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ECONOMIA POLITICA - APOL 1 - QUINTA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"O utilitarismo teórico (ou, se se preferir, a axiomática do interesse), o que tenta explicar a ação humana pelos cálculos egoístas dos indivíduos ou dos grupos, está já bem presente no pensamento antigo, onde, contudo, não é ainda verdadeiramente dissociado das preocupações normativas e da interrogação do bem. De igual modo, nas teorias jusnaturalistas ele continua subordinado à procura das normas da justiça. É só com o nascimento das ciências sociais e, mais precisamente, com o nascimento da Economia Política – digamos em 1776 – que ele se emancipa do discurso filosófico e da preocupação moral, para se apresentar sob aspectos puramente científicos, se por ciência entendermos a procura de propostas cognitivas que sejam totalmente independentes das propostas normativas".
Fonte: CAILLÉ, Alain. O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo. Soc. estado. vol. 16 no. 1-2 Brasília June/Dec. 2001. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922001000100003>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina, analise as afirmações abaixo sobre o utilitarismo econômico e depois assinale a alternativa que indique apenas as corretas:
I. O utilitarismo, de forma geral, entende que toda a motivação humana, em qualquer tempo e lugar, pode ser reduzida ao único princípio de que sempre se busca maximizar o prazer e minimizar a dor.
II. Para as análises econômicas neoclássicas, o utilitarismo conduz ao entendimento de que se deveria sempre partir da concepção de que o indivíduo constitui-se em agente racional e maximizador de prazeres e utilidade. 
III. A fundamentação utilitarista na economia proporcionou a sofisticação das teorias do valor-trabalho ao agregar a explicação sobre a formação do valor de troca e do preço das mercadorias a partir da noção de utilidade.
IV. Assim, o cálculo do máximo prazer, para a teoria econômica, converte-se em um cálculo do máximo lucro, pensado como um comportamento pouco racional, uma vez que envolve a busca irrefreada pela obtenção do lucro absoluto.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as afirmações I, II e III estão corretas
	
	B
	Apenas as afirmações II, III e IV estão corretas
	
	C
	Apenas as afirmações I, II e IV estão corretas
	
	D
	Apenas as afirmações I e II estão corretas
Você acertou!
Apenas as afirmações I e II estão corretas. De acordo com o material da aula 2 a afirmação I está correta porque O utilitarismo foi uma corrente filosófica do século XVIII que exerceu influência determinante sobre o desenvolvimento da teoria econômica dos séculos XIX e XX, de matriz neoclássica. Tendo Jeremy Bentham (1748-1832) como seu principal expoente, o utilitarismo parte da máxima de que toda a motivação humana, em qualquer tempo e lugar, pode ser reduzida a um único princípio: maximizar o prazer e minimizar a dor. A afirmação II está correta porque Essa máxima, derivada de uma filosofia do indivíduo, tornou-se o paradigma econômico dominante, representado pela escola neoclássica. Sob essa ótica, toda e qualquer análise econômica deveria partir do princípio do indivíduo como agente racional maximizador de prazeres e utilidade. A afirmação III está incorreta porque, tendo o utilitarismo como fundamentação filosófica da ação individual, essa corrente rejeitou as teorias do valor-trabalho como explicação da formação do valor de troca e do preço das mercadorias, colocando em seu lugar a teoria do valor utilidade. A afirmação IV está incorreta porque, no campo da teoria econômica, o cálculo do máximo prazer torna-se o cálculo do máximo lucro, e esse cálculo é sempre o comportamento esperado e justificado como racional.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 2. Economia Política. Material para a impressão, p. 5.
	
