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SUMÁRIO
1. Atos da Administração x Atos Administrativos ............................................ 5
1.1 Atos Políticos ...................................................................................... 5
1.2 Atos Privados ..................................................................................... 6
1.3 Atos Materiais (Fatos Administrativos) .................................................... 6
1.4 Atos Administrativos ............................................................................ 6
2. Classificação dos Atos Administrativos ...................................................... 7
2.1 Quanto à Liberdade de Atuação do Agente ............................................... 7
2.2 Quanto à Formação .............................................................................. 7
2.3 Quanto ao Destinatário ......................................................................... 10
2.4 Quanto à Atuação Estatal ..................................................................... 10
2.5 Quanto ao Conteúdo ............................................................................. 11
3. Efeitos do Silêncio Administrativo ............................................................. 15
4. Elementos do Ato Administrativo .............................................................. 15
4.1 Competência ....................................................................................... 16
4.2 Finalidade ........................................................................................... 16
4.3 Forma ................................................................................................ 17
4.4 Motivo ................................................................................................ 18
4.5 Objeto ................................................................................................ 21
4.5.1 Efeitos Acessórios do Ato .................................................................... 21
4.5.2 Conteúdo x Objeto ............................................................................ 22
5. Atributos do Ato Administrativo................................................................ 22
5.1 Presunção de Legitimidade e de Veracidade ............................................. 22
5.2 Tipicidade ........................................................................................... 24
5.3 Imperatividade .................................................................................... 24
5.4 Coercibilidade ou Exigibilidade ............................................................... 25
5.5 Autoexecutoriedade ou Executoriedade ................................................... 25
6. Planos de Análise dos Atos Administrativos ................................................ 26
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6.1 Perfeição ............................................................................................. 27
6.2 Validade ............................................................................................. 27
6.3 Eficácia ............................................................................................... 27
7. Hipóteses de Extinção dos Atos Administrativos ......................................... 30
7.1 Cumprimento dos Efeitos ou Advento de um Termo Final ........................... 30
7.2 Desaparecimento da Pessoa ou da Coisa sobre a Qual Ela Recai ................. 30
7.3 Renúncia (Abdicação pelo Beneficiado do Ato) .......................................... 30
7.4 Retirada .............................................................................................. 31
8 Convalidação de Atos Administrativos ........................................................ 34
8.1 Vícios Passíveis de Convalidação ............................................................ 35
9. Revogação do Ato Administrativo ............................................................. 37
9.1 Atos Administrativos Consumados .......................................................... 37
9.2 Atos Vinculados ................................................................................... 38
9.3 Sucessão de Três Atos Administrativos .................................................... 38
10. Cassação e Caducidade do Ato Administrativo .......................................... 39
10.1 Cassação .......................................................................................... 39
10.2 Caducidade ....................................................................................... 39
11. Contraposição ou Derrubada do Ato Administrativo ................................... 40
12. Ações Judiciais Cabíveis para Anulação de Ato Administrativo Ilegal ............ 40
13. Habeas Data ....................................................................................... 41
13.1 Cabimento ........................................................................................ 41
13.2 Partes ............................................................................................... 42
13.3 Competência ..................................................................................... 42
14. Mandado de Segurança ......................................................................... 42
14.1 Cabimento ........................................................................................ 42
14.1.1 Requisitos do Mandado de Segurança ................................................. 43
14.2 Direito Líquido e Certo ........................................................................ 43
14.3 Prazo Decadencial .............................................................................. 43
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14.4 Atos de Dirigentes de Empresas Estatais e Concessionárias de Serviços 
Públicos .................................................................................................. 44
14.5 Não Cabimento do Mandado de Segurança............................................. 44
14.6 Partes ............................................................................................... 45
14.7 Competência ..................................................................................... 45
14.8 Mandado de Segurança Preventivo ....................................................... 46
14.9 Mandado de Segurança Coletivo ........................................................... 46
14.10 Teoria da Encampação ....................................................................... 46
15. Ação Popular ....................................................................................... 47
16. Ação Civil Pública ................................................................................. 47
Estudo Dirigido .......................................................................................... 49
Questões de Provas Anteriores .................................................................... 51
Gabarito ................................................................................................... 64
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DIREITO ADMINISTRATIVO
Atos Administrativos
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1. ATOS DA ADMINISTRAÇÃO X ATOS ADMINISTRATIVOS
Os ATOS DA ADMINISTRAÇÃO são um gênero que se subdivide em quatro 
espécies: 
• atos políticos;
• atos privados; 
• atos materiais; e 
• atos administrativos.
Vejamos, em detalhes, cada um deles.
1.1 Atos PolíticosSão aqueles praticados no exercício da função política. 
Exemplos: declaração de guerra, declaração de anistia, veto de 
lei etc.
Os atos políticos não se submetem ao controle do Poder Judiciário, razão pela qual 
não se submetem a Súmulas Vinculantes.
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ATOS ADMINISTRATIVOS
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Exemplo: um Prefeito pode nomear o irmão para ocupar o cargo 
de Secretário Municipal, pois essa nomeação é para cargo político, 
sendo, portanto, ato político não alcançado pela SV nº 13, que 
veda o nepotismo.
Os atos políticos que causem dano aos particulares ensejarão a obrigação de 
reparação, que pode ser determinada pelo Poder Judiciário.
1.2 Atos Privados 
São atos praticados sem prerrogativas públicas. 
Exemplos: doação sem encargo, permutas etc.
1.3 Atos Materiais (Fatos Administrativos) 
São atos em que não existe manifestação de vontade do Estado, mas 
tão somente um ato de execução. 
Exemplo: demolição de um prédio. 
1.4 Atos Administrativos 
São os atos praticados pelo Estado no exercício da função administrativa, 
sob o regime de direito público e ensejando manifestação de vontade do Estado 
ou de quem lhe faça às vezes, como as concessionárias de serviço público, por exemplo. 
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Alguns atos administrativos não são praticados pela Administração Pública, mas sim 
por outras pessoas que atuam por delegação estatal. 
Ou seja, nem todo ato administrativo é praticado pela Administração, nem 
todo ato da administração é ato administrativo (pode ser um ato político, 
material ou privado).
2. CLASSIFICAÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
2.1 Quanto à Liberdade de Atuação do Agente
• Ato vinculado: não há nenhuma margem de escolha ao agente público. Todos 
os elementos do ato administrativo são vinculados, definidos objetivamente 
pela lei.
• Ato discricionário: há margem de escolha. O agente público deve exercer um 
juízo de conveniência e oportunidade para a prática do ato administrativo.
2.2 Quanto à Formação
• Ato simples: está perfeito e acabado com a manifestação de vontade de um 
único agente. 
Exemplo: nomeação de um servidor público.
• Ato complexo: está perfeito e acabado após a soma da manifestação de 
vontade de dois órgãos absolutamente independentes entre si. 
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Exemplo: nomeação de um Procurador da Fazenda Nacional, que 
ocorre com a manifestação de vontade do Ministro da Fazenda 
somada à do Advogado-Geral da União.
• Ato composto: trata-se de uma manifestação de vontade principal somada 
a uma manifestação de vontade acessória (dependente da vontade principal, 
meramente ratificadora da primeira vontade).
