Buscar

ECONOMIA POLITICA - APOL 2 - SEGUNDA TENTATIVA

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 7 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Questão 1/10 - Economia Política
Leio o texto a seguir:
“O desenvolvimento recente chinês pode ser visto como a história da transição de uma economia centralmente planificada, com fortes restrições à ação do mercado e da iniciativa privada, a outra economia – de caráter planificada e, também, mercantil – com crescente peso quantitativo do setor privado. Neste aspecto, a importância da existência dos grandes bancos de desenvolvimento pode ser vista como apenas a ponta de um grande iceberg institucional a ser estudado. Não podemos isolar este fato (formação do sistema financeiro) de algo maior e concomitante: reformas institucionais profundas abriram campo tanto ao surgimento de um dinâmico setor privado quanto a um processo de centralização do grande capital estatal” (JABBOUR; PAULA, 2018, p. 7, adaptado).
Fonte: JABBOUR, Elias; PAULA, Luiz Fernando de. A China e a “socialização do investimento”: uma abordagem Keynes-Gerschenkron-Rangel-Hirschman. Rev. econ. contemp., Rio de Janeiro, v. 22, n. 1, e182217, 2018. Disponível em: https://www.scielo.br/pdf/rec/v22n1/1415-9848-rec-22-01-e182217.pdf
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e o enunciado acima, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais fatores que favorecem o desenvolvimento, de acordo com a teoria de Alexander Gerschenkron:
Nota: 0.0
	
	A
	A existência de um conjunto de normas macroeconômicas destinadas a diminuir a desigualdade econômica e distribuir renda.
	
	B
	A construção de obras públicas de amplo alcance como método de incentivo ao setor de infraestrutura e de aquecimento da economia.
	
	C
	A existência de bancos de investimentos criados com o objetivo de garantir o financiamento das necessidades de investimentos a longo-prazo.
Gerschenkron analisou o processo de desenvolvimento de países “atrasados”, com especial atenção para os casos da Rússia e da Alemanha. Nesses países, a presença de instrumentos institucionais, sobretudo a ação do Estado e a existência de bancos de investimentos projetados para financiar as necessidades de investimentos a longo-prazo, como é o caso da infraestrutura, foram fundamentais. Um sistema financeiro profundamente conectado às indústrias produzia a sinergia necessária e garantia um mecanismo de financiamento de um desenvolvimento que, estando em atraso em relação a seus competidores, exigia investimentos pesados em larga escala. A situação de atraso que, no paradigma construído pelo autor, funciona como um elemento catalisador do surto industrializante, por ela geraria internamente uma situação de tensão que se desdobraria em descontinuidade. A industrialização tardia coloca o país que a persegue em uma situação de intensa competividade.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 61-62, adaptado.
	
	D
	A construção de um sistema de crédito baseado na atração de capitais estrangeiros e no estabelecimento de acordos bilaterais para o desenvolvimento.
	
	E
	A criação de planos quinquenais direcionados a pensar o crescimento econômico por meio do incentivo público a setores específicos da economia nacional.
Questão 2/10 - Economia Política
Veja o gráfico abaixo:
Fonte: A trajetória da distribuição de renda no Brasil e em outros países. No Brasil, Rússia e EUA, os 10% mais ricos da população concentram em torno de metade da renda nacional. Veja a variação dos dados desde 2001 https://www.nexojornal.com.br/grafico/2017/09/13/A-trajet%C3%B3ria-da-distribui%C3%A7%C3%A3o-de-renda-no-Brasil-e-em-outros-pa%C3%ADses
O gráfico acima apresenta como se dá a distribuição de renda em alguns Estados, enfatizando para a concentração de renda existente na sociedade brasileira. Tendo em conta que as teorias existem para que possamos compreender e explicar a realidade e, que a Economia Política também busca demonstrar por meio de conceitos e teorias como se dá a relação entre economia, sociedade e Estado. Nesse sentido, ao longo da vídeo aula 6, vimos que a Economia é também política, ou seja, possui direcionamentos práticos e políticos contidos em seus postulados. Não é possível, dentro dessa perspectiva ignorar o Estado e as decisões políticas sobre o processo econômico. A exemplo disto, as escolhas econômicas dos governos - por uma estratégia de maior intervenção ou de menor intervenção - possui impacto na concentração de renda da população de um determinado país. 
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na vídeo aula 6 sobre a Economia Política, analise as afirmações abaixo e depois assinale a alternativa que indique apenas as corretas:
I. A Economia Política é também uma ciência social, uma vez que considera que a realidade econômica é politicamente e socialmente moldada;
II. O papel da Economia Política é o de fornecer subsídios para a atuação dos agentes econômicos e possibilitar que os mesmos possam acumular capital político e monetário. 
III. A abordagem liberal recusa a protagonismo do Estado diante do sistema econômico;
IV. Um tema comum da perspectiva de teóricos da Economia Política é a tentativa de reversão de crises econômicas.
Nota: 0.0
	