	E
	Apenas as afirmações I e III estão corretas
Questão 2/10 - Economia Política
Leia a tirinha abaixo:
Para todos verem: Na tirinha da Mafalda, estão ela, Liberdade e Susanita na sala da casa da Mafalda brincando de “casinha”. Liberdade então pergunta: “Parece que nas reportagens da TV está na moda perguntar aos políticos se são a favor ou contra a propriedade privada, já notou?” Mafalda responde: “Já”. E Liberdade diz: “E você, Susanita, o que acha? É para ser a favor ou contra a propriedade privada?”. Susanita responde, no outro canto da sala, abraçando todos os brinquedos: “Depende... propriedade privada de quem?”
Como vimos no livro-base da disciplina de Economia Política, a organização da sociedade na perspectiva dos fisiocratas, acerca dos mecanismos de produção, distribuição e consumo, seria regida por leis naturais, tal como é a lei de Newton para a física. Nesse contexto, caberia ao governo não interferir na propriedade privada, um fundamento essencial da ordem econômica. Karl Marx, ao analisar o modo de produção capitalista, concebe a realidade concreta não como produto de leis naturais, mas da atividade humana. A propriedade privada dos meios de produção, sob essa perspectiva, determina a divisão da sociedade entre duas classes, burguesia e proletariado.
Com base na teoria de Karl Marx sobre o modo de produção capitalista, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A separação total entre aquele que vende a sua força de trabalho e o proprietário dos meios de produção foi condição prévia para o surgimento do capitalismo
PORQUE
II. Sendo um sistema de trocas livre e equivalente, permitiu ao despossuído de posses a escolha do assalariamento regular.
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
Você acertou!
Como visto no capítulo 3 do livro-base da disciplina, a característica específica do modo de produção capitalista é a separação total entre o agente do processo de trabalho e a propriedade dos meios de produção. Essa separação foi condição prévia para o surgimento do capitalismo. Somente tal separação permite que o agente do processo de trabalho, como pura força de trabalho, desprovida de posses objetivas, se disponha ao assalariamento regular. Dessa forma, a primeira asserção é uma proposição correta, a segunda, incorreta.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1 e 3.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas.
Questão 3/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“Todos conhecemos o apreço que Marx tinha por Quesnay. Seu “tableau” lhe foi sempre modelo de análise formal, embora conservando o senso de realidade. No entanto, interessa-lhe agora verificar como os fisiocratas sucedem aos mercantilistas e preparam terreno para Adam Smith. A fisiocracia é imediatamente a dissolução econômico-política da propriedade feudal, mas é por isso mesmo, não menos imediatamente, sua transformação econômico-política, seu renascimento, que não mais fala uma linguagem feudal e sim econômica” (Gianotti, 2010, p. 50).
Fonte: GIANNOTTI, JA. Origens da dialética do trabalho: estudo sobre a lógica do jovem Marx [online]. Rio de Janeiro: Centro Edelstein, 2010. Primeira crítica da economia política. pp. 39-73. Disponível em: http://books.scielo.org/id/n22qp/pdf/giannotti-9788579820441-05.pdf.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indica, corretamente, qual era o argumento central dos fisiocratas:
Nota: 10.0
	
	A
	Para os fisiocratas o acúmulo de metais preciosos causaria uma crise inflacionária no comércio internacional.
	
	B
	Para os fisiocratas a concentração capitalista estava baseada na livre circulação de mercadorias.
	
	C
	Para os fisiocratas todo o excedente produzido no sistema capitalista era imputado à agricultura.Você acertou!
O pensamento fisiocrata surge na França, no século XVIII, em atitude crítica às políticas mercantilistas. Naquele momento, a estrutura econômica francesa era predominantemente agrícola. Nas cidades, as atividades manufatureiras ainda eram, predominante, artesanais. O setor agrícola francês no século XVIII era formado uma parte razoavelmente capitalista, composta por arrendatários capitalistas, e por uma parte camponesa. A convivência entre essas duas formas de organização da atividade agrícola acabava por revelar a superioridade produtiva do modo de produção capitalista. Os fisiocratas franceses olhavam justamente para esse modo de produção capitalista no campo, entendendo que a partir dele era possível se observar o excedente na agricultura. O excedente diz respeito ao fato de que o produto do trabalhador rural, ao longo do ano, superava suas necessidades de consumo e reprodução e podia ser comercializado. Para os fisiocratas todo o excedente produzido pelo sistema capitalista era imputado à agricultura.
Referência: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 61-62, adaptado.
	
