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ECONOMIA POLITICA - APOL 1 - SEGUNDA TENTATIVA

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Questão 1/10 - Economia Política
Veja a imagem abaixo:
Para todos verem: Na foto, antiga, há homens, em pé, vestidos de macacões iguais trabalhando em uma fábrica, manuseando grandes máquinas.
O surgimento do capitalismo formou uma nova classe, formada pelos trabalhadores. Há também a ascensão de uma burguesia mercantil, por meio do desenvolvimento do comércio mundial e de processos violentos de saque, colonização e pilhagem, aquilo que Marx chama de “o segredo da acumulação primitiva”. A classe trabalhadora era formada por ex-camponeses que foram expropriados das terras em que trabalhavam, por meio dos cercamentos (enclosure laws), que começou na Inglaterra. Considerando os conteúdos discutidos no capítulo 1 do livro-base de Economia Política a respeito das leis dos cercamentos, avalie as asserções a seguir e a relação proposta entre elas.
I. A nobreza feudal cercava ou fechava terras e expulsava os camponeses delas
PORQUE
II. destruía os laços feudais, o que acabou obrigando os camponeses a buscarem sustendo nas cidades e produzirem força de trabalho para a indústria.
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
Ambas são verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I. O processo de expulsão dos camponeses dos campos não apenas ajudou a destruir os laços feudais, mas também, ao obrigá-los a buscar sustento nas cidades, ajudou a produzir a moderna força de trabalho, essencial para a nascente indústria e componente fundamental do capitalismo como modo de produção. O país que reuniu mais rapidamente as condições para o pleno desenvolvimento do capitalismo industrial foi a Inglaterra, que, já no século XVII, dominava o comercio mundial e, no século XVIII, havia avançado radicalmente o processo de expropriação dos camponeses por meio das já mencionadas leis dos cercamentos, transformando as antigas terras comunais, base das relações feudais, em propriedade privada. A Inglaterra que havia também experimentado sua revolução agrícola, dispunha de capitais abundantes e de grandes reservas de mão de obra, além de contar com um subsolo rico em carvão e ferro, condições indispensáveis para a indústria que viria a se desenvolver (Hunt, 2005).
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas
Questão 2/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"A influência de Engels será um divisor de águas na produção intelectual de Marx. Até aquela altura de sua trajetória intelectual, Marx ocupara-se essencialmente do problema da alienação humana nas suas diversas formas (inclusive no trabalho, mas também na religião, na política, nas próprias relações ecológicas do homem com a natureza). Ao mesmo tempo, seu viés era mais filosófico, seus interesses mais abrangentes, sua tonalidade mais intensamente humanista . Ao entrar em contato intelectual com o livro A situação da classe trabalhadora na Inglaterra (1845), Marx perceberia, ou julgaria perceber (conforme se dê ou não crédito à sua escolha ou descoberta), que a alienação produzida no mundo do trabalho era o ventre materno de todas as alienações – a raiz do “estranhamento” que lançava no sofrimento e na inconsciência o homem comum do mundo moderno".
Fonte: BARROS, José D’Assunção. O conceito de alienação no jovem Marx. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, pp. 223-245, n. 1 - p. 229.  Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e o conteúdo da disciplina, assinale a alternativa que apresente corretamente a relação entre trabalho e alienação no capitalismo dentro do pensamento marxiano:
Nota: 0.0
	
