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Aula 1 - sistemas logisticos de distribuição física

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Sistemas logísticos de distribuição física
Descrição
As interfaces do processo logístico mediante a contemplação de seus conceitos, sistemas de distribuições, análise integrada, evolução e tendências. Futuro da logística.
PROPÓSITO
Apresentar a distribuição física dos processos logísticos em suas modalidades pela análise dos conceitos relacionados à logística e às suas tendências, além dos sistemas de distribuição física, a partir de uma análise integrada da conexão dela com os elos das organizações, como, por exemplo, marketing, vendas, suprimentos, operações e gestão ambiental.
Preparação
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos um dicionário de logística para entender termos específicos da área. Você pode acessá-lo na página do Imam: para isso, basta digitar em seu campo de busca “dicionário de logística”.
OBJETIVOS
Módulo 1- Definir a evolução histórica da logística com conceitos e exemplificações de seus principais tipos e especificidades
Módulo 2- Descrever os sistemas de distribuição física mediante a categorização dos modelos inbound e outbound e a comparação dos diversos modais de transporte
Módulo 3- Justificar a análise integrada condicionada às operações logísticas relativas às ferramentas SCM e S&OP, além das demais tecnologias, em benefício da logística
Introdução
Neste tema, conheceremos os sistemas logísticos de distribuição física, identificando, nesse processo, as principais características de sua distribuição. Também reconheceremos a importância da realização de uma análise integrada. Estudaremos ainda os processos de coleta e distribuição utilizados, verificando em que medida eles são desafiados para atender às demandas por agilidade, custo e eficácia tão presentes atualmente.
Desde as definições estabelecidas pelas Forças Armadas até os dias de hoje, a logística é entendida como o processo designado para o provimento de recursos e informações necessários para a realização de todas as atividades de uma organização. Ela também é vista como o setor das organizações responsável por gerenciar planejamento, organização, controle e realização de outras tarefas associadas à armazenagem, ao transporte e à distribuição de bens e serviços.
Alguns historiadores defendem que a origem etimológica da palavra “logística” provém do antigo grego logos, que, em português, significa “razão”, “cálculo”, “pensar” e “analisar”. Isso só confirma a máxima de que, para se garantir a eficácia de sua operação, a integração dessas fases é imprescindível.
O processo logístico tem um papel cada vez mais relevante no contexto da busca por produtividade, qualidade, redução de custos e aumento da abrangência da prestação de serviços.
Cada dia torna-se mais comum a relação comercial entre organizações separadas por enormes distâncias. A logística, portanto, precisa de atualização, sofrendo melhorias constantes para atender ao desafio que se apresenta. Afinal, ele é provocado por questões, como, por exemplo, transformação digital, novas tecnologias e inovações, novo varejo, crescimento do E-Commerce, supply chain management e sales & operations planning.
MÓDULO 1 - Definir a evolução histórica da logística com conceitos e exemplificações de seus principais tipos e especificidades
Logística: conceitos, evolução e tipos
O que é a logística?
De acordo com o Council of Logistic Management (CLM), ela significa o processo da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo de bens, serviços e informações relacionadas do ponto de origem ao de consumo. Isso precisa ser feito de maneira eficiente, buscando satisfazer às necessidades do cliente.
A logística trata de todas as atividades de movimentação e armazenagem que facilitam o fluxo de produtos/serviços, desde o ponto de aquisição da matéria-prima até o ponto de consumo final, assim como dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento com o propósito de providenciar níveis adequados aos clientes a um custo razoável. (BALLOU; YOSHIZAKI, 1993, p. 18)
Observemos agora um conceito moderno e aceito atualmente: o de que ela pode ser definida como a arte de se administrar o fluxo de materiais, serviços e informações desde a fábrica inicial até o cliente final, fazendo isso com o menor tempo e custo possível.
Um exemplo desse tipo de situação pode ser percebido atualmente na integração mais efetiva das empresas. Em determinadas situações, é frequente que o lote de determinado produto seja entregue à transportadora após o prazo.
Entretanto, essa situação se dá mesmo que toda a documentação tenha sinalizado a data previamente combinada com o cliente. Dessa forma, tenta-se transferir a ineficiência de um dos participantes aos demais elos da cadeia.
Apresentaremos neste vídeo os principais conceitos das eras que compõem o processo logístico. 
Vídeo 1- https://player.vimeo.com/video/482697862
Elementos básicos da logística
Partindo de seus elementos básicos, podemos identificar que ela é contemplada pelo percurso entre os pontos de partida e destino, cujo início é demarcado pelo estudo e pelo planejamento do projeto ou do processo a ser implementado. Em sequência, após esse planejamento ser aprovado, inicia-se a fase de implementação e operação propriamente dita.
Em virtude da complexidade dos processos logísticos e de suas características dinâmicas, esses processos devem ser continuamente controlados e avaliados. O fluxo e a armazenagem são compostos por: 
Matéria-prima; Produtos em processo; Produtos acabados; Informações e até o valor monetário envolvido
Garantir que esse processo transcorra de forma eficiente, eficaz e econômica, satisfazendo ainda às necessidades dos clientes, torna-se o maior desafio.
Como as operações logísticas se caracterizam por deslocamentos de produtos através de espaços nem sempre curtos, os custos inerentes aos processos de transferência e de distribuição aumentaram rapidamente, fazendo com que as margens de comercialização crescessem. Isso torna os produtos mais caros na ponta, ou seja, para o cliente final.
Somado a isso, o incremento da concentração de pessoas nos centros urbanos e o aumento da frota de veículos propiciou a expansão territorial das cidades e os congestionamentos, fazendo com que a movimentação de caminhões no horário comercial se tornasse mais restrita.
A utilização intensa da opção de multimodalidade no transporte de mercadorias em geral potencializou novas alternativas de escoamento dos fluxos logísticos. O emprego combinado de caminhão, navio, trem e avião passou a ser explorado com o objetivo de se alcançar uma redução de custos, bem como o de otimizar o aproveitamento da capacidade ociosa dos diferentes modais.
Essa combinação de modais permite um atendimento às demandas de urgências requeridas por determinados consumidores, mesmo que isso signifique para eles um aumento dos custos.
Evolução histórica da logística
O primeiro registro sobre a logística é anterior à vida de Jesus Cristo. Historiador grego (e considerado um precursor dos historiadores), Heródoto, ao descrever a preparação de Ciro para invadir a Grécia no ano 547 a. C., a qualificou como parte das artes militares que objetiva propiciar às tropas os recursos necessários para sua so¬brevivência no campo de guerra.
Para contextualizar esse quadro, faziam parte dele as melhores condições de movimentação, abastecimento, alojamento e transporte. Já observávamos ali a consolidação dos pilares que compõem a logística.
Moura (1998) informa que o emprego do termo “logística” teve início no século XVII. No reinado de Luís XIV, o posto de marechal (general de lógis) era responsável pelo suprimento e pelo transporte de diversos itens necessários nas batalhas.
Vale observar que, em 120 anos de evolução, a logística passou por seis eras, o que demonstra, de forma clara, que as mudanças e as inovações estão sendo cada vez mais frequentes e impositivas nesse setor.
O pensamento logístico, se for analisado por eras, teve seu início no século XX, época em que a economia era predominantemente agrária. Como consequência, a aplicaçãoda logística limitava-se ao transporte e à distribuição física desse tipo de produção.
Na sequência – e com base nas fases subsequentes –, passou-se, em um primeiro momento, a entender o processo logístico dividido entre distribuição física e suprimentos. Em seguida, a evolução e os desmembramentos desse processo não pararam mais.
As organizações contavam com uma boa capacidade produtiva e já possuíam meios inovadores de produção de um lado; do outro, elas ficavam ociosas por não haver demanda suficiente capaz de absorver a produção daqueles bens. A guerra era o grande cliente: sem ela, não havia mais com quem comercializar.
Para as famílias, os produtos antes consumidos eram produzidos de forma artesanal e com pouca diferenciação. Dessa forma, a oferta deles aos consumidores comuns não chamava a atenção dos produtores, pois toda a atividade produtiva tinha interesse em suprir somente a demanda por víveres de guerra.
Ao longo dos demais módulos, apresentaremos os novos momentos da logística. No módulo 3, por sua vez, discutiremos as tendências futuras relacionadas a esse processo.
Eras do processo logístico:
Era I: O início - do campo ao mercado - economia agrária – de 1900 a 1940: Desde a reforma agrária realizada nas quatro primeiras décadas do século XX, estava caracterizada a chamada primeira era da logística conhecida como “do campo ao mercado”. No meio da década de 1940, com o fim da Segunda Guerra Mundial em 1945, o mundo necessitava de praticamente todos os tipos de bens e produtos para que, aos poucos, a vida normal pudesse ser retomada.
