, com dois picos de energia distintos em direção ao paciente. Um destes picos de energia é absorvido principalmente por partes moles e outro por osso. A quantidade de partes moles e subtraída do total e o que resta é a densidade mineral da paciente. O equipamento de densitometria dispõe de um software especial que faz estes cálculos e mostra no monitor do computador, juntamente com gráficos. A paciente fica deitada na mesa de exame especial, que tem um tubo de raios x posicionado em sua porção inferior e um braço móvel, com o detector de radiação, acima do paciente. Durante o exame o detector e o tubo de raios x se movem juntos para fazer a varredura dos locais examinados: quadril e coluna lombar, geralmente. Para se fazer o exame da coluna a paciente coloca as pernas sobre um bloco, para promover um melhor alinhamento da pelve e coluna lombar. Para se avaliar o quadril o pé da paciente é colocado em um tipo de braçadeira que promove uma rotação interna da perna. Em ambos os casos o detector passa lentamente pela área desejada, gerando imagens na tela do computador. Os exames do antebraço são mais simples.O antebraço é colocado sobre a mesa de exame em um suporte e o exame é iniciado. Como a área a ser examinada é muito pequena, o exame é muito rápido. Este exame é realizado nos casos onde a paciente é muito pesada para a mesa de exame, que suporta pacientes até 120 kg. Um outro exame chamado de Avaliação Lateral da Coluna é realizado quando existe suspeita de fraturas de corpos vertebrais. A densitometria consiste numa amostragem óssea nas duas regiões, examinando os dois tipos de estruturas ósseas (osso trabecular e osso cortical). É principalmente usada para diagnosticar quadros de osteopenia ou de osteoporose, doenças nas quais a densidade e a quantidade de minerais são baixas, e o risco de fraturas é alto. A osteopenia é uma afecção óssea na qual os ossos perdem estes minerais e têm menor densidade, o que os torna mais frágeis. Quando a perda óssea é grave, a afecção se chama osteoporose. Os objetivos do exame são: avaliar o grau de osteoporose, indicar a probabilidade de fratura, possibilitar a obtenção da curva de perda óssea através do tempo (quando a avaliação é feita periodicamente), e auxiliar no tratamento médico. Um método de diagnóstico por imagem que mede a densidade, ou seja, a "consistência", do osso, permitindo avaliar dessa forma o risco de fraturas do mesmo. INDICAÇAO Está indicado em mulheres em fase de pré-menopausa, menopausa, em regime de reposição com hormônios estrógenos, indivíduos em uso de hormônios tireoidianos, corticosteróides, medicamentos anticonvulsivantes.Em crianças, está indicado quando há necessidade de acompanhamento do desenvolvimento ósseo, em doenças osteometabólicas, e ocasionalmente em regimes dietéticos para emagrecimento. Osteoporose é uma doença que afeta principalmente mulheres na pós- menopausa caracterizada por uma fragilidade nos ossos. 10 milhões de brasileiros sofrem de osteoporose. 3 em cada 4 doentes são do sexo feminino. 1 em cada 3 mulheres com mais de 50 anos tem a doença. 75% dos diagnósticos são feitos somente após a primeira fratura. 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose ocorrem anualmente no Brasil. 200.000 pessoas morrem todos os anos no Brasil em decorrência destas fraturas. Osso Normal Osso com Osteoporose Na menopausa a ausência do hormônio feminino faz com que os ossos percam cálcio e fiquem porosos como uma esponja. Esta fraqueza dos ossos expõe a mulher a riscos maiores de fraturas tanto por quedas como espontâneas. Os locais mais comuns são a coluna, o colo do fêmur, e o pulso. Destas fraturas a mais perigosa é a do colo do fêmur. É também por causa da osteoporose que as mulheres perdem altura com a idade. Prevenção da Osteoporose Seria interessante que todas as mulheres em qualquer idade pensassem na prevenção da osteoporose. Na infância e na juventude é que se forma a massa óssea. Nesta idade é importante a ingestão de cálcio. A maior fonte de cálcio é o leite. É um absurdo num país como o Brasil, um dos maiores produtores de leite do mundo, que nossas meninas e adolescentes não tomem leite. Outro fator importante é o exercício físico e a exposição ao sol por 10 