	A
	Apenas as assertivas I e II estão corretas.
	
	B
	Apenas as assertivas II e III estão corretas
	
	C
	Apenas as assertivas I e III e IV estão corretas.
De acordo com a Videoaula 6, há diversas formas de abordar a realidade econômica e esse é um aspecto constitutivo da Economia Política. A Economia Política é também uma ciência social, já que considera que a realidade econômica é politicamente e socialmente moldada, o papel da Economia Política é abordar a partir da análise dos processos históricos, como, por exemplo, o conflito de classes, como faz a abordagem marxista. Um tema comum da perspectiva de teóricos da Economia Política é a tentativa de reversão de crises econômicas, políticas anti-cíclicas com o Estado intervindo na economia, teorias que influenciam governos, por exemplo. Já a abordagem liberal recusa a protagonismo do Estado diante do sistema econômico e utiliza modelos matemáticos de abstração para a compreensão da realidade, de uma forma a-histórica. Fonte: videoaula 6.
	
	D
	Apenas as assertivas II e IV estão corretas.
	
	E
	Apenas as assertivas I, II e III estão corretas.
Questão 3/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir:
"No que se refere à ordem internacional, há uma gama enorme de instituições e fatores em geral que possibilitaram a expansão econômica fordista. Em primeiro lugar, como destacam Glyn et al (1990), foram criadas várias instituições internacionais importantes, que deram as condições para a expansão do comércio então verificada e para a reconstrução dos países arrasados pela Segunda Guerra. O FMI, como instituição financeira responsável por lidar com problemas no Balanço de Pagamentos dos países. Em seguida, o Banco Mundial, incumbido de financiar investimentos de longo prazo sobretudo para países desenvolvidos. O GATT, em terceiro, como o órgão que buscava supervisionar e impedir o aumento de tarifas comerciais que lograssem reduzir a intensidade do comércio internacional. Por fim, mas não menos importante, o Plano Marshall, através do qual uma enorme quantia de dólares foi investida sobretudo nos países da Europa Ocidental, criando as próprias condições de crescimento naqueles países e, além disso, criando a própria demanda por investimento norte-americano."
Fonte: LIMA, Ana Carolina Bottega de; STERNICK, Ivan Prates. Teoria da Regulação e crise do fordismo. p. 17. Disponível em: <file:///C:/Users/92007228/Downloads/4147-Texto%20do%20artigo-16052-2-10-20171127.pdf>.
Tendo em conta o trecho acima e os conteúdos trabalhados no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que indique corretamente como se denomina o sistema monetário internacional no qual essas instituições estavam incluídas:
Nota: 0.0
	
	A
	Sistema Monetário de Bretton Woods
Como é sabido, os EUA saíram, embora de forma muito lenta,do atoleiro da Grande Depressão. As medidas do New Deal favoreceram a recuperação econômica e os EUA despontaram no século XX como potência hegemônica. Após a Segunda Guerra Mundial, os americanos tomaram a frente no sistema 5 monetário internacional e lograram impor a hegemonia do dólar. Construía-se o chamado acordo de Bretton Woods e o padrão dólar.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, p. 4-5.  
	
	B
	Sistema Monetário de Luxemburgo
	
	C
	Sistema Monetário de Madrid
	
	D
	Sistema Monetário New Deal
	
	E
	Sistema Monetário de Pequim
Questão 4/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Para Polanyi (2012), as profundas transformações históricas que passaram a estruturar os diversos ramos da vida humana em sistemas de mercados foram captadas pela economia política, que, ao observar o fenômeno, tendeu a explicá-lo de maneira universalista, criando uma definição de homo economicus atemporal, cuja motivação seria unicamente econômica” (CALABRESE, 2020, p. 225).
Fonte: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no livro-base de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, a crítica feita por Polanyi às teorias clássicas da economia:
Nota: 0.0
	
	A
	Ampliação das categorias econômicas em demasia.
	