	A
	Para Marx, sob a égide capitalista o trabalho é alienado porque o homem não se reconhece naquilo que faz e produz, uma vez que, mesmo sendo o agente produtor, ele participa apenas parcialmente do processo produtivo e o fruto do seu trabalho acaba lhe sendo subtraído em decorrência do modo social de organização da produção. 
Assim, a essa afirmação está correta porque para Marx sob o capitalismo, o homem não se reconhece no que faz, no que produz. Trata-se de um trabalho alienado. Alienado sob um duplo aspecto: porque o produtor só participa de uma pequena parte do processo produtivo, restrito a operações simples e repetitivas, e alienado porque o fruto do seu trabalho lhe é subtraído por conta do modo social de organização da produção, marcado pela propriedade privada dos meios de produção, de um lado, e do trabalhador destituído desses meios, de outro.
A segunda está incorreta porque Marx está se referindo ao fato de que o trabalhador, no modo de produção capitalista, não possui acesso a todo o processo de produção e se aliena em sua tarefa. Assim, não se refere a uma segmentação entre trabalho intelectual e manual - embora isso possa ser uma consequência. A terceira está incorreta porque o trabalhador só tem acesso parcial (a sua tarefa) ao modo de produção e Marx não fala de habilidade em processar informações quando se refere a alienação. A quarta está incorreta porque Marx não vê a alienação como natural - é um fenômeno social advindo do modo de produção capitalista. A quinta está errada porque a alienação não dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro. Pelo contrário, eles dão sustentação à dominação capitalista. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 2.
	
	B
	De acordo com a teoria marxiana o trabalho é considerado alienado porque a produção capitalista acaba por dirimir o trabalho intelectual dos processos produtivos. Dessa forma, cria-se uma segmentação entre trabalho físico e intelectual, sendo o primeiro completamente alienado e ignorante.
	
	C
	Marx compreende que o trabalho, dentro do sistema capitalista, conduz o operário a estabelecer uma visão global sobre o sistema de produção. Todavia, a incapacidade desse operário em processar essas informações acaba tornando-o alienado.
	
	D
	Dentro do pensamento marxiano a alienação é um processo natural que acaba sendo amplificado pelo modo de produção capitalista, uma vez que esse acaba incentivando que o trabalhados se especialize e aperfeiçoe em suas atividades e, consequentemente, não desenvolva interesses culturais. 
	
	E
	Alienação e trabalho, em Marx, constituem-se em fenômenos políticos e econômicos inerentes ao modo de produção capitalista. Dessa forma, eles são considerados como complementares e dão sustentação a um modelo de desenvolvimento que tem o trabalhador como centro.
Questão 3/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Smith praticamente “inventa” a escola mercantilista (na verdade um conjunto de políticas, artigos, panfletos, propaganda, etc.) ao sistematizar no Livro IV os seus pontos centrais antes de combatê-los. Segundo ele, as principais características desse sistema seriam: a identificação de riqueza com riqueza metálica, e a ideia de que para deter metais era preciso manter a Balança Comercial superavitária. Aceitos esses princípios, “(...) tornou-se necessariamente o grande objeto da (Economia Política [dos mercantilistas], diminuir tanto quanto possível a importação de produtos externos para o consumo doméstico, e aumentar tanto quanto possível a exportação do produto da indústria doméstica. Seus dois grandes mecanismos para enriquecer um país, portanto, eram restrições sobre importações e incentivos às exportações. Ao Estado caberia, então, intervir na vida econômica de forma a garantir que a ação dos indivíduos engendrasse o maior acúmulo possível de metais para a nação".
Fonte: MATTOS, Laura Valadão de. As razões do laissez-faire:uma análise do ataque ao mercantilismo e da defesa da liberdade econômica na Riqueza das Nações. Revista de Economia Política 27 (1), 2007, p. 112. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rep/v27n1/06.pdf>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados na disciplina sobre as ideias mercantilistas, análise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que faz uma análise correta:
I. Para o mercantilismo a quantidade de metal a circular entre os países era fixa, de modo que o acúmulo de moeda por um país implicava na redução de moeda em outro país. 
PORQUE
II. Dentro da concepção mercantilista sobre o comércio internacional o incremento de moeda por um país condiciona o incremento do poder desse mesmo país e a perda de poder pelos demais.
Nota: 10.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I.
Você acertou!
Essa alternativa é correta porque as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa da I. A afirmação I é verdadeira, porque, conforme se lê no material da aula 1, boa parte dos mercantilistas entende que a quantidade de metais a circular entre os países que comerciavam entre si era fixa. Dessa maneira, o acúmulo de moeda por parte de um país significava a redução dessa moeda em outro país, resultando num jogo de soma zero. A afirmação II está correta porque o entendimento anterior revela um traço fundamental da visão mercantilista sobre o comércio internacional: o acúmulo e incremento de riqueza e poder (que, lembre-se, para os mercantilistas, sempre andam juntos) de uma nação implica uma perda correspondente de riqueza e poder para as demais nações. Por conseguinte, pode-se perceber que a primeira é uma justificativa para a segunda, uma vez que a lógica de soma zero existente na concepção mercantilista implica que o acumulo de riqueza/moeda por um país signifique acumulo de poder por esse mesmo países - e perda de poder por parte dos demais países que compõem o sistema econômico internacional. Assim, para as relações internacionais tratava-se da lógica de competição interestatal - os mercantilistas concebiam as relações de comércio externo como relações entre nações, uma lógica que não dispensava o usa da força, do poderio militar e da expansão do domínio colonial, marcada pela exploração, dominação e violência. Em uma palavra, trata-se da lógica do poder.  
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 1. Economia Política. Material para a impressão, p. 5.  
	
