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Caso clínico- anti-hipertensivos

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ 
FACULDADE DE MEDICINA 
DEPARTAMENTO DE FISIOLOGIA E FARMACOLOGIA 
MONITORIA DE FARMACOLOGIA 
MONITORES: EDIENOVI E FILIPE 
GD7: Anti hipertensivos 
Aluna: Yngrid Carolina 
 
CASO 1 – A.S.S sexo masculino, 59 anos, chega à emergência do Hospital do 
Coração de Messejana às 08h, relatou desmaio há 20 minutos, apresentou-se 
consciente, mas com tontura e mãos frias e suadas. Aferido a PA, observou-se a 
alteração significativa de 90 x 70 mmHg. Destacou fazer uso do fármaco Enalapril 
e Furosemida para controle da hipertensão. Explique o que aconteceu e o porquê 
deste episódio. 
R= O uso desses dois hipertensivos ocasionou um estágio de hipotensão, visto 
que são anti-hipertensivos com ação potente e o uso inadequado, como uma 
dose inicial muito elevada ou quando o a paciente apresenta idade acima de 60 
anos, desidratação, uso concomitante de diuréticos ou insuficiência cardíaca 
pode ocasionar um estágio de diminuição da pressão, que pode se manifestar 
com tonturas, fraqueza e súbito escurecimento da visão. O Maleato de Enalapril 
é um anti-hipertensivo vasodilatador, utilizando em pacientes com insuficiência 
cardíaca congestiva. Esse fármaco atua inibido a enzima ECA, impedindo a 
conversão da angiotensina I em II, no qual a angiotensina II é um potente 
vasoconstritor e que também estimula a secreção de aldosterona (responsável 
pela retenção de água e sódio no organismo), e como consequência, leva á uma 
diminuição da atividade vasopressora e secreção da aldosterona ( o que pode 
resultar em discreto aumento no nível de potássio). 
 Já a Furosemida, é um diurético de alça que produz um efeito diurético 
potente, bloqueando o sistema contransporte de Na+, K+, 2Cl-, localizado na 
membrana celular luminal do ramo ascendente da alça de henle, no qual esses 
íons não serão absorvidos, e serão excretados na urina. Os efeitos secundários do 
aumento dessa excreção são aumento da diurese (devido ao gradiente osmótico) 
e aumento da secreção tubular distal de K, a secreção de íons cálcio e magnésio 
também é aumentada. A furosemida também causa estimulação dose-
dependente do sistema renina-angiotensina-aldosterona. 
 
CASO 2 - Paciente, 50 anos, sexo feminino, com história clínica de hipertensão 
arterial e de palpitações comparece a consulta médica para acompanhamento de 
sua hipertensão. Apesar de seguir uma dieta hipossódica, fazer exercício físico e 
tomar Metoprolol em dose máxima, seus registros de pressão arterial revelam 
pressão arterial acima de 150x100mmHg. O médico decide adicionar a 
Hidroclorotiazida ao esquema anti-hipertensivo. Qual é o mecanismo de ação do 
Metoprolol e da Hidroclorotiazida? Quais anormalidades eletrolíticas ocorrem 
comumente com o uso de diuréticos tiazídicos? 
 
R= O Metopralol é um bloqueador beta-1-seletivo, inibindo ou reduzindo o 
efeito agonista das catecolaminas no coração, as quais são liberadas durante o 
estresse físico e mental. Isso significa que o aumento usual da frequência 
cardíaca, débito cardíaco, da contratibilidade cardíaca e da pressão arterial, 
produzido pelo aumento agudo das catecolaminas, é reduzido pelo Metoprolol. 
 
 A Hidroclorotiazida é um diurético tiazídico, que afeta os mecanismos 
tubulares renais de reabsorção eletrolítica, aumentando diretamente a excreção 
de íons Na e Cl-, privando o corpo de excesso de água. As perdas de K, ocorrem 
secundariamente (substituição por Na) e por secreção ativa no túbulo distal. A 
ação diurética desse fármaco reduz o volume plasmático, aumentando a 
atividade da renina plasmática e aumentando a secreção de aldosterona, seguida 
por aumentos na concentração de K na urina e perda de bicarbonato, e uma 
diminuição no teor de K sérico. 
 
 O uso concomitante de diuréticos tiazídicos, incluindo hidroclorotiazida, com 
betabloqueadores ou diazóxido, pode aumentar o risco de hiperglicemia e 
também podem causar um desequilíbrio do volume de fluídos ou eletrólitos, 
incluindo hipocalemia, hiponatremia e alcalose hipoclorêmica. 
 
CASO 3 - Após a vizinha de Beatriz descobrir que ela faz Enfermagem na UFC, 
começou a conversar com ela sobre os remédios que toma. Entre eles, ela contou 
sobre um remédio para controlar sua hipertensão, que ela mencionou causar 
tosse, o qual fez Bia lembrar imediatamente da aula que teve de Anti 
Hipertensivos. Que remédio poderia ser esse e por que esse efeito acontece? Qual 
seu mecanismo de ação como anti hipertensivo? 
R= O medicamento utilizado pela vizinha de Beatriz é um anti-hipertensivo, que 
possivelmente é um captopril, enalapril ou similares, que são utilizados para 
quadros hipertensivos. E o mecanismo provável da indução da tosse, é devido a 
uso de inibidores da enzima de conversão da angiotensina. A bradicinina tem 
ação anti-hipertensiva e controla a pressão sanguínea, porém normalmente é 
degradada pela ECA, e com o bloqueio dessa enzima, existe um acúmulo desta 
substância dos pulmões, o que produz inflamação e bronco constrição. O 
acúmulo de bradicinina contribui para a irritação das vias aéreas e tosse, levando 
a contração da musculatura lisa e edema local. Estudos também demostram que 
a tosse também pode ser provocada pelo acúmulo de cininas que são inativadas 
pelas ciniases, principalmente pela ciniases II, que também a presenta a 
capacidade de converter a angiotensina I em angiotensina II, como subsequente 
estimulação de células inflamatórias e dos peptídeos pró-inflamatórios 
(substância P, neuropeptídio Y, histamina, prostaglandina e tromboxano). A 
liberação de acetilcolina nas terminações vagais e a inflamação localizada 
determina um quadro irritativo nas vias aéreas, com estimulação dos receptores 
nervosos e o reflexo vagal da tosse. 
O mecanismo de ação desses fármacos, é inibir a enzima conversora de 
angiotensina (ECA), inibindo a conversão da angiotensina I em angiotensina II, 
que é um fármaco produzido naturalmente pelo rim. Consequentemente, 
bloqueando o efeito da angiotensina II, provocando relaxamento dos vasos 
sanguíneos, fazendo com que o coração se esforce menos para ejetar sangue 
para o corpo, o que acarreta na redução da pressão arterial.

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