23 - Crimes contra a fé pública (1)

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SUMÁRIO 
DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA ......................................................................................... 2 
falsidade ideológica (art. 299) .......................................................................................................... 2 
causa de aumento de pena ............................................................................................................. 2 
falsidade de atestado médico (art. 302) ............................................................................................ 2 
tipo legal ....................................................................................................................................... 2 
características ................................................................................................................................ 2 
aplicação de multa (art. 302, parágrafo único) ............................................................................. 3 
uso de documento falso (art. 304) .................................................................................................... 3 
tipo penal ...................................................................................................................................... 3 
características ................................................................................................................................ 3 
competência .................................................................................................................................. 5 
revista pessoal: documento falso .................................................................................................. 5 
falsa identidade (art. 307) ................................................................................................................. 5 
tipo penal ...................................................................................................................................... 5 
características ................................................................................................................................ 6 
falsa identidade x autodefesa ........................................................................................................ 6 
USO DE DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL DE TERCEIRO (ART. 308) ................. 7 
TIPO PENAL ................................................................................................................................ 7 
características ................................................................................................................................ 7 
ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO AUTOMOTOR (ART. 311) .. 8 
TIPO LEGAL ............................................................................................................................... 8 
CARACTERÍSTICAS .................................................................................................................. 8 
causa de aumento de pena (art. 311, §1º) ..................................................................................... 9 
forma equiparada .......................................................................................................................... 9 
fraude em certames de interesse público (art. 311-A) ...................................................................... 9 
tipo penal ...................................................................................................................................... 9 
características .............................................................................................................................. 10 
forma equiparada ........................................................................................................................ 10 
forma qualificada ........................................................................................................................ 10 
causa de aumento de pena ........................................................................................................... 11 
 
 
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MUDE SUA VIDA! 
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DOS CRIMES CONTRA A FÉ PÚBLICA 
 
FALSIDADE IDEOLÓGICA (ART. 299) 
 
CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
	
O	art.	299,	parágrafo	único,	do	Código	Penal,	apresenta	a	causa	de	aumento	de	pena	para	
o	crime	de	falsidade	ideológica:	
	
Art.	 299,	 Parágrafo	 único	 -	 Se	 o	 agente	 é	 funcionário	 público,	 e	
comete	 o	 crime	 prevalecendo-se	 do	 cargo,	 ou	 se	 a	 falsificação	 ou	
alteração	é	de	assentamento	de	registro	civil,	aumenta-se	a	pena	de	
sexta	parte.	
	
Em	suma:	
	
	
 
FALSIDADE DE ATESTADO MÉDICO (ART. 302) 
 
TIPO LEGAL 
	
O	crime	de	falsidade	de	atestado	médico	está	previsto	no	art.	302	do	Código	Penal	nos	
seguintes	termos:	
	
Art.	302	-	Dar	o	médico,	no	exercício	da	sua	profissão,	atestado	falso:	
Pena	-	detenção,	de	um	mês	a	um	ano.	
	
CARACTERÍSTICAS 
AUMENTO DE 
PENA (1/6)
Funcionário 
público
Assentamento 
de registro 
civil
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Trata-se	 de	 um	 tipo	 especial	 de	 falsidade	 ideológica	 que	 é	 praticado	 pelo	 médico,	
portanto,	é	um	crime	próprio.	
	
DÚVIDA: Se o atestado for emitido por um dentista, médico veterinário ou 
outro profissional da saúde, haverá tipificação do crime do art. 302 do Código Penal? 
	
A	resposta	é	NÃO.	
	
Diante	 do	 princípio	 da	 taxatividade,	 o	 art.	 302	 do	 Código	 Penal	 incide	 apenas	 para	 o	
médico.	
	
Dessa	forma,	os	demais	profissionais	da	área	de	saúde	respondem,	por	exemplo,	pelo	tipo	
penal	do	art.	299	do	Código	Penal	(falsidade	ideológica)	ou	pelo	art.	301		do	Código	Penal.	
	
APLICAÇÃO DE MULTA (ART. 302, PARÁGRAFO ÚNICO) 
	
O	art.	302,	parágrafo	único,	do	Código	Penal	prevê	a	possibilidade	de	cumulação	da	pena	
de	multa	quando	o	agente	pratica	o	crime	com	o	objetivo	de	lucro.	
	