	B
	A asserção I uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa
	
	C
	A asserção II uma proposição verdadeira, e a I é uma proposição falsa
	
	D
	As asserções I e II são proposições falsas
	
	E
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa da I
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O termo “burguesia” virou praticamente um jargão presente em qualquer discussão política. Mas você sabe o que esse termo significa? Frequentemente utilizado como sinônimo de elite, o conceito de burguesia data do século XI, em referência à uma classe social que surgia naquele período histórico.
Compreender a história e as características dessa classe social é fundamental para o entendimento sobre economia e política, uma vez que a burguesia é responsável pelo surgimento do capitalismo e por importantes marcos históricos, como as Revoluções Francesa e Inglesa. Além disso, este termo também é essencial para a ideia de luta de classes, central no debate político desde o século XIX.”
Fonte: Burguesia: quem é e qual sua origem? Site Politize! Disponível em: https://www.politize.com.br/burguesia/
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no capítulo 1 do livro-base de Economia Política, assinale a alternativa que descreve corretamente o que foi a desagregação do feudalismo:
Nota: 0.0
	
	A
	O início de um sistema novo em que não havia diferenças entre trabalhadores e burguesia.
	
	B
	O fim de um sistema em que havia igualdade nas relações de trabalho e institucionalização dos processos.
	
	C
	O processo de acumulação de trabalho não remunerado e baseado na servidão, com o surgimento de um novo sistema dividido entre vassalos submetidos ao dono de terra.
	
	D
	O avanço do processo de troca de serviços mútuos que se fundamenta sobre a propriedade de terra, cedida pelo senhor feudal e que abarca aspectos econômicos, políticos e sociais.
	
	E
	O processo de acumulação de capitais por parte da nascente burguesia comercial, o que colaborou para a quebra dos vínculos de servidão, surgindo assim, trabalhadores livres, que, desprovidos de meios materiais de existência, passaram a vender sua força de trabalho em troca de salário.
A desagregação do feudalismo deve ser entendida como contexto do processo de acumulação de capitais por parte da nascente burguesia comercial, o que contribuiu para o esfacelamento dos vínculos de servidão, dando lugar a uma classe de trabalhadores "livres" (porque libertos de tais vínculos), embora agora desprovidos de meios materiais de existência e impelidos a vender sua força de trabalho em troca de salário.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“O utilitarismo [...] o que tenta explicar a ação humana pelos cálculos egoístas dos indivíduos ou dos grupos, está já bem presente no pensamento antigo, onde, contudo, não é ainda verdadeiramente dissociado das preocupações normativas e da interrogação do bem. De igual modo, nas teorias jusnaturalistas ele continua subordinado à procura das normas da justiça. É só com o nascimento das ciências sociais e, mais precisamente, com o nascimento da Economia Política — digamos em 1776 — que ele se emancipa do discurso filosófico e da preocupação moral, para se apresentar sob aspectos puramente científicos, se por ciência entendermos a procura de propostas cognitivas que sejam totalmente independentes das propostas normativas” (CAILLE, 2001, p. 33).
Fonte: CAILLE, Alain. O princípio de razão, o utilitarismo e o antiutilitarismo. Sociedade e Estado, Brasília, v. 16, n. 1-2, p. 26-56. 2001. Disponível em: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-69922001000100003&lng=en&nrm=iso>.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das principais diferenças do pensamento utilitarista na economia com relação ao pensamento de Adam Smith:
Nota: 0.0
	
	A
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a relevância de uma mercadoria em dada cultura e não a margem de lucro, como afirma Smith.
	