	B
	Redução do âmbito econômico ao fenômeno do mercado.
Como foi possível observar no livro base da disciplina de Economia Política, Polanyi compreende que as teorias econômicas clássicas, ao tomar a parte pelo todo, reduziram o âmbito econômico especificamente ao fenômeno do mercado. Assim, por meio do processo histórico, "A identificação da economia com o mercado foi colocada em prática", isto é, o mercado, esta criação institucional, passou a organizar as mais diferentes esferas da vida humana, produzindo uma 'sociedade de mercado'.
Referência: CALABREZ, Felipe Introdução à economia política: o percurso histórico de uma ciência social. Curitiba: Intersaberes, 2020, p. 225, adaptado.
	
	C
	Limitação da teoria economia às bases ideacionais ocidentais.
	
	D
	Criação das bases ideológicas para a dominação colonialista.
	
	E
	Construção de um discurso de dominação de determinados países
Questão 5/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"O ponto essencial que se deve ter em conta é que, ao tratar do capitalismo, tratamos também de um processo evolutivo [...] O capitalismo é, por natureza, uma forma ou método de transformação econômica e não, apenas, reveste caráter estacionário, pois jamais poderia tê-lo. Não se deve esse caráter evolutivo do processo capitalista apenas ao fato de que a vida econômica transcorre em um meio natural e social que se modifica e que, em virtude dessa mesma transformação, altera a situação econômica. Esse fato é importante e essas transformações (guerras, revoluções e assim por diante) produzem freqüentemente transformações industriais, embora não constituam seu móvel principal. Tampouco esse caráter evolutivo se deve a um aumento quase automático da população e do capital, nem às variações do sistema monetário, do qual se pode dizer exatamente o mesmo que se aplica ao processo capitalista. O impulso fundamental que põe e mantém em funcionamento a máquina capitalista procede dos novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados e das novas formas de organização industrial criadas pela empresa capitalista".
Fonte: SCHUMPETER, Joseph A. Capitalismo, Socialismo e Democracia. (Editado por George Allen e Unwin Ltd., traduzido por Ruy Jungmann). Rio de Janeiro: Editora Fundo de Cultura, 1961. p. 109-110. Disponível em: <http://www.ie.ufrj.br/intranet/ie/userintranet/hpp/arquivos/100820171042_SchumpeterCapitalismoSocialismoeDemocracia.pdf>.
Tendo em conta o trecho acima, retirado da obra Capitalismo, Socialismo e Democracia de Joseph Shumpeter, bem como os conteúdos da disciplina Economia Política, assinale a alternativa que apresente corretamente como Shumpeter buscou explicar o capitalismo:
Nota: 0.0
	
	A
	Para Schumpeter o capitalismo é um sistema intermediário que conflagra uma série de relações que devem conduzir a formação de um mercado internacional livre de qualquer constrangimento. Por conseguinte, a acumulação e concentração do capital busca dirimir as assimetrias e fomentar relações pautadas pela igualdade de oportunidades. 
	
	B
	Para Schumpeter o capitalismo é um espaço de inovação, criação e igualdade. Dessa forma a liberdade impera nas relações econômicas como elemento definidor das política aplicadas pelos Estados e das posições ocupadas pelos atores dentro desse sistema. 
	
	C
	Para Schumpeter o capitalismo é um sistema estático e retrativo, sobretudo por ser marcado pela falta de regulação do Estado. Esse tipo de lógica interacional condiciona uma atuação limitada dos atores, uma vez que eles precisam que as relações econômicas sejam intermediadas por agentes dos Estados nacionais.
	
	D
	Para Schumpeter o capitalismo é um sistema a variação do socialismo, de modo que sofre com o espelhamento das dinâmicas e das relações. Dessa forma, é muito importante que os agentes econômicos procurem estabelecer relações comerciais e produtivas marcadas pela liberadade de mercado e não pela intervenção do Estado. 
	