a 15 minutos antes das 10 h da manhã. Há hábitos que aumentam o risco à osteoporose como fumo, bebidas alcoólicas e café. Outro fator é o tratamento precoce da menopausa. Quanto mais cedo for instituído o tratamento menor a perda da massa óssea. Diagnóstico da Osteoporose Imagem de uma densitometria óssea É importante a pesquisa de fatores de risco para a osteoporose: Raça branca, Histórico familiar de osteoporose, Vida sedentária, Baixa ingestão de cálcio e/ou vitamina D, Período da menopausa, Fumo ou bebidas alcoólicas em excesso, Pessoa magra e/ou frágil, Fratura espontânea prévia, Medicamentos, tais como anticonvulsivantes, hormônio tireoideano, glicorticóides e heparina. Doenças de base, tais como hepatopatia crônica, doença de Cushing, (Conjunto de sinais e sintomas do excesso da cortisona (um dos hormônios produzidos pela glândula supra-renal). Esse excesso hormonal pode ser provocado por hormônios sintéticos (exógenos) ou por doenças envolvendo a glândula supra-renal e a hipófise). diabetes melito, hiperparatireoidismo, linfoma, leucemia, má-absorção, gastrectomia, doenças nutricionais, mieloma, artrite reumatóide e sarcoidose. VITAMINA D. A vitamina D (ou calciferol) é uma vitamina que promove a absorção de cálcio (após a exposição à luz solar), essencial para o desenvolvimento normal dos ossos e dentes, atua também, como recentemente descoberto, no sistema imune, no coração, no cérebro e na secreção de insulina pelo pâncreas. É uma vitamina lipossolúvel obtida a partir do [[colesterol] como precursor metabólico através da luz do sol, e de fontes dietéticas. Funcionalmente, a vitamina D atua como um hormônio que mantém as concentrações de cálcio e fósforo no sangue através do aumento ou diminuição da absorção desses minerais no intestino delgado. A vitamina D também regula o metabolismo ósseo e a deposição de cálcio nos ossos. A vitamina D também é muito importante para crianças, gestantes e mães que amamentam, por favorecer o crescimento e permitir a fixação de cálcio nos ossos e dentes. Além da importância na manutenção dos níveis do cálcio no sangue e na saúde dos ossos, a vitamina D tem um papel muito importante na maioria das funções metabólicas e também nas funções musculares, cardíacas e neurológicas. A deficiência da vitamina D pode precipitar e aumentar a osteoporose em adultos e causar raquitismo, uma avitaminose, em crianças. Como fornecer vitamina D ao organismo deficiente A exposição ao sol desencadeia a produção de vitamina D na pele. Alguns alimentos também representam uma fonte desta vitamina. O óleo de fígadode bacalhau foi utilizado também como suplemento alimentar para evitar o raquitismo, sendo hoje em dia facilmente substituível por medicamentos contendo vitamina D, mas a vitamina D da luz solar continua a ser preferível. A vitamina D pode ser encontrada sob duas formas: o ergocalciferol (vitamina D2) e o colecalciferol (vitamina D3). O ergocalciferol é produzido comercialmente a partir do esteróide ergosterol encontrado em vegetais e leveduras, através de irradiação com luz ultravioleta. É utilizado como suplemento alimentar para enriquecimento de alimentos como o leite com vitamina D. O colecalciferol é transformado pela ação dos raios solares a partir da provitamina D3 (7-deidrocolesterol) encontrada na pele humana. A quantidade de vitamina D que um adulto precisa varia, de acordo com a idade, de 5 mg a 10 mg, chegando a 15 mg em idosos com mais de 70 anos.Poucos alimentos são considerados fontes de vitamina D, mas entre eles encontram-se a gema de ovo, fígado, http://pt.wikipedia.org/wiki/Vitamina http://pt.wikipedia.org/wiki/C#�lcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Luz http://pt.wikipedia.org/wiki/Osso http://pt.wikipedia.org/wiki/Dente http://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Horm#�nio http://pt.wikipedia.org/wiki/Concentra#�#�o http://pt.wikipedia.org/wiki/F#�sforo http://pt.wikipedia.org/wiki/Intestino_delgado http://pt.wikipedia.org/wiki/Metabolismo http://pt.wikipedia.org/wiki/C#�lcio http://pt.wikipedia.org/wiki/Osso http://pt.wikipedia.org/wiki/Dente http://pt.wikipedia.org/wiki/Osteoporose http://pt.wikipedia.org/wiki/Raquitismo http://pt.wikipedia.org/wiki/Avitaminose