	B
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é associação de uma mercadoria ao comércio de luxo e não o seu uso imediato, como afirma Smith.
	
	C
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a quantidade de mercadoria no mercado e não a escolaridade do trabalhador, como afirma Smith.
	
	D
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é a utilidade social de uma mercadoria e não o tempo empregado na sua produção, como afirma Smith.
	
	E
	Para os utilitaristas, o que explica o valor de troca é o valor de uso de uma mercadoria e não o trabalho, como afirma Smith.
Conforme o livro base da disciplina, observa-se que a teoria do valor-utilidade concebe a relação entre utilidade (valor de uso) e o valor de troca de maneira diferente das concepções presentes no trabalho de Adam Smith. Autores como Smith, Ricardo e Marx aceitavam que as mercadorias deveriam ter um valor de uso para ter um valor de troca. No entanto, não creditavam relação científica entre o designado valor de uso e o valor de troca, isto é, para eles não se explica o valor de troca de uma mercadoria por meio da sua utilidade. Para leituras como a de Smith, o trabalho necessário para produzir uma mercadoria explica o seu valor de troca. Em contrapartida a esse enquadramento, Benthan,importante autor da teoria utilitarista econômica, argumenta que o valor de troca de uma mercadoria pode ser explicado pelo seu valor de troca – e não o trabalho, como afirma Smith. Mais especificamente, a utilidade marginal, ou seja, a utilidade adicional obtida mediante acréscimo de uma unidade de mercadoria.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 87, adaptado.
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"O pensamento de Marx em torno do Estado e da sociedade civil pode ser encontrado no decorrer de sua vasta produção, desde 1843-44 até a publicação de O capital. Entretanto, os textos produzidos em Paris, conhecidos como Manuscritos Econômico-Filosóficos, juntamente com a Crítica da filosofia do direito de Hegel - Introdução e A questão judaica, podem ser considerados os marcos iniciais da crítica marxiana à produção da filosofia idealista e política da época. Nesses escritos, Marx já demonstra que as contradições e os fetiches da sociedade capitalista impregnam a filosofia idealista e política, marcadas pela não ultrapassagem do nível aparente da realidade. Para Marx, era preciso alcançar o conteúdo essencial da sociedade burguesa. Sua crítica dizia respeito às operações da filosofia idealista que insistia em tomar o Estado, a população, o dinheiro e assim por diante, categorias descoladas da totalidade social".
Fonte: SOUZA, Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Estado e sociedade civil no pensamento de Marx. Serviço Social e Sociedade. São Paulo, n. 101, p. 25-39, jan./mar. 2010. p. 35. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/sssoc/n101/03.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique corretamente o entendimento marxiano sobre o Estado:
Nota: 0.0
	
	A
	O Estado, dentro de um enquadramento marxiano, pode ser definido como um órgão legal que controla as fronteiras nacionais e condiciona o comportamento da população em seu interior por meio de um ordenamento jurídico.
	
	B
	Para Marx o Estado é uma realidade material imprescindível para a reprodução do capitalismo, uma vez que é por meio dele que as classes sociais garantem os seus direitos fundamentais.
	
	C
	Para a teoria marxista o Estado é uma instituição política desconectada das relações de produção. Portanto, a sua atuação se resume a esfera jurídica como garantidor da lei e da ordem.
	
	D
	A noção marxista de Estado o concebe como a entidade capaz de centralizar o poder e monopolizar a utilização da força dentro do seu território.
	