	E
	Para Schumpeter o capitalismo é um sistema dinâmico e expansivo, sobretudo por ser marcado pela inovação. Essa inovação é, por um lado um lado responsável pelo dinamismo do sistema ao alterar as condições competitivas já estabelecidas e, por outro lado, destruidora ao causar um momentâneo desemprego dos “fatores de produção”.
Schumpeter, ao olhar para o capitalismo e seus ciclos, buscou explicar seu impulso expansivo. O desenvolvimento, para Schumpeter, é engendrado pela inovação, elemento fundamental para a dinamização do sistema. A inovação altera as condições competitivas daqueles empreendimentos que já estavam estabelecidos, apresentando alternativas aos produtos e processos que já existiam, o que reduz o espaço que estes possuíam no mercado, fazendo com que muitos simplesmente desapareçam. Ela é responsável pelo dinamismo do sistema e criadora de renda e riqueza. Mas para isso ela é destruidora, pois causa momentâneo desemprego dos “fatores de produção”. O sistema capitalista é, portanto, dinâmico, mas marcado por crises. É criador de riqueza, mas também destruidor. Eis aqui a noção de “destruição criadora”.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Material para a impressão, Tema 04.  
Questão 6/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
“Georg Friedrich List compreende a nação do ponto de vista político e não mais somente de um ponto de vista social como Smith (nação = sociedade civil). Ao fazê-lo, List desloca toda a problemática, colocando no centro da questão o desenvolvimento econômico como estratégia nacional. Ao operar essa mudança de foco, foge-se, a uma só vez, de uma visão dicotômica de Estado versus mercado como forma superior de organização do capitalismo, e inserem-se as categorias em seu contexto, o que passa pelo ambiente internacional de competição entre Estados e capitais. A partir daqui, não há mais de se falar em desenvolvimento econômico (em abstrato) como forma de ampliação de riqueza e de inovação tecnológica, por exemplo. Trata-se, agora, de estratégias nacionais de desenvolvimento e de criação de riqueza e desenvolvimento de tecnologia dentro de determinadas fronteiras, nas quais aquelas devem ser mantidas” (CALABRESE, 2020, p 201).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, adaptado.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política e as concepções econômicas do alemão Georg Friedrich List, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, um dos principais objetivos do nacionalismo econômico, presente na obra de List:
Nota:0.0
	
	A
	Induzir o crescimento do Estado e do território alemães mediante a expansão militar do país e conquista de novos povos.
	
	B
	Consolidar o câmbio de flutuante na Alemanha como uma técnica de controle de preços dos produtos manufaturados nacionais.
	
	C
	Fortalecer o Estado e o capitalismo tardio alemão frente ao capitalismo originário e imperial da Inglaterra mediante a adoção de medidas protecionistas.
Assim, ainda no século XIX, a "verdade produtivista" do mercantilismo foi redescoberta pelo "protecionismo" industrializante de Alexander Hamilton, e pelo "nacionalismo econômico" de Friedrich List e Max Weber, todos movidos pelo mesmo objetivo político: o fortalecimento dos seus Estados e capitalismos tardios frente ao capitalismo originário e imperial da Inglaterra de Smith, Ricardo e Marx. (Fiori, 1999, p. 51). Preocupado com o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha, List (1986) defendeu medidas protecionistas como indispensáveis à industrialização e à acumulação de riqueza em um contexto de competição internacional que tinha a Inglaterra como país mais avançado e, portanto, com posição favorável nessa competição.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 201, adaptado.
	
	D
	Fomentar a abertura econômica alemã e o aumento de exportação de produtos primários por meio da negociação de tratados com a cláusula da nação mais favorecida.
	
	E
	Incentivar uma política econômica liberal e simpática às ideias de Adam Smith por meio da proposta de medidas de ampliação das relações com a Inglaterra.
Questão 7/10 - Economia Política
Leia o trecho a seguir: 
"É possível imaginar o assombro daqueles familiarizados com as lidas do pensamento então hegemônico ao tomarem contato pela primeira vez com A Teoria Geral. Keynes planejara seu ataque em múltiplas frentes. Insistia sobre a importância de se compreender a economia como uma economia monetária da produção, na qual a moeda desempenha papel de suma importância e não apenas por consubstanciar a forma mais geral da riqueza, conferindo a seu detentor a possibilidade de comando sobre o trabalho alheio, mas fundamentalmente por representar em simultâneo os papéis - somente em aparência contraditórios - de refúgio contra a incerteza e de objeto de desejo compelindo à valorização do capital".
Fonte: FRACALANZA, Paulo Sérgio. As lições de Keynes. Novos estud. - CEBRAP  no.88 São Paulo Dec. 2010. p. 200. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/nec/n88/n88a12.pdf>.
Tendo em conta o trecho citado acima e os conteúdos discutidos no decorrer da disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresente corretamente o objetivo central de empresários e empresas dentro do sistema capitalista para Keynes:
Nota: 0.0
	
	A
	Para Keynes a poupança é o objetivo central no sistema capitalista, uma vez que as transações econômicas são sempre feitas tendo em vista a acumulação de capital.
	
