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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM Sílvio Coura Xavier Descoberta do RX Wilhelm Conrad Roentgen Físico Alemão Descoberto em 08/11/1895 Prêmio Nobel de Física 1901 Formação do RX Formação do RX Produzidos quando elétrons em alta velocidade atingem metais. (Tubo de RX) Tubo de RX: Alvo carregado positivamente – ANODO Filamento carregado negativamente – CATODO ◼ Corrente elétrica no filamento – calor – nuvem de elétrons Número de elétrons na nuvem = quantidade de corrente elétrica no filamento – Miliamperagem. Elétrons (negativos) são atraídos pela carga positiva do anodo KVp = aumenta a diferença de voltagem entre filamento e alvo = maior aceleração dos elétrons = RX de maior energia. > Tempo = > quantidade de RX produzidos MAS = MA x Tempo (segundos) Formação do RX Formação do RX Raio-X característicos São aqueles produzidos por interações de colisão Representam apenas uma pequena fração do número total de RX produzidos. Raio-X bremsstrahlung (Radiação de frenagem) O elétron passa próximo ao núcleo do átomo de tungstênio Não ejeta elétrons, ele desacelera atraído pela carga do núcleo e curva-se em torno do núcleo. Esta frenagem libera energia na forma de Raio-X A maioria dos Raios-X surgem deste tipo de interação Um mesmo elétron pode sofrer reação de colisão após ter sido freado Formação do RX RX são produzidos por interações colisionais e radioativas. Radiativas Colisionais Ampola RX Obtendo uma radiografia Raio-X Paciente Filme Painel RX Algumas observações importantes... Radiação dispersa: Parte do Raio-x que atinge o paciente interage com a camada periférica do tecido do paciente O fóton de RX original é disperso com um ângulo diferente e uma energia reduzida. Este evento é chamado “DISPERSÃO DE COMPTON” Filtro: Colocado no tubo de RX para eliminar os raios de baixa energia (seriam absorvidos pelo paciente e não contribuem para formação da imagem) Colimador: Permite regular que o Raio-X atinja somente a área desejada. Distância Foco-Filme (DFF) A distância entre o tubo de Raio-X e o filme também afeta o escurecimento do filme. Quanto maior a DFF, menor escurecimento do filme. Isto ocorre devido a menor quantidade de RX/área Importante em grandes animais – aparelhos portáteis. Distância Foco-Filme (DFF) Distância Foco-Filme (DFF) Como ajustar a regulagem de mA em função da distância? Se para uma distância de 40 polegadas necessito de 100 mA e onde estou realizando o exame consigo apenas uma distância de 30 polegadas, como calcular a mA a ser utilizada? 100mA (40)² X (30)² = Distância Foco-Filme (DFF) 100 / mA2 = (40) 2 / (30)2 100 / mA2 = 1600 / 900 100 / mA2 = 1,77 mA2 = 100 / 1,77 mA2 = 56 mAs (56,25) Fatores que afetam a imagem Movimento: Desafio na veterinária Maior mA e menor tempo 100mA x 0,5s = 50mAs 300mA x 0,17s = 50 mAs Fatores que afetam a imagem Telas intensificadoras: Filmes são mais sensíveis à luz visível Só RX = 100 mAs Tela intensificadora = 2mAs Telas intensificadoras emitem luz quando expostas ao RX Filmes são prensados entre duas telas intensificadoras. Grades: Fótons dispersos (Compton) atingindo o filme produzem “frog” (sombra ou borramento) que reduz contraste e detalhamento. Deve-se aumentar o KVp para compensar a porção do feixe primário absorvida pela grade. Bucky = dispositivo que promove oscilação da grade. Fatores que afetam a imagem Distorção Causada quando parte do objeto está mais próxima do tubo de RX que o restante do objeto. Os padrões de posicionamento visam minimizar este efeito – Padrão normal de distorção. Distorção Distorção Fatores que afetam o contraste Técnica Radiográfica: Seleção correta do KVp ◼ KVp baixo = poucos RX penetrarão o paciente e ficará subexposta (mais clara) ◼ KVp alto = muitos RX penetrarão o paciente e ficará superexposta (muito escura) Contraste dependerá da correta relação KVp e mAs escolhida. Baixo KVp e alto mAs – maior contraste, mais escalas de cinza Alto KVp e baixo mAs – menor contraste, mais preto ou branco. Fatores que afetam o contraste Embaçamento do filme Produzido por radiação dispersa Diminui o contraste Exposição acidental à luz também causa embaçamento Pode ser prevenida pelo uso da grade. Processamento do filme Câmara escura: Limpa Seca À prova de luz Organizada Processadoras automáticas RX digital Processadora Automática RADIOLOGIA DIGITAL Radiologia Digital O que é o sistema digital? Medição eletrônica do padrão de transmissão de RX através do paciente Conversão da medição eletrônica para um arquivo digital Visualização do arquivo digital em um monitor de computador Radiologia Digital DICOM Digital Imaging and Communications in Medicine Além da imagem o arquivo contém: ◼ Fabricante do dispositivo que gerou imagem ◼ Data e hora da aquisição da imagem ◼ Identificação do paciente ◼ Identificação do solicitante ◼ Identificação de quem realizou o exame ◼ Outros parâmetros Assegura a interconectividade entre os diversos dispositivos de imagem. Imagem Digital Pixels Cada pixel tem um tom de cinza específico O tamanho de cada pixel determina a resolução espacial ◼ A manipulação pelo software da imagem bruta é mais importante que a densidade do pixel. O número de tonalidades de cinza disponível para cada pixel influenciará no contraste da imagem Bit depth (profundidade de bits) = quanto maior, mais tons de cinza Bit Depth Profundidade de Bits Valores possíveis de pixel Número de tonalidades de cinza 1 0,1 2 2 00,01,10,11 4 4 0000,0001,0010,0011, 0100,0101,0110,0111, 1000,1001,1010,1011, 1100,1101,1110,1111 16 8 00000000, 00000001,etc 256 12 000000000000, 000000000001,etc 4096 Digital X Analógico Resolução Espacial: semelhante em ambas as técnicas (analógica ou digital) Resolução espacial: quão pequena uma estrutura pode ser discriminada na imagem Otimização do Contraste: Relacionada a profundidade de bits. Analógico: rigidamente relacionado ao KVp x mAs Latitude de Exposição: Independência da qualidade de imagem digital sobre a magnitude de exposição aos raios-x. Analógico: uma estreita faixa de combinação KVp e mAs resultará numa imagem adequada. Otimização de Contraste Otimização de Contraste Latitude de Exposição Latitute de Exposição Subexposição Superexposição Pós-processamento Permite modificar o brilho e contraste da imagem depois de processada Magnificação de regiões Ampliação de uma determinada região Pós-processamento Pós-processamento Qualidade do Monitor Monitores CRT x LCD CRT amplamente substituídos Monitores LCD Monocromáticos e Coloridos Especificações técnicas altamente variáveis Monitores de LCD monocromáticos de uso médico ◼ Resolução > que 3megapixels ◼ Caros ◼ Evitam a necessidade de constante ampliação da imagem ◼ Ângulo de visualização é importante no LCD! Outros Benefícios Eliminação da câmara escura e produtos químicos Portabilidade aprimorada Realce do profissionalismo aos olhos do consumidor Existem artefatos de imagem digital também! Hardware de Aquisição Radiografia Computadorizada (CR) Radiografia Digital Direta (DDR) Detectores de tela plana indiretos Detectores de tela plana diretos Dispositivos de Carga Acoplada CR Primeiro a surgir no mercado Composto por: Cassete Placa de imagem flexível coberta com fósforo foto estimulável (PSP) Imagem é criada por alterações nas bandas de energia de elétrons (RX + PSP) Imagem é lida opticamente por laser Vantagem: Cassetes danificados podem ser substituídos Cassete não é preso por um cabo à um PC Hardware de Aquisição Hardware de Aquisição Hardware de Aquisição Hardware de AquisiçãoDDR 3 tipos: Sistema Detector de Tela Plana Indireto Sistema Detector de Tela plana Direto Sistema CCD DDR Detector substitui o cassete de imagem Conectados a um computador (cabo ou Wireless) Detectores Indiretos São indiretos porque produzem luz como passo intermediário à formação da imagem. Tela intensificadora (como no RX analógico) + fotodiodos Uma placa de 43x43 cm = 6 a 7 milhões de fotodiodos! Custo mais elevado que sistema CR Profundidade de Bits = 14 16.384 tons de cinza Detectores Diretos Não existe produção de luz intermediária Raios-X atingem um fotocondutor (selênio amorfo) alta eficiência na absorção de RX liberação de elétrons da camada de selênio gera uma carga que é lida e convertida em imagem Profundidade de Bits = 14 Não há difusão de luz da tela intensificadora Difusão de luz = embaçamento da imagem Na prática não existe diferença detectável! Detectores CCD Utiliza um chip CCD para aquisição da imagem Semelhante as câmeras e filmadoras digitais Necessita de luz intermediária Chip é sensível à luz e não aos RX Qualidade da imagem Depende mais da qualidade da luz coletada e convergida Existe algum grau de degradação da imagem Humanos: dental e mamografia (partes pequenas) DDR DDR RADIOPROTEÇÃO Silvio Coura Xavier Radioproteção Radiologia Diagnóstica Obter o máximo de informações com mínima exposição do paciente, funcionários e público em geral. “Longe da vista, longe do coração” Postura arrogante frente a radioproteção Exposição x Absorção Alguns tecidos absorvem mais radiação do que outros. A mesma dose de exposição pode representar diferentes doses absorvidas Exposição: Quantidade de carga elétrica resultante da ionização do ar produzido