	E
	No pensamento marxiano o Estado é visto como reflexo das das relações de poder instituídas na base do sistema capitalista, de modo que ele se converte em um agente garantidor dos interesses da classe dominante (burguesia). 
Sob a perspectiva marxiana, a política e o Estado não possuem vida própria, ou autonomia, em relação à sua infraestrutura. Eles só podem ser o reflexo das relações de poder que se estabelecem na base, nas relações econômicas, ou, se quisermos, na sociedade civil. Sendo assim, temos a impossibilidade da existência de um “Estado racional”, que se coloque acima das partes em conflito. O poder do Estado não paira no ar, ele deriva do poder da classe dominante. Dessa perspectiva de Estado como garantidor dos interesses da classe dominante surgirá o debate marxista sobre o Estado, que será brevemente apresentado.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 6
Questão 7/10 - Economia Política
Leio o texto abaixo:
“Do modo como esta indústria é atualmente conduzida, não só forma no seu conjunto um ofício específico, como ela mesma é dividida num grande número de ramos, a maioria dos quais constitui outros tantos ofícios específicos. Um operário extrai o fio da bobina, um outro endireita-o, um terceiro corta a ponta, um quarto aguça-a, um quinto amola a extremidade que vai receber a cabeça. A própria cabeça é objeto de duas ou três operações separadas: batê-la é uma; branquear os alfinetes é outra; mesmo picar os papéis para pôr os alfinetes constitui um ofício distinto e separado - em suma, o importante trabalho de fazer um alfinete está dividido em cerca de 18 operações distintas, as quais, em certas fábricas, são executadas por outras tantas mãos diferentes, embora em outras fábricas o mesmo operário execute duas ou três. Vi uma pequena manufatura deste tipo, que só empregava 10 operários, e onde, por conseguinte, alguns deles estavam encarregados de duas ou três operações. Mas, embora a fábrica fosse muito pobre e por isso mal apetrechada, quando eles se lançavam ao trabalho, conseguiam fazer cerca de 12 libras de alfinetes por dia. ” (Smith, 1937, p. 4-5, tradução da autora).
Fonte: SMITH, Adam. The wealth of nations. New York, Cannan. Random House, 1937.
Tendo como base o trecho do livro A Riqueza das Nações, de Adam Smith, citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, uma das contribuições mais importantes de Smith para o pensamento econômico:
Nota: 0.0
	
	A
	A divisão do trabalho induz à valorização do trabalho manual, principalmente por ele ser caracterizado pelo controle de qualidade.
	
	B
	A divisão do trabalho fomenta o empoderamento e a revolução da classe trabalhadora, uma vez que a distribuição de funções implica na integração dos operários em prol da atividade produtiva.
	
	C
	A divisão do trabalho possibilita o aceleramento do aprendizado do trabalhador, que passará a se concentrar na execução de uma única atividade industrial, passando a dominá-la em sua integralidade.
	
	D
	A divisão do trabalho incentiva o desmembramento da atividade produtiva, favorecendo nesse processo as atividades das pequenas manufaturas em detrimento da ampliação dos lucros dos grandes monopólios.
	
	E
	A divisão do trabalho permite a ampliação exponencial da produção de mercadorias no menor tempo possível, empregando a mesma quantia de trabalho, ou seja, com a divisão do trabalho se produz mais em menos tempo.
Conforme o livro base da disciplina Economia Política é possível observar que Adam Smith traz em seu livro A Riqueza das Nações o exemplo das fábricas de alfinetes como uma forma de demonstrar a importância da divisão do trabalho. Segundo Smith, a divisão do trabalho permite que se amplie exponencialmente a capacidade de produzir mercadorias no menor tempo possível, dispondo da mesma quantia de trabalho.
Referência: CALABREZ Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 73, adaptado.
Questão 8/10 - Economia Política
"As flutuações de emprego e produto que ocorrem na economia são explicadas por duas teorias que podem ser consideradas como a base da macroeconomia. Uma voltada para as flutuações de longo prazo e determinantes da oferta agregada (paradigma clássico-liberal) e outra para as flutuações de curto prazo que determinam a demanda agregada (paradigma keynesiano)."
Fonte: TEBCHIRANI, Flávió Ribas. Princípios de economia: micro e macro Curitiba: Intersaberes, 2012 (adaptado).
A passagem acima indica que existem ao menos duas linhas de pensamento sobre as flutuações macroeconômicas. Assinale a alternativa correta a respeito da Lei de Say:
Nota: 0.0
	
	A
	Derivada da teoria Keynesiana, a Lei de Say afirma que a demanda é maior que a oferta agregada.
	