	B
	Para Keynes, a acumulação de metais preciosos para produzir moeda era o ponto de partida no sistema capitalista, desse modo os Estados deveriam intervir na economia abastecendo o mercado de metais preciosos. 
	
	C
	Para Keynes, as transações econômicas são o objetivo central do sistema capitalista, desse modo para ele os investimentos são feitos tendo em conta o objetivo de construir uma poupança. 
	
	D
	Para Keynes, o dinheiro é o ponto de partida e a chegada no sistema capitalista, desse modo para ele os investimentos são feitos tendo em conta o objetivo central de se obter mais dinheiro. Portanto o lucro monetário constitui-se no princípio motor do sistema.
Como pode ser visto na Aula 4 a teoria keynesiana compreende que o dinheiro era o ponto de partida e a chegada no sistema capitalista, desse modo para ele os investimentos são feitos tendo em conta o objetivo central de se obter mais dinheiro. Portanto o lucro monetário constitui-se no princípio motor do sistema.
Fonte: Rota de Aprendizagem da Aula 4. Economia Política. Vídeo Aula: Tema 02 – Aspectos da teoria keynesiana e a macroeconomia (7'45 a 9'41).  
	
	E
	Para Keynes a acumulação de capital é o objetivo central do capitalismo, de modo que o Estado deve intervir buscando distribuir as oportunidades de forma mais igualitária entre as classes.
Questão 8/10 - Economia Política
Leia o texto abaixo:
[...] um dos pontos centrais da economia política clássica - aquele sobre o papel homogeneizador que o comércio internacional e o desenvolvimento das forças produtivas gerariam sobre o globo - não se verificou, embora tenha, sem dúvida, havido grande aumento da riqueza mundial. O que, no entanto, observou-se desde o século XIX, acelerando-se após a segunda metade do século XX e marcando-o todo dali em diante, foi um acelerado processo de concentração de poder político e de riqueza privada nas mãos de uns poucos estados nacionais (Fiori, 1999). "Em síntese, entre 1830 e 1914, a riqueza mundial cresceu, mas de forma extremamente desigual, ao mesmo tempo em que se expandia o poder político do núcleo europeu do sistema interestatal no qual foram incorporados os Estados Unidos e o Japão."
(Fiori, 1999, p. 16) O que explicaria o erro de previsão dos economistas políticos clássicos, tanto dos liberais quanto do próprio Marx"? (CALABRESE, 2020, p. 199).
Fonte: CALABRESE, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba.
Tendo como base os conteúdos discutidos na disciplina de Economia Política, assinale a alternativa que apresenta, corretamente, duas das razões que contribuíram para um diagnóstico incompleto das teorias liberais clássicas sobre a distribuição da riqueza no capitalismo mundial:
Nota: 0.0
	
	A
	O desenvolvimento tecnológico e a ampliação dos processos de produção.
	
	B
	As diferenças culturais e as capacidades individuais dos trabalhares.
	
	C
	A ordem democrática internacional e a criação das Nações Unidas.
	
	D
	O aquecimento global e as catástrofes climáticas-ambientais.
	