EFEITO PRODRÔMICO: é o efeito produzido pela edição do primeiro ato 
administrativo nos atos complexos e compostos, ou seja, é a quebra da inércia 
administrativa, exigindo a manifestação do segundo órgão para a conclusão do ato 
complexo ou composto.
O STF entende que o ato de aprovação, diferentemente dos atos de homologação 
e de visto, é independente em relação ao primeiro ato administrativo sujeito a 
aprovação, razão pela qual caracteriza um ato complexo.
Aprovação: ato complexo
Homologação e visto: atos compostos
Exemplo: ato de aposentadoria de um servidor público, que depende da manifestação 
de vontade do órgão ao qual o servidor está vinculado e, posteriormente, de 
manifestação de vontade (aprovação) do Tribunal de Contas. 
Sendo certo que a aprovação é um ato independente em relação ao ato anterior 
de concessão da aposentadoria, podemos afirmar que a aposentadoria é um ato 
complexo (somente se aperfeiçoando após a soma da manifestação de vontade de 
dois órgãos absolutamente independentes entre si).
 CUIDADO!
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Conclusões:
• Quando o Tribunal de Contas não aprova a concessão da aposentadoria do servidor, 
não se pode falar em anulação do ato de aposentadoria. O que ocorre é o não 
aperfeiçoamento de um ato que ainda estava em andamento e que somente se 
concluiria com a aprovação pelo Tribunal de Contas. Nessa hipótese, o Tribunal 
de Contas pode não aprovar o ato concessório de aposentadoria sem 
precisar conceder contraditório e ampla defesa ao servidor, já que não 
há anulação de ato administrativo.
• Caso o Tribunal de Contas não se manifeste sobre o ato de concessão de 
aposentadoria (editado pelo órgão ao qual está vinculado o servidor) dentro do 
prazo de 5 anos, considerar-se-á aprovada tacitamente a aposentadoria. Por essa 
razão, uma não aprovação após o transcurso do referido prazo quinquenal enseja 
a anulação do ato de aposentadoria que havia sido tacitamente aprovado. NesSa 
hipótese, o Tribunal de Contas deve conceder contraditório e ampla 
defesa ao servidor, já que há anulação de ato administrativo, que havia 
sido tacitamente aprovado pelo transcurso do prazo quinquenal.
Súmula Vinculante nº 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União 
asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar 
anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada 
a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e 
pensão.
 SÚMULA
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2.3 Quanto ao Destinatário
• Ato individual: atinge pessoas certas e determinadas.
O ato individual pode se destinar a uma pluralidade de pessoas, desde que sejam 
certas e determinadas.
Exemplo: é um ato individual a Portaria de nomeação de 300 
novos servidores de um órgão público, pois, apesar de atingir uma 
pluralidade de pessoas, todas elas são certas e determinadas.
• Ato geral: descreve uma situação fática e alcança todas as pessoas que se 
encaixem nessa descrição (não se destinam a pessoas certas e determinadas).
Exemplo: norma que estabelece o traje adequado para que se 
acesse determinada repartição pública. Não atinge pessoas certas 
e determinadas, mas sim todo e qualquer cidadãoque pretenda 
acessar o determinado órgão público.
2.4 Quanto à Atuação Estatal 
• Ato de império: a Administração atua com todas as prerrogativas públicas (se 
valendo da supremacia do interesse público).
• Ato de gestão: a Administração atua em pé de igualdade com o particular, sem 
prerrogativas públicas. 
• Ato de expediente: são os atos que dão andamento ao expediente 
administrativo.
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Essa classificação é trazida pela professora Maria Sylvia Zanella Di Pietro; mas, 
segundo o entendimento doutrinário majoritário, estaria superada, por se tratar, na 
verdade, de uma classificação de atos da Administração:
• os atos de império seriam atos administrativos;
• os atos de gestão seriam atos privados;
• os atos de expediente seriam atos materiais (fatos administrativos);
2.5 Quanto ao Conteúdo
• ATOS NORMATIVOS: são os atos por meio dos quais a Administração Pública 
expede normas gerais e abstratas dentro dos limites da lei.
ESPÉCIES:
• Decretos (regulamentos): são atos privativos do chefe do Poder Executivo. 
São os decretos executivos e os decretos regulamentares.
• Instruções normativas: são atos normativos das outras autoridades 
públicas.
• Resoluções e deliberações: são atos normativos de órgãos colegiados;
As resoluções das agências reguladoras também são expedidas por um órgão 
colegiado (conselho diretivo).
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• ATOS ORDINATÓRIOS: são atos de organização interna da atividade. 
Representam a manifestação do poder hierárquico. Não possuem efeitos 
externos.
ESPÉCIES:
• Portarias: são atos individuais internos (atingem pessoas específicas).
• Circulares: são os atos que estabelecem normas internas uniformes (atingem 
pessoas indeterminadas). São atos gerais de caráter interno.
• Avisos: são atos praticados pelos auxiliares diretos do chefe do Poder 
Executivo (ministérios e secretarias estaduais ou municipais).
• Ordem de serviço: são os atos que ordenam os serviços (exemplo: define 
setores, lotações, atribuições etc).
• Ofícios e Memorandos: são os atos de comunicação. A comunicação interna 
é feita por memorando e a comunicação externa por meio de ofícios.
• ATOS NEGOCIAIS: são os atos por meio dos quais a administração concede 
algo pleiteado pelo particular. Nos atos negociais, a manifestação de vontade do 
Estado coincide com o interesse do particular.
ESPÉCIES:
• Licença: é um ato que permite ao particular o exercício de uma atividade 
material que dependa de fiscalização do Estado. É sempre um ato de polícia. 
Trata-se de um ato vinculado (ponto que diferencia a licença da autorização). 
• Autorização: é um ato administrativo discricionário e precário (não gera direito 
adquirido, pode ser desfeito a qualquer tempo sem direito a indenização).
 ○ Autorização de uso (exemplo: autorização de uso de bem público).
A autorização de uso é feita no interesse do particular (a Administração 
apenas verifica se não há transtornos para o Estado).
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 ○ Autorização para o exercício de atividade material (exemplo: 
autorização para o porte de arma).
• Permissão: é um ato administrativo unilateral, discricionário e precário. 
 ○ Permissão de uso de bem público;.
Na permissão de uso, além do interesse particular, existe também o 
interesse público na utilização do bem público.
O alvará não é uma espécie de ato negocial, mas sim a forma pela qual os 
atos negociais (licença, autorização e permissão) são externados pela Administração 
Pública.
• Admissão: é o ato por meio do qual se permite ao particular usufruir de um 
determinado serviço público ofertado pela Administração Pública. Exemplo: 
matrícula (admissão) de um aluno em uma escola pública.
• ATOS ENUNCIATIVOS: são os atos por meio do qual a administração emite 
opiniões (opinativos) ou atesta situações de fato.
ESPÉCIES:
• Certidão: é o espelho de algo que já está registrado na Administração Pública.
• Atestado: a Administração Pública precisa verificar uma situação de fato e 
depois atestar o que foi verificado (exemplo: verifica que o servidor está 
doente e depois concede o atestado médico).
• Apostila (averbação): é o ato por meio do qual se acrescenta informações 
a registros públicos já existentes na Administração.