Art.	302,	Parágrafo	único	-	Se	o	crime	é	cometido	com	o	fim	de	lucro,	
aplica-se	também	multa.	
	
USO DE DOCUMENTO FALSO (ART. 304) 
 
TIPO PENAL 
	
O	crime	de	uso	de	documento	falso	está	previsto	no	art.	304	do	Código	Penal	nos	seguintes	
termos:	
	
Art.	304	-	Fazer	uso	de	qualquer	dos	papéis	falsificados	ou	alterados,	
a	que	se	referem	os	arts.	297	a	302:	
Pena	-	a	cominada	à	falsificação	ou	à	alteração.	
	
CARACTERÍSTICAS 
	
Trata-se	de	tipo	penal	que	reprime	a	conduta	do	agente	que	utiliza	o	documento	público	
ou	particular	falso.	
	
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O	crime	de	uso	de	documento	falso	se	consuma	com	a	simples	utilização	de	documento	
comprovadamente	falso,	dada	a	sua	natureza	de	crime	formal1.	
	
É	 interessante	observar	que	o	uso	de	documento	 falso	 é	norma	penal	em	branco	às	
avessas,	ou	seja,	exige	complementação	no	preceito	secundário.	
	
Dessa	forma,	a	pena	correspondente	vai	depender	da	natureza	do	documento	falsificado.	
	
Por	exemplo:	
	
	
	
	
DÚVIDA: É necessária a prova pericial para condenação por uso de documento 
falso? 
	
A	resposta	é	NÃO.	
	
Segundo	o	STJ	(Info	553),	é	possível	a	condenação	pelo	crime	de	uso	de	documento	falso	
com	outros	elementos	de	prova	que	não	seja	a	perícia.	
	
Dessa	forma,	os	documentos	e	os	depoimentos	constantes	nos	autos	são	idôneos	para	a	
comprovação	da	materialidade	do	crime.	
	
CUIDADO: O art. 304 do Código Penal não se configura caso o agente tenha 
sido o responsável pela falsificação do documento utilizado. 
 
Nesse sentido, o agente responderá pelo falso, sendo a utilização do documento 
mero exaurimento do crime. 
 
SITUAÇÃO HIPOTÉTICA: “A” falsificou uma carteira de estudante e utilizou o 
documento para pagar “meia-entrada”. 
 
Nesse caso, “A” responderá pelo crime do art. 298 do Código Penal (falsificação 
de documento particular). 
	
 
1 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Desnecessidade de prova pericial para condenação por uso de 
documento falso (art. 304). Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/80a8155eb153025ea1d513d0b2c4b675>.Acesso 
em: 02/06/2020 
USO DE 
DOCUMENTO 
PÚBLICO FALSO
Pena: 02 a 06 
anos de 
reclusão 
USO DE 
DOCUMENTO 
PRIVADO FALSO
Pena: 01 a 05 
anos de 
reclusão 
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COMPETÊNCIA 
	
MUITO IMPORTANTE 
	
Em	 relação	 à	 competência	 do	 crime	 de	 uso	 de	 documento	 falso,	 há	 o	 entendimento	
sumulado	do	STJ:	
	
Súmula	 546-STJ:	 A	 competência	 para	 processar	 e	 julgar	 o	 crime	
de	uso	de	documento	falso	é	firmada	em	razão	da	entidade	ou	órgão	
ao	 qual	 foi	 apresentado	 o	 documento	 público,	 não	 importando	 a	
qualificação	do	órgão	expedidor.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	 “A”	 apresenta	 uma	 CNH	 falsa	 para	 uma	 equipe	 de	 policiais	
rodoviários	federais.	
	
Nesse	caso,	a	competência	será	da	Justiça	Federal,	em	razão	do	agente	público	a	quem	
foi	apresentado	o	documento	falso.	
	
REVISTA PESSOAL: DOCUMENTO FALSO 
	
MUITO IMPORTANTE 
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	Durante	uma	blitz	da	PRF,	um	condutor	apresenta	seu	RG,	após	
ser	solicitada	a	apresentação	de	sua	CNH.	Diante	disso,	o	policial	rodoviário	realiza	uma	revista	
pessoal	no	condutor	e	encontra	uma	CNH	falsa	em	sua	carteira.	
	
DÚVIDA: Na situação acima descrita, o condutor responde pelo crime do art. 
304 do Código Penal? 
	