pelo fluxo de radiação Absorção: Ossos absorvem RX mais eficiente que tecidos moles Segurança da Radiação Estabelecer diretrizes para evitar exposição desnecessária: Informar os riscos da radiação Uso adequado dos equipamentos de proteção Minimizar repetições: ◼ Posicionamento do paciente ◼ Operação do aparelho Considerações Práticas Distância Maximizar a distância do tubo de raios-x é uma das formas mais eficazes de diminuir a dose de radiação. Não segurar cassetes com a mão para radiografias equinas Segurar animais da companhia com a mão é permitido, mas não pode haver partes do corpo perto do feixe primário. Considerações Práticas Blindagem Blindagem estrutural Blindagem pessoal ◼ Avental ◼ Luvas ◼ Protetores de tireoide ◼ Óculos Luvas Dosímetro Considerações Práticas Tempo Diretamente relacionado com o número de projeções repetidas necessárias Familiarização dos colaboradores com o equipamento Revezamento da equipe, evitando exposição repetida nas mesmas pessoas. Regras Básicas de Segurança Apenas o pessoal envolvido no procedimento deve ficar na sala de RX Menores de 18 anos e mulheres grávidas não devem permanecer na sala durante o exame Auxiliares devem trabalhar em esquema de rodízio para minimizar exposição Sacos de areia, fitas adesivas, esponjas devem ser usados no posicionamento ao invés da contenção manual Anestésicos ou tranquilizantes devem ser usados sempre que possível para facilitar a contenção. Nenhuma parte do corpo do tecnólogo deve ficar exposto ao feixe primário. Aventais de proteção sempre devem ser utilizados. Regras Básicas de Segurança Luvas de proteção devem ser usadas se as mãos estiverem próximas do feixe primário Óculos devem ser usados se a carga de trabalho for muito grande ou ao radiografar grandes animais Protetores de tireoide devem ser utilizados O feixe primário deve ser colimado, preferencialmente deixando parte do cassete sem exposição. Todo pessoal envolvido com a radiologia deve usar um dosímetro durante o horário de trabalho. O procedimento radiográfico deve ser planejado e os ajustes do aparelho checados duas vezes. FÍSICA DO ULTRA-SOM Silvio Coura Xavier Definição Ultra-som é uma forma de energia mecânica que consiste de vibrações de alta frequência 20 a 20.000 Hz – Audição humana 1 a 3 MHz – ultra-som terapêutico 3 a 20 MHz – Diagnóstico por imagem Ultrassonografia Como funciona um aparelho de ultra-som? Impedância Acústica Z = v x p Z = Impedância acústica V = velocidade P = densidade do material Quando houver uma boa diferença de impedância acústica entre os tecidos adjacentes, haverá maior reflexão das ondas sonoras Tecido mole x ossos (50%) Tecido mole e gás (99%) Impedância Artefato de costela Ultra-som e Tecidos Ondas sonoras passam através dos tecidos: Refletidas Refratadas Absorvidas As ondas que retornar (eco) são responsáveis por produzir imagem Quanto maior o eco = mais brilhante a imagem Reflexão São as ondas responsáveis pela formação da imagem ao retornarem ao transdutor Depende: Tamanho da estrutura refletora Comprimento de onda utilizado (frequência) Frequência: Mais altas ◼ Refletidas e atenuadas mais rapidamente ◼ Identifica estruturas menores ◼ Identificam estruturas mais superficiais (Medicina x Veterinária) Refração Mudança na direção das ondas sonoras à medida que passam de um meio para o outro onda a velocidade de propagação é ligeiramente diferente. Ocorrerá nas ondas sonoras oblíquas. Ex. Bordas da vesícula biliar Refração Refração Refração Refração Absorção Atenuação Redução da intensidade do feixe ultrassônico a medida que ele passa através dos tecidos. Ocorre devido dispersão e absorção Maior atenuação em gordura Absorção As forças de atrito geram calor (ultra-som terapêutico) Efeito maior em estruturas densas Líquido: menor absorção Produção de Ultra-som Efeito piezoeléctrico Cristais piezoeléctricos Energia elétrica Energia sonora Ecos (sonoros) Energia elétrica Resolução axial Resolução lateral Transdutor Modos de Ultra-som Modo A (amplitude): Pouco utilizado hoje com evolução do modo B Modo B (brilho): Cada eco devolvido é exibido na tela como um ponto Quanto mais brilhante, maior a intensidade do eco devolvido São utilizados muitos feixes Modo B em tempo real é hoje o mais utilizado no diagnóstico Modos de Ultra-som Modo M (movimento) Usa um único feixe em uma posição fixa que registra como as dimensões da seção examinada se alteram com o tempo. Utilizado predominantemente na ecocardiografia Avalia dimensão das câmaras cardíacas e das paredes do coração em relação ao ciclo cardíaco. Modo M Aparelhos de Ultra-som Potência Ganho Composição do ganho com a profundidade Exibição repartida ECG Medidas e Cálculos Freeze Clip e Gravar Aparelhos de Ultra-som Aparelhos de Ultra-som Aparelhos Ultra-som Aparelhos Ultra-som Aparelhos Ultra-som Aparelhos Ultra-som Transdutores Lineares Convexos Setoriais Endocavitários Endoscópicos Retais (veterinária) Lineares Linear Convexos Micro convexos Setorial Setorial Endocavitário Retal (veterinário) Endoscópico Endoscópico Artefatos Sombra Acústica Reforço Acústico Reverberação Cauda de cometa Imagem em Espelho Sombreamento de borda Sombra Acústica Regiões de ecogenicidade diminuídas distais às estruturas de alta refletividade. É um artefato valioso Fornece informações sobre a composição da estrutura que o causa Podem ocorrer naturalmente: Interface tecido/osso Interface tecido/gás Reforço Acústico Região de maior ecogenicidade localizada além de estruturas de baixa atenuação Locais mais comuns: Bexiga Vesícula biliar Reverberação Ocorre quando as ondas sonoras refletem várias vezes sobre dois refletores fortes Múltiplos focos hiperecogênicos queocorrem em intervalos regulares Cauda de Cometa Um tipo de reverberação Causada por duas superfícies altamente reflexivas e estreitamente espaçadas Bolhas de gás Pequenos objetos metálicos Imagem em Espelho É a duplicação de uma estrutura normal do lado oposto de um forte refletor Fígado – interface diafragma/pulmão Sombreamento de Borda Artefatos de refração criados quando as ondas sonoras sofrem inclinação ao encontrarem tangencialmente uma superfície curva Rins Vesícula Biliar Bexiga INTRODUÇÃO À INTERPRETAÇÃO RADIOGRÁFICA Silvio Coura Xavier Formação da Imagem e Absorção Imagens Radiográficas: Raio-X atravessam a matéria Absorção dos raios X é uma relação do tipo de tecido e sua espessura Pode-se criar uma imagem padrão de raios X que sai de um paciente Radiografia`: É uma imagem do número e da distribuição dos raios X que atravessam o paciente e atingem o chassi. Formação da Imagem e Absorção Radiografia Analógica: Quantidade de luz emitida pela tela de intensificação (écran) Radiografia Digital: É dependente do número de raios X que interagem com a placa de imagem Formação da Imagem e Absorção Radiografia (analógica ou digital) Áreas de Imagens Pretas: ◼ Regiões onde muitos raios X atravessaram o paciente e atingiram o receptor Áreas de Imagens Brancas: ◼ Regiões onde muitos raios X foram absorvidos e poucos ou nenhum atingiram o receptor Entre estes dois extremos estão muitos tons de cinza! Formação da Imagem e Absorção Absorção diferencial: Permite a utilização médica dos raios X Radiopacidade: Ossos > Tecidos moles Formação da Imagem e Absorção Prego e Microchip Totalmente radiopacos Raios x não foram capazes de atravessá-los Densidade? Prego e Microchip ◼ Densidade óptica baixa ◼ Densidade radiográfica alta ◼ Densidade física alta ◼ Confuso!! Radioluscência e Radiopacidade! Prego e microchip são mais radiopacos que os tecidos. Opacidades Radiográficas Resolução de Contraste: Permite estruturas adjacentes serem discriminadas uma das outras em uma imagem radiográfica É menor que da TC e RM ◼ Por isso algumas alterações não podem ser visualizadas radiograficamente! Opacidades Radiográficas Faixas de Opacidades Radiográficas: Radiopacidade Ar (ou gás) Radiopacidade Gordura Radiopacidade Água (tecidos moles) Radiopacidade Osso (mineral) Radiopacidade Metal Opacidades Radiográficas Espessura: > espessura = >radiopacidade Geometria Radiográfica Paciente: Tridimensional Radiografia: Bidimensional Ampliação e Distorção Imagem de uma região familiar parecendo desconhecida Perda de percepção de profundidade Sobreposição Ampliação e Distorção Ampliação: Aumento da estrutura na imagem em relação ao seu tamanho real. Depende da distância entre o objeto e o receptor Aumento da distância > ampliação Sempre haverá alguma parte do paciente mais afastada do receptor e portanto sofrerá ampliação Ampliação reduz detalhes Área de interesse sempre deve estar mais próxima do receptor Ampliação e Distorção Distorção: É uma ampliação inadequada quando o plano do objeto e do receptor não estão paralelos Origina imagem deturpada da forma ou da posição verdadeira do objeto. Algum grau de distorção é encontrado nas radiografias normalmente A distorção fora do padrão de posicionamento pode limitar a qualidade diagnóstica da radiografia. Ampliação e Distorção Imagem Não Familiar O paciente inteiro não está posicionado de forma padrão. O correto posicionamento do animal que gera uma imagem familiar A repetição desta imagem familiar gera um padrão de normalidade e facilita a identificação de alterações. Perda da Percepção