http://pt.wikipedia.org/wiki/#�leo_de_f#�gado_de_bacalhau http://pt.wikipedia.org/wiki/Ester#�ide http://pt.wikipedia.org/wiki/Vegetais http://pt.wikipedia.org/wiki/Levedura http://pt.wikipedia.org/wiki/Irradia#�#�o http://pt.wikipedia.org/wiki/Luz_ultravioleta http://pt.wikipedia.org/wiki/Luz_ultravioleta http://pt.wikipedia.org/wiki/Leite http://pt.wikipedia.org/wiki/Sol http://pt.wikipedia.org/wiki/Ovo manteiga e alguns tipos de peixes como a cavala, o salmão e o arenque. Embora em menor quantidade, a sardinha e o atum também têm vitamina D. Nos Estados Unidos da América é obrigatório que o leite seja reforçado com vitamina D. Outros alimentos e bebidas também podem ser reforçados com vitamina D nos EUA, inclusive cereais matinais prontos para comer, produtos lácteos, bebidas à base de soja e sucos, porém são insuficientes por eles só. Distúrbios Na deficiência de vitamina D, as concentrações de cálcio e de fosfato no sangue diminuem, provocando uma doença óssea porque não existe uma quantidade suficiente de cálcio disponível para manter os ossos saudáveis. Esse distúrbio é denominado raquitismo nas crianças, uma doença que se manifesta com atraso no fechamento da moleira nos recém-nascidos (importante na calota craniana), desmineralização óssea, as pernas tortas e outros sinais relacionados com estrutura óssea. É denominado osteomalácia nos adultos, onde se desenvolve ossos fracos e moles. A deficiência de vitamina D é causada sobretudo pela falta de exposição à luz solar e não tanto com vitamina D na dieta, como demonstram novos estudos independentes. Essa deficiência pode ocorrer em indivíduos idosos porque a pele produz menos vitamina D, mesmo quando exposta à luz solar, mas também pelas erradas recomendações dos medicos em aconselhar suplementos de vitamina D em vez que exposição solar, ou pelo excesso de protector solar! A deficiência de vitamina D durante a gravidez pode causar osteomalácia na mulher e raquitismo no feto. A vitamina D tem poucas hipóteses de se tornar tóxica no corpo, pois quando a pele não transforma o colesterol presente em vitamina D inactiva (só e activada no figado e rins), os raios solares naturalmente destroem a Vitamina. Os fatores de risco são: Antecedente genético Inúmeros trabalhos observacionais demonstram a agregação familiar de menor massa óssea e a concordância deste traço em gêmeos mono e http://pt.wikipedia.org/wiki/Manteiga http://pt.wikipedia.org/wiki/Peixe http://pt.wikipedia.org/wiki/Cavala http://pt.wikipedia.org/wiki/Salm#�o http://pt.wikipedia.org/wiki/Arenque http://pt.wikipedia.org/wiki/Sardinha http://pt.wikipedia.org/wiki/Atum http://pt.wikipedia.org/wiki/Estados_Unidos_da_Am# rica http://pt.wikipedia.org/wiki/Soja http://pt.wikipedia.org/wiki/Suco dizigóticos. Cerca de 70 a 80% da variação da densidade mineral óssea pode ser atribuída a fatores genéticos. Caucasianos e orientais apresentam maior incidência de fraturas do que populações negras, assim como mulheres de qualquer raça em relação aos homens. Deste modo, o antecedente familiar, particularmente materno, de fraturas osteoporóticas é uma indicação para o exame; Riscos ambientais Deficiências e/ou distúrbios nutricionais como baixa ingestão de cálcio, baixo peso, dietas de restrição calórica, alcoolismo, excessos de sódio e proteína animal; consumo de cigarro; sedentarismo; longos períodos de imobilização; Doenças crônicas Hipertiroidismo, tratamento do câncer diferenciado de tiróide com doses supressivas de T4, hipercortisolismo, insuficiência renal crônica, hepatopatias, doença pulmonar obstrutiva crônica, doenças de má absorção intestinal, hipercalciúria idiopática e artrite reumatóide. O risco de fraturas também está associado a maior risco de quedas, principalmente em pacientes com déficit visual, de força muscular no quadríceps e/ou cognitivo, alterações de marcha e disfunções neurológicas que afetem o equilíbrio; Uso crônico de drogas A incidência de fraturas osteoporóticas em usuários de corticosteróides por mais de seis meses é de cerca de 30 a 50%. Mesmo doses pequenas de glicocorticóides, incluindo os inalatórios, podem causar perda óssea na maioria dos indivíduos. Outras drogas associadas à perda óssea são ciclosporina, bloqueadores da