A	resposta	é	NÃO.	
	
Não	obstante	a	existência	de	jurisprudência	antiga	em	sentido	contrário,	hoje,	entende-se	
que	o	encontro	casual	do	documento	falso	em	poder	de	alguém	(como	ocorre	por	ocasião	de	
uma	revista	policial)	não	é	suficiente	para	configurar	o	tipo	penal,	pois	o	núcleo	é	claro:	“fazer	
uso”2.	
 
FALSA IDENTIDADE (ART. 307) 
 
TIPO PENAL 
 
2 Nucci, Guilherme de Souza. Código Penal comentado - 15. ed. rev., atual. e ampl. - Rio de Janeiro: Forense, 2015 
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O	crime	de	falsidade	identidade	está	previsto	no	art.	307	do	Código	Penal	nos	seguintes	
termos:	
	
Art.	 307	 -	 Atribuir-se	 ou	 atribuir	 a	 terceiro	 falsa	 identidade	 para	
obter	vantagem,	em	proveito	próprio	ou	alheio,	ou	para	causar	dano	
a	outrem:	
Pena	 -	 detenção,	 de	 três	meses	 a	 um	ano,	 ou	multa,	 se	 o	 fato	 não	
constitui	elemento	de	crime	mais	grave.	
	
CARACTERÍSTICAS 
	
Inicialmente,	é	importante	destacar	a	diferença	entre	a	falsa	identidade	(CP,	art.	307)	e	o	
uso	de	documento	falso	(CP,	art.	304).	
	
A	 falsa	 identidade	 não	envolve	a	 apresentação	de	documento	 falso,	 ou	 seja,	 o	 agente	
apenas	se	atribui	um	nome	falso.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	“A”,	ao	ser	preso	em	flagrante	pela	prática	de	um	crime,	informa	
aos	policiais	que	seu	nome	é	“B”.	
	
	
	
FALSA IDENTIDADE X AUTODEFESA 
	
MUITO IMPORTANTE 
	
O	Direito	Penal	assegura	ao	acusado	o	direito	de	não	produzir	prova	contra	si	mesmo	
(nemu	tenetur	se	detegere).	
	
Contudo,	 o	 STF	 entende	 que	 tal	 prerrogativa	 não	 alcança	 a	 conduta	 do	 agente	 que	 se	
atribui	falsa	identidade,	sendo,	portanto,	considerada	uma	conduta	típica.	
	
O	entendimento	acima	apresentado,	inclusive,	é	corroborado	pelo	STJ	na	seguinte	súmula:	
	
Súmula	522-STJ:	A	conduta	de	atribuir-se	 falsa	 identidade	perante	
autoridade	 policial	 é	 típica,	 ainda	 que	 em	 situação	 de	 alegada	
autodefesa.	
FALSA 
IDENTIDADE
Apenas atribui 
um nome falso
USO DE 
DOCUMENTO 
FALSO
Apresenta um 
documento de 
identidade falso
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USO DE DOCUMENTO DE IDENTIFICAÇÃO CIVIL DE TERCEIRO 
(ART. 308) 
 
TIPO PENAL 
	
O	crime	de	uso	de	documento	de	identificação	civil	de	terceiro	está	previsto	no	art.	308	
do	Código	Penal	nos	seguintes	termos:	
	
Art.	308	-	Usar,	como	próprio,	passaporte,	título	de	eleitor,	caderneta	
de	reservista	ou	qualquer	documento	de	identidade	alheia	ou	ceder	a	
outrem,	para	que	dele	se	utilize,	documento	dessa	natureza,	próprio	
ou	de	terceiro:	
Pena	-	detenção,	de	quatro	meses	a	dois	anos,	e	multa,	se	o	fato	não	
constitui	elemento	de	crime	mais	grave.	
	
CARACTERÍSTICAS 
	
Inicialmente,	é	importante	destacar	a	diferença	entre	o	uso	de	documento	de	identificação	
civil	de	terceiro	(CP,	art.	308)	e	o	uso	de	documento	falso	(CP,	art.	304).	
	
O	uso	de	documento	de	 identificação	 civil	 de	 terceiro	 não	 envolve	um	documento	
falso,	mas	de	terceiro.	
	