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• Parecer: é o ato que manifesta opinião da Administração Pública a respeito 
de determinada situação.
 ○ Facultativo: não precisa ser expedido para o regular andamento do 
processo administrativo.
 ○ Obrigatório: deve ser expedido, a sua não expedição pode gerar a 
nulidade do processo administrativo.
» Vinculante: vincula a decisão da autoridade decisória. Somente 
será vinculante quando expressamente previsto em lei.
» Não vinculante: meramente opinativo, não vincula a decisão da 
autoridade decisória. É a regra!
O parecer normativo não se trata de ato enunciativo, mas sim ato normativo. 
Trata-se de norma geral e abstrata dentro dos limites da lei. Possui efeito vinculante.
• ATOS PUNITIVOS: são os atos de aplicação de penalidades.
Deve ser precedido do devido processo legal, garantindo-se a ampla defesa e o 
contraditório.
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3. EFEITOS DO SILÊNCIO ADMINISTRATIVO
O silêncio administrativo (ausência de ato administrativo) não gera 
nenhum efeito, SALVO quando houver previsão legal estabelecendo o efeito 
decorrente desse silêncio.
4. ELEMENTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
São elementos de qualquer ato administrativo: 
• competência; 
• finalidade; 
• forma; 
• motivo; e 
• objeto.
MNEMÔNICO:
CO-FI-FO-M-OB
(LEMBRAR: “Cofifómob”)
Competência, finalidade e forma são elementos vinculados em qualquer ato 
administrativo, seja ele vinculado ou discricionário.
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4.1 Competência
O ato administrativo deve ser praticado por um agente público competente.
A competência é irrenunciável, improrrogável (não se adquire pelo uso, 
somente pode decorrer da lei) e imprescritível (não se perde pelo desuso, podendo 
ser exercida a qualquer tempo).
É possível a delegação de competência, hipótese em que a responsabilidade 
pelo ato será do agente que recebeu a delegação. 
É importante lembrar que a delegação não retira a competência do agente 
público que fez a delegação, mas apenas a estende para o agente que recebe a 
delegação. Em outras palavras, feita a delegação, passam a ser competentes para a 
prática do ato tanto o agente que fez a delegação quanto a autoridade que a recebeu. 
Trata-se da denominada cláusula de reserva.
Também é possível a avocação da competência para a prática de um ato 
administrativo. Na avocação, o superior hierárquico toma para ele a competência 
para a prática do ato administrativo. Diferente do que ocorre com a delegação, na 
avocação o titular originário da competência deixa de possuí-la para a prática do ato 
administrativo.
4.2 Finalidade
A finalidade se divide em: finalidade genérica e finalidade específica.
Finalidade genérica: é o interesse público. 
Finalidade específica: é a finalidade (prevista em lei) que o ato administrativo 
praticado busca alcançar.
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Exemplo: o ato de remoção de um servidor público tem a 
finalidade genérica de atender ao interesse público e a finalidade 
específica de ajustar (organizar) a prestação dos serviços públicos 
prestados. Caso, por exemplo, a Administração Pública se valha 
do ato de remoção para punir um servidor, terá violado o elemento 
finalidade daquele ato administrativo.
A doutrina considera que a finalidade genérica é discricionária, tendo em vista 
que o interesse público é um conceito indeterminado, que deverá ser analisado em 
cada caso concreto.
4.3 Forma
É o meio pelo qual o ato se apresenta no mundo jurídico. A ausência de 
forma enseja a ausência do ato.
A forma, como regra, é um elemento vinculado até mesmo nos atos discricionários, 
todavia, excepcionalmente, esse elemento forma pode ser discricionário 
quando a lei não estabelecer a forma como o ato deve ser praticado ou der ao 
administrador mais de uma possibilidade.
Exemplo de ato administrativo com forma discricionária é o art. 62 da Lei de 
Licitações (Lei nº 8.666/1993):
Art. 62. O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de 
concorrência e de tomada de preços, bem como nas dispensas e 
inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas 
duas modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que 
a Administração puder substituí-lo por outros instrumentos 
hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, 
autorização de compra ou ordem de execução de serviço.
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Perceba que, nesse exemplo, a lei abre a possibilidade ao administrador de 
substituir o instrumento de contrato por vários outros documentos, tais como carta-
contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra etc.
4.3.1 Princípio da Instrumentalidade das Formas
É o princípio segundo o qual é possível, em regra, sanear eventual vício de 
forma de um ato administrativo nos casos em que o resultado pretendido com o ato 
administrativo tenha sido atingido.
Excepcionalmente, o vício de forma será insanável. São os casos em que a 
forma do ato é estabelecida em lei como indispensável para a sua validade.
Exemplo de vício de forma insanável: declaração de utilidade 
pública de um bem imóvel para fins de desapropriação por meio 
de uma instrução normativa, quando a lei exige um decreto 
para tal medida. A instrução normativa pode ser editada por 
uma secretaria de Estado, enquanto o decreto deve ser editado 
exclusivamente pelo Presidente da República. Esse vício na forma 
do ato seria insanável.
4.4 Motivo
Razão que justifica a edição de um ato administrativo. É a situação de fato 
e de direito que enseja a edição do ato administrativo.
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4.4.1 Motivo X Motivação 
Motivação é a fundamentação do ato. É a explanação dos motivos que 
ensejaram a edição do ato. 
A motivação integra o elemento forma do ato administrativo.
Motivo é a situação de fato e de direito que enseja a edição do ato administrativo.
Todo ato administrativo tem motivo, mas nem todo ato administrativo precisa ter 
motivação.
TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES
Mesmo nas hipóteses em que o ato administrativo não precisa ser motivado, caso a 
administração resolva motivá-lo, estará atrelada aos motivos expostos. O vício na 
motivação, mesmo quando não obrigatória, gera a nulidade do ato.
Exemplo: exoneração de servidor comissionado não precisa ser motivada. Se a 
Administração, ao exonerar o servidor, resolve motivar o ato com base na contenção 
de gastos e depois se descobre que esse não era o motivo real, o ato de exoneração 
será nulo.
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4.4.2 Ausência de Motivação X Motivação Falsa
A ausência de motivação e a motivação falsa são dois vícios diferentes do ato 
administrativo e que recaem sobre elementos distintos, gerando – por essa razão – 
consequências distintas.
• Ausência de motivação: o fato de a Administração não motivar um ato que 
demanda motivação. Por exemplo, a exoneração de um servidor efetivo gera 
vício que recai sobre o elemento forma, sendo o ato anulável.
Em regra, os vícios de forma são sanáveis em razão do princípio da 
instrumentalidade das formas, por essa razão a ausência de motivação é um vício 
sanável, que pode ser resolvido com a motivação posterior.
• Motivação falsa: se a Administração utilizar motivação baseada em fatos 
falsos, o vício do ato recai sobre o elemento motivo, sendo o ato nulo. O vício 
que recai sobre o elemento motivo não é sanável.