	D
	Para os fisiocratas o sistema capitalista estava baseado na planificação da economia pelos Estados.
	
	E
	Para os fisiocratas a acumulação capitalista estava centrada na exploração do trabalho camponês.
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
"Influenciado por ambos os autores fisiocratas, Adam Smith nunca argumentou em prol de um Estado mínimo, tal como, em geral, supõe a vulgata neoliberal de A Riqueza das Nações. Smith, de fato, nunca foi adepto de algum tipo de ultraliberalismo. Assim como faria mais tarde David Ricardo, Smith reconhecia que o conflito distributivo é inerente ao processo capitalista de acumulação, ocupando um lugar central nas questões econômicas mais importantes, tal como a partilha do excedente econômico entre capital e trabalho assalariado." (BRUNO & CAFFE, 2017). 
Fonte: Bruno, Miguel; Caffe, Ricardo. A economia como objeto socialmente construído nas análises regulacionista e da Economia Social de Mercado. Revista de Economia Política, vol. 37, n. 1 (146), pp. 23-44, janeiro-março, 2017.
Considerando a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na aula acerca do liberalismo econômico, analise as assertivas a seguir assinale a alternativa correta.
I. O liberalismo econômico tem como preocupação o funcionamento do mercado sem interferência política; 
II. O eixo central do liberalismo é a ideia de que o mercado é a forma mais eficiente para a formação de preços e organização da produção e da troca;
III. Para o liberalismo econômico, a política deve intervir no mercado apenas em caso de promoção do desenvolvimento da produção industrial no país;
IV. Na perspectiva do liberalismo econômico, os indivíduos não agem de forma autointeressada, mas sim de forma altruísta, preocupados com o ganho coletivo;
V. Na perspectiva do liberalismo econômico, todos são movidos pelo autointeresse, e, somada à competitividade, resultariam, segundo essa doutrina, na forma mais eficiente de organizar as próprias relações sociais e o caminho para o bem-estar social. 
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
	
	C
	Apenas as assertivas I e V estão corretas.
	
	D
	Apenas as assertivas III, IV e V estão corretas.
	