secreção de gonadotrofinas, heparina, anti-convulsivantes como hidantoína, carbamazepina e fenobarbitúricos e os quimioterápicos.Drogas que provoquem hipotensão postural ou alterações do equilíbrio, como anti-hipertensivos, barbitúricos, benzodiazepínicos e diuréticos,podem aumentar o risco de quedas. " PREPARO • NÃO é necessário jejum! • Trazer seus exames anteriores de densitometria óssea! • Qualquer medicação contendo cálcio deve ser suspensa por 24 horas antes da data agendada para o exame. • NÃO realizar exames com contrastes radiológicos (bário, iodo, lipiodol) por pelo menos 48 horas antes da data agendada para o exame. • NÃO realizar exames de medicina nuclear com injeção de radiotraçadores, principalmente para cintilografia óssea, por pelo menos 24 horas antes da data agendada. • vestir roupas confortáveis e sem excesso de objetos metálicos,principalmente na região lombar e de cintura. Como é feito o exame? Atualmente, a técnica padrão para determinar a densidade óssea é chamada densitometria por DEXA (dual-energy X-ray absorptiometry). A densitometria por DEXA é simples e indolor, e leva de dois a quatro minutos para ser realizada. A maquina mede a densidade óssea detectando a extensão na qual os ossos absorvem fótons, que são gerados por níveis baixos de raios X . As medidas da densidade mineral óssea são geralmente reportadas na concentração média de cálcio, nas áreas escaneadas pelo aparelho. A densidade óssea é mais comumente medida no quadril, do que na coluna ou punho. A densitometria óssea da coluna também pode ser medida, observa-se, entretanto, que a densitometria óssea de coluna em idosos pode ser enganosa, pois pode apresentar valores maiores que os reais, devido à compressão das vértebras por alterações secundárias a quadros de artrite. Por isso, as medidas de densidade podem se apresentar como normais ou elevadas, mas os pacientes podem estar sob risco de fratura. Resultados do exame O exame fornece o valor absoluto da densidade mineral óssea, da área estudada, em mg/cm2. A osteoporose é diagnosticada quando a densidade óssea cai ao ponto onde fraturas acontecerãocom um leve estresse local. A osteoporose é determinada pela medida da densidade óssea e comparando o resultado com as referências. Deve ser notado que índices baixos de densidade óssea não são muito específicos em determinar o risco de fraturas, sem se considerar outros fatores de risco para ocorrência de fraturas. Em geral, são seguidos os seguintes passos para determinar a osteoporose: Densidade mineral óssea (Bone Mineral Density - BMD) é medida geralmente no osso do quadril, usando a densitometria óssea. As medidas de BMD são dadas em mg/cm2. Esta é a concentração média de mineral ósseo nas áreas escaneadas. Em geral, o osso está normal se os resultados são maiores que 833 mg/cm2. Uma baixa densidade óssea (osteopenia) está em valores entre 648 e 833 mg/cm2. A osteoporose é diagnosticada com resultados abaixo de 648 mg/cm2. Estas medidas ainda não se correlacionam com o real risco de fratura, devendo também ser estimados os fatores de risco e outras considerações. O próximo passo é comparar a BMD do paciente com a densidade óssea normal, que é definida como a média de BMD em quadris de mulheres caucasianas pré- menopausa. Devido ao fato das referencias serem baseadas em mulheres caucasianas, elas não necessariamente se aplicam a homens ou a mulheres não caucasianas. Por exemplo, os homens têm um menor risco de fratura no mesmo desvio padrão que mulheres. Pesquisadores estão tentando estabelecer protocolos de risco também para estes grupos. Cuidado após o exame De um modo geral, as atividades podem ser retomadas imediatamente. Os resultados do exame devem estar disponíveis para o médico assistente em um prazo curto, aproximadamente 24 horas. Histórico A história da osteoporose certamente não é recente. Harvey Cushing, ao descrever a doença que leva seu nome, disse : “...as vértebras deformadas eram tão macias que até podiam ser cortadas com o bisturi...”