AUSÊNCIA DE MOTIVAÇÃO MOTIVAÇÃO FALSA
Vício sobre o elemento FORMA Vício sobre o elemento MOTIVO
Vício SANÁVEL Vício INSANÁVEL
O ato é ANULÁVEL O ato é NULO
4.4.3 Motivação “Aliunde” (“Per Relacionem”)
O ato administrativo remete a sua motivação aos fundamentos expostos 
em outro ato administrativo.Essa remissão a fundamentos expostos em outro ato 
administrativo é chamada de motivação aliunde, expressamente autorizada na Lei nº 
9.784/1999, art. 50, § 1º:
§ 1o A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo 
consistir em declaração de concordância com fundamentos de 
anteriores pareceres, informações, decisões ou propostas, que, 
neste caso, serão parte integrante do ato.
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Exemplo: um gestor de contrato administrativo decide anular 
o contrato e motiva sua decisão nos fundamentos expostos no 
parecer do serviço jurídico do órgão no qual trabalha.
4.5 Objeto
O objeto do ato administrativo é aquilo sobre o que dispõe o ato administrativo. 
É o efeito principal que o ato gera no mundo jurídico.
Para que o ato seja válido, é necessário que seu objeto seja lícito, possível e 
determinado (ou, pelo menos, determinável).
4.5.1 Efeitos Acessórios do Ato
• Efeito prodrômico: é o efeito de quebra da inércia administrativa, que ocorre 
nos atos compostos e complexos com a edição do primeiro ato administrativo.
• Efeito reflexo: é o efeito que recai sobre terceiros não originariamente 
previstos no ato
 
Exemplo: o ato de reintegração de um servidor público. A 
reintegração gera efeito reflexo sobre aquele que esteja ocupando 
o cargo público do reintegrado, qual seja a sua recondução para 
o cargo anteriormente ocupado ou colocação em disponibilidade 
caso não fosse ocupante de outro cargo anteriormente.
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4.5.2 Conteúdo x Objeto
Doutrina minoritária defende uma possível diferença entre os conceitos de 
objeto e conteúdo. Em provas objetivas, essa diferenciação somente deve ser adotada 
caso o examinador a questione diretamente; caso contrário, conteúdo e objeto devem 
ser considerados sinônimos.
Conteúdo é a disposição jurídica (efeito do ato) e objeto é aquilo sobre o 
que o ato administrativo recai.
Exemplo: desapropriação de uma casa ⇒ o conteúdo é a 
desapropriação do bem e o objeto é a casa.
5. ATRIBUTOS DO ATO ADMINISTRATIVO
Os atributos dos atos administrativos decorrem da supremacia do interesse 
público sobre o interesse privado.
Alguns atributos são inerentes a todo e qualquer ato administrativo, enquanto outros 
se referem apenas àqueles que ensejem obrigações a particulares.
5.1 Presunção de Legitimidade e de Veracidade
As presunções de legitimidade e veracidade são atributos inerentes a todo e 
qualquer ato administrativo. 
• Presunção de veracidade: diz respeito aos fatos expostos em um ato 
administrativo. Esses fatos presumem-se verdadeiros até que se prove o 
contrário. 
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 Não se trata de uma presunção absoluta (juris et de jure), ou seja, cabe prova em 
contrário. Trata-se de presunção relativa – juris tantum.
• Inversão do ônus da prova: o Estado não precisa provar a verdade dos fatos 
por ele alegados. Cabe ao particular comprovar que as alegações estatais não 
são verdadeiras.
EXEMPLO
Cidadão que recebe em sua residência multas de trânsito por infrações que não 
praticou, as quais, na realidade, foram praticadas por terceira pessoa em veículo 
com placas clonadas. Até que consiga comprovar que não foi o responsável pelas 
infrações e que seu carro teve as placas clonadas, presumir-se-á a veracidade dos 
autos de infração emitidos pelas autoridades de trânsito.
• Presunção de legitimidade: diz respeito ao direito. Ou seja, presume-se que 
os atos administrativos foram praticados em conformidade com os preceitos 
legais.
Não se trata de uma presunção absoluta (juris et de jure), ou seja, cabe prova em 
contrário (presunção relativa – juris tantum).
Por essa razão, em regra, os recursos administrativos não possuem efeito 
suspensivo, tendo em vista que se presumem lícitos os atos administrativos.
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5.2 Tipicidade
A tipicidade é um atributo inerente a todo e qualquer ato administrativo. 
É o princípio da legalidade aplicado aos atos administrativos. 
Os atos administrativos somente podem ser praticados quando previamente 
tipificados em uma norma legal. Os atos que violem esse atributo serão ilícitos.
5.3 Imperatividade
A imperatividade não se refere a todos os atos administrativos, mas tão somente 
àqueles que ensejem obrigações aos particulares.
Trata-se do poder que a Administração Pública tem de impor obrigações aos 
particulares ou restringir direitos deles unilateralmente, sempre dentro dos limites 
da lei.
A imperatividade é conhecida também como poder extroverso.
A imposição de obrigações/restrição de direitos pode se dar de maneira direta 
ou indireta. 
A coerção do particular por meio de atos de execução direta da vontade estatal 
caracteriza a autoexecutoriedade dos atos administrativos, enquanto a coerção por 
meios indiretos caracteriza a sua coercibilidade.
Tanto a coercibilidade quanto a autoexecutoriedade também são atributos 
dos atos administrativos.
AUTOEXECUTORIEDADE COERCIBILIDADE (EXIGIBILIDADE)
Coerção direta do particular.
Exemplo: reboque de carro 
estacionado irregularmente.
Coerção indireta do particular.
Exemplo: aplicação de multa.
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5.4 Coercibilidade ou Exigibilidade
A coercibilidade não se refere a todos os atos administrativos, mas tão somente 
àqueles que ensejem obrigações aos particulares.
É o poder que o Estado tem de se valer de meios indiretos de coerção do 
particular para que este atenda às determinações estatais.
Exemplo: aplicação de multa de trânsito por estacionar em 
local proibido. Nessa hipótese, indiretamente, o Estado exige o 
cumprimento de uma obrigação do particular.
5.5 Autoexecutoriedade ou Executoriedade
É o poder que o Estado tem de se valer de meios diretos de coerção do 
particular para que este atenda às determinações estatais.
A autoexecutoriedade não se refere a todos os atos administrativos, mas tão 
somente àqueles que ensejem obrigações aos particulares, desde que assim prevista 
em lei ou em decorrência de uma situaçãode urgência.
A autoexecutoriedade somente está presente nos atos administrativos que cumpram 
dois requisitos:
a) ato que enseje obrigações aos particulares;
b) desde que exista previsão legal da autoexecutoriedade ou em situações de 
emergência.
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Os atos dotados de autoexecutoriedade, por terem a capacidade de interferir 
na esfera jurídica do particular, devem se sujeitar ao princípio do contraditório.
Nas situações em que a autoexecutoriedade decorra de situação de emergência, o 
contraditório será diferido (postergado), garantindo-se a eficácia do ato administrativo 
que buscava o interesse público.
EXEMPLO
Se um carro, estacionado em local indevido, impede a passagem de uma ambulância 
em atendimento a pessoa ferida, o Estado não pode notificar o particular previamente 
para que ele se manifeste sobre a retirada de seu veículo daquele local sob pena de 
ofensa ao interesse público. Nessa ocasião, o carro deve ser removido e o contraditório 
será possibilitado em momento posterior.