	E
	Apenas as assertivas I, II e V estão corretas.
Você acertou!
Gabarito: O Liberalismo emergiu do Iluminismo, tendo Adam Smith como o pensador que melhor sistematizou seus postulados econômicos. Surgiu como reação ao mercantilismo e postula que o mercado deve funcionar livre da interferência política. Assim, apesar de suas inúmeras vertentes, o liberalismo econômico preserva como eixo central a ideia de que o mercado é a forma mais eficiente para a formação de preços e para a organização da produção e da troca, alocando da maneira mais eficiente os fatores de produção e organizando as relações econômicas internas e internacionais. Além disso, a propensão natural à troca é o elemento produtor da divisão do trabalho, e a competição entre produtores e consumidores no mercado, onde todos são movidos pelo autointeresse, seria a maneira mais eficiente de organizar as próprias relações sociais e o caminho para o bem-estar social ou para a “riqueza das nações”. É precisamente aí que reside aquilo que ficou conhecido como a mão invisível, essa força ordenadora do desenvolvimento das iniciativas individuais e que não deveria ser interrompida por forças externas, como aquela que o Estado exercia em favor do estabelecimento de monopólios.
Fonte: Tema 3 da Rota de Aprendizagem 2. 
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Smith praticamente “inventa” a escola mercantilista (na verdade um conjunto de políticas, artigos, panfletos, propaganda, etc.) ao sistematizar no Livro IV os seus pontos centrais antes de combatê-los. Segundo ele, as principais características desse sistema seriam: a identificação de riqueza com riqueza metálica, e a ideia de que para deter metais era preciso manter a Balança Comercial superavitária. Aceitos esses princípios, “(...) tornou-se necessariamente o grande objeto da (Economia Política [dos mercantilistas], diminuir tanto quanto possível a importação de produtos externos para o consumo doméstico, e aumentar tanto quanto possível a exportação do produto da indústria doméstica. Seus dois grandes mecanismos para enriquecer um país, portanto, eram restrições sobre importações e incentivos às exportações. Ao Estado caberia, então, intervir na vida econômica de forma a garantir que a ação dos indivíduos engendrasse o maior acúmulo possível de metais para a nação".
Fonte: MATTOS, Laura Valadão de. As razões do laissez-faire: uma análise do ataque ao mercantilismo e da defesa da liberdade econômica na Riqueza das Nações. Revista de Economia Política 27 (1), 2007, p. 112. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rep/v27n1/06.pdf>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na disciplina sobre as ideias mercantilistas, análise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
I. Para o mercantilismo a quantidade de metal a circular entre os países era fixa, de modo que o acúmulo de moeda por um país implicava na redução de moeda em outro país. 
PORQUE
II. Dentro da concepção mercantilista sobre o comércio internacional o incremento de moeda por um país condiciona o incremento do poder desse mesmo país e a perda de poder pelos demais.
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Você acertou!
Essa alternativa é correta porque as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A afirmação I é verdadeira, porque, conforme se lê no material da aula 1, boa parte dos mercantilistas entende que a quantidade de metais a circular entre os países que comerciavam entre si era fixa. Dessa maneira, o acúmulo de moeda por parte de um país significava a redução dessa moeda em outro país, resultando num jogo de soma zero. A afirmação II está correta porque o entendimento anterior revela um traço fundamental da visão mercantilista sobre o comércio internacional: o acúmulo e incremento de riqueza e poder (que, lembre-se, para os mercantilistas, sempre andam juntos) de uma nação implica uma perda correspondente de riqueza e poder para as demais nações. Por conseguinte, pode-se perceber que a primeira é uma justificativa para a segunda, uma vez que a lógica de soma zero existente na concepção mercantilista implica que o acumulo de riqueza/moeda por um país signifique acumulo de poder por esse mesmo países - e perda de poder por parte dos demais países que compõem o sistema econômico internacional. Assim, para as relações internacionais tratava-se da lógica de competição interestatal - os mercantilistas concebiam as relações de comércio externo como relaçõesentre nações, uma lógica que não dispensava o usa da força, do poderio militar e da expansão do domínio colonial, marcada pela exploração, dominação e violência. Em uma palavra, trata-se da lógica do poder.  
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 1. Economia Política. Material para a impressão, p. 5.  
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"O pensamento de Marx em torno do Estado e da sociedade civil pode ser encontrado no decorrer de sua vasta produção, desde 1843-44 até a publicação de O capital. Entretanto, os textos produzidos em Paris, conhecidos como Manuscritos Econômico-Filosóficos, juntamente com a Crítica da filosofia do direito de Hegel - Introdução e A questão judaica, podem ser considerados os marcos iniciais da crítica marxiana à produção da filosofia idealista e política da época. Nesses escritos, Marx já demonstra que as contradições e os fetiches da sociedade capitalista impregnam a filosofia idealista e política, marcadas pela não ultrapassagem do nível aparente da realidade. Para Marx, era preciso alcançar o conteúdo essencial da sociedade burguesa. Sua crítica dizia respeito às operações da filosofia idealista que insistia em tomar o Estado, a população, o dinheiro e assim por diante, categorias descoladas da totalidade social".
Fonte: SOUZA, Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n. 101, p. 25-39, jan./mar. 2010. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/03.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique corretamente o entendimento marxiano sobre o Estado:
Nota: 10.0
	
	A
	O Estado, dentro de um enquadramento marxiano, pode ser definido como um órgão legal que controla as fronteiras nacionais e condiciona o comportamento da população em seu interior por meio de um ordenamento jurídico.
	
	B
	Para Marx o Estado é uma realidade material imprescindível para a reprodução do capitalismo, uma vez que é por meio dele que as classes sociais garantem os seus direitos fundamentais.
	