	E
	O poder territorial e as relações de força do sistema interestatal.
Como vimos no livro base da disciplina Economia Política, o poder territorial e o sistema interestatal não foram categorias devidamente ponderadas por toda a vertente liberal clássica, que herda de Adam Smith e David Ricardo a noção de que o comércio internacional (a universalização das trocas) levaria ao máximo desenvolvimento da divisão do trabalho e à especialização de funções, espalhando os incrementos de produtividade entre todas as nações participantes. Para essa visão, em síntese, a intensificação do comércio internacional conduziria à generalização da riqueza entre as nações. Lembremos que a ação do poder estatal não era fenômeno desconhecido para um autor como Smith. Ao contrário, era em reação às excessivas práticas estatais, tanto internamente (estabelecendo monopólios e regulando a atividade econômica) quanto externamente (erguendo barreiras tarifárias protecionistas), que a doutrina liberal clássica se construiria. Contudo, a fundamentação lógica da teoria liberal ia de encontro a essas práticas e não podia concebê-las como positivas, sob qualquer aspecto.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 199, adaptado.
Questão 9/10 - Economia Política
Leia o trecho abaixo: 
"Aconteceu muita coisa desde que essas teorias foram escritas. A regra de crescimento da base monetária mudou completamente nos últimos 30 anos. Agora se controla inflação com juros. Houve uma influência muito grande das ideias de Chicago nos governos Ronald Reagan e Margareth Tatcher [presidente dos EUA e primeira-ministra do Reino Unido na década de 1980, dois exemplos de governos liberais], mas já naquele tempo a política econômica ia além de Friedman puramente. Surgem outras questões, como a curva de Laffer que diz que aumentar alíquota de imposto só aumenta a arrecadação até um certo ponto. A partir dele, aumentara alíquota faz a arrecadação cair porque incentiva a sonegação. Mas a base são as ideias liberais, diminuição do tamanho do Estado, reforma do Estado. Pessoas de Chicago estiveram envolvidas em iniciativas de difusão dessas ideias. Friedman e Hayek estão entre os fundadores da Sociedade Mont Pèlerin, que tinha essa finalidade política mesmo. Não é apenas Chicago, e mesmo Chicago é diverso. Mas é também Chicago, uma das bases (DUARTE, 2018). Entrevista com o professor titular de Economia da FEA/USP, Pedro Garcia Duarte. Título da matéria: "Escola de Chicago: o berço do pensamento econômico do governo. ‘Nexo’ entrevistou professor que pesquisa história do pensamento econômico para entender as bases teóricas que renderam 30 prêmios Nobel à universidade". 
José Roberto Castro, NEXO Jornal, novembro de 2018. Link para matéria: https://www.nexojornal.com.br/entrevista/2018/11/25/Escola-de-Chicago-o-ber%C3%A7o-do-pensamento-econ%C3%B4mico-do-governo
Levando em conta a contextualização acima e os conteúdos trabalhados na Aula 6 sobre a influência dos economistas nos governos (a relação entre ciência e política), assinale a alternativa correta:
I. Para Max Weber, o economista é o profissional apto para compreender qual é a realidade da economia, quais são as tendências, mas que não deve afirmar o que deve ser feito politicamente, pois isso é papel dos políticos, eleitos por seus representantes;
II. Para Joseph Schumpeter, os economistas são aqueles capazes de entender os mecanismos do universo econômico e deveriam ditar o que deve ser feito no âmbito das decisões do Estado. Caso os políticos os ignorem, estarão incorrendo a um populismo;
III. Para Max Weber, cabe à ciência dizer o que deve ser feito em relação à política, uma vez que a perspectiva técnica não carrega uma visão de mundo oculta;
IV. A democracia, para Schumpeter, não é limitada e as decisões devem assim ser tomadas a partir de critérios políticos, de acordo com a decisão sufragada nas eleições.
Nota: 10.0
	
	A
	Apenas as assertivas I e II estão corretas.
Você acertou!
Os economistas podem influenciar, como no caso de Keynes, as decisões políticas ou podem simplesmente decidir pela política, ditando o que um governo deve fazer. Sobre a relação entre ciência e política há ao menos duas perspectivas distintas: a de Max Weber, que coloca que o economista é um profissional apto para compreender qual é a realidade da economia, quais são as tendências, mas que não deve afirmar o que que deve ser feito politicamente, quem deve, são os políticos, eleitos por seus representantes, e Joseph Schumpeter, teórico minimalista da democracia, diz que os economistas são aqueles capazes de entender os mecanismos do universo econômico e deveriam ditar o que deve ser feito no âmbito das decisões do Estado. Para esse autor, se os políticos ignorarem os técnicos estarão incorrendo a um populismo.
Fonte: vídeoaula 6 e tema 3 da Rota de Aprendizagem 6. 
	
	B
	Apenas as assertivas II e III estão corretas.
	
	C
	Apenas as assertivas I e IV estão corretas.
	
	D
	Apenas as assertivas III e IV estão corretas.
	