de Profundidade Radiografia – bidimensional É necessário a realização de duas radiografias, uma a um ângulo de 90° com a outra. Projeções realizadas a 90° uma da outra são chamadas projeções ortogonais. Sobreposição Podem criar radiopacidades que podem erroneamente serem interpretadas como doença. Exemplos: Mamilos Prepúcio Sobreposição dos rins Vaso pulmonar e costela Gerados por posicionamento / rotações Supressão de Borda Supressão de borda: Duas estruturas de mesma radiopacidade estão em contato, impossibilitando distinguir suas margens. Sinal de Silhueta: Se duas estruturas de uma mesma radiopacidade são separadas por uma substância de radiopacidade diferente, suas bordas podem ser distinguidas radiograficamente. O Papel da Percepção Percepção Olhos Cérebro Nomeando Projeções São nomeadas de acordo com a direção que o raio X penetra na parte de interesse, do ponto de entrada para o ponto de saída. São utilizados os termos direcionais listados na Nômina Anatômica Veterinária. Projeções Perpendiculares e Oblíquas Ventro Dorsal Dorso Ventral Latero-lateral Direita Termos Direcionais Dorsolateral-palmaromedial Avaliação Radiográfica Padrão de avaliação: Projeções latero-lateral – porção cranial para a esquerda do observador Cabeça, pescoço ou tronco: parte cranial para cima e o lado esquerdo do animal à direita do observador. Extremidades lateromediais ou mediolaterais: parte proximal do membro para cima e o aspecto cranial ou dorsal à esquerda do observador. Avaliação Radiográfica Projeções caudocranial (plantarodorsal, palmarodorsal) ou craniocaudal (dorsoplantar ou dorsopalmar) Parte proximal do membro para cima Lateral do membro à esquerda do observador (uma sugestão, não há convenção) Interpretação Radiográfica Não podem ser interpretadas no vazio É necessária informações clínicas para uma ótima interpretação. Informar a idade do paciente Não substituem o exame físico Posicionamento correto Técnica radiográfica correta Interpretação Radiográfica “Na melhor das hipóteses, as radiografias ruins são totalmente inúteis e, na pior, elas são totalmente enganosas.” Peter Suter (1930-2011) Interpretação Radiográfica Radiografias apropriadas! Ambiente calmo e isolado Concentração!! Negatoscópio + Luz quente intensa (filmes) Qualidade do monitor (digital) Cuidado com ampliações e reduções Avaliar o filme a 1,80m e a 15 cm, além da avaliação típica. Interpretação Radiográfica A imagem é normal? Esta é a questão mais difícil a ser respondida! Identificar e classificar as alterações Iniciantes – checklist As alterações devem ser anotadas, nem que seja no prontuário do paciente. Sinais de Roentgen Tamanho, forma, localização, número, contorno e radiopacidade Sinais de Roentgen Tamanho Mudança no tamanho com a forma permanecendo normal ◼ Hepatomegalia generalizada ◼ Esplenomegalia generalizada ◼ Cardiomegalia generalizada ◼ Aumento simétrico da glândula prostática ◼ Atrofia renal Sinais de Roentgen Forma: Mudança morfológica da estrutura com mudança da forma geral ◼ Aumento do átrio direito ◼ Aumento do átrio esquerdo ◼ Tumor hepático no lobo lateral esquerdo ◼ Hemangiossarcoma na extremidade distal do baço ◼ Compartimentalização gástrica em uma torção Sinais de Roentgen Localização: Alteração da topografia de uma estrutura ◼ Deslocamento do fêmur devido luxação coxofemoral ◼ Deslocamento do jejuno para cavidade pleural devido hérnia diafragmática ◼ Deslocamento caudal do rim direito devido hepatomegalia Sinais de Roentgen Número Mudança no número esperado de estruturas ◼ Falanges distais ausentes em felino submetido a oniectomia ◼ Lise de uma falange distal devido a um tumor ◼ Polidactilia Sinais de Roentgen Contorno Alteração de um contorno esperado de uma estrutura ◼ Reação periosteal sobre um osso ◼ Massa saliente na superfície hepática ◼ Infarto renal com reentrância cortical Sinais deRoentgen Radiopacidade Alteração da radiopacidade esperada de uma estrutura ◼ Substituição de ar nos pulmões por exsudato ◼ Osteogênese endosteal em resposta ao estresse de remodelamento ◼ Destruição da cortical em decorrência de um tumor ◼ Atrofia óssea por desuso Interpretação Radiográfica Histórico Clínico + Sinais de Roentgen: Lista de possibilidades Definição da necessidade de novos procedimentos Erros: Tendência ◼ Expectativa de encontrar alguma coisa Satisfação de Pesquisa ◼ Encontrar uma alteração radiográfica óbvia e então procurar mais alterações (mesmo não compatíveis com clinica) Zeca Bulldog Inglês 3 meses Aumento de volume em região lateral toraco-lombar direita. Zeca Zeca Cirurgia Pós Operatório Febre intermitente Evolução Clínica Zeca CRÂNIO E CAVIDADES NASAIS Silvio Coura Xavier Crânio Posicionamento: Sedação ou Anestesia Lateral e Dorsoventral VD: superfície da cabeça não é plana! Laterais: pode-se usar uma espuma para elevar o nariz ou mandíbula e obter imagem simétrica. Boca aberta e Boca fechada ◼ Alterações mandibulares/maxilares – boca aberta – menor sobreposição. Atenção com a marcação D e E!! Crânio Projeções auxiliares – oblíquas Seios frontais Cavidade Nasal Bula timpânica Técnica Radiográfica Sistema analógico: Baixo kVp e Alto MAS ◼ Maior contraste ◼ Melhor avaliação de alterações ósseas ◼ Pior visualização de tecidos moles Alto kVp e baixo MAS ◼ Melhor detalhamento de tecidos moles Sistema Digital: Fatores de exposição menos críticos – maior resolução de contraste Espessuras maiores que 10 cm Usar grade para remover raios-x dispersos. Anatomia Normal Crânio: Raças dolicocefálicas ◼ Cabeças estreitas e extensa cavidade nasal de rostral a caudal ◼ Collie Raças mesaticefálicas ◼ Cabeças de proporção média ◼ Pastor Alemão, Beagle Raças braquicefálicas ◼ Cabeças largas e curtas ◼ Boxer, Boston Terrier, Pug, Pequinês Dolicocefálicos Mesaticefálicas Braquicefálicas Crânio Passagens nasais e Seios paranasais Passagem nasal ◼ Estende-se caudalmente das narinas externas até a placa cribriforme e a nasofaringe ◼ Dividida ao meio pelo septo nasal ◼ Repleta de conchas finamente enroladas ◼ Ósseo caudalmente e torna-se cartilaginoso a medida que avança rostralmente Seios paranasais ◼ Seios frontais, recessos maxilares laterais e pequenos seios esfenodais. Seios Paranasais Seios Frontais Fonte: Dr. Oscar J. Benavides Bulhas Timpânicas Bulhas timpânicas Parte ventral do osso temporal Cavidades cheias de ar do ouvido médio Comunicam-se com a nasofaringe (tuba auditiva) Dentes Fórmula Dentária Gato ◼ Decíduos – 2x (I 3/3, C 1/1, P 3/2) = 26 ◼ Permanentes – 2x (I 3/3, C 1/1, P 3/2, M 1/1) = 30 Cães ◼ Decíduos: 2x (I 3/3, C 1/1, P 3/3) = 28 ◼ Permanentes: 2x (I 3/3, C1/1, P4/4, M 2/3) = 42 Dentes Abcesso Periapical Aspecto: Halo radiotransparente ao redor da raiz dentária afetada (destruição do osso alveolar) Alargamento do espaço periodontal Lise ou esclerose óssea adjacente ao vértice Perda da lâmina dura Reabsorção da raiz do dente Comum em animais mais velhos Importância Clínica: Fistula infraorbitária Endocardite de valva mitral Lesões renais Otite RX Parte integrante da avaliação diagnóstica de um cão ou gato (otite média) Otite média Secundária a otite externa Unilateral ou bilateral (unilateral diagnóstico mais fácil) Otite externa RX VD: estenose do canal auditivo e/ou mineralização. Lesões Traumáticas Luxação ATM Traumática ou não traumática Fraturas de Mandíbula Trauma Craniano Fraturas Distúrbios Infecciosos Aspergilose Nasal Rinite destrutiva – cão / gato Cães até 4 anos Blastomicose nasal Áreas endêmicas Lise das conchas Criptococcose Felinos Rinite hiperplásica não destrutiva Aspergilose Nasal Aspergilose Blastomicose Criptococcose Anomalias Congênitas Hidrocefalia: Acúmulo excessivo de líquor no sistema ventricular Congênita: defeitos estruturais que impedem a drenagem no LCE ou impedem absorção Raças: maltês, Yorkshire, buldogue inglês, chihuahua, lhasa apso, pug chinês, poodle toy, spitz alemão, pequinês, Boston terrier. TC ou RM são as melhores técnicas! Fonte: Dr. Oscar J. Benavides Anomalias Metabólicas Hiperparatireoidismo Primário ◼ Adenoma ou carcinoma paratireoide ◼ Hiperplasia adenomatosa Secundário ◼ Renal ◼ Nutricional Excesso de paratormônio – hipercalcemia e desmineralização óssea Hiperparatireoidismo RX: Perda da lâmina dura Desmineralização total dos ossos do crânio Ultra-som: Ultra-som cervical 130 cães com HPTP submetidos a ultra-som, em 129 foram identificadas massas variando de 3 a 23 mm. Feldman, E.C. et al. Pretreatment clinical and laboratory findings in dogs with primary hyperparathyroidism: 210 cases (1987-2004), J Am. Vet. Med. Assoc. 