	B
	Surgida no Marxismo, a Lei de Say nega a teoria de demanda a oferta, colocando um descompasso entre ambas.
	
	C
	A Lei de Say, originária do pensamento ortodoxo da Economia, afirma que a oferta cria sua própria demanda.
Derivada de Lei de Say (que prega que ‘a oferta cria sua própria demanda’), a teoria clássica assegura que a demanda agregada será sempre igual à oferta agregada, sendo esta determinada pela capacidade instalada, que, por sua vez, refere-se à quantidade e à qualidade dos insumos de capital e de trabalho.Fonte: Tema 5 da Aula 2.
	
	D
	Keynes concorda com a Lei de Say, uma vez que afirma que o mercado se autoregula com relação à geração de demanda.
	
	E
	Os liberais elaboram a crítica à Lei de Say, que a oferta cria a sua própria demanda, uma vez que negam o equilíbrio de mercado.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"Fornecer os elementos necessários para compreender cientificamente o mundo humano tornou-se o principal objetivo da reflexão econômica em Marx, que desde cedo foi levado a dialogar e a se contrapor com a economia política clássica. Esses diálogos e contraposições se deram de modos diferenciados em relação a cada um dos autores que podem ser agrupados no ambiente comum da economia clássica (Marx separa os verdadeiros “economistas clássicos”, como Adam Smith ou Ricardo, dos “economistas vulgares”, como Malthus). Esta nota que se ergue do fundo da economia política, sobretudo pela assimilação e superação da contribuição economicista de David Ricardo (1772-1823), se tornará soberana e fundamental no acorde de Marx a partir do final de 1844, quando o centro de sua análise passa a ser o trabalho e seus interesses voltam-se quase que exclusivamente para o estudo da economia capitalista e da história desse período."
Fonte: BARROS, José D’Assunção. O conceito de alienação no jovem Marx. Tempo Social, revista de sociologia da USP, v. 23, pp. 223-245, n. 1 - p. 228-229. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/ts/v23n1/v23n1a11>. 
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina, assinale a alternativa que indique e explique corretamente a principal metodologia utilizada por Marx:
Nota: 10.0
	
	A
	Marx parte da abordagem do materialismo histórico. Essa metodologia confere primazia às relações materiais e ao trabalho como forma de explicar a sociedade, sempre situando-os historicamente. 
Você acertou!
Como vimos na aula 3, a resposta correta é o materialismo histórico. Essa metodologia conferia primazia às relações materiais e ao trabalho, e conduz Marx ao estudo da economia política inglesa - Assim, situando historicamente sua investigação materialista, Marx estava preocupado em compreender a anatomia da sociedade civil (ou sociedade burguesa), pois ali, na esfera das relações sociais concretas, e não na esfera jurídico-política e nas grandes doutrinas filosóficas, estaria a chave para entender as engrenagens que movem a história. Por esse percurso que Marx conclui: “A anatomia da sociedade civil deve ser procurada na economia política” (Marx, 2011, p. 4-5). 
A primeira está incorreta porque, por mais que autor se utilizasse do método dialético, não defendia que todas as teses podem ser depostas. A segunda está incorreta porque nunca existiu uma metodologia socialistas (é um sistema econômico); a terceira está incorreta porque as relações ideacionais não são centrais na metodologia marxiana (embora ele venha a discutir a superestrutura e a importância de formas ideológicas de dominação); a quarta está incorreta porque ceticismo histórico não é uma metologia. 
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 3. Economia Política. Material para a impressão, p. 2-3.
	
	B
	Marx partia do ceticismo histórico. Esse modo de análise conduz o pesquisador a questionar os elementos materiais que compõem a sociedade e modo como eles determinam e condicional a realidade social. 
	