A coercibilidade não se confunde com a autoexecutoriedade dos atos administrativos. Por 
exemplo, nos casos de veículos estacionados em local irregular, a autoexecutoriedade 
estaria relacionada à remoção do veículo do particular (meio direto e efetivo de 
coerção), enquanto a coercibilidade estaria relacionada à aplicação de multas (meio 
indireto que visa coibir a conduta irregular do cidadão).
6. PLANOS DE ANÁLISE DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
Para que os atos administrativos produzam regularmente efeitos no ordenamento 
jurídico, devem atender a três requisitos: perfeição, validade e eficácia.
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6.1 Perfeição
O ato perfeito é aquele que já cumpriu todas as etapas necessárias à sua 
formação. É o ato que existe no mundo jurídico.
O ato imperfeito é inexistente no mundo jurídico. 
EXEMPLOS
1) O ato administrativo sem forma será imperfeito e, portanto, inexistente.
2) Se estamos diante de um ato complexo, o ato será perfeito quando os dois atos 
que o compõem já foram executados (no ato de aposentadoria, por exemplo, o ato 
somente é perfeito quando o órgão do servidor e o TCU já se manifestaram sobre a 
concessão da aposentadoria).
6.2 Validade
É a conformidade do ato administrativo com o ordenamento jurídico. O ato 
pode ser legítimo ou ilegítimo.
6.3 Eficácia
É a aptidão do ato para produzir efeitos.
Em regra, verificadas a perfeição e validade do ato administrativo, a eficácia 
do ato também estará presente.
Excepcionalmente, entretanto, é possível que o ato administrativo condicione 
a sua eficácia a um termo inicial (evento futuro e certo) ou condição suspensiva 
(evento futuro e incerto).
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• Para que ocorra um casamento na praia, o particular deverá obter uma autorização 
de uso de bem público. O Poder Público analisa o caso concreto e decide autorizar 
o evento para a data requerida. Essa autorização é um ato perfeito, válido e ainda 
sem eficácia, tendo em vista que somente estará apto a produzir efeitos na data 
do casamento (termo inicial).
• Um ato administrativo, proibindo o estacionamento em determinada via pública, 
foi editado. Nesse momento, o referido ato já é perfeito e válido, mas sua eficácia 
está condicionada à fixação de uma placa sinalizadora que indique a proibição de 
estacionar. Como a fixação da placa é um evento futuro e incerto (pode ser fixada 
a qualquer momento), trata-se de uma condição suspensiva da eficácia do ato.
6.3.1 Ato Administrativo Pendente X Ato Administrativo Imperfeito
Ato administrativo pendente é o ato administrativo perfeito, válido, mas 
ainda ineficaz (inapto para produzir efeitos).
Ato administrativo imperfeito é aquele inexistente no mundo jurídico por não 
ter cumprido todas as etapas de sua formação.
Não se pode confundir o ato administrativo pendente com o ato administrativo 
imperfeito.
EXEMPLOS
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ATO ADMINISTRATIVO PENDENTE ATO ADMINISTRATIVO IMPERFEITO
Ato em que ainda está pendente uma 
condição ou termo inicial para que 
possa começar a produzir efeitos.
Ato em que ainda está pendente alguma 
etapa de sua formação para que passe a 
existir no mundo jurídico.
É perfeito (existente) e conforme o 
ordenamento jurídico (válido), mas 
ainda ineficaz.
É imperfeito (inexistente).
6.3.2 Ato Administrativo Perfeito, Inválido e Eficaz
Há uma peculiaridade no Direito Administrativo! Em razão da presunção 
de legitimidade, de que gozam os atos administrativos, é possível que um ato 
administrativo inválido (contrário ao ordenamento jurídico) seja eficaz (produza 
efeitos).
Veja a situação em que isso será possível:
Interpretando uma lei, o Estado passa a pagar uma gratificação a determinada carreira 
de servidores. Dois anos depois, reanalisando a referida lei, o Estado percebe que a 
interpretação feita anteriormente havia sido errada e a altera, passando a entender 
que a gratificação nela prevista não se destina a todos os servidores da carreira, 
suspendendo o pagamento da gratificação aos demais.
Veja que, a partir da nova interpretação, conclui-se que aquele ato inicial (que 
havia determinado o pagamento da gratificação a todos os servidores) foi inválido 
(ilegítimo). Todavia, esse ato ilegítimo passou dois anos produzindo efeitos com base 
em uma interpretação errada do Estado, o que foi possível graças ao atributo da 
presunção de legitimidade dos atos administrativos (até que se prove a ilegitimidade, 
o ato produz efeitos).
Por fim, nesse caso específico, quanto ao período de dois anos em que alguns 
servidores receberam indevidamente a referida gratificação, não é possível a exigência 
de ressarcimento aos cofres públicos pelos valores indevidamente recebidos de boa-
fé, em respeito ao princípio da segurança jurídica.
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7. HIPÓTESES DE EXTINÇÃO DOS ATOS ADMINISTRATIVOS
7.1 Cumprimento dos Efeitos ou Advento de um Termo Final
É a extinção natural dos atos administrativos.Exemplos:
• Uma licença para construção se extingue quando a construção 
licenciada chega ao seu fim (cumprimento dos efeitos do ato).
• Licença para dirigir, a qual tem um prazo de validade e, ao fim 
desta, o ato de licença se extingue.
7.2 Desaparecimento da Pessoa ou da Coisa sobre a qual Ela Recai
Exemplos: 
• Um ato administrativo de tombamento de um casarão será 
extinto caso o referido casarão seja demolido.
• Um ato administrativo de nomeação de um servidor que morreu 
será extinto.
7.3 Renúncia (Abdicação pelo Beneficiado do Ato)
Os atos administrativos podem ser ampliativos (geram direitos aos particulares) 
ou restritivos (retiram direitos dos particulares).
A renúncia é uma forma de extinção aplicada exclusivamente a atos ampliativos, 
casos em que o cidadão pode renunciar aos direitos concedidos pelo ato administrativo.
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7.4 Retirada
São as hipóteses em que o ato é extinto por outro ato administrativo posterior 
que o retira do mundo jurídico.
São espécies de retirada: anulação, revogação, cassação, caducidade e 
contraposição.
7.4.1 Anulação do Ato Administrativo
É a retirada de um ato em decorrência de um vício originário de legalidade. 
A anulação somente recairá sobre atos administrativos inválidos, não é possível 
anulação de atos administrativos válidos.
A anulação opera efeitos retroativos à data de edição do ato (efeitos 
“ex tunc”), resguardados os direitos adquiridos dos terceiros de boa-fé.
Não existe direito adquirido de manutenção de um ato nulo no mundo 
jurídico, ou seja, descoberta a ilegalidade, o ato será anulado, operando efeitos 
retroativos à data de sua edição. 
Muito embora os direitos adquiridos dos terceiros de boa-fé devam ser respeitados, 
isso não se confunde com a manutenção do ato nulo no mundo jurídico.
Entenda a situação:
João é nomeado a um cargo efetivo sem a realização de concurso. Em razão da 
nomeação nula, João passa a exercer suas atividades na repartição para a qual foi 
nomeado e em determinado dia expede uma certidão a um usuário do serviço, José.
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Algum tempo depois, a ilegalidade é descoberta e a nomeação de João é anulada. 
Essa anulação gera efeitos retroativos à data da nomeação, ou seja, João nunca foi 
servidor público, pois aquele ato de nomeação não pode produzir efeitos em razão 
do vício originário de legalidade.