Era II: Especialização - ênfase no desempenho operacional - de 1940 a 1960: A fase denominada “especialização” se fez presente em uma época caracterizada pelos preparativos, nos Estados Unidos da América, para a Segunda Guerra Mundial. Nesse momento, o termo “logística empresarial” passou a ser adotado de forma mais sistematizada, englobando predominantemente o suprimento de armamentos, víveres e munições para atender às demandas das missões militares. A partir daí, logística passou a ser estendida, abrangendo ainda os segmentos de distribuição física e suprimentos. Após o término da Segunda Grande Guerra, percebeu-se que o avanço na área da logística foi significativo em resposta à necessidade do transporte tanto de pessoas quanto de materiais de um local para o outro. Até esse momento, podíamos dizer que a logística atuava de forma segmentada. A partir daí, contudo, estabeleceu-se um processo de integração dela em três níveis: rígida, flexível e estratégica. Com o passar do tempo, por meio desses níveis diferenciados de integração, foi possível identificar os vários elos da cadeia de suprimentos adquiridos. Na segunda metade da década de 1950, organizações de grande relevância internacional, como, por exemplo, Westinghouse Eletric Company, Bosch e GE, criaram o sistema MRP (sigla de material requirement planning ou planejamento de necessidades de materiais). Esse sistema ainda é amplamente utilizado nos dias de hoje por muitas organizações. Ainda nesse período, entre as décadas de 1950 a 1960, os meios de comunicação e os computadores passaram a figurar como ferramentas tecnológicas imprescindíveis para a estruturação da área administrativa, propiciando, desse modo, um enfoque mais sistêmico às organizações.
Era III: Integração interna - funções integradas - de 1960 a 1970: Na década de 1960, a Toyota apresenta ao mundo a filosofia empresarial conhecida como just in time. Ela se apoiava em ferramentas importantes, como, por exemplo, Kanban, Kaizen e Poka Yoke, apenas para citar algumas delas. Em meados da década de 1960, as organizações perceberam que planejar apenas as necessidades de materiais (MRP) não era suficiente para atender às demandas da época. Por conta disso, foi necessário introduzir este conceito complementar: MRP II (manufacturing resource planning ou planejamento dos recursos de produção). Método de gerenciamento total de uma organização para utilizar os recursos humanos e computacionais de forma mais produtiva, o MRP II permite que as operações das organizações passam a ter essas duas ferramentas: tanto o MRP quanto o próprio MRP II. Trabalhando de forma combinada e adequada, ambas passaram a dar uma resposta mais completa ao gerenciamento de manufatura.
Era IV: Foco no cliente - busca por eficiência - de 1970 a 1980: Historicamente, houve muitas crises na década de 1970, como a segunda crise do petróleo, que tornou o custo do transporte mais caro. Esse aumento de custo repercutiu em diversos segmentos de negócios, fazendo com que as prioridades fossem alteradas. Se até então as organizações priorizavam o atendimento e a necessidade de demanda, elas passaram a se deparar com outras questões, como, por exemplo, a manutenção e os suprimentos. Para atender a essa demanda, surgiram os profissionais especializados em gerenciamento de materiais. A associação dessa década ao conceito de foco no cliente fez com que a logística passasse a assumir uma forte preocupação com a qualidade dos serviços prestados, além da tradicional qualidade dos produtos.
Era V: supply chain - logística como diferenciação - de 1980 a 2000: A gestão da cadeia de logística ou suprimentos (supply chain management) contempla todas as partes relacionadas, seja direta ou indiretamente, na execução do pedido de um cliente. Ela não inclui somente o fornecedor ou o fabricante, mas também as transportadoras, os armazéns, os varejistas e os consumidores finais. Esse tópico, aliás, será mais bem detalhado no módulo 3 quando falarmos sobre a análise integrada.
Era VI: Logística 4.0 - Quarta Revolução Industrial: A Quarta Revolução Industrial ou Indústria 4.0 precede o termo “logística 4.0”. Ele, na verdade, relaciona-se de forma direta com o processo de automação das indústrias, estando baseado em tecnologia de ponta, como, por exemplo, inteligência artificial (IA), Big Data e internet das coisas ou internet of things (IoT). Obs: Logística 4.0 - Expressão que engloba algumas tecnologias para a automação e a troca de dados, utilizando conceitos de sistemas ciberfísicos, internet das coisas e computação em nuvem. A Indústria 4.0, em suma, facilita a visão e a execução de "fábricas inteligentes". Com suas estruturas modulares, os sistemas ciberfísicos monitoram os processos físicos, criam uma cópia virtual do mundo físico e tomam decisões descentralizadas. Graças à internet das coisas, os sistemas ciberfísicos comunicam e cooperam entre si e com os humanos em tempo real. Por fim, por intermédio da computação em nuvem, os dois serviços internos e intraorganizacionais são oferecidos e utilizados pelos participantes da cadeia de valor.
Tipos e exemplificações
Três exemplos da logística baseada em tecnologias devem ser destacados: a virtualização de material na nuvem, o GPS (global positioning system ou sistema de posicionamento global), uma tecnologia de localização por satélite, e os identificadores de radiofrequência RFID (radio frequency identifiction).
Esses sistemas (GPS, RFID e os demais) permitem:
Resposta 1: Maior agilidade e acurácia para resolver problemas por meio do trajeto definido no planejamento de rotas ou com a situação dos veículos
Resposta 2: Prevenção e combate ao roubo de cargas, já que as transportadoras passam a ter a capacidade de transmitir essas informações em tempo real sobre cada etapa da entrega, permitindo a utilização de horários e rotas mais seguros e a redução de custos logísticos.
Existem ainda softwares específicos para o segmento que possibilitam a identificação de menores percursos, permitindo a coleta de informações sobre tarifas de pedágios e de dados relevantes sobre as rodovias. Além disso, eles preservam a utilização dos ativos das empresas, mantendo a força importante de trabalho (motoristas) apta a dirigir, e ajudam na manutenção das rodovias, estabelecendo ainda uma estimativa sobre o consumo de combustível e as distâncias percorridas em cada estado.
A IA é uma área da ciência da computação que permite aos dispositivos simularem acapacidade humana de raciocinar, perceber, tomar decisões e resolver problemas. Mesmo não sendo tão nova, ela vem se desenvolvendo com uma forte utilização da informática e da computação.
Qual é a função da IA? A IA auxilia o gestor para que ele possa ter uma compreensão melhor dos padrões de desempenho e consiga tomar decisões acertadas com base em informações mais acuradas, buscando sempre atender aos limites de tolerância aceitáveis dos processos. Isso é possível graças à instrução para que um sistema computacional possa, de forma precisa, discernir padrões de desempenho e compará-los com respostas corretas e apropriadas.
Que tal conhecermos agora um caso que trata dessas questões?
Um gerente de logística identifica o decréscimo de giro de estoques ao longo de períodos recentes, colocando-o fora dos limites de tolerância considerados aceitáveis. A partir daí, ele procura, por meio de perguntas, saber quais são os fatores que podem ter causado o crescimento dos níveis de estoques. Essas perguntas podem ser feitas pelos computadores.
Listaremos a seguir exemplos de possíveis perguntas: Será que ocorreu uma queda repentina ou sazonal das vendas? Houve aumentos nas quantidades de compras ou de produção em comparação aos períodos anteriores? A imprecisão de forecast (previsão de vendas) aumentou significativamente nos últimos períodos? As remessas internas atualmente estão em níveis maiores que os anteriormente praticados? Os prazos de entrega de fornecedores aumentaram ou variaram demais? Houve maiores atrasos nas remessas externas se elas forem comparadas às de períodos anteriores?
Em função de todas as variáveis possíveis relativas às respostas para essas questões, a utilização da IA, por meio de vários modelos computadorizados associados a um banco de dados precisos, fará com que suas respostas sejam assertivas e propiciem tomadas de decisões acertadas por parte do gerente de logística. Dessa maneira, ele poderá gerenciar melhor o decréscimo de giro de estoques.
Verificando o aprendizado
Parte superior do formulário
1. O pensamento logístico pode ser dividido por eras desde o início do século XX. Assinale a alternativa que indica uma das eras da evolução da logística, correlacionando o tema e a época que a marcou.
Era I: do campo ao mercado - economia agrária: de 2000 aos dias de hoje de 1900 a 1940.
Era VI: Logística 4.0 - 4.ª Revolução Industrial: de 1900 a 1940.
Era IV: Foco no cliente - busca por eficiência de 1970 a 1980.