227:756-761, 2005. Neoplasias Tumores Nasais 1 a 2% de todas as neoplasias 2/3 epiteliais ◼ adenocarcinoma, carcinoma de céls. Epiteliais, carcinoma indiferenciado 1/3 mesenquimal ◼ Fibrossarcoma, condrossarcoma, osteossarcoma, sarcoma indiferenciado Normalmente invasivos e pouco metastáticos Tempo diagnóstico x prognóstico ◼ Normalmente tardio Neoplasias Tumores Nasais RX: ◼ Aparência agressiva – invasão óssea ◼ Perda de detalhes dos cornetos ◼ Aumento da opacidade do seio frontal ◼ Tumor? ◼ Acúmulo de muco? ◼ RM pode diferenciar!! ◼ Posicionamentos ◼ Intraoral dorsoventral ou ventrodorsal ◼ Ventrodorsal de boca aberta ◼ Seio frontal rostrocaudal Neoplasias Tumores Mandibulares e Maxilares CA céls. Escamosas – mandíbula e maxila (cão e gato) Fibrossarcoma, melanoma maligno e tumores do ligamento periodontal (epúlide) – raro gatos! Normalmente tumores agressivos Melanoma Maligno ◼ Tende ocorrer raças pequenas ◼ Metástase nos linfonodos regionais e pulmões ◼ Lise óssea variável radiograficamente Neoplasias Tumores Mandibulares e Maxilares Epúlide: ◼ Epúlide fibromatoso ◼ Epúlide ossificante ◼ Ambos benignos e curados por excisão cirúrgica ◼ Epúlide acantomatoso ◼ Ameloblastoma acantomatoso ◼ Tendem a recorrer, ainda que não apresentem comportamento metastatico São radiossensíveis! Neoplasias Tumores Nasais Excisão cirúrgica Radioterapia Cirurgia + radioterapia Terapia fotodinâmica Outros Tumores de crânio Osteocondrossarcoma multilobar Osteossarcoma Osteoma Osteocondroma Rinite Nasal Aparência variável ao RX Depende da cronicidade e gravidade da rinite Felinos Sequela comum de doença do trato respiratório superior viral TC e RM Melhor delimitação da doença Ajuda a diferenciar entre rinite e neoplasia Corpos Estranhos Intranasais Mais comum: matéria vegetal Sinais Clínicos: Início agudo de espirros Arranham o nariz Corrimento nasal unilateral TC: Mais sensível, nem todos corpos estranhos são radiopacos. VÉRTEBRAS Silvio Coura Xavier Vértebras “Muitas condições, incluindo a doença do disco intervertebral, várias mielopatias, tumor da medula espinhal, das meninges e da coluna vertebral, não podem ser completamente caracterizadas com o uso das radiografias” Vértebra CORPO VERTEBRAL A R C O V E R T E B R A L Lâmina D e E Pedículo Fórmulas Vertebrais Cão: C7 T13 L7 S3 Cd6 – Cd23 Gato: C7 T13 L7 S3 Cd18 – Cd21 C1-C2 Não têm disco intervertebral Alterações Congênitas e de Desenvolvimento Vértebras em Bloco Resultado da fusão de dois ou mais corpos vertebrais Comuns na região cervical, mas podem ocorrer no segmento lombar Podem gerar sobrecarga imediatamente adjacente à fusão – aumento do risco de doença dodisco intervertebral Implicado na subluxação atlantoaxial Hemivértebras Falha do desenvolvimento e eventual ossificação de parte de uma vértebra, geralmente o corpo. A forma da hemivértebra depende da área onde houve falha do desenvolvimento (normalmente o corpo) Vértebra em forma de cunha Configuração cifótica Compressão da medula espinhal Nem todas são clinicamente significativas (RM/TC) Raças de cauda em parafuso (Buldogue e Boston Terrier) Espinha Bífida Falta de desenvolvimento do arco vertebral Pode estar associada a defeitos do tubo neural (meningocele ou mielomeningocele) Fenda na parte dorsal do arco vertebral Ausência ou divisão do processo espinhoso Raramente há defeito do tubo neural no segmento torácico, diferente da lombossacra Alteração Radiológica Divisão do processo espinhoso Raças mais comuns: Buldogues e Gatos Manx Buldogue Buldogue Frances Gato Manx Subluxação Atlantoaxial Axis (C2) é deslocado dorsalmente em relação ao atlas (C1) Compressão da medula espinhal Congênito ou trauma Congênito: ◼ Processo odontoide ausente ◼ Deficiência dos ligamentos que sustentam a articulação atlantoaxial ◼ Raças Toys (Yorkshire) Sinais Clínicos Espondilomielopatia cervical Síndrome: Malformação do corpo vertebral Mal formação dos processos articulares Má articulação vertebral Instabilidade Mal alinhamento Estenose do canal vertebral Protusão e/ou hérnia de disco Raças: Dogue alemão (jovem) Dobermann Pincher (adulto) Espondilomielopatia Cervical Fratura e Luxação Causas: Atropelamentos Quedas Ferimentos por arma de fogo Fraturas Compressão da medula espinhal Incompletas podem ser difíceis de serem visualizadas Cuidado no posicionamento. Começar com LL. Doença do Disco Intervertebral Sinais Clínicos; Extensão do disco intervertebral intacto ou do material nuclear do disco para dentro do canal vertebral. Dachshund, Pequinês, Beagle, Lhasa Apso, Shih-Tzu (raças condrodistróficas) Locais mais comuns: C2-C3, C3-C4, T12-T13, T13-L1 Doença do Disco Intervertebral Protrusão Tipo 1 Degeneração condroide do núcleo pulposo Expulsão do material desidratado para o canal vertebral Sinais neurológicos agudos Protusão Tipo 2: Degeneração fibroide do núcleo e metaplasia fibrosa do núcleo pulposo Ânulo fibroso pode se estender, hipertrofiar ou romper parcialmente Sinais neurológicos crônicos e progressivos Tipo 1 e Tipo 2 Doença do Disco Intervertebral Radiografia Simples Pobre sensibilidade e especificidade Não podem ser utilizados para determinar o local e a gravidade das lesões Indicação é para exclusão de outras condições: ◼ Fratura ◼ Luxações ◼ Lesões ósseas agressivas Doença do Disco Intervertebral Sinais Radiográficos Diminuição do espaço intervertebral Forame intervertebral pequeno Aumento da radiopacidade dentro do forame interno Material de disco mineralizado dentro do canal vertebral TC ou RM indisponível: Mielografia Mielografia Condições Inflamatórias Discoespondilite Inflamação de um disco intervertebral e das suas epífises adjacentes Inflamação dos tecidos moles adjacentes – não detectada radiograficamente Etiologia: Disseminação hematógena de microrganismos Migração de corpo estranho Discoespondilite Radiologia: Lise irregular da epífise com extensão para o corpo vertebral Colapso do disco intervertebral Produções de osteófitos ventrais Alguns casos subluxação Diagnóstico em alguns casos pode exigir RM! Sinais Clínicos: Febre, leucocitose, parestesia, paresia e raramente paralisia Meningite é possível se processo estender-se para dentro do canal vertebral Discoespondilite Discoespondilite Condições Degenerativas Espondilose Deformante Boxers e raças grandes Regiões toracolombar e lombossacra Etiologia Desconhecida ◼ Trauma repetitivo ◼ Instabilidade ◼ Desgaste pelo envelhecimento ◼ Predisposição hereditária?? (Estudo com Boxers não confirmou!!) Espondilose Deformante Radiologia: Entesopatia das margens das epífises Entesófitos x Osteófitos Ocasionalmente entesófitos podem ocupar espaço intervertebral – fusão Predisposição de protusão tipo II Clínica: Não é inflamação! Clinicamente insignificante Alterações clínicas relacionadas a protusão ou projeções ósseas comprimindo a medula Síndrome da Cauda Equina Região lombossacra Numerosas alterações: Degenerativas ◼ Doença disco intervertebral ◼ Instabilidade ◼ Estenose associada a espondilose deformante ◼ Capsulite por osteoartrose dos processos articulares Inflamatórias Traumáticas Neoplásicas Dor, disfunção neural e restrição ao exercício Mielografia O saco dural pode não se estender até à articulação lombossacra!! Neoplasias Primárias ou Metastáticas Dor e neuropatia dependem da extensão do tumor Raças de médio e grande porte mais acometidas Acima de 7 anos de idade Neoplasias Primárias Sarcomas ◼ Osteossarcomas ◼ Condrossarcomas ◼ Fibrossarcomas ◼ Hemangiossarcomas Meiloma múltiplo e linfoma Localização mais frequente: Estudo de 61 casos ◼ Primárias – região torácica ◼ Metastáticas – região lombar Neoplasias Radiologia: Lise óssea Proliferação óssea Fraturas patológicas Primárias Geralmente somente em uma vértebra Metastáticas Geralmente poliostóticas Mieloma múltiplo e linfoma Múltiplas lesões osteolíticas focais Neoplasias DOENÇAS DE CÃES E GATOS JOVENS E EM CRESCIMENTO Silvio Coura Xavier Distúrbios primários articulares Osteocondrose e Osteochondritis Dissecans Displasia de Cotovelo Não União do Processo Ancôneo Fragmentação do Processo Coronoide Medial Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur (Doença de Legg-Calvé-Perthes) Osteocondrose Claudicação em cães jovens de raças grandes e de crescimento rápido Sinais Clínicos: 6 a 9 meses de idade Osteocondrose: Ocorre quando a cartilagem epifisária necrosa Resulta em falha da ossificação endocondral Desprendimento de fragmento condral ou osteocondral – osteocondrite dissecante Osteocondrose Cães – localizações específicas Superfícies articulares que carregam peso! Cabeça proximal do úmero Côndilos femorais lateral e medial Tróclea femoral Crista troclear lateral e medial do talus Lesões normalmente bilaterais, mas o sinal clínico pode ser unilateral Osteocondrose Radiologia: Aplainamento ou concavidade da superfície do osso subcondral afetado. Esclerose do osso subcondral circundante Flap cartilaginoso ◼ Aderir ao revestimento sinovial ◼ Efusão articular ◼ Espessamento da cápsula articular Flaps não mineralizados ◼ Artroscopia – não aparecem no RX!! OCD OCD OCD Displasia de Cotovelo Tríade de lesões: Não união do processo ancôneo Fragmentação do processo coronóide medial da ulna Osteocondrose da parte distomedial da tróclea umeral Tomografia é mais sensível para detecção das alterações Uma, duas ou as três lesões podem ocorrer em um mesmo animal Normalmente ambas as articulações são afetadas Não União do Processo Ancôneo Fusão ao olecrano e à ulna = 150 dias idade Raças maior probabilidade: Bernese Mountain Dog Mastiff Rottweiller São Bernardo Radiografia: Lateral Craniocaudal Lateral Flexionada Fragmentação do Processo Coronóide Medial Mais comum na articulação do cotovelo Cães de raças médias e grandes Maior incidência em machos Sinais clínicos – 4 a 6 meses de idade Lesão de difícil visualização ao RX Diagnóstico indireto Reconhecimento de mudanças degenerativas que acompanham a lesão primária Tomografia é mais sensível Fragmentação