Conclusões:
• João não tem direito a manter a sua nomeação, ainda que tenha sido nomeado de 
boa-fé (não sabia que o cargo ocupado era efetivo, por exemplo).
• A certidão expedida a José por João manterá a sua validade, pois o direito do 
terceiro de boa-fé deve ser resguardado.
7.4.2 Competência para Anulação de Atos Administrativos
A anulação poderá ser feita pela própria Administração Pública ou pelo Poder 
Judiciário.
7.4.2.1 Administração Pública
A anulação feita pela própria Administração Pública decorre do princípio da 
autotutela, que garante à Administração o poder de rever os seus atos e, constatando 
a ilegalidade, anulá-lo.
PRINCÍPIO DA AUTOTUTELA
A autotutela pode ser feita de ofício pela Administração Pública ou mediante 
provocação do particular interessado.
O particular que provoca a atuação da Administração Pública o faz amparado pelo 
Direito Constitucional, por meio do direito de petição, previsto no art. 5º, XXXIV, da 
CF/88.
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O referido direito à petição pode ser exercido de duas formas:
• representação: o particular peticiona ao órgão público com a intenção de anular 
ato lesivo ao interesse público, atuando como representante do interesse da 
sociedade.
Exemplo: impugnação de edital de licitação feita por um cidadão em razão de o 
procedimento licitatório ferir a moralidade pública.
• Reclamação: o particular peticiona ao órgão público com a intenção de anular 
ato lesivo a direito próprio (que viola diretamente direito próprio).
Exemplo: impugnação de edital de licitação feita por um dos concorrentes da 
licitação que se sentiu prejudicado.
7.4.2.2 Poder Judiciário
Conforme o princípio da inafastabilidade da jurisdição (art. 5º, XXXV, da 
CF/88), o Poder Judiciário pode anular os atos administrativos em razão de vícios de 
legalidade.
O Poder Judiciário apenas pode atuar mediante provocação, jamais de ofício. 
Ou seja, deve o particular pleitear a anulação do ato lesivo mediante o manejo da 
ação judicial adequada (as quais serão analisadas posteriormente em tópico próprio 
ainda neste material).
7.4.3 Prazo para Anulação dos Atos Ampliativos
Os atos ampliativos são aqueles que geram efeitos favoráveis aos 
particulares.
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A Administração Pública tem o prazo decadencial de 5 anos para anular os 
atos ilegais que geram efeitos favoráveis aos particulares em respeito ao princípio da 
segurança jurídica, ressalvados os casos de má-fé do administrado.
Há previsão legal expressa nesse sentido no art. 54 da Lei nº 9.784/1999:
Art. 54. O direito da Administração de anular os atos administrativos 
de que decorram efeitos favoráveis para os destinatários decai em cinco 
anos, contados da data em que foram praticados, salvo comprovada 
má-fé.
8 CONVALIDAÇÃO DE ATOS ADMINISTRATIVOS
Os atos administrativos, quanto à existência de vícios, podem ser classificados 
em: válidos, nulos e anuláveis.
Válidos são aqueles que não possuem qualquer defeito e têm plena validade 
no mundo jurídico. Nulos são aqueles que possuem vícios insanáveis e, portanto, não 
podem ser convalidados.
Os atos anuláveis, por sua vez, podem ser convalidados, tendo em vista que 
o seu vício é sanável, gerando nulidade meramente relativa.
A convalidação opera efeitos ex tunc, ou seja, possui efeitos retroativos. 
Por meio da convalidação, garantem-se os efeitos futuros e salvaguardam-se os 
efeitos pretéritos dos atos administrativos convalidados. A convalidação de um 
ato administrativo não pode causar prejuízos à Administração Pública ou a 
terceiros.
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DIREITO ADMINISTRATIVO
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Professores Carlos Alfama e Paulo Igor
 www.zeroumconcursos.com.br 35acesse outros conteúdos:A convalidação do ato será feita pela Administração Pública ou, 
excepcionalmente, pelo próprio particular (administrado), quando a edição do 
ato depender da manifestação de sua vontade e a exigência não tiver sido observada 
(o particular poderá emiti-la posteriormente, convalidando o ato).
8.1 Vícios Passíveis de Convalidação
Os atos administrativos possuem 5 elementos: competência, finalidade, forma, 
motivo e objeto.
É unânime na doutrina que os vícios que recaem sobre os elementos finalidade 
e motivo jamais serão passíveis de convalidação.
Em relação ao elemento objeto, José dos Santos Carvalho Filho, em posição 
francamente minoritária, defende a possibilidade de ocorrência de vício sanável 
nas hipóteses específicas em que o ato possui conteúdo plúrimo (mais de um 
objeto). Para o renomado autor, nesses casos o ato pode ser convalidado em sua 
parte legal, enquanto a parte ilegal é retirada.
Exemplo: portaria que concede simultaneamente férias e 
determinada licença a um servidor público. Posteriormente, 
descobre-se que a licença não poderia ter sido concedida. Há um 
vício nessa parte do objeto, que deve ser excluída do ato, mas se 
pode convalidar o ato em seu outro objeto (concessão de férias), 
que não estava maculado por nenhum vício.
Esse entendimento foi recentemente cobrado em prova de concurso público, 
realizado pela banca FCC, razão pela qual merece uma atenção especial. Veja o item 
que foi considerado correto pela banca:
(FCC/DEFENSOR PÚBLICO/DPE-SC/2017) É possível convalidar atos com vício 
no objeto, ou conteúdo, mas apenas quando se tratar de conteúdo plúrimo. 
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Em regra, os vícios que recaem sobre os elementos competência e forma 
são passíveis de convalidação.
Exceções:
• vício de competência em relação à pessoa, nos casos de competência exclusiva, 
não pode ser convalidado.
Exemplo: ato de competência do Governador do Estado que 
foi praticado por Secretário de Estado. Em regra, poderá ser 
convalidado, ressalvada a hipótese de a competência ser exclusiva 
do Governador.
• vício de competência em relação à matéria jamais pode ser convalidado.
Exemplo: ato de competência do Ministro da Justiça que foi 
praticado pelo Ministro da Educação.
• vício de forma quando este elemento for previsto em lei como essencial para 
sua validade não pode ser convalidado.
Exemplo: nos atos de punição a servidores públicos, a motivação 
é obrigatória para a validade do ato. Nesses casos, a falta de 
motivação gera vício insanável de forma.
Se o vício recair sobre o elemento competência, nos casos em que caiba a 
convalidação, e o ato for vinculado, a autoridade competente estará obrigada a 
convalidar o ato. Sendo o ato discricionário, a convalidação será discricionária, 
conforme juízo de conveniência e oportunidade da autoridade competente.
A doutrina divide a convalidação em duas espécies: confirmação e ratificação.
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Confirmação é a convalidação realizada pela mesma autoridade que realizou 
o ato originário, enquanto a ratificação é a convalidação realizada por autoridade 
distinta daquela que realizou o ato originário.
9. REVOGAÇÃO DO ATO ADMINISTRATIVO
Incide sobre atos administrativos válidos, decorrendo de uma análise de 
mérito, juízo de conveniência e oportunidade sobre a necessidade de manutenção 
do ato.
