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Obesidade

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DIURÉTICOS E BLOQUEADORES DOS CANAIS DE CÁLCIOOBESIDADE
Liz Schettini
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 É o acúmulo de gorduras anormal ou excessivo que pode ser prejudicial a saúde. Sua incidência vem aumentando durante os últimos anos. É mais prevalente em mulheres e na população de baixa escolaridade.
 É uma doença multifatorial e recidivante. Simplificando, a ingesta calórica é maior que o gasto energético. Pode ser influenciada por fatores ambientais (sedentarismo, ar condicionado, controle remoto, aumento das porções etc) e por fatores genéticos.
 É uma doença complexa, justamente pela experiência do prazer provocado pela alimentação, disruptores endócrinos (substâncias nos alimentos que diminuem o metabolismo), genética, ansiedade, medicamentos em uso e mudanças no intestino (flora intestinal)
 Sinais Hormonais:
· Pâncreas: insulina, amylina e PP
· Tecido adiposo: leptina, adiponectina e resistina
· TGI: GLP-1, grelina, OXM, PYY e CCK
 No hipotálamo existem 2 grupos de neurônios: AGRP/NPY e POMC/CART. A leptina é um hormônio anorexígeno produzido pelo tecido adiposo que estimula a POMC/CART e inibe a AGRP/NPY. Também age no trato solitário inibindo a alimentação. Pessoas acima do peso tendem a ter uma resistência maior a esse hormônio ou déficit de sua produção.
 A insulina é um hormônio anorexígeno que age na POMC estimulando a saciedade e inibe o AGRP. A grelina é produzida pelo fundo do estômago estimulando o AGRP e inibindo a POMC favorecendo a ingesta de alimentos. Ambos o GLP-1 e CCK estimulam a POMC, induzindo saciedade e diminuindo o esvaziamento gástrico. Em suma, hormônios que estimulam a POMC são anorexígenos e os que estimulam a AGRP são orexígenos.
 A expectativa de vida reduz com o aumento do IMC. A obesidade está associada a múltiplas comorbidades como: apneia do sono, doença pulmonar, HAS, DM2, doença coronariana, doenças gastrointestinais, infertilidade, AVC, depressão, esteatose hepática etc.
 Ela pode levar à doenças crônicas porque: aumenta a síntese de citocinas inflamatórias, aumento da produção de lipídeos, aumento da ação do SNS, aumenta a ativação do SRAA, ativa o mecanismo de estresse e aumenta o risco de neoplasias (principalmente mama e endométrio)
 Diagnóstico -> feito pela medida do IMC e circunferência abdominal. Existem outros exames mais precisos, porém todos são mais caros (bioimpedância, TC, RM, USG etc). OBS.: ele botou os parâmetros de IMC no slide, mas tem no resumo do medcurso.
 Anamnese: história da obesidade, fatores desencadeantes e de manutenção, hábitos nutricionais, aspctos psicológicos, estilo de vida, sintomas sugestivos de doenças endócrinas, uso de medicamentos e tratamentos prévios e presença de fatores de risco.
 Perder peso melhora as comorbidades: reduz risco de DM2, risco cardiovascular, melhora perfil lipídico, PA, apneia obstrutiva do sono e a qualidade de vida. A cirurgia é o tratamento mais efetivo. O paciente necessita de um acompanhamento de uma equipe multidisciplinar.
 Tratamento farmacológico:· 
1. IMC maior ou igual a 30 kg/m2 
2. IMC maior ou iguala 25 ou 27 kg/m2 na presença de comorbidades (dependendo do medicamento 
3. Falha em perder peso com o tratamento não farmacológico. 
 Medicamentos:
· Sibutramina: inibe a recaptação de serotonina e noradrenalina. Diminui o apetite. Aumenta o risco de AVC, deve ser considerada somente para pacientes mais jovens com baixo risco cardiovascular
· Orlistate: inibe a absorção de 30% de gordura por bloqueio da lipase proteica. Geralmente não tem bons resultados, é de última escolha.
· Liraglutida: é um agonista do GLP-1. Tem um efeito colateral significante: náuseas.
· Locasserina: ainda não tem no Brasil. Age no receptor serotoninérgico tipo 2C, atuando na POMC para diminuir a ingesta calórica. Tem segurança cardiovascular comprovada.
· Fluoxetina
· Topiramato
· Bupropiona com naltrexona
· Lisdexanfetamina
 Cirurgia bariátrica:
· Derivação gástrica em Y-de-Roux  perda de peso, remissão da diabetes, melhora da HAS (tipo mais efetivo) 
· Gastrectomia vertical 
· Banda gástrica ajustável 
· Derivação biliopancreática à duodenal switch 
IMPORTANTE: fazer uso polivitamínico e de B12, mulheres precisam repor ferro. Observar os valores de vitamina D e cálcio. Tomar cuidado com complusão por álcool;

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