. No entanto, ao menos até meados dos anos 80, a osteoporose era vista apenas como um preço inevitável a ser pago em troca de uma vida longa. Seu diagnóstico não constituia, até então, uma real preocupação para a prática médica. Em 1963 os Drs. Cameron e Sorensen publicaram na revista “Science”(1) os primeiros trabalhos de que se tem notícia sobre a densitometria óssea contemporânea, realizada através da técnica denominada “Single Photon Absorptiometry” ou SPA. Apesar disto a história nos mostra que o interesse da ciência com a densidade óssea é bem mais antiga. Em 1895, Roetgen publicava seus primeiros estudos sobre os raios X e, surpreendentemente em 1897, - apenas 2 anos após os trabalhos de Roetgen - um pesquisador americano, de nome Dennis J., publicou na revista “Dental Cosmos”, um artigo intitulado : “A new system of measurement of bone opacity”(2), ou seja, “Um novo sistema para a mensuração da opacidade óssea”. Este parece ter sido o momento onde este campo do conhecimento humano realmente iniciou-se. No artigo de Price, destinado à odontologia, fica claro que um tubo de RX era introduzido na boca do paciente e o filme e um padrão de alumínio posicionados ao lado da mandíbula. Estes são os primórdios da técnica conhecida como Absorciometria Radiográfica. Data, portanto, do início da década de 60, a história contemporânea da densitometria. Os anos 80, com o desenvolvimento do DXA (Dual X-Ray Absorptiometry) foram especiais. Já em 1992, a Organização Mundial da Saúde preocupava-se em reunir seus consultores para avaliar cientificamente a extensão da capacidade da densitometria enquanto recurso clínico. Em 1994, em uma publicação histórica(5), a OMS propõe que o diagnóstico da Osteoporose seja estabelecido tendo como base os resultados da densitometria expressos em desvios padrão (T-Scores) em relação à referenciais de normalidade para adultos jovens e saudáveis. Este novo conceito, embasado em numerosa literatura científica, determinou uma nova fase na atenção clínica à esta enfermidade. Hoje sabemos que através da interpretação cuidadosa dos resultados densitométricos é possível estabelecer diversas conclusões capazes de permitir a adoção de medidas preventivas e terapêuticas, vitais para a manutenção, ou mesmo, promover ganhos de massa óssea. Osteogram O OsteoGram, desenvovido pela CompuMed, é um densitômetro ósseo (Bone Densitometer) que usa equipamento de raio-X padrão ou digital para dar suporte à triagem da osteoporose, diagnóstico e monitoração da terapia no próprio consultório médico. Não requer treinamento especial. Possui aprovação pelo FDA e é registrado na ANVISA sob número 10324590004. Apoiado por especificações técnicas de alto nível, o OsteoGram permite a avaliação da DMO (Densidade Mineral Óssea, ou BMD - Bone Mineral Density) em poucos minutos. A partir de uma radiografia da mão, o filme revelado é digitalizado e analisado para produzir o relatório de DMO. OsteoGram é um sistema que mede a densidade mineral óssea nas falanges do meio da mão (densitometro ósseo). Usando-se equipamentos padrão de raio X, radiografias da mão são feitas e depois analisadas usando o OsteoGram. O Sistema OsteoGram consiste de um computador com o software de análise, um monitor, uma impressora e um scanner. Proteção radiológica na densitometria óssea A Anvisa recomenda QUE "Embora os equipamentos de densitometria óssea sejam bem colimados e produzam pouca radiação de espalhamento não devem ser encarados como inócuos quanto a emissão de radiação e ou espalhamento. Normalmente os fabricantes enviam junto com o equipamento as curvas de dose em determinadas distâncias. Estas medidas deveriam ser comprovadas com levantamento radiométrico. Salas destinadas a densitometria óssea necessitam proteção radiológica, pois não se deve encarar a proteção radiológica somente como inclusão de blindagem nas paredes, mas como um conjunto de ações que garantam a qualidade do serviço. É certo que neste caso específico de densitometria óssea a preocupação maior não deverá ser com as blindagens, mas sim com os procedimentos de proteção radiológica empregados no serviço. “Quanto à monitoração individual do operador, recomendo que seja feita durante um período para garantir que as taxas de dose ambiente são realmente baixas” Portanto, a sala muito provavelmente não necessitará de blindagem do tipo chumbo ou barita nas paredes e sim de proteção radiológica, entendendo esta como um conceito