Era III: Integração interna - ênfase nos desempenhos operacionais funções integradas: de 1960 a 1970.
Era II: Especialização - funções integradas: de 1940 a 1960.
Parte inferior do formulário
Parte superior do formulário
2. Reconhecer os elementos básicos da logística é fundamental para haver um entendimento adequado do processo e o estabelecimento da forma adequada de se contextualizar o processo logístico como um todo. Identifique a opção que apresenta o texto correto e que melhor descreve essa sequência.
O início do processo logístico se dá pelo estudo e pelo planejamento do projeto ou do produto a ser implementado. Após a aprovação desse planejamento, há as fases de implementação e operação. Para a garantia desses processos complexos e dinâmicos, são imprescindíveis as ações de controle e avaliação a fim de que os materiais possam sair do ponto de origem e chegar ao de destino de forma econômica, eficiente e efetiva, atendendo, assim, às expectativas dos clientes. 
Para se ter um bom processo logístico, basta haver recursos e inovações tecnológicas como as do sistema WMS, IoT, IA e a de modelos como Supply Chain e S&OP. Não são necessárias ações consistentes de controle e avaliação, tampouco a avaliação do nível de expectativas dos clientes a serem atendidos.
O início do processo logístico se dá pelo estudo e pelo planejamento do projeto ou do produto a ser implementado. Em função de os processos serem complexos e dinâmicos, em alguns momentos não é possível garantir um controle durante as fases de planejamento, implementação e operação. Nem sempre é possível que os materiais saiam do ponto de origem e cheguem ao de destino de forma econômica, eficiente e efetiva, atendendo, assim, às expectativas dos clientes. 
Para se ter um bom processo logístico, basta haver condições de infraestrutura (armazéns e equipamentos de movimentação de materiais, como, por exemplo, empilhadeiras e paleteiras) e uma equipe de profissionais dedicada e assídua, com indicadores de absenteísmos e rotatividade baixos. Não são necessárias ações consistentes de controle e avaliação do nível de expectativas dos clientes a serem atendidos.
O início do processo logístico se dá pela pesquisa de satisfação de clientes. Em sequência, deve-se escolher o melhor modal de transporte a ser utilizado. É necessário sempre respeitar os custos previstos para a realização da operação logística. Ações de controle e avaliação somente são pertinentes caso sejam evidenciadas avarias durante o trajeto dos materiais do ponto de origem até o de destino.
Parte inferior do formulário
MÓDULO 2- Descrever os sistemas de distribuição física mediante a categorização dos modelos inbound e outbound e a comparação dos diversos modais de transporte
Sistemas de distribuição física – contextualização 
Garantir que uma cadeia logística opere de forma eficaz é um dos desafios enfrentados pelas organizações.
Para atender a essas demandas por entregas rápidas e confiáveis a custos atrativos, além de assegurar a qualidade dos serviços prestados e a satisfação dos clientes, é necessário gerenciar os processos de recebimento (entrada) e expedição (saída) de materiais de forma eficaz, servindo-se, para isso, das melhores práticas disponíveis.
Os olhares dos profissionais de logística, de marketing e de vendas são distintos quando eles analisam a distribuição de produtos. Para os de logística, a distribuição física deles é um processo operacional e de controle necessário para realizar a transferência dos materiais desde o ponto onde eles são manufaturados até aquele em que os produtos devem ser entregues ao consumidor.
X
Ao enxergarem a cadeia de suprimentos, os profissionais da área comercial (marketing e vendas) estarão mais voltados para as questões de comercialização e propriedade dos produtos. As atividades logísticas – divididas entre os depósitos da fábrica, o centro de distribuição e o varejista – relacionadas à distribuição física podem ser diretamente associadas aos canais de distribuição, envolvendo o fabricante, o distribuidor e o varejista até a entrega ao consumidor final.
Entender a operação logística de forma sistêmica passa pela definição precisa dos canais de distribuição e dos serviços associados a eles. Soluções teóricas e não simuladas podem mostrar-se custosas quando aplicadas na prática. Vale ressaltar que não configura uma decisão acertada alterar frequentemente os canais de distribuição escolhidos, já que eles são compostos por empresas, agentes e acordos comerciais que tendem a ser fixos e duradouros.
A rede logística e o sistema de distribuição física decorrentes podem ser estabelecidos a partir da definição dos canais de distribuição e das rotas às quais os materiais estarão submetidos. Entende-se por rede logística o conjunto formado por: Warehouses (armazéns); CD (centros de distribuição); Estoque de mercadorias; Modais de transportes e Serviços complementares
Warehouse
Eles primeiramente devem ser vistos como uma etapa importante para a armazenagem de produtos, pois, a partir daí, pode-se estabelecer a estratégia comercial da empresa, reconhecendo e monitorando aspectos como o da sazonalidade. Também está contemplado no warehouse a estratégia de atendimento à demanda, incluindo, entre outros pontos, o picking (separação e preparação de pedidos) e a velocidade de atendimento. 
Você já ouviu falar do sistema WMS? O WMS (warehouse management system ou sistema de gerenciamento de armazém) é um software que automatiza e contribui com as operações rotineiras e diárias realizadas nos armazéns das organizações.Ele constitui parte importante da cadeia de suprimentos (supply chain), fornecendo, entre outras coisas, a rotação dirigida de estoques, o endereçamento e a localização das mercadorias, o aumento da acuracidade do estoque, as diretivas inteligentes de picking e a consolidação de carga automática cross-docking para maximizar a utilização do valioso espaço dos armazéns. Outra finalidade do WMS é a de coordenar e otimizar a disposição de put-away ou colocação no armazém. Ele o faz baseado nas informações obtidas em tempo real sobre a situação de uso e ocupação das prateleiras.
Assim, graças à chegada do pedido do cliente automaticamente sincronizado com o WMS, o sistema pode indicar o melhor local para se buscar a mercadoria, seguindo, para tal, as regras de FIFO (first in first out ou primeiro que chega, primeiro que sai) e os parâmetros de localização ótima.
O gerenciamento das mercadorias pode ser realizado por intermédio de sistemas de montagem de paletes ou cargas (dependendo do modal de transportes, carrocerias de caminhões ou vagões) a partir de outros que otimizem os espaços, levando em conta o fluxo de saída das mercadorias e o empilhamento suportado pelas diversas embalagens.
O objetivo é garantir o equilíbrio dos pesos entre os eixos, possibilitando o aumento da velocidade média e, como consequência, a redução da possibilidade de acidentes por tombamento (excesso de peso em apenas um lado do veículo).
Objetivos e funções dos canais de distribuição
Embora isso possa variar entre as empresas por contas de suas formas de atuar e competir no mercado, além da estrutura de suas cadeias de suprimentos, alguns dos objetivos e das funções dos canais de distribuição mais comuns são:
1- Estimular as ações coordenadas entre os participantes da cadeia de suprimentos na distribuição
2- Maximizar o potencial de vendas dos produtos
3- Assegurar disponibilidade do produto nos segmentos do mercado prioritários
4- Honrar o nível de serviço estabelecido pelos parceiros da cadeia de suprimentos
5- Propiciar o fluxo de informações ágil entre os participantes
6- Priorizar a redução de custos por meio de atuação integrada, analisando toda a cadeia de valor
Evolução das formas de distribuição
Estas perguntas podem nos ajudar a fazer uma reflexão necessária: Pergunta 1: são os motivos da existência de intermediários no processo de comercialização de produtos? Pergunta 2: Já que fornecem uma diversidade grande de produtos, por que os varejistas não os fabricam?
Uma das formas de responder a estas questões é o fato de ser bastante custoso montar e manter uma fábrica para uma vasta variedade de produtos. Além dos recursos financeiros, essa decisão faz com a que a organização tenha de atuar em um segmento em que ela não tem competência e experiência. 
Uma alternativa mais barata seria a fabricação de suas marcas por empresas terceiras. Gerenciar bem esse processo de terceirização, aplicando critérios claros e rígidos de qualidade e desempenho, é, sem dúvida, um fator crítico de sucesso para esse tipo de operação.
A opção contrária (a manufatura assumir o processo do canal de distribuição, incluindo as operações do varejo) também não mostra ser viável economicamente. Para alcançar esse equilíbrio financeiro, seria necessário que a empresa manufatureira passasse a comercializar produtos oriundos de sua concorrência com o propósito de atingir o volume de vendas requerido.
Imagine o que pode representar uma fábrica de eletrodomésticos comercializando itens de diversas marcas – algumas delas, inclusive, de seus concorrentes!
Levando em conta a cadeia de valor, fazer uso de intermediários em sua cadeia de suprimentos para a colocação de produtos no mercado possibilita que as organizações manufatureiras possam concentrar-se em suas áreas de especialização, maximizando investimentos em seu ramo principal de atividades.