	C
	Para a teoria marxista o Estado é uma instituição política desconectada das relações de produção. Portanto, a sua atuação se resume a esfera jurídica como garantidor da lei e da ordem.
	
	D
	A noção marxista de Estado o concebe como a entidade capaz de centralizar o poder e monopolizar a utilização da força dentro do seu território.
	
	E
	No pensamento marxiano o Estado é visto como reflexo das das relações de poder instituídas na base do sistema capitalista, de modo que ele se converte em um agente garantidor dos interesses da classe dominante (burguesia). 
Você acertou!
Sob a perspectiva marxiana, a política e o Estado não possuem vida própria, ou autonomia, em relação à sua infraestrutura. Eles só podem ser o reflexo das relações de poder que se estabelecem na base, nas relações econômicas, ou, se quisermos, na sociedade civil. Sendo assim, temos a impossibilidade da existência de um “Estado racional”, que se coloque acima das partes em conflito. O poder do Estado não paira no ar, ele deriva do poder da classe dominante. Dessa perspectiva de Estado como garantidor dos interesses da classe dominante surgirá o debate marxista sobre o Estado, que será brevemente apresentado.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 6
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O utilitarismo [...] o que tenta explicar a ação humana pelos cálculos egoístas dos indivíduos ou dos grupos, está já bem presente no pensamento antigo, onde, contudo, não é ainda verdadeiramente dissociado das preocupações normativas e da interrogação do bem. De igual modo, nas teorias jusnaturalistas ele continua subordinado à procura das normas da justiça. É só com o nascimento das ciências sociais e, mais precisamente, com o nascimento da Economia Política — digamos em 1776 — que ele se emancipa do discurso filosófico e da preocupação moral, para se apresentar sob aspectos puramente científicos, se por ciência entendermos a procura de propostas cognitivas que sejam totalmente independentes das propostas normativas” (CAILLE, 2001, p. 33).
Fonte: CAILLE, Alain. O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo. Sociedade e Estado, Brasília, v. 16, n. 1-2, p. 26-56. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922001000100003&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das principais diferenças do pensamento utilitarista na economia com relação ao pensamento de Adam Smith:
Nota: 10.0
	
	A
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a relevância de uma mercadoria em dada cultura e não a margem de lucro, como afirma Smith.
	
	B
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é associação de uma mercadoria ao comércio de luxo e não o seu uso imediato, como afirma Smith.
	
	C
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a quantidade de mercadoria no mercado e não a escolaridade do trabalhador, como afirma Smith.
	
	D
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a utilidade social de uma mercadoria e não o tempo empregado na sua produção, como afirma Smith.
	
	E
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é o valor de uso de uma mercadoria e não o trabalho, como afirma Smith.
Você acertou!
Conforme o livro base da disciplina, observa-se que a teoria do valor-utilidade concebe a relação entre utilidade (valor de uso) e o valor de troca de maneira diferente das concepções presentes no trabalho de Adam Smith. Autores como Smith, Ricardo e Marx aceitavam que as mercadorias deveriam ter um valor de uso para ter um valor de troca. No entanto, não creditavam relação científica entre o designado valor de uso e o valor de troca, isto é, para eles não se explica o valor de troca de uma mercadoria por meio da sua utilidade. Para leituras como a de Smith, o trabalho necessário para produzir uma mercadoria explica o seu valor de troca. Em contrapartida a esse enquadramento, Benthan, importante autor da teoria utilitarista econômica, argumenta que o valor de troca de uma mercadoria pode ser explicado pelo seu valor de troca – e não o trabalho, como afirma Smith. Mais especificamente, a utilidade marginal, ou seja, a utilidade adicional obtida mediante acréscimo de uma unidade de mercadoria.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 87, adaptado.
Questão 8/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
A ótica da produção, da acumulação e do excedente econômico analisada no quadro histórico-social está ligada ao caminho aberto, no século XVII, por William Petty e desenvolvido por Adam Smith e pelos fisiocratas no século XVIII” (Ganen, 2012, p. 145)
Fonte: GANEM, Angela. O mercado como ordem social em Adam Smith, Walras e Hayek. Economia e Sociedade, Campinas, v.21, n.1, p.143-164, 2012. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0104-06182012000100006&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um ponto em comum entre o pensamento fisiocrata e o pensamento liberal de Adam Smith:
Nota: 10.0
	
	A
	Os fisiocratas e Adam Smith compreendiam a sociedade como uma estrutura de classes.
	