mais amplo, onde distâncias, procedimentos, etc. fazem parte dessa proteção SISTEMA DE SUSTENTAÇÃO SISTEMA ESQUELÉTICO Conceito de Sistema Esquelético: O sistema esquelético é composto de ossos e cartilagens. Conceito de Ossos: Ossos são órgãos esbranquiçados, muito duros, que unindo-se aos outros, por intermédio das junturas ou articulações constituem o esqueleto. É uma forma especializada de tecido conjuntivo cuja principal característica é a mineralização (cálcio) de sua matriz óssea (fibrascolágenas). O osso é um tecido vivo, complexo e dinâmico. Uma forma sólida de tecido conjuntivo, altamente especializado que forma a maior parte do esqueleto e é o principal tecido de apoio do corpo. O tecido ósseo participa de um contínuo processo de remodelamento dinâmico, produzindo osso novo e degradando osso velho. O osso é formado por vários tecidos diferentes: tecido ósseo, cartilaginoso, conjuntivo denso, epitelial, adiposo, nervoso e vários tecidos formadores de sangue. Quanto a irrigação do osso, temos os canais de Volkman (vasos sangüíneos maiores) e os canais de Havers (vasos sangüíneos menores). O tecido ósseo não apresenta vasos linfáticos, apenas o tecido periósteo tem drenagem linfática. No interior da matriz óssea existem espaços chamados lacunas que contêm células ósseas chamadas osteófitos. Cada osteófito possui prolongamentos chamados canalículos, que se estendem a partir das lacunas e se unem aos canalículos das lacunas vizinhas, formando assim, uma rede de canalículos e lacunas em toda a massa de tecido mineralizado Conceito de Cartilagem: É umaforma elástica de tecido conectivo semi-rígido - forma partes do esqueleto nas quais ocorre movimento. A cartilagem não possui suprimento sangüíneo próprio; conseqüentemente, suas células obtêm oxigênio e nutrientes por difusão de longo alcance. Além de dar sustentação ao corpo, o esqueleto protege os órgãos internos e fornece pontos de apoio para a fixação dos músculos. O esqueleto humano pode ser dividido em duas partes: 1-Esqueleto axial: formado pela caixa craniana, coluna vertebral caixa torácica. 2-Esqueleto apendicular: compreende a cintura escapular, formada pelas escápulas e clavículas; cintura pélvica, formada pelos ossos ilíacos (da bacia) e o esqueleto dos membros (superiores ou anteriores e inferiores ou posteriores). 1-Esqueleto axial 1.1-Caixa craniana Possui os seguintes ossos importantes: frontal, parietais, temporais, occipital, esfenóide, nasal, lacrimais, malares ("maçãs do rosto" ou zigomático), maxilar superior e mandíbula (maxilar inferior). Observações: Primeiro - no osso esfenóide existe uma depressão denominada de sela turca onde se encontra uma das menores e mais importantes glândulas do corpo humano - a hipófise, no centro geométrico do crânio. Segundo - Fontanela ou moleira é o nome dado à região alta e mediana, da cabeça da criança, que facilita a passagem da mesma no canal do parto; após o nascimento, será substituída por osso. 1.2-Coluna vertebral É uma coluna de vértebras que apresentam cada uma um buraco, que se sobrepõem constituindo um canal que aloja a medula nervosa ou espinhal; é dividida em regiões típicas que são: coluna cervical (região do pescoço), coluna torácica, coluna lombar, coluna sacral, coluna cocciciana (coccix). 1.3-Caixa torácica É formada pela região torácica de coluna vertebral, osso esterno e costelas, que são em número de 12 de cada lado, sendo as 7 primeiras verdadeiras (se inserem diretamente no esterno), 3 falsas (se reúnem e depois se unem ao esterno), e 2 flutuantes (com extremidades anteriores livres, não se fixando ao esterno). 