SITUAÇÃO	HIPOTÉTICA:	“A”,	portanto	o	RG	de	seu	irmão	“B”,	apresenta	tal	documento	
à	equipe	policial	quando	é	preso	em	flagrante.	
	
	
	
Por	outro	lado,	há	distinção	do	tipo	penal	do	art.	308	do	Código	Penal	com	o	crime	de	falsa	
identidade,	pois	neste	não	há	a	apresentação	de	qualquer	documento.	
	
USO DE DOCUMENTO 
DE IDENTIFICAÇÃO 
CIVIL DE TERCEIRO
Apresenta um 
documento de 
identidade de 
terceiro
USO DE DOCUMENTO 
FALSO
Apresenta um 
documento de 
identidade falso
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ADULTERAÇÃO DE SINAL IDENTIFICADOR DE VEÍCULO 
AUTOMOTOR (ART. 311) 
 
TIPO LEGAL 
	
O	crime	de	adulteração	de	sinal	identificador	de	veículo	automotor	está	previsto	no	art.	
311	do	Código	Penal	nos	seguintes	termos:	
	
Art.	311	-	Adulterar	ou	remarcar	número	de	chassi	ou	qualquer	sinal	
identificador	 de	 veículo	 automotor,	 de	 seu	 componente	 ou	
equipamento:	
Pena	-	reclusão,	de	três	a	seis	anos,	e	multa.	
	
CARACTERÍSTICAS 
	
DÚVIDA: Configura o crime do art. 311 do Código Penal a conduta do agente 
de colocar fita adesiva na placa do automóvel? 
	
A	resposta	é	SIM.	
	
Apesar	 de	 corrente	 doutrinária	 em	 sentido	 contrário,	 a	 jurisprudência	 dos	 Tribunais	
Superiores	tem	entendimento	no	sentido	de	se	tratar	de	fato	típico	a	conduta	do	agente	que	
coloca	fita	adesiva	para	alterar	letras	ou	números	da	placa	do	automóvel.	
	
DÚVIDA: Configura o crime do art. 311 do Código Penal a conduta do agente 
de adulterar a placa de veículo reboque ou semirreboque? 
	
MUITO IMPORTANTE 
	
A	resposta	é	NÃO.	
	
USO DE DOCUMENTO 
DE IDENTIFICAÇÃO 
CIVIL DE TERCEIRO
Apresenta um 
documento de 
identidade de 
terceiro
FALSA IDENTIDADE
Apenas atribui 
um nome falso
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O	art.	311	do	Código	Penal	menciona	o	termo	“veículo	automotor”,	que,	nos	termos	do	
CTB,	pode	ser	conceituado	como3:	
	
VEÍCULO	 AUTOMOTOR	 -	 todo	 veículo	 a	 motor	 de	 propulsão	 que	
circule	 por	 seus	 próprios	 meios,	 e	 que	 serve	 normalmente	 para	 o	
transporte	 viário	 de	 pessoas	 e	 coisas,	 ou	 para	 a	 tração	 viária	 de	
veículos	 utilizados	 para	 o	 transporte	 de	 pessoas	 e	 coisas.	 O	 termo	
compreende	os	veículos	conectados	a	uma	linha	elétrica	e	que	não	
circulam	sobre	trilhos	(ônibus	elétrico).	
	
Dessa	forma,	os	reboques	e	semirreboques	não	se	enquadram	na	definição	acima,	razão	
pela	qual	a	conduta	de	adulterar	sua	placa	é	considerada	atípica.	
	
CAUSA DE AUMENTO DE PENA (ART. 311, §1º) 
	
O	art.	311,	§1º,	do	Código	Penal,	apresenta	uma	causa	de	aumento	de	pena:	
	
Art.	311,	§	1º	 -	Se	o	agente	comete	o	crime	no	exercício	da	 função	
pública	ou	em	razão	dela,	a	pena	é	aumentada	de	um	terço.	
	
FORMA EQUIPARADA 
	
O	art.	311,	§2º,	do	Código	Penal,	apresenta	a	forma	equiparada:	
	
Art.	311,	§	2º	-	Incorre	nas	mesmas	penas	o	funcionário	público	que	
contribui	para	o	licenciamento	ou	registro	do	veículo	remarcado	ou	
adulterado,	 fornecendo	 indevidamente	 material	 ou	 informação	
oficial.	
 