Não cabe revogação de ato administrativo inválido. Nos atos inválidos, a retirada 
ocorre mediante anulação. 
A revogação não possui efeitos retroativos (portanto, produz apenas efeitos 
ex nunc), tendo em vista que o ato é válido e todos os efeitos já produzidos por ele 
devem ser mantidos.
O Poder Judiciário, no exercício da função jurisdicional, não pode determinar 
a revogação de um ato administrativo.
O Poder Judiciário, atuando em sua função administrativa (função atípica), é 
competente para revogar os próprios atos após juízo de conveniência e oportunidade, 
por exemplo, em concurso público realizado no âmbito de um tribunal para contratação 
de servidores para seus quadros.
9.1 Atos Administrativos Consumados
São aqueles atos que exauriram todos os efeitos que poderiam ser produzidos. 
Como esses atos não possuem mais efeitos futuros, e a revogação possui 
apenas efeitos ex nunc (apenas impede efeitos futuros), não faz sentido pensar em 
revogação de atos exauridos.
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Exemplo: não é possível revogar um ato concessivo de férias a 
um servidor depois que as férias já foram gozadas.
9.2 Atos Vinculados
Não podem ser revogados, pois não há margem de discricionariedade para 
que a Administração Pública exerça juízo de conveniência e oportunidade sobre a 
necessidade de manutenção do ato.
Exceção: licença para construir (parte da doutrina entende que se trata 
de um ato vinculado que admitiria a revogação em razão de ser a licença para 
construir ser um direito acoplado ao direito de propriedade, o qual pode ser objeto 
de desapropriação, ocasião em que haveria a revogação da licença concedida).
9.3 Sucessão de Três Atos Administrativos
Imagine a seguinte situação hipotética:
Determinado ato administrativo revogou outro ato. Posteriormente, contudo, um 
terceiro ato administrativo foi editado, tendo revogado esse ato revogatório.
Nesse caso, a simples revogação do ato revogatório é suficiente para que o 
primeiro ato administrativo retome seus efeitos?
NÃO! Apenas a revogação do segundo ato não é suficiente para que os efeitos 
do primeiro voltem a ser produzidos. É necessário, para tanto, que haja expressa 
manifestação da Administração nesse sentido.
Ou seja, se a Administração Pública busca retomar os efeitos do primeiro ato revogado, 
deve mencionar esse fato expressamente no terceiro ato.
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10. CASSAÇÃO E CADUCIDADE DO ATO ADMINISTRATIVO
É a retirada de um ato administrativo do mundo jurídico em hipóteses de 
ilegalidades supervenientes do ato.
O ato era válido e se torna inválido durante a sua execução.
10.1 Cassação
Nessa hipótese, a ilegalidade superveniente decorre de culpa do beneficiário 
do ato.
Exemplos: 
• Cidadão que obtém licença para exploração de atividade 
hoteleira e posteriormente passa a utilizar o local como ponto 
de encontros sexuais fortuitos e efêmeros. A licença para 
exploração de atividade hoteleira (ato administrativo) será 
cassada.
• Condutor que comete várias infrações de trânsito, ultrapassandoa pontuação máxima permitida pelo órgão de trânsito. A licença 
para dirigir (ato administrativo) será cassada.
10.2 Caducidade
Nessa hipótese, a ilegalidade superveniente decorre de uma mudança 
legislativa. Não possui nenhuma relação com culpa do beneficiário.
Exemplo: cidadão obtém autorização de uso de bem público para 
montar um circo em uma praça da cidade. Após algum tempo de 
funcionamento do circo, o plano diretor da cidade é modificado e 
a exploração da atividade naquele local passa a ser proibida.
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CASSAÇÃO CADUCIDADE
Ilegalidade superveniente em 
razão de uma alteração fática.
Ilegalidade superveniente 
em razão de uma alteração 
jurídica.
Há culpa do beneficiário Não há culpa do beneficiário
11. CONTRAPOSIÇÃO OU DERRUBADA DO ATO ADMINISTRATIVO
Não há ilegalidade originária e nem superveniente. Na contraposição, existe a 
edição de um novo ato administrativo que se contrapõe ao anterior, ensejando a sua 
retirada do mundo jurídico.
Exemplo: nomeação e exoneração de um servidor público. A 
exoneração se contrapõe à nomeação, retirando-a do mundo 
jurídico.
12. AÇÕES JUDICIAIS CABÍVEIS PARA ANULAÇÃO DE ATO ADMINISTRATIVO 
ILEGAL
Para pleitear a anulação de atos administrativos ilegais perante o Poder 
Judiciário, o particular pode ingressar com: 
• ação do procedimento comum;
• habeas data; 
• mandado de segurança;
• ação popular;
• ação civil pública. 
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Sobre a ação do procedimento comum, não são cabíveis maiores considerações, 
pois é tema estudado no processo civil.
Contudo, no tocante aos remédios constitucionais, algumas observações são 
necessárias.
Além das já citadas ações cabíveis para anulação de atos lesivos no interesse do 
particular, abordaremos também duas ações que são propostas com vistas a defender 
interesses coletivos (difusos): ação popular e ação civil pública.
13. HABEAS DATA
13.1 Cabimento
Só é cabível para obter, retificar ou acrescentar informações pessoais 
do impetrante (ou pelo sucessor para obter informações do falecido) constantes de 
registros ou bancos de dados de entidades governamentais ou de caráter 
público.
Para o cabimento do habeas data, é necessário que impetrante comprove a 
recusa da Administração em fornecer as informações requeridas.
Não se exige o esgotamento da instância administrativa, mas tão somente a recusa 
de fornecimento da informação pretendida.
A recusa de fornecimento das informações pretendidas pode ser expressa ou 
tácita. 
 CUIDADO!
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A recusa tácita se caracteriza pela situação em que a Administração não 
apresenta as informações requeridas no prazo de 10 dias, ou não retifica ou acrescenta 
as informações no prazo de 15 dias.
13.2 Partes
Existem três sujeitos processuais distintos na ação de habeas data: o autor, 
o réu e a autoridade coatora.
O réu da ação é a entidade pública à qual está vinculada a autoridade coatora 
e não é citado para apresentar defesa na ação.
13.3 Competência
É definida de acordo com a autoridade coatora (art. 20 da Lei nº 9.507 e 
Constituição Federal).
14. MANDADO DE SEGURANÇA
14.1 Cabimento
É cabível para proteger direito líquido e certo não amparado por habeas data 
ou habeas corpus.
Se o cidadão quiser obter uma certidão do órgão, o remédio cabível será o Mandado 
de Segurança. O habeas data se destina apenas às situações em que o agente 
pretenda obter acesso ao teor das informações constantes em bancos de dados.
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No mandado de segurança, não há condenação em honorários advocatícios e 
é cabível a concessão de liminar como tutela de urgência para socorrer o impetrante.
14.1.1 Requisitos do Mandado de Segurança
• Direito líquido e certo (prova pré-constituída);
• Impetração no prazo decadencial de 120 dias contados do conhecimento 
do ato coator.
14.2 Direito Líquido e Certo
Trata-se do direito que tem prova pré-constituída do fato alegado. Não é 
cabível dilação probatória, todas as provas devem ser documentais e devem ser 
juntadas com a inicial.