	C
	Marx se utiliza da dialética hegeliana, de modo que é concedido centralidade às relações ideacionais que condicionam e definem o modelo de produção capitalista.
	
	D
	Marx aplicava uma metodologia socialista, centrada em sua teoria do valor-trabalho. Dessa maneira, para o autor os elementos que determinam as  relações sociais em um Estado são a moeda e a dominação capitalista. 
	
	E
	Marx empregava o materialismo dialético, de modo que para ele todas as teses poderiam ser depostas nas ciências econômicas a partir da construção de modelos de análise críticos ao capitalismo.
Questão 10/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“A afirmação de que as tentativas de compreender o capitalismo começaram com Adam Smith é, naturalmente, muito simplista. O capitalismo como sistema econômico, político e social dominante surgiu muito lentamente, em um período de vários séculos, primeiro na Europa Ocidental e, depois, em grande parte do mundo. À medida que surgia, as pessoas buscavam compreendê-lo. Para resumir as tentativas de compreender o capitalismo, é necessário, primeiro, defini-lo e, então, rever resumidamente as principais características históricas de seu aparecimento. Deve-se afirmar desde já que não há consenso geral entre economistas e historiadores econômicos quanto ao que sejam as características essenciais do capitalismo. De fato, alguns economistas sequer acreditam que seja útil definir sistemas econômicos diferentes; eles acreditam em uma continuidade histórica, na qual os mesmos princípios gerais são suficientes para compreender todos os ordenamentos econômicos. Entretanto, a maioria dos economistas concordaria que o capitalismo é um sistema econômico que funciona de modo bem diverso dos sistemas econômicos anteriores e dos sistemas econômicos não capitalistas.”
Fonte: Hunt, E. K.; Lautzenheiser, M. História do pensamento econômico [tradução de André Arruda Villela]. - Rio de Janeiro: Elsevier, 2013.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresente, corretamente, o contexto de surgimento da Economia Política como atividade científica:
Nota: 0.0
	
	A
	Surgiu com o advento da modernidade e do socialismo na União Soviética.
	
	B
	Surgiu com o advento do feudalismo e durante a Idade Média, na intenção de se considerar a economia como uma esfera autônoma.
	
	C
	Surgiu com o advento do capitalismo industrial, mas a disciplina continuou tratando a produção de riquezas e a ordem econômica como um produto da religião e crenças.
	
	D
	Surgiu com o advento do capitalismo tecnológico, e nessa seara, a disciplina passou a tratar a produção de riquezas e a ordem econômica como um produto da religião e crenças.
	
	E
	Surgiu com o advento do capitalismo industrial e a modernidade, a partir disso, as atividades econômicas passaram a ser consideradas como produto da sociedade e não de ordem divina.
É amplamente aceito entre os historiadores econômicos que o surgimento da economia política como atividade científica data do século XVIII, na Europa, em momento próximo ao advento do capitalismo industrial como sistema produtivo. No entanto, o termo economia política pode ser encontrado em escritos anteriores. Admite-se que o termo teria sido inicialmente empregado por Antonie de Montchrestien, mercantilista francês (1576-1621), em obra intitulada Traité d'Économie Politique (1615), tendo sido adotado posteriormente por James Steuart na obra Inquirity into principies of Political Economy, de 1770, contexto a partir do qual adquiriu uso corrente (Avelãs Nunes, 2007). [...] Podemos dizer que a novidade apresentada pela nascente economia política foi a de passar a tratar o modo como a sociedade organizava a produção e a distribuição de suas riquezas como uma esfera autônoma em relação a outras esferas da vida social, sendo, portanto, submetida a leis próprias, o que, por sua vez, acabou exigindo a constituição de uma área específica do conhecimento. Isso não significa que muito já não tivesse sido escrito sobre aspectos econômicos da sociedade, sobre problemas de abastecimento e sobre fartura e miséria de indivíduos ou povos. O que não havia existido até o advento da Modernidade (século XVIII) era a noção de que os processos econômicos poderiam ser compreendidos como processos orientados por uma lógica própria, não mais de ordem divina, religiosa ou meramente política.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2019, capítulo 1.

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