Nas últimas décadas, motivados por diversas questões econômicas e tecnológicas e pela busca da competitividade, as organizações têm alterado bastante seus canais de distribuição, aliando a atenção requerida pelo consumidor final, o uso da tecnologia da informação, uma maior diversificação da demanda e uma distribuição física mais rápida e confiável.
1- Deve-se avaliar a possibilidade de se fazer uso dos canais de distribuição a fim de estabelecer barreiras à entrada de concorrentes?
2- Em que medida alguns desses canais favorecem uma maior reciprocidade com os consumidores em comparação a outras formas de distribuição?
3- Em qual intensidade esses canais minimizam as incertezas de demanda no processo de suprimentos da organização?
Listaremos a seguir algumas situações indesejáveis no processo de distribuição dos produtos quando da formação de canais típicos de comercialização:
1- Abastecimento direto do fabricante às lojas de varejo.
2- Abastecimento do fabricante aos CD do varejista, que é o responsável por abastecer as lojas.
3- Os produtos são distribuídos pelo fabricante para os CD de um operador logístico, que se encarrega de abastecer as de varejo.
4- Abastecimento do fabricante aos depósitos do distribuidor ou do atacadista, que deve abastecê-las
5- Cabe ao fabricante encarregar-se da entrega direta do produto no ponto final da residência do consumidor, utilizando para tanto as opções de correio ou um serviço do tipo courier (vendas por internet, telefone, encartes ou catálogos etc.).
6- Cabe ao fabricante encarregar-se de abastecer seus depósitos ou CD, abastecendo, a partir desses pontos, as lojas de varejo.
Classificação das atividades logísticas
Usualmente, pode-se assumir que os operadores logísticos se ocupam do conjunto de atividades relacionadas a um destes dois grupos: logística de entrada ou de suprimento (inbound logistics) e logística de saída ou de distribuição (outbound logistics).
Observamos que a mesma atividade logística pode ser encontrada em diversas fases da cadeia, como ocorre, por exemplo, nas de transporte e armazenagem. Dessa forma, é usual que alguns dos operadores logísticos especializem-se em determinadas atividades encontradas em vários pontos da cadeia de suprimentos.
Apresentaremos a seguir os sistemas de distribuição física adotados, respeitando, nesse processo, as suas particularidades.
Inbound
Processo diretamente relacionado às operações pré-produtivas, o inbound ocorre desde a disponibilização da matéria-prima até a chegada dos produtos da indústria. Ele contempla ações relacionadas a transporte, armazenamento e entrega de materiais e serviços até seu recebimento por parte da empresa. 
Sendo assim, o inbound envolve, em sua totalidade, o processo inicial da manufatura de um produto. Entre as principais atividades relacionadas a ele, destacam-se as seguintes:
1- Processamento dos dados do setor de suprimentos e do fluxo dos materiais.
2- Pesquisa e gestão de fornecedores, incluindo a negociação com eles e o estabelecimento sobre procedimentos de entrega.
3- Movimentação, embalagem, estocagem, recebimento e verificação das mercadorias recebidas
4- Auditoria do processo com base em critérios de qualidade e desempenho estabelecidos.
Por meio do aprimoramento de seus procedimentos internos, a logística inbound consegue prever cenários, possibilitando a emissão de pedidos de compra aos fornecedores de forma mais acurada e otimizando o uso do depósito. Dessa forma, propicia-se a rotatividade de materiais, enquanto possíveis erros e atrasos são minimizados, o que garante as entregas nos prazos pactuados e gera ainda outros benefícios capazes de assegurar a satisfação do cliente.
Nem sempre os consumidores ficarão satisfeitos com a qualidade da entrega que a organização realiza. Problemas como o atraso dela e a avaria nas cargas são ocorrências possíveis – e a gestão do negócio precisa saber lidar com isso. Em determinados momentos, é necessário recolher produtos, realizando-se trocas ou devoluções.
Também existem oportunidades de melhoria nesse processo de logística reversa. Isso ocorre quando os produtos ou as mercadorias retornam para dentro da companhia. Uma das atribuiçõesdos profissionais envolvidos é a de auxiliar no recebimento dos itens a serem trocados, realizar triagem, mensurar os danos e reaproveitar, sempre que possível, as embalagens.
Eles adicionalmente realizam a seleção, o acondicionamento e a embalagem de novos produtos a serem enviados, trazendo celeridade e assertividade ao processo.
Outbound
Já no processo chamado de outbound (saída), o ponto de partida é a empresa e o destino, o endereço do consumidor. Ele contempla, portanto, os estágios externos de distribuição. Seu foco é direcionado às demandas do consumidor, do varejo e dos distribuidores e à forma como é realizada a circulação dos produtos após o término da produção.
Como podemos constatar, a etapa outbound realiza a conexão entre a empresa e seus clientes. Em função disso, ela deve ter o máximo de eficácia para que suas remessas sejam rápidas, confiáveis e atendam às expectativas dos consumidores, cabendo ao gestor logístico compreender as reais necessidades desses processos e adotar métodos e estratégias apropriados.
Em síntese, a logística outbound envolve:
1- Planejamento de rotas otimizadas (roteiros)
2- Movimentação de cargas.
3- Embalagem.
4- Endereçamento
5- Emissão de documentos e notas fiscais.
6- Entregas de cargas fracionadas ou completas.
7- Contratação de parceiros de transporte
8- Prazos e condições de entrega.
9- Custos envolvidos.
10- Rastreamento de cargas.
11- Legislação aplicada a transporte e produto.
12- Logística reversa (trocas, devoluções e recolhimento de produtos/resíduos).
Reunir essas informações permite um entendimento exato sobre: o tipo de caminhão no qual seus produtos precisam ser transportados; a necessidade de mais modais (navios, por exemplo); quão perigosa é uma carga perigosa e se ela deve atender a uma legislação específica; e, por fim, as melhores rotas para que o material possa chegar ao destino com segurança. Ter em mãos esses dados também possibilita a contratação de uma transportadora com mais facilidade ou até mesmo a de caminhoneiros autônomos.
Transporte - parâmetro para a escolha dos modais de distribuição
Considerado um dos processos relevantes do serviço logístico, o transporte geralmente é tido como o mais oneroso deles. Sua função é assegurar o fluxo de produtos entre a origem e o destino da cadeia de supri¬mentos – e vice-versa. A escolha do modal de transporte – e, muitas vezes, a combinação entre alguns (rodoviário, hidroviário, aéreo, ferroviário e dutoviário) dos que serão utilizados – é uma questão importante.
Ainda restam outras questões, como, por exemplo, a escolha das melhores rotas, a adequação às legislações específicas relacionadas tanto ao transporte como aos produtos (produtos químicos perigosos e perecíveis etc.) nas várias esferas (municipal, estadual, federal e internacional) e o monitoramento dos fretes. 
Destacaremos a seguir alguns fatores que devem ser levados em consideração para que haja, tendo em vista a melhor eficácia para a operação, uma escolha precisa dos modais de transporte: 
Custo: Diz respeito aos gastos decorrentes do transporte e das despesas de estoque na movimentação entre duas localidades, constituindo fatores primordiais o planejamento e as decisões por parte dos gestores logísticos que buscam uma mini¬mização do custo total. Das variáveis a serem analisadas atentamente, destacam-se a distância percorrida, o peso, a densidade, a facilidade de armazenagem, o manuseio, os riscos e o mercado.
Velocidade: Contempla o tempo para a realização da operação de movimentação: quanto mais rápida for a opção escolhida, mais oneroso será o valor do transporte.
Consistência: Ela está relacionada às oscilações no tempo durante as operações de movimentação, podendo afetar significativamente o fluxo da cadeia de suprimentos.
Flexibilidade: Trata-se da capacidade de adaptação e adequação às necessidades solicitadas pelo cliente em relação aos veículos escolhidos ou aos serviços de transporte como um todo.
Modais de distribuição
Rodoviário
Modal mais utilizado no Brasil, ele é parte crucial do sistema logístico das organizações, disponibilizando um serviço rápido e confiável com poucas ocorrências de perdas ou avarias durante sua movimentação. Uma de suas vantagens é a flexibilidade de poder realizar o serviço “porta a porta”.Entretanto, seus custos aumentam quando são comparados aos de outros modais, já que existe a necessidade de um motorista e um veículo dotado de motor, além de pessoal para realizar as operações de carregamento e descarregamento. Ainda há particularidades conhecidas, como, por exemplo, o carregamento total e parcial (envolvendo o transporte de carga acima de uma quantidade de toneladas) e as distâncias maiores (com ou sem flexibilidade de paradas) entre a origem e o destino.