2- Esqueleto apendicular 2-1- Membros e cinturas articulares Cada membro superior é composto de braço, antebraço, pulso e mão. O osso do braço – úmero – articula-se no cotovelo com os ossos do antebraço: rádio e ulna. O pulso constitui-se de ossos pequenos e maciços, os carpos. A palma da mão é formada pelos metacarpos e os dedos, pelas falanges. Cada membro inferior compõe-se de coxa, perna, tornozelo e pé. O osso da coxa é o fêmur, o mais longo do corpo. No joelho, ele se articula com os dois ossos da perna: a tíbia e a fíbula. A região frontal do joelho está protegida por um pequeno osso circular: a rótula. Ossos pequenos e maciços, chamados tarsos, formam o tornozelo. A planta do pé é constituída pelos metatarsos e os dedos dos pés (artelhos), pelas falanges. Os membros estão unidos ao corpo mediante um sistema ósseo que toma o nome de cintura ou de cinta. A cintura superior se chama cintura torácica ou escapular (formada pela clavícula e pela escápula ou omoplata); a inferior se chama cintura pélvica, popularmente conhecida como bacia (constituída pelo sacro - osso volumoso resultante da fusão de cinco vértebras, por um par de ossos ilíacos e pelo cóccix, formado por quatro a seis vértebras rudimentares fundidas). A primeira sustenta o úmero e com ele todo o braço; a segunda dá apoio ao fêmur e a toda a perna. Juntas e articulações Junta é o local de junção entre dois ou mais ossos. Algumas juntas, como as do crânio, são fixas; nelas os ossos estão firmemente unidos entre si. Em outras juntas, denominadas articulações, os ossos são móveis e permitem ao esqueleto realizar movimentos. Ligamentos Os ossos de uma articulação mantêm-se no lugar por meio dos ligamentos, cordões resistentes constituídos por tecido conjuntivo fibroso. Os ligamentos estão firmemente unidos às membranas que revestem os ossos. Classificação dos ossos Os ossos são classificados de acordo com a sua forma em: A - Longos: têm duas extremidades ou epífises; o corpo do osso é a diáfise; entre a diáfise e cada epífise fica a metáfise. A diáfise é formada por tecido ósseo compacto, enquanto a epífise e a metáfise, por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: fêmur, úmero. http://www.afh.bio.br/sustenta/sustenta2.asp http://www.afh.bio.br/sustenta/sustenta2.asp B- Curtos: têm as três extremidades praticamente equivalentes e são encontrados nas mãos e nos pés. São constituídos por tecido ósseo esponjoso. Exemplos: calcâneo, tarsos, carpos. C - Planos ou Chatos: são formados por duas camadas de tecido ósseo compacto, tendo entre elas uma camada de tecido ósseo esponjoso e de medula óssea Exemplos: esterno, ossos do crânio, ossos da bacia, escápula. Revestindo o osso compacto na diáfise, existe uma delicada membrana - o periósteo - responsável pelo crescimento em espessura do osso e também pela consolidação dos ossos após fraturas (calo ósseo). As superfícies articulares são revestidas por cartilagem. Entre as epífises e a diáfise encontra-se um disco ou placa de cartilagem nos ossos em crescimento, tal disco é chamado de disco metafisário (ou epifisário) e é responsável pelo crescimento longitudinal do osso. O interior dos ossos é preenchido pela medula óssea, que, em parte é amarela, funcionando como depósito de lipídeos, e, no restante, é vermelha e gelatinosa, constituindo o local de formação das células do sangue, ou seja, de hematopoiese. O tecido hemopoiético é popularmente conhecido por "tutano". As maiores quantidades de tecido hematopoético estão nos ossos da bacia e no esterno. Nos ossos longos, a medula óssea vermelha é encontrada principalmente nas epífises. Diferenças entre os ossos do esqueleto masculino e feminino: A formação do Tecido Ósseo A ossificação – formação de tecido ósseo – pode se dar por dois processos: ossificação intramenbranosa e ossificação endocondral. No primeiro caso, o tecido ósseo surge aos poucos em uma membrana de natureza conjuntiva, não cartilaginosa. Na ossificação endocondral, uma peça de cartilagem, com formato de osso, serve de molde para a confecção de tecido ósseo. Nesse caso, a cartilagem é gradualmente destruída e substituída por tecido ósseo. Crescimento nos ossos longos A ossificação endocondral ocorre na formação de ossos longos, como os das pernas e os dos braços. Nesses ossos, duas regiões principais sofrerão a ossificação: o cilindro longo, conhecido como diáfise e as extremidades dilatadas, que correspondem as epífises. Entre a epífise de cada extremidade e a diáfise é mantida uma região de cartilagem, conhecida como cartilagem de crescimento, que possibilitará a ocorrência constante de ossificação endocondral, levando à formação de mais osso. Nesse processo, os osteoclastos desempenham papel importante. Eles efetuam constantemente a reabsorção de tecido ósseo, enquanto novo tecido ósseo é formado. Os osteoclastos atuam como