do Processo CoronóideMedial Radiologia Primários ◼ Contornos anormais ou de pobre definição da margem cranial na incidência lateral ◼ Incidência craniocaudal: margem medial arredondada no processo coronóide medial ◼ Incongruência articular na imagem lateral Secundários ◼ Osteófitos na margem proximal do processo ancôneo ◼ Esclerose do osso subcondral ◼ Grande osteófito na margem coronóide medial (craniocaudal) FPC FPC Necrose Asséptica da Cabeça do Fêmur Doença de Legg-Calvé-Perthes Raças pequenas e Toys Radiologia Diminuição da radiopacidade Achatamento e irregularidade da cabeça e colo do fêmur Subluxação Pode ser bilateral Colocefalectomia Femural Distúrbios Metabólicos Hiperparatireoidismo Secundário Nutricional Dieta deficiente em Ca Desequilíbrio Ca x P Osteomalácia generalizada (reabsorção Ca ósseo) Radiologia ◼ Diminuição da radiopacidade óssea ◼ Fraturas patológicas casos graves FRATURAS E COMPLICAÇÕES Silvio Coura Xavier Tecido Ósseo Tecido Ósseo Osteoblastos Sintetizam matriz óssea osteoide Osteócitos Após mineralização do osteóide, osteoblastos tornam-se osteócitos. Osteoclastos Removem tanto minerais quanto matriz, por secreção de ácidos e enzimas. Osso normal Atividade dos osteoblastos e osteoclastos são coordenadas e ocorrem em resposta ao estresse sobre o osso. Padrão e formato do osso se adaptam ao estresse que recebe. Tecido Ósseo Regulação dos íons minerais séricos: Paratormônio ◼ Aumenta atividade de osteoclastos - ↑ Ca sérico Calcitonina ◼ Inibe atividade dos osteoclastos. ◼ Inibe absorção intestinal e renal de Ca Vitamina D ◼ Aumento de absorção de Ca e P no intestino ◼ Mobilização de Ca e P ósseo e também deposição óssea. Tecido Ósseo Cresce por ossificação intramembranosa, ossificação endocondral ou ambas Intramembranosa Calota craniana e mandíbula Endocondral Ossos longos Consolidação Óssea Fraturas Processos que interferem com o metabolismo ósseo Trauma físico além da capacidade de suportar estresse do osso Osso Capacidade de regenerar e restaurar as propriedades iniciais ao invés de tecido de cicatrização de qualidade inferior. Consolidação Óssea Indireta Mais comum em animais Ocorre em fraturas em que algum movimento é possível Reparação óssea: ◼ Calo por ossificação intramembranosa e endocondral ◼ Inicia-se com formação de hematoma e inflamação ◼ Formação de calo ósseo Consolidação Óssea Direta Reparação sem etapa cartilaginosa e sem calo ósseo Necessita: ◼ Redução anatômica excelente ◼ Alinhamento dos fragmentos da fratura com fixação rígida Consolidação Óssea Fatores que afetam consolidação: Redução anatômica Estabilidade Viabilidade dos tecidos moles circundantes Osso específico envolvido na fratura Infecção óssea Seleção e aplicação adequada do dispositivo de fixação Diversos ◼ Nutricional, idade, doenças concomitantes Identificação da fratura Exame Físico Fratura é emergência? Diagnóstico por imagem Local Tipo Complexidade Potenciais complicações Planejamento do reparo Identificação da Fratura Radiografia Mais comumente utilizada Controle da dor – menor movimentação Duas projeções ortogonais Em alguns casos oblíquas são necessárias Fraturas em extremidades ◼ Incluir articulação proximal e distal TC Útil em regiões anatômicas complexas Focinho, crânio, pélvis... Classificação das Fraturas Padronizar linguagem e comunicação Organizar em grupos clínicos para direcionamento do tratamento e prognóstico Classificação: Local Direção Completas ou incompletas Número de linhas de fratura Deslocamento Fechadas ou abertas Classificação das Fraturas Localização Osso envolvido Localização da fratura ◼ Diafisária ◼ Proximal, distal ou média ◼ Metafisárias ◼ Proximal ou distal ◼ Epifisárias ◼ Envolve articulação e linha fisária ◼ Fisárias ◼ Sistema Salter-Harris Classificação da Fratura Direção Transversas Oblíquas ◼ Oblíquas longas (< 45°) ◼ Oblíquas curtas (> 45°) Espirais ◼ Trauma de torção Completas Incompletas Classificação da Fratura Número de linhas Simples ◼ Apenas uma linha de fratura Cominutivas ◼ Mais de uma linha de fratura Aberta Fechada Avaliação Radiográfica da Consolidação Óssea Imagem Pós-operatória Permite avaliar redução e alinhamento da fratura Avaliar colocação de implantes Base para futuras avaliações Ao menos duas projeções ortogonais Repetidas a cada 4 a 6 semanas ou se houver mudanças agudas na condição clínica Avaliação Radiográfica da Consolidação Óssea 5 a 10 dias após redução Fragmentos perdem margem pontiaguda Desmineralização das extremidades e alargamento da linha de fratura 10 a 20 dias após redução Formação de calo endosteal e periosteal Diminuição do tamanho do foco de fratura >30 dias após redução Linhas de fratura desaparecem gradualmente Calo externo aumenta radiopacidade e se remodela >3 meses Remodelamento contínuo Padrão trabecular dentro do calo Sombra cortical visível através do calo Continuidade da cavidade medular Avaliação Radiográfica da Consolidação Óssea Sistema ABCDS Acompanhamento da evolução radiográfica A – alignment (alinhamento) B – Bone (osso) C – Cartilage (cartilagem) D – Device (aparelho) S – Soft Tissues (tecidos moles) “Embora sejam raros, sarcomas associados a implantes podem ocorrer após anos! Complicações Alinhamento anatômico anormal Redução inicial ruim Deslocamento dos fragmentos Remoção precoce dos aparelhos de fixação Quadros moderados a graves necessitam correção Classificação: Valgus, varus, antecurvatum, recurvatum, torsional ou translacional Complicações União Retardada Classificação subjetiva Não união Não está consolidando Passou por momento de união retardada Pseudoartrose Pode-se formar em fraturas não unidas em longo prazo Não-União Viáveis Não-união hipertrófica ◼ Calo exuberante ◼ Movimento excessivo no foco da fratura ◼ Movimentação excessiva do paciente ◼ Retirada precoce do aparelho de fixação Não-união moderadamente hipertróficas Não-união oligotrófica ◼ Difícil diferenciação de não viável Não-União Não-viáveis Distróficas ◼ Fornecimento sanguíneo escasso Necróticas ◼ Perda completa do fornecimento sanguíneo ◼ Sequestro no local da fratura ◼ Pode haver ou não infecção Defeituosas ◼ Grande espaço de fratura ◼ Original ou sequestro Atróficas ◼ Evolução dos tipos acima ◼ Perda de vascularização e arredondamento das extremidades DOENÇA ARTICULAR Silvio Coura Xavier Sinais Radiográficos Sinais Radiográficos da Doença Articular Aumento de volume sinovial Alteração na espessura do espaço articular Diminuição da opacidade do osso subcondral e cisto ósseo Diminuição da opacidade do osso subcondral ◼ Artrite inflamatória – perda óssea Aumento da radiopacidade do osso subcondral ◼ Doença articular benigna – remodelação por estresse Alteração da radiopacidade do osso pericondral Mineralização do tecido mole articular Sinais Radiográficos Sinais Radiográficos da Doença Articular Corpos intra-articulares calcificados Deslocamento ou incongruência da articulação Osteófitos Êntese e enteseófitos Gás intra-articular Êntese e Enteseófitos Doença Articular Degenerativa Doença lentamente progressiva Principais componentes: Derrame sinovial Degradação da cartilagem Alteração articular mais frequente em pequenos animais Articulações de suporte de peso de raças médias e grandes Ex.: Displasia coxofemoral, ombro e joelho Displasia Coxofemoral (DCF) Alteração do desenvolvimento Aumento da lassitude articular e alterações biomecânicas Subluxaçãoarticulação coxofemoral Osteoartrose em animais mais velhos Lassitude articular Instabilidade Incongruência Má formação da cabeça do fêmur Remodelamento acetabular Doença articular degenerativa Displasia Coxofemoral (DCF) Manifestação Dolorosa Cães jovens ◼ Exposição dos receptores de dor por desgaste e erosão articular Cães mais velhos ◼ Osteoartrose secundária Doença articular mais frequente Maior causadora de osteoartrose em cães Também relatada em felinos (Maine Coon) Displasia Coxofemoral (DCF) Diagnóstico Histórico clínico Exame físico completo ◼ Ortopédico x neurológico Exame radiográfico ◼ Diminuição da interlinha radiográfica ◼ Subluxação da cabeça femoral ◼ Remodelamento articular Alterações radiográficas x sinais clínicos!!! Displasia Coxofemoral (DCF) Ocorrência: Raças de porte grande e gigante ◼ Rottweiller ◼ Pastor alemão ◼ Labrador ◼ Golden retriever Lista OFA (Orthopedic Foundation for Animals) ◼ Buldogue inglês – 72% (1° colocado) ◼ Rottweiller – 20% ◼ Golden retriever – 19,4% ◼ Pastor alemão – 19% ◼ Labradores – 18,5% Displasia Coxofemoral (DCF) Ocorrência Também acomete: ◼ Cães de pequeno porte ◼ Felinos Ocorrência rara: ◼ Greyhound ◼ Borzoi Sem predisposição sexual Relacionada não só ao porte mas também ao índice de massa corpórea Borzoi e Greyhound Displasia Coxofemoral (DCF) Manifestações Clínicas Bimodal ◼ 8° mês de vida ◼ Após 7 anos Mais frequentes: ◼ Intolerância ao exercício ◼ Claudicação intermitente ou contínua ◼ Dificuldade em levantar após repouso ◼ Dificuldade em subir escadas ◼ Uso de ambos os membros pélvicos na corrida Displasia Coxofemoral (DCF) Manifestações Clínicas Mais intensos em pacientes mais velhos ◼ Cronicidade da dor ◼ Degeneração articular Fatores de risco Multifatorial ◼ Hereditários + Ambientais ◼ Lassitude (frouxidão articular) ◼ Nutrição ◼ Taxa de crescimento ◼ Tamanho e peso ◼ Influência hormonal Displasia Coxofemoral (DCF) Fatores de risco Lassitude articular ◼ Hereditariedade ◼ Uma das principais características relacionadas a DCF Alimentação ◼ Fator não genético mais importante ◼ Sobrepeso e alta taxa de crescimento – fatores de risco ◼ Importante nos primeiros 6 meses de vida ◼ IMC x DCF – forte correlação ◼ IMC > 100 kg/m2 (15% mais incidência de DCF) Displasia Coxofemoral (DCF) JAVMA, Vol 229, No. 5, September 1, 2006 • Labradores • Sem restrição dieta – sinais osteoartrose em média aos 6 anos • Com restrição de 25% da dieta – sinais osteoartrose em média aos 12 anos Displasia Coxofemoral (DCF) Fisiopatogenia Nascimento – articulação normal Primeiras semanas de vida ◼ Sinovite, edema do ligamento da cabeça do fêmur, efusão intra-articular 7° semana ◼ Primeiro achado radiográfico ◼ Subluxação da cabeça do fêmur ◼ Desenvolvimento incompleto da borda acetabular craniodorsal 8° semana ◼ Aumento da lassitude – Tomografia Computadorizada! Displasia Coxofemoral (DCF) Fisiopatogenia 12° semana ◼ Fissuras na cartilagem articular ◼ Injúria superfície articular efusão articular Frouxidão articular = subluxação da cabeça femoral ao suportar o peso do animal Distensão da cápsula articular e do ligamento da cabeça do fêmur Aumento da Lassitude articular Displasia Coxofemoral (DCF) Displasia Coxofemoral (DCF) Fisiopatogenia Remodelamento ◼ Arrasamento acetabular ◼ Achatamento da cabeça do fêmur ◼ Comprometem estabilidade e geram incongruência 8° mês ◼ Claudicação e dor intensa ◼ Esclerose de osso subcondral, osteófitos periarticulares ◼ Pode estabilizar neste ponto ou progredir – doença articular degenerativa Displasia Coxofemoral (DCF) Diagnóstico 6° mês de vida ◼ Possível identificar alterações radiográficas Idade média para diagnóstico ◼ 12 a 18 meses Diagnóstico Definitivo ◼ 24 meses Displasia Coxofemoral (DCF) Diagnóstico Radiograficamente: ◼ Arrasamento acetabular ◼ Remodelamento da cabeça e colo femorais ◼ Aumento da radiopacidade do osso subcondral ◼ Diminuição da interlinha radiográfica ◼ Osteófitos periarticulares (animais mais velhos) Sinal de Ortolani ◼ Teste realizado no exame físico ◼ Manobra de Bardens (melhor em filhotes até 4 meses) Teste de Ortolani Displasia Coxofemoral (DCF) Diagnóstico Radiografia ventrodorsal com membros estendidos ◼ Ângulo de Norberg + osteoartrose + incongruência ◼ Importante realizar exame sob anestesia! ◼ Valores subestimados sem anestesia PennHip ◼ Índice de Distração Classificação CBRV HD- (Articulação normal) Ângulo de Norberg > 105° Acetábulo e cabeça femoral congruentes, centro da cabeça femoral medial à borda acetabular craniolateral, borda acetabular pontiaguda e levemente arredondada Classificação CBRV HD +/- (articulação próxima do normal) Ângulo de Norberg próximo de 105° Acetábulo e cabeça femorais ligeralmente incongruentes, centro da cabeça femoral medial à borda acetabular craniolateral Classificação CBRV HD+ (DCF leve) Ângulo de Norberg próximo de 100° Incongruência articular, ligeiro achatamento da borda acetabular craniolateral, pequenos sinais de osteoartrose Classificação CBRV HD++ (DCF moderada) Ângulo de Norberg entre 90° e 100° Evidente incongruência articular, subluxação da cabeça do fêmur, achatamento da margem acetabular craniolateral e sinais de osteoartrose Classificação CBRV HD+++ (DCF grave) Ângulo de Norberg < 90° Evidente incongruência articular, subluxação ou luxação da cabeça femoral, achatamento da borda acetabular craniolateral, deformação da cabeça e colo femorais, importante osteoartrose Método PennHip Universidade da Pensilvânia Índice de Distração (DI) Utiliza um aparelho distrator 3 projeções: Membros pélvicos em extensão Fêmures paralelos entre si sem o aparelho Fêmures paralelos entre si com o aparelho PennHip PennHip Índice de Distração: Distância entre o centro do acetábulo e o centro da cabeça do fêmur Raio da cabeça femoral Valor 0: articulação perfeitamente congruente Valor 1: articulação completamente luxada PennHip Outros métodos Escore de subluxação dorsolateral Tomografia computadorizada Diagnóstico em filhotes Sinfisiodese púbica juvenil Ângulo de inclinação do colo femoral Relação inversa com Norberg Raio-X ventrodorsal Tudury EA, Nogueira SR. A sinfisiodese púbica juvenil como alternativa no tratamento da displasia coxofemoral canina. Medvep – Rev Cientif Med Vet Pequenos Anim Estim 2003, Curitiba, out/dez; 1(4):289-94. Displasia Coxofemoral (DCF) Controle Prevenção nas novas gerações ◼ Seleção de reprodutores livres de DCF Controle da expressão fenotípica em animais acometidos ◼ Controle de peso ◼ Dieta restritiva Tratamento clínico x cirúrgico ◼ A longo prazo ambos tem evolução clínica desfavorável Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Principal elemento de estabilização do joelho Evita deslocamento cranial da tíbia Limita a hiperextensão do joelho Limita rotação interna da tíbia RLCCr: Causa mais comum de claudicação de MP Causa comum de desenvolvimento de doença articular degenerativa do joelho Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Causas: Traumáticas (agudas) Degenerativas (crônicas) Cães de grande porte – mais predispostos Maior angulação do platô tibial Chow-Chow Labrador Rottweiller Boxer Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Perda de estabilidade Sinovite Lesões menisco Doença articular degenerativa Diagnóstico Clínico ◼ Teste de gaveta e de compressão tibial Complementares ◼ Raio-X, Ultrassonografia, Artroscopia, TC e RM Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Degenerativas Enfraquecimento Ligamentar ◼ Idade (> 5 anos) ◼ Excesso de peso ◼ Anormalidades conformativas (fraturas antigas) ◼Anormalidades congênitas (Valgo/varo, luxação patela) ◼ Artropatias imunomediadas Maior incidência em fêmeas Comum ocorrer no outro membro após alguns meses do tratamento! Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) História Clínica Claudicação de aparição súbita que melhora com o tempo entretanto não chega a cura. Exame Físico Apoiam depois de 2 a 3 semanas ◼ Final da inflamação Melhora aparente durante vários meses Diminuição repentina da utilização do membro ◼ Lesão secundária do menisco ◼ Osteoartrose Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Exame Físico: Posição ortostática ◼ Apoia-se sobre as pontas dos dígitos Sentado ◼ Mantém extremidade estendida Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Devem ser feitos com animal sedado ou anestesiado Teste de gaveta cranial Deslocamento cranial da tíbia em relação ao fêmur Teste de compressão tibial Pressão cranial da tíbia Teste de Gaveta Cranial Torres, B.B.J.; et al, 2012 Teste de Compressão Tibial Torres, B.B.J.; et al, 2012 Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Diagnóstico Radiografia simples ◼ Auxiliar na confirmação ◼ Projeção mediolateral em 90° ◼ Visualização do deslocamento cranial da tíbia ◼ Tarso deve estar flexionado ◼ Podemos visualizar: ◼ Deslocamento cranial tibial ◼ Aumento da radiopacidade do espaço articular Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Torres, B.B.J.; et al, 2012 Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Artroscopia Alto índice de sucesso no diagnóstico Possibilita a realização de procedimentos cirúrgicos corretivos TC ◼ Boas imagens ◼ Necessita contraste RM ◼ Altamente sensível para tecidos moles ◼ Detecta mínimas lesões Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Torres, B.B.J.; et al, 2012 Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Tratamento Conservador x Cirúrgico ◼ Cirúrgico – Favoráveis em 90% dos casos ◼ Não impede desenvolvimento de DAD Cirúrgico ◼ Extracapsular ◼ Intracapsular ◼ Nivelamento do platô tibial ◼ Avanço da tuberosidade tibial ◼ Artroplastia total de joelho Terapia complementar ◼ Plasma rico em plaquetas ◼ Células tronco mesenquimais Ruptura do Ligamento Cruzado Cranial (RLCCr) Desafio: Controlar a Doença Articular Degenerativa ◼ Estabilização + Células tronco?? ◼ Originar condrócitos ◼ Modular a resposta inflamatória RADIOLOGIA DO TÓRAX Silvio Coura Xavier Traqueia Projeção lateral: Estende-se da laringe a carina Os anéis traqueais podem se calcificar Traqueia Tamanho: Na entrada do tórax ◼ 20% da profundidade do tórax ◼ Relação; 0,20 ◼ Bulldogue: até 0,14 Traqueia Projeção lateral Posição Variável ◼ Posição da cabeça ◼ Conformação tórax ◼ Alterações cardíacas Traqueia Ventro-dorsal Cervical – linha média Torácica – Desviada a direita ◼ Desvio é mais acentuado em raças braquiocefálicas Traqueia Patologias: Colapso de traqueia Hipoplasia traqueal Estreitamento do lúmen traqueal Massas – Raro Miscelânea ◼ Corpo estranho ◼ Perfuração / ruptura ◼ Deslocamentos Colapso de Traqueia Cães raças “Toy” Frequentemente obesos Tosse crônica – “ronco” Pode aumentar com o “stress” Colapso de Traqueia Visualização direção dorso-ventral Grau I – 25% redução Grau II – 50% Grau III - 75% Grau IV – 100% Colapso Traqueia Diagnóstico RX Expiração – cervical Inspiração – torácica Fluoroscopia Avaliação dinâmica Melhor técnica Hipoplasia de Traqueia Congênita Bulldog Inglês e Bull Mastiff ◼ Ocasionalmente em outras raças Sinais clínicos ◼ Dispneia do exercício ◼ Intolerância ao exercício ◼ Infecções respiratórias recorrentes