Hidroviário
Com relação a custos fixos, este tipo de modal localiza-se entre o transporte rodoviário e o ferroviário. Já em relação aos custos variáveis, ele apresenta-se como uma opção de menor custo. Suas desvantagens incluem uma eficiência reduzida, assim como a quantidade e a distância dos portos, além das associações requeridas com outros modais de transporte (rodoviário ou ferroviário, por exemplo). Em contrapartida, sendo um tipo de transporte lento, ele possibilita o chamado armazenamento em trânsito, beneficiando, assim, o sistema logístico.
Ferroviário
Seguramente, trata-se do modal de transporte mais adequado para longas distâncias e vultuosas quantidades. Ele também apresenta custos menores de frete e de seguros, assim como uma maior capacidade de transporte, contando ainda com a ausência de congestionamentos. Por outro lado, o transporte rodoviário não é tão rápido. Tampouco o Brasil possui grandes extensões de malhas ferroviárias que permitam uma abrangência e um alcance nas conexões. Em muitos casos, é necessário conciliar este modal com o rodoviário, por exemplo, a fim de que a mercadoria possa chegar ao seu destino ou consiga ser coletada primeiramente em sua origem.
Aéreo
Características como segurança, agilidade e confiabilidade são os pontos positivos para a escolha deste tipo de modal. Entretanto, seus altos custos pesam muito e, em muitas situações, podem inviabilizar a operação. Nas situações em que é preciso transportar cargas urgentes ou mercadorias de alto valor, o aéreo permite uma representativa redução no tempo de transporte, porém existe uma necessidade de associação com outro modal para viabilizar sua movimentação até o terminal aeroportuário. A velocidade proporcionada possibilita a redução de custos decorrentes da armazenagem e da gestão de estoques.
Dutoviário
Muito utilizado para o transporte de líquidos e gases em grandes volumes, ele conta com a possibilidade de funcionamento ininterrupto durante as 24 horas do dia e os sete dias da semana. O transporte dutoviário caracteriza-se por um custo fixo mais alto devido aos investimentos em direitos de acesso, construção, equipamentos de controle e bombeamento. Já seu custo variável é maior que o hidroviário. Ele ainda possui outra vantagem devido à sua confiabilidade ser maior, já que este tipo de transporte não sofre interrupções por fatores meteorológicos, apresentando, desse modo, perdas mínimas e menos danos dos produtos.
Destacaremos neste vídeo a importância dos sistemas de distribuição física (logísticas inbound e outbound) e compararemos os diversos modais de transporte.Vídeo 2- https://player.vimeo.com/video/482771541
Verificando o aprendizado
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1. Assinale a alternativa que indica alguns dos objetivos e funções dos canais de distribuição.
Entregar os produtos no tempo proporcional ao recurso de que dispõe; verticalizar suas operações a fim de depender menos de empresas terceiras para a fase distribuição; não garantir a entrega de produtos no prazo combinado caso haja imprevistos de trânsito, não levando em conta o potencial de venda dos produtos para definir sua estratégia de distribuição.
Evitar a formação de cadeia de suprimentos para não depender de outras empresas; não garantir a entrega de produtosno prazo combinado caso haja ausências justificadas de sua força de trabalho; assegurar a disponibilidade do produto nos segmentos do mercado prioritários somente para clientes com mais de 10 anos de relação comercial e só levando em conta o potencial de venda dos produtos a fim de definir sua estratégia de distribuição para aqueles com faturamento acima de R$300.000/mês.
Somente garantir atendimento ao SLA (garantia do nível de serviço) pactuado para os clientes com faturamento acima de R$300.000/mês; não garantir a entrega de produtos no prazo combinado caso haja ausências justificadas de sua força de trabalho; evitar a formação de cadeia de suprimentos para não depender de outras empresas.
Evitar a formação de cadeia de suprimentos para não depender de outras empresas; somente levar em conta o potencial de venda dos produtos para definir sua estratégia de distribuição para clientes especiais; garantir apenas o atendimento ao SLA (garantia do nível de serviço) pactuado para os clientes para os quais tal regra esteja em contrato; não garantir a entrega de produtos no prazo combinado caso haja imprevistos de trânsito.
Estimular ações coordenadas entre os participantes da cadeia de suprimentos no contexto da distribuição; propiciar um fluxo de informações ágil entre os participantes; honrar o nível de serviço estabelecido pelos parceiros da cadeia de suprimentos; assegurar a disponibilidade do produto nos segmentos do mercado prioritários.
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2. Existem alguns modais de transporte utilizados no Brasil. Identifique a questão que apresenta as informações corretas sobre eles, contendo suas vantagens e desvantagens.
Aéreo – vantagem: custos baixos. Desvantagem: mais lento do que os demais modais.
Hidroviário – vantagem: mais rápido do que os demais modais. Desvantagem: não possibilita armazenamento em trânsito.
Dutoviário – vantagem: baixa confiabilidade por sofrer interrupções por fatores meteorológicos, apresentando, desse modo, perdas e danos dos produtos. Desvantagem: custo fixo baixo (sem investimentos em direitos de acesso, construção, equipamentos de controle e bombeamento). 
Rodoviário – vantagem: flexibilidade de poder realizar o serviço porta a porta. Desvantagem: seus custos aumentam. São necessários um motorista e um veículo com motor, além de pessoal para realizar as operações de carregamento e descarregamento.
Ferroviário – vantagem: consegue levar o material de porta a porta. Desvantagem: custos maiores de frete e de seguros, assim como uma menor capacidade de transporte.
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MÓDULO 3- Justificar a análise integrada condicionada às operações logísticas relativas às
 ferramentas SCM e S&OP, além das demais tecnologias, em benefício da logística
Análise integrada como o futuro da logística
SCM (supply chain management)
Conceituando SCM ou gestão da cadeia de suprimentos (GCS)
Uma boa definição para a gestão da cadeia de suprimentos é que ela contempla o conjunto de atividades relacionadas à extração da matéria-prima, passando pelos processos de elaboração do produto até a chegada ao consumidor final.
Outra forma de abordar esse conceito é considerar que a gestão da cadeia de suprimentos está baseada na colaboração entre as organizações. Elas, por sua vez, se relacionam comercialmente tanto para impulsionar seus posicionamentos estratégicos quanto para melhorar a eficiência e a eficácia operacional por meio de processos gerenciais que integrem as áreas funcionais das organizações e suas inter-relações.
Em decorrência dessas definições, é possível considerar que:
1- Materiais ou mesmo documentos existem em qualquer organização, seja ela indústria, prestadora de serviço ou comércio.
2- Entre as atividades agregadoras de valor para os clientes, merece destaque o cuidado para que os desperdícios durante as operações logísticas sejam minimizados ao máximo.
3- A conectividade entre as organizações por meio de redes de informa¬ções, materiais e serviços é mais necessária a cada dia.
A estrutura de uma cadeia de suprimentos
Listaremos a seguir alguns passos que auxiliam as organizações na estruturação de sua cadeia de suprimentos:
- Identificar os membros da cadeia de suprimentos
- As organizações deverão designar as equipes responsáveis pela estruturação dessa cadeia
- Verificar quais organizações participam do processo de comercializa¬ção, envolvendo os fluxos de materiais, os de informações, o financeiro e o de promoções
- Classificar as organizações em primárias e secundárias para identificar onde estão as atividades principais
- As organizações primárias são responsáveis pelas atividades operacionais ou pelos processos de negócios, transformando recursos de entrada em recursos com valor agregado para o cliente
- As organizações secundárias fornecem para as organizações primárias conhecimento, serviços e recursos. 
Na visão atual do supply chain management, é um consenso que os canais de distribuição desempenham quatro funções básicas:
Indução da demanda; Satisfação da demanda; Serviços de pós-venda; Troca de informações
Inicialmente, as organizações que compõem a cadeia de suprimento necessitam gerar ou induzir a demanda para seus produtos ou serviços. Em sequência, eles são comercializados a fim de satisfazer a demanda e com o propósito de posteriormente haver os serviços de pós-venda. Por fim, o canal de distribuição permite o compartilhamento de informações ao longo da cadeia. Neste momento, os consumidores podem fornecer um feedback importante para os fabricantes e varejistas que compõem a cadeia.
Quanto ao atendimento à demanda, gerenciar os elos entre a empresa detentora da marca ou do produto principal e as demais participantes é o objetivo de formatação da cadeia de suprimentos. Isso ocorre para tornar o processo de atendimento às necessidades dos consumidores mais eficiente que a de seus concorrentes.