verdadeiros demolidores de osso, enquanto os osteoblastos exercem papel de construtores de mais osso. Nesse sentido, o processo de crescimento de um osso depende da ação conjunta de reabsorção de osso preexistente e da deposição de novo tecido ósseo. Considerando, por exemplo, o aumento de diâmentro de um osso longo, é preciso efetuar a reabsorção de camada interna da parede óssea, enquanto na parede externa deve ocorrer deposição de mais osso. O crescimento ocorre até que se atinja determinada idade, a partir da qual a cartilagem de crescimento também sofre ossificação e o crescimento do osso em comprimento cessa. Remodelação óssea Depois que o osso atinge seu tamanho e forma adultos, o tecido ósseo antigo é constantemente destruído e um novo tecido é formado em seu lugar, em um processo conhecido como remodelação. A remodelação ocorre em diferentes velocidades nas várias partes do corpo. Por exemplo, a porção distal do fêmur é substituída a cada 4 meses; já os ossos da mão são completamente substituídos durante a vida inteira do indivíduo. A remodelação permite que os tecidos já gastos ou quetenham sofrido lesões sejam trocados por tecidos novos e sadios. Ela também permite que o osso sirva como reserva de cálcio para o corpo. Em um adulto saudável, uma delicada homeostase (equilíbrio) é mantida entre a ação dos osteoclastos (reabsorção) durante a remoção de cálcio e a dos osteoblastos (aposição) durante a deposição de cálcio. Se muito cálcio for depositado, podem se formar calos ósseos ou esporas, causando interferências nos movimentos. Se muito cálcio for retirado, há o enfraquecimento dos ossos, tornando-os flexíveis e sujeitos a fraturas. O crescimento e a remodelação normais dependem de vários fatores: suficientes quantidades de cálcio e fósforo devem estar presentes na dieta alimentar do indivíduo; deve-se obter suficiente quantidade de vitaminas, principalmente vitamina D, que participa na absorção do cálcio ingerido; o corpo precisa produzir os hormônios responsáveis pela atividade do tecido ósseo: - o hormônio de crescimento (somatotrofina), secretado pela hipófise, é responsável pelo crescimento dos ossos; - a calcitonina, produzida pela tireóide, inibe a atividade osteoclástica e acelera a absorção de cálcio pelos ossos; - o paratormônio, sintetizado pelas paratireóides, aumenta a atividade e o número de osteoclastos, elevando a taxa de cálcio na corrente sanguínea; os hormônios sexuais também estão envolvidos nesse processo, ajudando na atividade osteoblástica e promovendo o crescimento de novo tecido ósseo. Com o envelhecimento, o sistema esquelético sofre a perda de cálcio. Ela começa geralmente aos 40 anos nas mulheres e continua até que 30% do cálcio nos ossos seja perdido, por volta dos 70 anos. Nos homens, a perda não ocorre antes dos 60 anos. Essa condição é conhecida como osteoporose. Outro efeito do envelhecimento é a redução da síntese de proteínas, o que diminui a produção da parte orgânica da matriz óssea. Como conseqüência, há um acúmulo de parte inorgânica da matriz. Em alguns indivíduos idosos, esse processo causa uma fragilização dos ossos, que se tornam mais susceptíveis a fraturas. O uso de aparelhos ortodônticos é um exemplo de remodelação dos ossos, neste caso, resultando na remodelação da arcada dentária. Os aparelhos exercem forças diferentes daquelas a que os dentes estão naturalmente submetidos. Nos pontos em que há pressão ocorre reabsorção óssea, enquanto no lado oposta há deposição de matriz. Assim, os dentes movem-se pelos ossos da arcada dentária e passam a ocupar a posição desejada. Os objetivos do exame são: avaliar o grau de osteoporose, indicar a probabilidade de fratura, possibilitar a obtenção da curva de perda óssea através do tempo (quando a avaliação é feita periodicamente), e auxiliar no tratamento médico. Um método de diagnóstico por imagem que mede a densidade, ou seja, a "consistência", do osso, permitindo avaliar dessa forma o risco de fraturas do mesmo. Prevenção da Osteoporose Diagnóstico da Osteoporose Como fornecer vitamina D ao organismo deficiente Distúrbios Antecedente genético Riscos ambientais Doenças crônicas Uso crônico de drogas Osteogram
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