Hipoplasia Traqueia Sinais radiográficos Melhor método – relação – Diâmetro x entrada do tórax ◼ Raças não braquiocefálicas ≥ 0.20 ◼ Raças Braquicefálicas exceto Bulldogs ≥ 0.15 ◼ Bulldog Inglês ≥ 0.10 Outras Alterações Corpo estranho Perfuração ou ruptura Pneumomediastino Enfisema de subcutâneo Deslocamento ou compressão Extraluminal Espaço Pleural Anatomia espaço pleural Espaço entre 02 pleuras – visceral e parietal Contem discreta quantidade de fluido Não visível ao Raio X Espaço Pleural Anormalidades Pneumotórax Efusão pleural Pneumotórax Pneumotórax Pneumotórax Ar livre na cavidade torácica Causas ◼ Trauma ◼ Perfuração – pulmão e pleura visceral ◼ Perfuração – parede torácica e pleura parietal – ferida perfurante ◼ Pneumotórax espontâneo ◼ Perfurações ◼ Esôfago, traqueia, brônquio, massa cavitária ◼ Iatrogênico ◼ Toracotomia ◼ Toracocentese ◼ Cirurgia do pescoço ◼ Massagem cardíaca vigorosa Pneumotórax Aproximadamente 80% - bilateral Fenestrações no mediastino Projeções DV x VD DV melhor para pequena quantidade Técnica – diminuir 10-15% Kvp Pneumotórax VD ou DV Aumento da separação entre lobos pulmonares, parede torácica e diafragma Pneumotórax Lateral Aumento da RO pulmonar ◼ Atelectasia Silhueta cardíaca elevada Pneumotórax Deslocamento dorsal do coração Aumento da distância com o externo Retração dos lobos pulmonares Aumento da opacidade dos lobos pulmonares atelectasia Achatamento e deslocamento caudal do diafragma Pneumotórax de Tensão Atelectasia severa Unilateral ou bilateral Desvio mediastinal se unilateral Efusão Pleural Causas – tipo de conteúdo Transudato ou transudato modificado ◼ Insuficiência cardíaca – Especialmente em gatos ◼ Neoplasia ◼ Idiopática ◼ Pneumonia ◼ Ruptura diafragmática – torção hepática ◼ Hipoproteinemia ◼ Torção de lobo hepático Efusão Pleural Causas Exsudato ◼ Piotórax ◼ Corpo estranho ◼ Pneumonia ◼ PIF ◼ Quilotórax PIF Piotórax Linfoma mediastinico - FeLV Efusão Pleural Pelo menos 50 ml gato/100 ml cão Pequenas quantidade de fluido –Lateral ◼ Fissuras interlobares ◼ Retração de borda pulmonar do esterno ◼ Perda de visibilização da borda ventral do coração ◼ Perda de visibilização de borda ventral do diafragma Efusão Pleural Projeção VD Fissuras interlobares Retração pulmonar Perda de visibilização parcial da silhueta cardíaca e do diafragma Silhueta cardíaca mais visível na VD do que na DV Efusão Pleural Moderada quantidade de fluido – Lateral Margens dos lobos pulmonares- arredondadas Não visibilização da silhueta cardíaca e do diafragma Fissuras pleurais proeminentes Cuidado!!!! Se grande dificuldade respiratória: Você pode matar o paciente no posicionamento!! Efusão Pleural Fluido encapsulado Mais comum em gatos Difícil diferenciar de massas – pulmonar ou intratorácica Sequela de Quilotórax ou piotórax Mediastino Anatomia 2 pleuras mediastinais Separa o tórax em duas cavidades pleurais Acomoda ◼ Coração e grandes vasos ◼ Esôfago ◼ Linfonodos ◼ Gordura mediastinal – raças condrodistróficas (menor RO) Mediastino Regiões Cranial Médio Caudal Dorsal/ventral Mediastino Cranial Aparência radiográfica normal Projeção lateral – conteúdo Projeção VD ◼ Comprimento normal ◼ Cão ≤ 2x comprimento de vértebra torácica ◼ Gato ≤ 1x comprimento de vértebra torácica Mediastino Alterações Radiográficas Aumentado espessura e +/- opacidade ◼ Massa ◼ Fluido ◼ Hemorragia e edema ◼ Pneumomediastino Mediastino Pneunomediastino Causas Iatrogênico Extensão ao ar do pescoço ◼ Perfuração de tecidos moles ◼ Perfuração de traqueia ◼ Perfuração faringe ◼ Perfuração de esôfago Extensão pulmão/brônquios Ruptura de brônquios ou pulmão (compressão/trauma) Mediastino Pneumomediastino Características radiográficas ◼ Maior observação das estruturas torácicas como Aorta, traqueia, esôfago, Veia cava cranial Mediastino Massas mediastinais – origem – qualquer estruturado mediastino Mais frequentes massa mediastinais craniais ◼ Linfonodos ◼ Traqueobronquiais ◼ Linfonodo esternal ◼ Timo ◼ Abscesso e cistos Massas Mediastinais Craniais Projeção lateral Aumento da opacidade cranial ao coração Elevação e compressão da traqueia Projeção VD Aumento do mediastino Desvio da traqueia Falsa Massa Mediastinal Variação da posição da traqueia Usualmente posicionamento da cabeça Obesidade Sobreposição da musculatura dos membros torácicos Timo normal Massa Mediastino Médio Linfonodos peri-hilar Coração/ pericárdio Massa base do coração Esôfago Hérnia Diafragmática Traumática Congênita Peritôneo-pericardica Hiatal (pode ser adquirida também) Ruptura Diafragmática Sinais radiográficos Órgãos abdominais – cavidade torácica Deslocamento cranial das estruturas abdominais Perda da visualização da superfície diafragmática Efusão pleural Ruptura Diafragmática Outros métodos diagnósticos Ultrassonografia Exames contrastados ◼ TGI ◼ Peritoneografia positiva 2ml/ kg - iodado Hérnia Peritôneo-Pericárdia Silhueta cardíaca globoide Deslocamento dos órgãos abdominais Podem estar visíveis ao redor do coração CORAÇÃO E PULMÃO Silvio Coura Xavier Introdução Realizadas no pico da pausa inspiratória Acentuar o contraste das estruturas radiopacas Exceção: suspeita pneumotórax Pelo menos duas incidências Latero-lateral D/E ou E/D ◼ Silhueta mais ovalada em LLD ◼ Maior contato com esterno na LLD ◼ Silhueta maior no LLD (distância filme) ◼ Imagem mais fidedigna no LLD ◼ Ligamento frenicopericárdico inibe o movimento do ápice cardíaco para o lado pendente Introdução Dorsoventral / Ventrodorsal Coração assume posição mais próxima do real na DV VD o coração se desloca para um dos lados VD ocorre ampliação (maior distância do coração do filme) DV diafragma é deslocado cranialmente, deslocando o coração cranialmente mais para o lado esquerdo (cães médios e grandes) Silhueta mais ovalada na DV, posição mais vertical Posicionamento Fonte: Posicionamento Posicionamento Parâmetros Cardíacos Projeção lateral Craniocaudal e dorsoventral do tórax Detalhamento lado esquerdo e direito do coração ◼ Ligeira rotação eixo ápice-base Cavidades cardíacas direitas ◼ Cranialmente Cavidades cardíacas esquerdas ◼ Caudalmente Formato normal Ovoide, ápice mais afilado que a base Formato Formato normal Ovoide, ápice mais afilado que a base Raças Tórax em barril (Teckel, Lhasa e buldogue) Coração mais globoso Maior contato esternal da margem cranial do coração Achados Radiográficos Aumento de átrio esquerdo Mais frequente encontrado Normalmente dilatação – doença da valva mitral Latero-lateral ◼ Alteração dorsocaudal ◼ Concavidade da margem caudal do coração ◼ Elevação da bifurcação traqueal ◼ Dilatações acentuadas ◼ Elevação/compressão do brônquio principal esquerdo ◼ Tosse! Achados Radiográficos Aumento de átrio esquerdo Ventro-dorsal / Dorso-ventral ◼ Região de radiopacidade aumentada sobreposta à silhueta cardíaca ◼ Aumento da aurícula esquerda – abaulamento focal ao longo da borda cardíaca esquerda. Achados Radiográficos Ventrículo Esquerdo Hipertrofia ou dilatação Hipertrofia concêntrica ◼ Pode não haver nenhum sinal radiográfico Hipertrofia excêntrica ◼ Aumento visível do ventrículo esquerdo ◼ Desvio dorsal de toda traqueia (Latero-lateral) ◼ Ápice cardíaco mais rombo (DV ou VD) ◼ Borda cardíaca esquerda mais arredondada Dilatação ◼ Aparência de cardiomegalia generalizada ◼ Ecocardiograma – diferenciação! Achados Radiográficos Átrio Direito Ocorrência incomum Aumento atrial isolado – visualizado em displasia de tricúspide Latero-Lateral ◼ Abaulamento craniodorsal ◼ Dilatação do arco aórtico e do tronco da artéria pulmonar – podem causar mesma aparência ao RX VD ou DV ◼ Borda direita do coração mais saliente (9 a 11 horas) Achados Radiográficos Ventrículo Direito Hipertrofia ou dilatação Hipertrofia ◼ Dirofilariose e estenose pulmonar ◼ Alteração no lúmen, pode não resultar em alterações ao RX ◼ Maior chance de diagnóstico que a hipertrofia esquerda – coração maior contato com esterno (LL) Achados Radiográficos Ventrículo Direito LL ◼ Contato cardíaco com esterno ◼ 2,5 a 3 espaços intercostais ◼ Tórax profundo: 1,5 a 2 espaços ◼ Tórax em barril: 3 a 3,5 espaços VD ou DV ◼ Ventrículo direito mais arredondado ◼ Projeta-se no hemitórax direito ◼ Aspecto de D invertido Método VHS Vertebral Heart Size Buchanan e Bücheler (1995) método compara as dimensões cardíacas com o comprimento das vértebras torácicas (VHS). número que representa o tamanho do coração em relação ao tamanho do animal. Como 98% das radiografias laterais apresentaram VHS menor ou igual a 10,5 vértebras, este valor foi sugerido como limite superior para um tamanho normal de silhueta cardíaca na maioria das raças. Variações conforme conformação do tórax podem ocorrer! Método VHS Raças tórax curto (Schnauzer) VHS = 11v Raças do tórax (Teckel) VHS = 9,5v Felinos VHS = 7,5v +/- 0,3v Doenças Cardiovasculares Adquiridas Insuficiência de Mitral Causa mais comum de IC adquirida Cães de pequeno porte Sinais Radiográficos: ◼ Aumento atrial esquerdo (sobrecarga de volume) ◼ Aumento ventricular esquerdo (dilatação – sobrecarga de volume) ◼ Distensão de veias pulmonares ◼ Edema Pulmonar (ICCE) Padrão alveolar (edema) Doenças Cardiovasculares Adquiridas Dirofilariose Apesar dos medicamentos preventivos, ainda é problema! Alterações Radiográficas: ◼ Dependem: duração