	B
	Os fisiocratas e Adam Smith concebiam a sociedade como uma sociedade de mercado.
Você acertou!
Tanto os fisiocratas como os liberais estavam preocupados em responder como opoder político se mantém e como se regula a sociedade. Assim, os fisiocratas e, depois Adam Smith, tendo essas questões como norte passaram a conceber a sociedade como uma sociedade de mercado. Os vínculos econômicos decorrentes da propensão natural à troca e a busca individual dos interesses passaram a ser vistos como o “cimento da sociedade”.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 69-70, adaptado.
	
	C
	Os fisiocratas e Adam Smith entendiam a sociedade como fruto de uma aliança econômica
	
	D
	Os fisiocratas e Adam Smith concebiam a sociedade como uma sociedade de castas.
	
	E
	Os fisiocratas e Adam Smith entendiam a sociedade como rede de relações consanguíneas.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“A nascente economia política (clássica) tratou de analisar criticamente os mecanismos que sustentavam a velha ordem, procurando mostrar como a organização corporativa, os ganhos monopolísticos e os regulamentos mercantilistas, bem como suas justificativas teológicas e estruturas de poder, funcionavam como entraves ao livre funcionamento da sociedade econômica (sociedade civil). A sociedade deveria caminhar para aquilo que lhe seria natural e inerente, a saber, a riqueza e o progresso. Colocada em contexto, a nascente economia política foi, portanto, um instrumento a serviço da transformação social e contra a velha ordem.” (Calabrez, 2019).
Fonte: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no capítulo 1 do livro-base de Economia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, a que “velha ordem” o trecho se refere:
Nota: 10.0
	
	A
	Feudalismo.
Você acertou!
Feudal, pré-capitalista.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
	
	B
	Socialismo.
	
	C
	Capitalismo.
	
	D
	Comunismo.
	
	E
	Mercantilismo.
Questão 10/10 - Economia Política
"As flutuações de emprego e produto que ocorrem na economia são explicadas por duas teorias que podem ser consideradas como a base da macroeconomia. Uma voltada para as flutuações de longo prazo e determinantes da oferta agregada (paradigma clássico-liberal) e outra para as flutuações de curto prazo que determinam a demanda agregada (paradigma keynesiano)."
Fonte: TEBCHIRANI, Flávió Ribas. Princípios de economia: micro e macro Curitiba: Intersaberes, 2012 (adaptado).
A passagem acima indica que existem ao menos duas linhas de pensamento sobre as flutuações macroeconômicas. Assinale a alternativa correta a respeito da Lei de Say:
Nota: 10.0
	
	A
	Derivada da teoria Keynesiana, a Lei de Say afirma que a demanda é maior que a oferta agregada.
	
	B
	Surgida no Marxismo, a Lei de Say nega a teoria de demanda a oferta, colocando um descompasso entre ambas.
	
	C
	A Lei de Say, originária do pensamento ortodoxo da Economia, afirma que a oferta cria sua própria demanda.
Você acertou!
Derivada de Lei de Say (que prega que ‘a oferta cria sua própria demanda’), a teoria clássica assegura que a demanda agregada será sempre igual à oferta agregada, sendo esta determinada pela capacidade instalada, que, por sua vez, refere-se à quantidade e à qualidade dos insumos de capital e de trabalho. 
Fonte: Tema 5 da Aula 2.
	
	D
	Keynes concorda com a Lei de Say, uma vez que afirma que o mercado se autoregula com relação à geração de demanda.
	
	E
	Os liberais elaboram a crítica à Lei de Say, que a oferta cria a sua própria demanda, uma vez que negam o equilíbrio de mercado.

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