FRAUDE EM CERTAMES DE INTERESSE PÚBLICO (ART. 311-A) 
 
TIPO PENAL 
	
O	crime	de	fraude	em	certames	de	interesse	público	está	previsto	no	art.	311-A	do	Código	
Penal	nos	seguintes	termos:	
	
Art.	 311-A.		 Utilizar	 ou	 divulgar,	 indevidamente,	 com	 o	 fim	 de	
beneficiar	a	si	ou	a	outrem,	ou	de	comprometer	a	credibilidade	do	
certame,	 conteúdo	 sigiloso	 de:			 (Incluído pela Lei 12.550. de 
2011)	
 
3 CAVALCANTE, Márcio André Lopes. Adulterar placa de veículo reboque ou semirreboque não configura o 
crime do art. 311 do CP. Buscador Dizer o Direito, Manaus. Disponível em: 
<https://www.buscadordizerodireito.com.br/jurisprudencia/detalhes/5e98d23afe19a774d1b2dcbefd5103eb>. Acesso 
em: 03/06/2020 
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I	-	concurso	público;(Incluído pela Lei 12.550. de 2011)	
II	 -	 avaliação	ou	 exame	públicos;			 (Incluído pela Lei 12.550. de 
2011)	
III	-	processo	seletivo	para	ingresso	no	ensino	superior;	ou			 (Incluído 
pela Lei 12.550. de 2011)	
IV	-	exame	ou	processo	seletivo	previstos	em	lei:			 (Incluído pela Lei 
12.550. de 2011)	
Pena	-	reclusão,	de	1	(um)	a	4	(quatro)	anos,	e	multa.			 (Incluído pela 
Lei 12.550. de 2011)	
	
CARACTERÍSTICAS 
	
O	tipo	penal	reprime	a	conduta	do	agente	que	atenta	contra	a	credibilidade	de	certames	
listados	nos	incisos	do	art.	311-A	do	Código	Penal.	
	
É	importante	ressaltar	que	a	conduta	era	considerada	atípica	antes	do	advento	da	Lei	nº	
11.550/11,	conforme	jurisprudência	pacífica	do	STF.	
	
(QUADRIX/2018 – CRM-PR – Advogado) Acerca dos crimes contra a fé 
pública e a Administração Pública, julgue o item. 
 
O bem jurídico tutelado no crime de fraudes em certames de interesse público 
não é a fé pública, mas sim a Administração Pública, em seus aspectos material e 
moral. 
 
A resposta é CORRETA. 
 
A questão é bastante polêmica, pois considerou a posição doutrinária defendida 
por Nucci, que afirma ser o art. 311-A do Código Penal um crime que atenta contra 
a administração pública, nos seus aspectos material e moral. 
 
Vale registrar que o crime de fraude em certames de interesse público consta 
no Capítulo V do Título X (Dos Crimes contra a Fé Pública). 
	
FORMA EQUIPARADA 
	
O	art.	311-A,	§1º,	do	Código	Penal,	apresenta	a	modalidade	equiparada:	
	
Art.	311-A,	§	1o	Nas	mesmas	penas	incorre	quem	permite	ou	facilita,	
por	 qualquer	 meio,	 o	 acesso	 de	 pessoas	 não	 autorizadas	 às	
informações	mencionadas	no caput.			 (Incluído pela Lei 12.550. de 
2011)	
	
FORMA QUALIFICADA 
	
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O	art.	311-A,	§2º,	do	Código	Penal,	apresenta	a	modalidade	qualificada:	
	
Art.	311-A,	§	2o		Se	da	ação	ou	omissão	resulta	dano	à	administração	
pública:				(Incluído	pela	Lei	12.550.	de	2011)	
Pena	-	reclusão,	de	2	(dois)	a	6	(seis)	anos,	e	multa	
	
Trata-se	 de	 modalidade	 qualificada	 pelo	 resultado,	 no	 caso,	 o	 dano	 à	 administração	
pública.	
	
CAUSA DE AUMENTO DE PENA 
	
Por	fim,	o	art.	311-A,	§3º,	do	Código	Penal,	apresenta	a	causa	de	aumento	de	pena:	
	
Art.	 311-A,	 §	 3o	Aumenta-se	 a	 pena	 de	 1/3	 (um	 terço)	 se	 o	 fato	 é	
cometido	por	funcionário	público.