da infecção, número de parasitas, localização (lado direito e/ou artérias pulmonares), grau de compensação cardíaca, morte de vermes adultos ◼ Alterações variam de ausência de achados ate um grave acometimento do sistema cardiovascular Doenças Cardiovasculares Adquiridas Dirofilariose: Hipertrofia ventricular direita (hipertensão pulmonar) Dilatação do tronco da artéria pulmonar (fluxo turbulento e presença de dirofilárias) Aumento e/ou tortuosidade da artéria do parênquima pulmonar (hipertensão pulmonar) Padrão alveolar focal ou multifocal periférico (tromboembolismo pulmonar parasitário) Hepatomegalia, ascite, efusão pleural (ICCD) Doenças Cardiovasculares Adquiridas Cardiomiopatia Dilatada Franqueza e disfunção da contratilidade Raças grandes - cães Sinais Radiográficos ◼ Podem ser normais (fase silenciosa) ◼ Cardiomegalia generalizada ◼ Dilatação atrial esquerda e da veia pulmonar (regurgitação mitral) ◼ Efusão pleural, hepatomegalia, ascite (ICCD) ◼ Padrão pulmonar misto (intersticial e bronquial) causado por edema pulmonar atípico Padrão Intersticial não-estruturado Padrão Intersticial não-estruturado Doenças Cardiovasculares Adquiridas Cardiomiopatia Hipertrófica Mais comum em felinos Ventrículo esquerdo hipertrofiado Sinais radiográficos: ◼ Dilatação atrial esquerda (moderada a acentuada) ◼ Projeção DV ou VD – “valentine shape” ◼ Ventrículo esquerdo não aparece aumentado (hipertrofia concêntrica) ◼ Edema pulmonar – progressão da doença ◼ Efusão pleural – fases tardias Valentine Shape Defeito côncavo focal pelo aum. AE Pulmão Cães e Gatos = mesma lobulação Direito ◼ Cranial ◼ Médio ◼ Caudal ◼ Acessório Esquerdo ◼ Cranial ◼ Caudal Pulmão Normal Pulmão Padrão da Radiografia Pulmonar Padrão alveolar Padrão brônquico Padrão intersticial ◼ Padrão intersticial estruturado ◼ Padrão intersticial não estruturado Padrão Alveolar Ocorre quando o ar no alvéolo for substituído por material de maior densidade física Maior radiopacidade pulmonar Substituição do ar por materiallíquido Exsudatos Hemorragias Fluido de edema Caracterizado por: Broncograma aéreo Sinal lobar Área de opacidade sem margens definidas Broncograma aéreo Sinal Lobar Padrão Brônquico Aumento da espessura da parede bronquica Infiltração de fluidos ou células Maior identificação radiográfica da árvore brônquica Sombras em anéis (transversal) Maior número de linhas paralelas – “linhas de trem” (longitudinal) Paredes espessadas – infiltrado de fluido ou células Padrão Brônquico Gatos asmáticos Colapso lobar após obstrução bronquial crônica Lobo médio direito é o mais afetado Padrão Intersticial Estruturado e não estruturado Estruturado Lesões nodulares ou formações no pulmão Tende-se a interpretar como maligno, mas pode ser inflamatório Diagnóstico não pode ser baseado em RX Limiar radiográfico para detecção de nódulos – diâmetro de 7 a 9 mm. Nódulos x vasos pulmonares Nódulos mineralizados são visualizados com diâmetros pequenos LLE, LLD, VD e DV VP VP Padrão Intersticial Não Estruturado Resultante de elevada atenuação de RX por: ◼ Excesso de fluido ◼ Crescimento celular ◼ Infiltração em uma estrutura intersticial Fluido ou tecido anormal não é organizado como em uma lesão solitária Envolve o interstício de maneira mais uniforme ◼ Transudação de fluidos capilares ◼ Resposta inflamatória de baixo grau ◼ Crescimento celular neoplásico difuso Padrão Intersticial Não Estruturado É o padrão mais diagnosticado de modo incorreto ◼ Base do erro: situações onde a opacidade está supostamente aumentada e é interpretada como anormal ◼ Subexposição radiográfica ◼ Revelação insuficiente ◼ Conformação corporal ◼ Atelectasia resultante de ventilação anormal (sedação ou gravidade) Padrão Intersticial Não Estruturado Pode ter curta duração devido a dinâmica do processo patológico ◼ ICCE – Edema intersticial (padrão não estruturado) – Edema alveolar (padrão alveolar) Diagnóstico desafiador ◼ Ampla margem de normalidade ◼ Casos leves podem não ser diagnosticados ◼ Fundamental além de fazer LL confirmar com VD ou DV (projeções laterais tem maior atelectasia) Metástase de hemangiossarcoma Blastomicose Edema Pulmonar Cardiogênico Alta prevalência Características radiográficas: Distribuição desigual Menos intenso que processo pneumônico Além do padrão alveolar, pode apresentar padrão brônquico ◼ Gatos com cardiomiopatia hipertrófica ◼ Cães de grande porte com cardiomiopatia dilatada Momento de radiografar!!! • Felino • Cardiomiopatia Hipertrófica • Edema pulmonar cardiogênico • Padrão brônquico + intersticial Alguns Exames.... C a rd io m e g a li a + E fu sã o P e ri cá rd ic a D e fe it o s e p to a tr ia l R up tu ra D ia fr a g m á ti ca CAVIDADE ABDOMINAL Silvio Coura Xavier Princípios Gerais Posicionamento LLE, LLD e VD Técnica Baixo kVp – alto mAs Contraste de curta escala Poucos tons de cinza Abdome VD Abdome LL Espaço Peritoneal Perda de contraste por opacidade líquida aumentada Efusão peritoneal Peritonite Neoplasia peritoneal Material externo sobreposto ◼ Pelos molhados, gel de ultrassom Ascite Fígado e Baço RX e Ultra-som Hepatomegalia Congestão hepática Hepatopatia esteroidal Lipidose hepática Doenças inflamatórias ou infiltrativas Neoplasias ou metástases Hepatomegalia Fígado Radio-opacidade Opacidades Minerais ◼ Colelitíase ◼ Mineralização do parênquima ◼ Mineralização da árvore biliar Áreas radiolucentes ◼ Gás na vesícula biliar ◼ Colecistite enfisematosa ◼ Abcessos Hepáticos ◼ Bactérias formadoras de gás Fígado Procedimentos Especiais Portografia Mesentérica Intraoperatória ◼ Diagnóstico de Shunt Porto-Sistêmico ◼ Técnica substituída pela TC contrastada Ultra-som Avaliação detalhada da arquitetura hepática Avaliação da vasculatura hepática Avaliação do sistema biliar Fígado – Ultra-som Indicações: Alterações bioquimicas associadas a doenças hepáticas Ascite Icterícia Aspecto normal: 4 lobos: esquerdo, direito, caudado e quadrado Vasos: veia porta, veia cava caudal e veias hepáticas Parênquima: ecogenicidade normal pode variar. Compara-se: fígado x baço e fígado x rim direito Fígado Fígado x Baço Fígado com ecogenicidade reduzida em relação ao baço Textura granular ligeiramente mais grosseira e difusa. Fígado x Rim Direito Fígado mais ecogênico que o rim direito, em alguns animais pode apresentar-se isoecóico ou mesmo hipoecóico. Comparação com o baço mais confiável! Fígado Vasos Veia porta – paredes ecogênicas Vesícula Biliar Anecóica Formato oval Colo afunilado Fígado Doenças do parênquima Difusas ◼ Esteatose ◼ Hepatopatia por esteroide ◼ Hepatopatia diabética ◼ Hiperadrenocorticismo ◼ Hepatite ◼ Lipidose Hepática Felina ◼ Cirrose Fígado Doenças do parênquima Focal / Multifocal ◼ Neoplasia Hepática ◼ Nódulos hiperplásicos benignos ◼ Cistos hepáticos ◼ Abcesso hepático Vesícula Biliar Doença obstrutiva Hipertrofia mucoide Colangite e colelitíase Sedimento Mucocele Neoplasias Baço Radiologia Órgão dinâmico – tamanho e localização variam muito em cães Divisão ◼ Cabeça do baço – proximal ◼ Corpo ◼ Cauda do baço - distal Tamanho ◼ Avaliação subjetiva ◼ Generalizada: margens espessas, arredondadas e abauladas Baço Esplenomegalia difusa Inflamação ◼ Toxoplasmose, Fungos, Mycoplasma haemofelis, erliquiose Hiperplasia ◼ Distúrbios hemolíticos, lúpus, bacteremia crônica) Congestão ◼ Hipertenção porta, ICCD, torção esplênica, sedação, barbitúricos Doença infiltrativa ◼ Neoplasia, metástase, hematopoiese extramedular Esplenomegalia Esplenomegalia Contornos irregulares Baço – Ultra-som Indicações: Esplenomegalia Anemias sem origem definida Distensão abdominal Ascite Aspecto Normal: Em forma de fita Lado esquerdo, junto ao rim esquerdo Comparar: Baço x Fígado e Baço x Rim Esquerdo Textura granular delicada Cápsula esplênica – margem hiperecóica Baço Alterações difusas Podem ser difíceis de serem identificadas Congestão esplênica (ICCD) Alterações focais / multifocais Neoplasias (hemangioma / hemangiossarcoma) Abcesso esplênico Hematoma esplênico Pâncreas Pancreatite Causa peritonite localizada Ultra-som é exame de escolha para avaliação Pâncreas normal é difícil de visualizar ◼ Pequeno tamanho ◼ Ecogenicidade semelhante a gordura mesentérica Pâncreas Órgão de difícil visualização (Preparo) Ecogenicidade similar ao mesentério Não tem marginação capsular Alterações Pancreatite Abcesso Pancreático Neoplasias Glândulas Adrenais Radiologia Não são visualizadas se normais Ultra-som Exame de escolha para visualização Adrenal Adrenal CAVIDADE ABDOMINAL 2ª PARTE Silvio Coura Xavier Rins e Ureteres Radiografia Alterações tamanho e forma Nefrólitos Cálculos ureterais radiopacos Urografia Excretora Diminuiu com a ultrassonografia Indicações: ◼ Hematúrias ◼ Suspeita de uretéres ectópicos Rins - Ultra-som Aspecto normal Gatos são mais arredondados que em cães Três áreas distintas ◼ Cortical ◼ Ecogenicidade maio que a medular ◼ Menos ecogênico que o baço ◼ Medular ◼ Divertículos ◼ Crista renal ◼ Seio renal ◼ Gordura perirenal Ureteres normais não são identificados CORTICAL MEDULAR SEIO RENAL Rins Tamanho Felinos – 3,8 a 4,4 cm Cão Peso Corporal (kg) Comprimento (cm) 0 - 4 3,2 – 3,3 5 - 9 3,2 – 5,2 10 - 19 4,8 – 6,7 20 -29 5,2 – 7,8 30 - 39 6,1 – 9,3 40 - 49 6,3 – 9,1 50
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