Caso os documentos comprobatórios estejam sob a posse da Administração 
Pública, basta que isso seja informado ao juiz que determinará a sua apresentação.
A controvérsia sobre matéria de direito não impede a impetração do mandado 
de segurança, o que impede o ajuizamento da ação é a controvérsia fática.
14.3 Prazo Decadencial
O mandado de segurança deve ser impetrado em até 120 dias, contados do 
conhecimento do ato coator. Trata-se de prazo decadencial e, portanto, é contado em 
dias corridos e não se prorroga.
O STF tem decisões entendendo ser cabível a prorrogação quando o prazo se encerra 
em dias não úteis.
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14.4 Atos de Dirigentes de Empresas Estatais e Concessionárias de 
Serviços Públicos 
Atos de gestão comercial de dirigentes de empresas públicas, sociedades 
de economia mista ou concessionárias de serviços públicos não são passíveis 
de mandado de segurança.
Nos atos administrativos praticados pelos mesmos dirigentes, exercendo 
função administrativa, o mandado de segurança será cabível. Veja a Súmula 333 do 
STJ nesse sentido:
Súmula 333 do STJ: Cabe mandado de segurança contra ato praticado em licitação 
promovida por sociedade de economia mista ou empresa pública.
14.5 Não Cabimento do Mandado de Segurança
O mandado de segurança não é cabível:
• nas hipóteses de cabimento de recursos administrativos ou judiciais que possuam 
efeito suspensivo, não será possível mandado de segurança;
• contra decisão jurisdicional transitada em julgada;
A matéria objeto de trânsito em julgado na esfera administrativa pode ser objeto de 
mandado de segurança.
• contra lei em tese (lei geral e abstrata);
 SÚMULA
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O mandado de segurança é cabível contra leis de efeitos concretos (que não possuem 
caráter normativo, não detêm generalidade, impessoalidade e nem abstração).
Exemplo: lei que determina a desapropriação de determinado 
terreno considerado como área de utilidade pública.
• para pleitear valores anteriores à impetração do mandado de segurança.
Exemplo: um ato administrativo determina a redução da 
remuneração de determinado servidor de R$10.000,00 para 
R$8.000,00 em janeiro. O servidor ingressa com mandado 
de segurança em abril para pleitear a anulação do referido 
ato. Em dezembro, é prolatada sentença favorável ao 
servidor determinando que a Administração volte a pagar os 
R$10.000,00. O servidor terá direito a receber os valores da 
diferença a partir de abril (data da impetração), mas não os 
valores de janeiro a março (anteriores à impetração).
14.6 Partes
Existem três sujeitos processuais distintos na ação de mandado de segurança: 
o autor, o réu e a autoridade coatora.
O réu da ação é a entidade pública à qual está vinculada a autoridade coatora 
e, diferentemente do que ocorre no habeas data, o réu deve ser cientificado 
da impetração da ação.
14.7 Competência
É definida de acordo com a autoridade coatora.
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14.8 Mandado de Segurança Preventivo
É cabível para proteger o impetrante contra uma real ameaça de prática de 
ato lesivo a direito líquido e certo.
14.9 Mandado de Segurança Coletivo
Ocorre quando há substituição processual, ou seja, há uma entidade (partido 
político com representação no congresso nacional ou associações legalmente 
constituídas há mais de 1 ano) impetrando a ação para defesa de seus associados.
O mandado de segurança coletivo pode ser impetrado na defesa de parte dos 
associados, não necessariamente a sua totalidade.
14.10 Teoria da Encampação
Teoria criada com a intenção de permitir o julgamento de um mandado de 
segurança mesmo que impetrado contra autoridade coatora errada, desde que:
• A autoridade coatora impetrada (autoridade errada) preste as informações 
solicitadas pelo juiz;
• A autoridade coatora impetrada (autoridade errada) seja de nível hierárquico 
superior à autoridade coatora correta;
• O erro em relação à autoridade coatora não enseje a modificação da competência 
jurisdicional;
Exemplo: Mandado de segurança impetrado contra o Presidente 
da República quando na verdade a autoridade coatora seria um 
Ministro de Estado. A teoria da encampação não poderia ser 
aplicada, pois a competência para julgar o Presidente da República 
é do STF, enquanto a competência para julgar o Ministro de Estado 
é do STJ.
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15. AÇÃO POPULAR
Qualquer cidadão é parte legítima para propor ação popular. 
A qualidade de cidadão deve ser comprovada com a juntada de título de 
eleitor.
A ação popular visa anular um ato lesivo ao interesse público (à coletividade).
Esse é um ponto de diferenciação entre essa ação e o mandado de segurança 
individual.
Os réus da ação popular são: a entidade pública, o agente público que praticou 
o ato e o particular que foi beneficiado pelo ato.
Independentemente de quem seja o réu, a ação popular tramita perante o 
juiz singular.
Não há necessidade de prova pré-constituída. É possível que seja feita uma 
dilação probatória.
16. AÇÃO CIVIL PÚBLICA
A legitimidade ativa da ação civil pública é restrita. Somente podem propor 
a ação: 
• entidades da Administração Pública direta (União, Estados, Municípios e Distrito 
Federal); 
• entidades da Administração Pública indireta (autarquias, fundações públicas, 
empresas públicas e sociedades de economia mista);
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• Ministério Público ou Defensoria Pública (ambos em nome próprio);
• associações legalmente constituídas há pelo menos um ano (em defesa de 
interesses difusos, o que a diferencia do mandado de segurança coletivo);
É uma ação proposta com a finalidade de anular atos lesivos ao interesse 
público (interesses difusos).
Independentemente de quem seja o réu, a ação civil pública tramita perante 
o juiz singular.
Não há necessidade de prova pré-constituída. É possível que seja feita uma 
dilação probatória.
Previamente à ação civil pública, o Ministério Público pode instaurar um 
Inquérito Civil.
O Inquérito Civil é um procedimento preparatório para a ação civil pública, 
mas dispensável à sua propositura.
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1. Conceitue atos da administração e suas quatro espécies.
2. Diferencie atos simples, complexos e compostos.
3. O que é efeito prodrômico do ato administrativo?
4. Cite as espécies de atos normativos.
5. Cite as espécies de atos ordinatórios.
6. Cite as espécies de atos negociais.
7. Diferencie licença, autorização e permissão.
8. Cite as espécies de atos enunciativos.
9. O silêncio administrativo gera que efeito sobre o ato administrativo? Existe alguma 
situação excepcional?
10. Quais são os elementos dos atos administrativos? Quais são vinculados e quais 
são discricionários?
11. Quais são as características principais da competência?
12. O que significa o princípio da instrumentalidade das formas?
13. Diferencie motivo e motivação.
14. O que significa teoria dos motivos determinantes?
15. Diferencie as hipóteses de ausência de motivação e de existência de motivação 
falsa em um ato administrativo.
16. O que é motivação aliunde?
17. Quais são os atributos do ato administrativo?
 
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18. Quais são os requisitos para que um ato administrativo goze da prerrogativa da 
autoexecutoriedade?
19. Quais são os planos de análise dos atos administrativos?
20. Diferencie um ato pendente de um ato imperfeito.
21. Quais são as hipóteses de extinção dos atos administrativos?
22. Quais são as espécies de

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