Por conta disso, as empresas líderes devem considerar as seguintes questões quando resolvem adotar esse modelo de cadeia de suprimentos:
Mercado: As atividades de baixo valor agregado pelo consumidor ou consideradas não afins ao negócio principal da empresa precisam ser terceirizadas;
Operações: Com essa terceirização, a organização deve concentrar seus esforços em integrar as operações a fim de aumentar a oferta de novos produtos e diluir seus custos logísticos com atividades de pedidos, estoques, armazenagem e transporte;
Organização: É necessário direcionar seus recursos para as principais atividades, atuando em sinergia com seu sistema logístico e visando à eficácia demonstrável por meio de indicadores de desempenho.
Objetivos da gestão da cadeia de suprimentos (GCS) 
As compras, as vendas e as entregas de mercadorias, especialmente as realizadas por meio de comércio eletrônico (E-Commerce), têm se tornado cada vez mais frequentes a partir do alto nível competitivo dos mercados. Tal realidade decorre de fatores, como, por exemplo, as constantes inovações em tecnologia de informação.
 
Soma-se a isso o aumento das exigências de consumidores por produtos e serviços cada vez mais customizados, o que tem conduzido boa parte das organizações a dirigirem os esforços delas para o seu core business (negócio principal), terceirizando as demais atividades. 
A fim de garantir esse novo modelo, devem ser estabelecidas relações firmes e confiáveis entre as organizações envolvidas (fornecedores, transportadores, indústrias, distribuidores e varejistas). Com isso, torna-se possível superar o modelo anterior, no qual a empresa era responsável por diversas atividades da elaboração de um produto. 
O fluxo de informação precisa ser acurado e ágil para que as organizações envolvidas nessa cadeia produtiva consigam planejar e executar suas operações de forma sinérgica, atendendo às necessidades definidas pela demanda quanto à qualidade e à especificação de produtos, volumes, prazos e condições de entrega.
Benefícios da gestão da cadeia de suprimentos (GCS) 
A implementação da gestão da cadeia de suprimentos pode forneceralguns benefícios:
· Diminuição significativa de custos mediante a consolidação dos planos estratégicos das organizações, possibilitando a busca da minimização dos custos de seus processos, o que não seria tão fácil se fosse realizado individualmente. 
· Possibilidade de fornecimento global por meio de integração na cadeia. Os pilares confiança, responsabilidade, riscos e recompensas mútuas propiciam segurança a fim de se diversificar as operações para novos mercados.
· Agregar valor ao cliente por intermédio da cadeia integrada possibilita garantir qualidade, variedade, disponibilidade do produto e prazos de entrega pactuados.
· Em virtude da integração da cadeia, a customização e a velocidade do atendimento permitem a detecção, a prevenção e a correção de falhas e ajustes de planos às variações da demanda, adaptando-se prontamente às exigências do cliente.
· A integração da cadeia permite o estabelecimento de um sistema em que a informação compartilhada flui constantemente desde o cliente final até os demais integrantes da cadeia de suprimentos, incrementando as decisões e conferindo rapidez de resposta às solicitações dos processos e do mercado.
· Uma cadeia de suprimentos sincronizada e ágil oferece níveis de serviço diferenciados, sendo possível processar e formar pedidos de forma rápida e consistente, o que permite entregas pontuais e variadas aos clientes.
Entretanto, antes de iniciarem o processo de implementação da cadeia de suprimentos, as organizações têm de compreender que o tipo de aliança entre elas estará apoiado em:
Complexidade logística: Reconhecer as diferenças culturais e seus diferentes modelos de gestão pode ser tão importante quanto estruturar e sincronizar os fluxos de produtos, serviços, informações e aspectos financeiros entre as organizações.
Combinação de atividades: Para sempre fazerem o melhor, as empresas de uma cadeia poderão atingir níveis de competitividade mais elevados graças à soma de seus esforços combinados, permitindo ganhos na qua¬lidade do produto, no tempo e nos custos.
Integração: Feita tanto internamente quanto com os demais membros da cadeia, a integração inclui sistemas de informação e de custeio conectados e transparentes, suscitando uma agilidade na tomada de decisão e na esfera operacional.
Flexibilidade: Ela diz respeito às condições da cadeia de suprimentos de fornecer respostas rápidas e precisas às variações do mercado e da demanda, que são cada vez mais exigentes em função do nível de serviço ofertado.
Alguns aspectos podem, por outro lado, dificultar a implementação dessa prática pelas organizações. Entre elas, podemos destacar a quebra de barreiras organizacionais, outras questões culturais distintas, o relacionamento crítico entre os fornecedores, as deficiências em tecnologia de informação, a dificuldade na escolha de parceiros e a resistência a mudanças.
Sales and operation planning (S & O P)
O S&OP (sigla em inglês para planejamento de vendas e operação) já existe há mais de 20 anos. Muitas organizações já o implementaram tanto em outros países quanto em regiões diversas.
Ele pode ser conceituado como o processo pelo qual os planos do negócio são agrupados para consolidar as informações oriundas das seguintes áreas: Clientes, Vendas, Marketing, Desenvolvimento, Fabricação, Suprimentos e Financeiro. Consolidadas como planos táticos, elas podem auxiliar uma empresa a gerenciar e alocar recursos críticos a fim de atender às necessidades dos clientes com o menor custo possível. 
As atividades de planejamento e controle são responsáveis pela ligação da oferta à demanda, sendo direcionadas para a conciliação das capacidades de fornecimento de uma operação com as demandas dirigidas para ela. Tomando como input o planejamento estratégico de longo prazo, o S&OP é inserido com seus volumes agregados, desdobrando-se no curto prazo em um plano mestre de produção (PMP). Em inglês, a sigla a ser adotada é MPS (master production schedule).
Alguns objetivos – se eles não forem atingidos, não será possível alcançar a sua gestão eficaz – caracterizam o S&OP:
1-Dar suporte ao planejamento estratégico do negócio;
2- Assegurar que os planos sejam realistas;
3-Realizar o gerenciamento de mudanças de forma eficaz;
4- Gerenciar estoques e carteira de pedidos, assegurando o desempenho adequado nas entregas;
5- Avaliar o desempenho do processo de planejamento por meio de identificação de desvios;
6- Desenvolver o trabalho em equipe, garantindo competência continuada.
O processo de S&OP está associado ao futuro, já que busca alcançar o balanceamento entre a demanda e a oferta de produtos, sinalizando, com a máxima antecedência possível, quando e onde as ausências e as sobras de capacidade deverão ocorrer em um determinado período.
Esse processo está baseado em um planejamento probabilístico com o propósito de modelar a variabilidade das incertezas que o mercado apresenta por intermédio da utilização de modelos de simulação suportados por projeto de experimentos. Com isso, são fornecidos valores mais apropriados para as variáveis de decisão do processo.
Vale ressaltar que boa parte das decisões tomadas em um processo de S&OP possui um grande potencial de risco, podendo propiciar um número significativo de decisões incorretas que podem gerar danos às organizações a danos, como, por exemplo, perda de mercado e prejuízos financeiros.
Em virtude desse cenário crítico e dinâmico que caracteriza o processo de S&OP, os gestores logísticos e comerciais precisam lançar mão de ferramentas que possam servir de apoio às tomadas de decisão, visando, com isso, à minimização e/ou à mitigação dos riscos – e, consequentemente, à melhoria dos resultados.
Vale destacar que alguns gestores que participam do processo de S&OP às vezes não detêm uma visão sobre a totalidade de variáveis e restrições presentes na construção dos planos agregados. A ausência dessa visão global pode potencializar uma tomada de decisões não assertiva pelos gestores participantes.
Observa-se também que as ferramentas utilizadas para a execução do processo de S&OP podem, em alguns momentos, não oferecer a visão holística que o processo requer, dificultando o compartilhamento de informações e o entendimento de como cada decisão a ser tomada consegue afetar o desempenho global da organização.
Graças aos avanços dos recursos computacionais e do estudo da prática e da teoria do PCP (planejamento e controle de produção), os modelos matemáticos tornaram-se uma alternativa para o uso anterior de planilhas eletrônicas, as quais, aliás, ainda constituem uma ferramenta de auxílio ao processo de S&OP na maioria das organizações. 
Das ferramentas comuns, algumas são baseadas em planilhas eletrônicas. Entre as mais sofisticadas, destacam-se as técnicas de pesquisa operacional inseridas em sistemas APS (advanced planning systems).
O processo de planejamento
O S&OP é o resultado das atividades de planejamento mensal. Na maior parte das vezes, ele é baseado em um plano de operações anual (POA) que baliza a meta anual da empresa em termos de vendas e suprimentos . Sendo assim, os S&OP são um meio de se atingir gradualmente as metas de POA graças à vinculação do planejamento mensal de vendas e marketing às operações de um negócio.