	E
	As assertivas I, II, III e IV estão corretas.
Questão 10/10 - Economia Política
“[...] as coisas começaram a andar mal com a irrupção da Primeira Guerra Mundial. Reagindo à consequente instabilidade do sistema político e econômico mundial, os países voltaram a erguer barreiras comerciais. Em 1930, os Estados Unidos abandonaram o livre-comércio, instituindo a famigerada tarifa Smoot-Hawley. Segundo De Clerq (1988, p.201-2), essa tarifa "teve consequências desastrosas para o comércio internacional e, passado algum tempo ..., para o crescimento econômico e o emprego norte-americanos. Atualmente, ainda há economistas convencidos de que a Grande Depressão foi provocada principalmente por essas tarifas". Outros países, como a Alemanha e o Japão, erigiram elevadas barreiras comerciais e, também, passaram a criar poderosos cartéis, os quais se ligaram estreitamente ao fascismo e às agressões externas por eles perpetrados nas décadas seguintes. O sistema mundial de livre-comércio finalmente sucumbiu em 1932, quando a Grã-Bretanha, até então sua ferrenha defensora, cedeu à tentação de reintroduzir tarifas alfandegárias” (CHANG, 2004, p. 32)
Fonte: CHANG, Há-Joon. Chutando a Escada: A estratégia do desenvolvimento em perspectiva histórica. São Paulo: Editora UNESP. 2004.
Considerando o trecho citado acima e os conteúdos discutidos ao longo da disciplina de Economia Política, análise as assertivas abaixo, que discutem a relação entre protecionismo liberalismo nos processos históricos de desenvolvimento dos Estados:
I. A liberalização total do comércio internacional tende a favorecer aqueles Estados que já ocupam uma posição central no capitalismo mundial.
PORQUE
II. o processo histórico de desenvolvimento contou com a utilização de práticas protecionistas destinadas a garantir o acúmulo de capital e a resguardar a indústria nascente.
Agora, avalie as assertivas acima e, depois, assinale a alternativa que faz a análise correta:
Nota: 0.0
	
	A
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I.
A alternativa correta é aquela que indica que as asserções I e II são proposições verdadeiras, e a II é uma justificativa correta da I. A afirmação I está correta porque a liberalização total do comércio externo, na visão de List, seria favorável apenas à Inglaterra – potência capitalista
central do século XIX. Assim, a defesa de práticas liberais no comércio internacional por parte do Estado nacional que detém uma vantagem nessa relação (seja a posse do capital, seja a de vantagens competitivas) aparece quase como um blefe ou, na feliz expressão de Chang (2004), um ato de "chutar a escada" do novo competidor. A asserção II está correta porque, como vimos, preocupado com o desenvolvimento do capitalismo na Alemanha, List (1986) defendia que medidas protecionistas eram indispensáveis à industrialização e à acumulação de riqueza em um contexto de competição internacional que tinha a Inglaterra como país mais avançado e, portanto, com posição favorável nessa competição. Dessa forma, podemos dizer que é II é uma justificativa para a primeira, uma vez que ela demonstra que o processo histórico de desenvolvimento está vinculado às medidas protecionistas por parte dos Estados e, em decorrência, privar países em desenvolvimento de adotar esse tipo de medida tende a beneficiar os países centrais e desenvolvidos. A analogia de chutar a escada, a propósito, vem do próprio List (1986): "Quando se alcança o cume da grandeza, uma regra vulgar de prudência ordena que se rejeite a escada usada para tanto, a fim de não deixar aos outros os meios de subir" (List, citado por Rosanvallon, 2002, p. 254). Assim, sob a perspectiva histórica, a Inglaterra não foi a primeira potência a pôr em prática medidas protecionistas ao mesmo tempo em que, no plano das ideias, defendia um liberalismo comercial.
Referência: CALABREZ, Felipe. Introdução à Economia Política: o percurso histórico de uma ciência social. InterSaberes: Curitiba. 2020, p. 202.
	
	B
	As asserções I e II são proposições verdadeiras, mas a II não é uma justificativa correta da I.
	
	C
	A asserção I é uma proposição verdadeira, e a II é uma proposição falsa.
	
	D
	A asserção I é uma proposição falsa, e a II é uma proposição verdadeira.
	
	E
	As asserções I e II são proposições falsas

Outros materiais