Entende-se que o horizonte de planejamento para um processo típico de S&OP é de longo prazo, podendo estender-se de 18 a 36 meses. A seleção desse horizonte de tempo é uma decisão importante. Há diferentes fatores que a influenciam, incluindo o tipo de indústria, as características do produto e a época do ano em que o planejamento S&OP ocorre. Podemos dizer que as boas práticas de S&OP consolidam algumas abordagens comuns:
1- Aborde-o em fases: S&OP é mais um conjunto integrado de processos e tecnologias de negócios que um processo ou tecnologia abrangente;
2- Siga a sequência "de fora para dentro": Normalmente, os eventos que terão um impacto negativo em suas vendas e no planejamento de operações devem-se às decisões e às ações de seus clientes, parceiros e concorrentes, que têm um impacto diretoem sua receita e na estratégia de seu concorrente;
3- Privilegie as informações em vez dos dados: Os planos geralmente são retardados pelo esforço de coleta de dados de pouca utilidade para o projeto geral;
4- Lidere de forma eficaz: O S&OP excede os limites da empresa, podendo ser classificado como força (em alguns momentos) e ameaças em outros. A gestão do S&OP pela alta direção ou por líderes estratégicos dos setores-chave poderá fazer a diferença.
O futuro da logística
O relatório As 8 tendências para o setor logístico em 2020 estabelecem a seguinte provocação: o que deve impactar e ditar as regras para os segmentos de logística, transporte e armazenagem do país nos próximos anos? Segundo esse relatório (elaborado pela empresa Tópico, do segmento de infraestrutura flexível para armazenagem e cobertura), certos aspectos podem influenciar os rumos do mercado: melhor cenário econômico; baixo investimento em infraestrutura e transporte; ascensão das infraestruturas flexíveis (galpões modulares revestidos em lona); geração de empregos; same day delivery; monitoramento em tempo real; e, por fim, inteligência e segurança de dados.
Com base em projeções realistas, o estudo apresenta um panorama do setor brasileiro a partir do contexto macroeconômico com o objetivo de apontar que tipo de soluções, de fato, terá aderência.
Há um consenso de que existem algumas tendências para a logística no futuro. Analisaremos a seguir essas questões de forma um pouco mais elaborada:
· 4PL (fourth-party logistics ou logística de quarta parte): O mercado logístico brasileiro acaba de ganhar um novo player de inteligência de mercado com a criação do sistema 4PL. Também chamado de LLP (lead logistics provider ou provedor de logística líder), o conceito de 4PL é uma evolução da quarteirização dos serviços terceirizados por conta dos 3PLs (third-party logistics) e da responsabilidade pela gestão total do supply chain do cliente, envolvendo desde a participação do contratado nas reuniões de planejamento e vendas até a entrega final dos produtos ao consumidor. O 4PL responde igualmente pelos indicadores de níveis dos serviços (SLA, sigla para service level agreement)) prestados. Obs :Indicadores de níveis dos serviços- Um acordo de nível de serviço (ANS), contrato de nível de serviço ou garantia do nível de serviço é um compromisso assumido por um prestador de serviços perante um cliente.
· Entrega por drones: Tecnologia inovadora que consiste no uso de aeronaves portáteis. Com grande dinamismo em suas operações, os drones têm sido muito usados no setor de entretenimento e em processos logísticos. Inicialmente concebidos como um instrumento militar destinado ao monitoramento do espaço aéreo, os drones foram diminuindo suas dimensões até ficarem apropriados para o carregamento de objetos variados. Por alcançarem grandes alturas, chegando a lugares de diferentes dificuldades, eles têm trazido muitos benefícios em aplicações diversas. Os drones são capazes de oferecer benefícios para o gestor de armazéns e estoques. São ideais para o monitoramento de operações, a segurança de cargas e o inventário de estoque. Tais inovações podem reduzir custos e otimizar processos. Na entrega de mercadorias, os drones começaram a ser testados no Brasil recentemente. Alguns podem ser acoplados a câmeras especiais para escanear itens estocados nos corredores de um armazém. O movimento é o mesmo feito por uma pessoa quando utiliza a empilhadeira para fazer a inspeção de estoque.
· Internet das coisas (IoT): A internet das coisas tem a capacidade de tornar o chão de fábrica mais conectado, fazendo com que os processos industriais como um todo sejam mais bem monitorados. Ela também permite o estabelecimento de contatos permanentes entre os caminhoneiros na estrada e as bases logísticas. As etapas logísticas, por sua vez, passam a ter seus controles mais precisos, permitindo que o momento e o local das cargas sejam identificados durante todo o percurso. Dessa forma, todo o monitoramento é melhorado, aumentando a chance de que falhas e desvios sejam evitados. 
· Veículos autônomos: Anunciados como uma realidade próxima, os veículos chamados de autônomos são conduzidos sem a interferência de um condutor humano desde que as questões legais sejam pactuadas, principalmente aquelas relativas à definição da responsabilidade criminal. A subtração do motorista durante a operação de entrega de mercadorias será um fato determinante na redução de custo inerente a esse modal de entrega.
· Entrega antecipada: Ela foi patenteada pela empresa Amazon com o nome de anticipatory shipping (entrega antecipada). Seu prazo de entrega constitui um fator decisivo para o varejo, em especial com o advento do E-Commerce, já que a diferenciação na entrega se torna uma vantagem competitiva em um mercado com preços similares. O desafio que se apresenta é o seguinte: como entregar os produtos de compras online de forma confiável e mais rápida? O modal rodoviário é o mais usado para essa finalidade, mas não é possível reduzir o tempo consumido no trânsito de um trajeto com o mesmo veículo, pois é necessário atender a limites de velocidade e rotas ótimas. Em cidades com altos problemas de mobilidade, essa situação agrava-se ainda mais. Para superar essa dificuldade, a Amazon desenvolveu, por meio de recursos tecnológicos e de IA, esse sistema de entrega antecipada. Em suma, ele consiste em entregar um produto antes de o cliente finalizar a compra na loja virtual. Essa inovação torna-se viável pela utilização de dados dos usuários e de algoritmos que avaliam o comportamento do consumidor online. Em outras palavras, estatisticamente é viável prever a probabilidade de compra de determinados itens, baseando-se em ações rotineiras dos clientes graças, entre outros fatores avaliados, ao monitoramento por pesquisas e às compras anteriores. Em termos logísticos, assim que é identificada a probabilidade de compra, o produto é enviado do centro de distribuição onde ele está localizado para o HUB mais próximo do endereço do consumidor. Dessa forma, a mercadoria já ficará mais próxima do destino, o que propicia um menor tempo para a entrega. Repare que as demais condições de transporte continuam sendo as mesmas. No entanto, quando o consumidor decidir pela compra, seu tempo de espera será menor! Essa inovação possibilita que outras tendências, como, por exemplo, o same day delivery (entrega no mesmo dia), se tornem viáveis. Caso o comprador não tenha interesse em finalizar a compra, não tem problema: o produto poderá ser enviado a outro potencial consumidor ou para o HUB.
· Impressão em 3D: Já faz algum tempo que vemos notícias do uso bem-sucedido de impressoras 3D em áreas como a medicina, por exemplo. Entretanto, essa tecnologia também pode ser bem utilizada em outras. Uma ideia é permitir que o cliente faça parte do processo produtivo desde o design do produto. Desse modo, ele será exatamente aquilo que ele necessita. Produzir itens semelhantes em locais mais próximos de seu ponto de uso diminui bastante as distâncias para entregas, otimizando, desse modo, todo o processo logístico de distribuição. Além disso, ainda se economiza por não ser mais necessário manter estoques altos pela rapidez de produção registrada quando o cliente requer o produto. Já há quem diga que, com essa tecnologia, cada um terá sua impressora 3D, sendo a própria “fábrica caseira”. Isso reduzirá consideravelmente a necessidade da produção em massa e de distribuição de produtos.
· Sustentabilidade: Trata-se da busca por todo o processo do sistema logístico de distribuição física mais sustentável. Para isso, aplicam-se os conceitos da EC (economia circular) e de ACV (análise ciclo de vida), como, por exemplo, o incentivo à logística verde reversa ou sustentável, o desenvolvimento de embalagens mais leves, a subtração de embalagens intermediárias dispensáveis e feitas a partir de materiais menos danosos ao meio ambiente e oriundas de fontes mais limpas, a otimização de rotas para minimizar as emissões atmosféricasdesnecessárias e a escolha por modais de transporte que emitam menos GEE (gases de efeito estufa). Essas são algumas das medidas que já estão sendo adotadas com alguma frequência, embora elas ainda possam ser intensificadas.
· Economia colaborativa: Pautada em pilares da sustentabilidade, a economia colaborativa se trata de um movimento emergente na sociedade atual, cujo compartilhamento é considerado um princípio básico. Nesse modelo de economia, diversos produtos e serviços podem ser compartilhados. Uma pessoa faz uso dos benefícios do bem, enquanto outra se beneficia do valor financeiro e/ou social obtido por esse compartilhamento.
Exemplo: Os marketplaces para logística operam com um sistema em simbiose. Nele, embarcadores, transportadores e caminhoneiros testemunham seu crescimento por meio do atendimento às suas expectativas e pela colaboração entre os negócios. As tecnologias utilizadas são o machine learning e o Big Data. Graças a eles, os caminhoneiros conseguem ocupar o frete da volta, enquanto, em contrapartida, os embarcadores e os transportadores otimizam suas operações.
Como foi para você conhecer todas essas tendências associadas aos processos logísticos? Precisamos ficar atentos a todas essas transformações!
Falaremos neste vídeo sobre SCM (supply chain management) e S&OP (sales & operations planning), além das tecnologias e inovações importantes para o futuro da logística. https://player.vimeo.com/video/483106754
Verificando o aprendizado
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1. Quanto ao atendimento à demanda, gerenciar os elos entre a empresa detentora da marca ou do produto principal e as demais participantes é o objetivo de formatação da cadeia de suprimentos. Assinale a alternativa que indica as questões corretas que as empresas líderes devem considerar quando resolvem adotar esse modelo de cadeia de suprimentos.
Mercado: verticalizar todas as atividades para não perder oportunidades comerciais por depender de empresas terceiras; operações: não terceirizar, dividir esforços entre todas as linhas para o indicador de operações, mesmo que eles aumentem seus custos logísticos com atividades de pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização: direcionar seus recursos para as atividades principais e secundárias, reforçando o processo de verticalização.
Mercado: terceirizar atividades de baixo valor agregado pelo consumidor ou aquelas consideradas não afins ao seu negócio principal; operações: adotando a terceirização, deve-se concentrar esforços em integrar as operações a fim de aumentar a oferta de novos produtos e diluir seus custos logísticos com atividades de pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização: direcionar seus recursos para as principais atividades e atuar em sinergia com seu sistema logístico visando à eficácia demonstrável por meio de indicadores. 
Mercado: verticalizar algumas atividades para não perder oportunidades comerciais por depender de empresas terceiras; operações: terceirizar parcialmente e dividir esforços entre todas as linhas para o indicador de operações, mesmo que elas aumentem seus custos logísticos com atividades de pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização: direcionar seus recursos para as atividades principais e secundárias, reforçando o processo híbrido de verticalização/terceirização.
Mercado: Comercializar apenas por E-Commerce e não atender a produtos de baixo valor agregado; operações: terceirizar todas as atividades, mas não aquelas envolvidas com empresas parceiras. Fechar contratos de terceirização com muitas empresas para sempre reduzir os custos de pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização: direcionar seus recursos apenas para as atividades de E-Commerce.
Mercado: Comercializar apenas por E-Commerce e não atender a produtos de baixo valor agregado; operações: terceirizar parcialmente e dividir esforços entre todas as linhas para o indicador de operações, mesmo que elas aumentem seu custos logísticos com atividades de pedidos/estoques/armazenagem/transporte; organização: direcionar seus recursos para as atividades principais e secundárias, reforçando o processo híbrido de verticalização/terceirização.
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2. Conforme discutimos neste módulo, as novas tecnologias e inovações tecnológicas originadas na Revolução Industrial 4.0 migraram, em seguida, para o setor logístico. Chamadas de Logística 4.0, elas são de fundamental importância para estimular a concorrência e permitir que a competitividade requerida para esse mercado globalizado se sustente. Entre essas tecnologias e inovações, destacam-se as seguintes: 4PL (fourth-party logistics ou logística de quarta parte); entrega por drones; internet das coisas (IoT); veículos autônomos; entrega antecipada; impressão em 3D; e, por fim, sustentabilidade e economia colaborativa. Das alternativas apresentadas a seguir (e com base no relatório elaborado pela empresa Tópico), indique a que contempla os temas relevantes que compõem um cenário econômico de baixo investimento em infraestrutura e transporte e que se relaciona com algumas das tecnologias e inovações citadas. 
Ascensão das infraestruturas flexíveis (galpões modulares revestidos em lona), geração de empregos, same day delivery (entrega no mesmo dia), monitoramento em tempo real e inteligência e segurança de dados.
Estabilidade da moeda, incremento da terceirização das operações logísticas e aplicação de MRP e MRP II.
Redução de impostos, capacitação de mão de obra e aplicação da filosofia just in time.
Pressão política para um aumento do valor médio dos fretes, padronização de processos e aplicação de ferramentas, como, por exemplo, Kanban e Poka Yoke.
Melhoria de acordos com os sindicatos das categorias do setor, incremento da terceirização das operações logísticas e aplicação da filosofia just in time.
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Conclusão 
Visitamos neste tema as principais eras históricas que compõem o processo logístico, desde a reforma agrária até os dias de hoje, quando a Logística 4.0 já é uma realidade. Para isso, associamos essas eras aos temas centrais. Em seguida, analisamos os elementos básicos que compõem o processo logístico e suas interfaces, discorrendo sobre a importância do warehouse. Descrevemos os principais sistemas de distribuição física, categorizando os modelos inbound e outbound. Também comparamos os diversos modais de transporte utilizados, apresentando suas principais vantagens e desvantagens. Por fim, apresentamos a análise integrada, dando ênfase a dois processos: SCM (gerenciamento da cadeia de suprimentos) e S&OP (planejamento de vendas e operações). Destacamos ainda as principais tendências e inovações tecnológicas já presentes ou que devem surgir nos próximos anos, estabelecendo de que forma elas contribuem para a melhoria do desempenho da logística.
Referências
BALLOU, R. H. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. 4. ed. Porto Alegre: Bookman, 2001.
BALLOU, R. H.; YOSHIZAKI, H. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. 4. ed. São Paulo: Atlas, 1993.
BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J.; COOPER, M. B. Gestão da cadeia de suprimentos e logística. 2. ed. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2007.
CASTIGLIONI, B.; PAOLESCHI, J. A. M. Introdução à logística. São Paulo: Érika, 2017.
CAVALCANTE, H. S.; J. S. O. G.; NIVALDO, K. K. J. L.; SOUZA, A.; CAMPELLO, M. Uma breve análise sobre a evolução da logística. In: Simpósio de excelência em gestão e tecnologia. Associação Educacional Dom Bosco, 2019. 
JUNIOR, F. R. L.; CERVI, A. F. C.; CARPINETTI, L. C. R. Um modelo de tomada de decisão para seleção de fornecedores em cadeias de suprimento ágeis. In: XX Simpósio de Engenharia de Produção. Bauru. nov. 2013.
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MOURA, R. A. Check sua logística interna. São Paulo: Imam, 1998.
NOVAES, A. Logística e gerenciamento da cadeia de distribuição.4. ed. Rio de Janeiro: Campus-Elsevier, 2015.
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Pesquise no site da Ilos sobre as características de um sistema de distribuição física.
Conteudista- Vanilson Fragoso Silva
Gabarito
Modulo 1
1- Parabéns! A alternativa "C" está correta. As demais eras citadas nas alternativas não estavam corretas em relação ao tema que as caracterizava e/ou aos períodos cronológicos.
2- Parabéns! A alternativa "A" está correta. A única alternativa que apresenta o texto correto, lógico e sequencial é o da letra “a”. As demais opções apresentam afirmações equivocadas. Embora se relacionem ao tema, elas se afastam da sequência preconizada pelos elementos básicos da logística.
Modulo 2
1- Parabéns! A alternativa "E" está correta. A alternativa certa apresenta quatro objetivos e funções dos canais de distribuição. As demais contêm objetivos e/ou funções equivocados, pois consideram condições não reconhecidas no processo logístico.
2- Parabéns! A alternativa "D" está correta. As alternativas incorretas invertem os conceitos de vantagem e desvantagem pelos modais.
Modulo 3
1- Parabéns! A alternativa "B" está correta. As alternativas incorretas descrevem estratégias equivocadas, pois elas não possibilitam uma opção eficaz da cadeia de suprimentos.
2- Parabéns! A alternativa "A" está correta. A alternativa correta apresenta os temas relevantes que compõem esse cenário econômico. As demais citam tópicos pertinentes à logística, mas não se atêm ao contexto requerido pela questão.

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