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JOGOS E BRINCADEIRAS NO ENSINO MATEMATICO NAS SERIES INICIAIS

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JOGOS E BRINCADEIRAS NO ENSINO MATEMATICO NAS SERIES INICIAIS
Autor: Jéssica Caroline Pessatti Bogo[footnoteRef:1] [1: Jéssica C. Pessatti Bogo; acadêmica do Curso de Licenciatura em Pedagogia; E-mail: jessicacpessatti@hotmailcom ] 
Tutor externo: Bruna Aparecida de Almeida[footnoteRef:2] [2: Bruna Aparecida de Almeida Tutora Externa do Curso de Licenciatura em Pedagogia – Polo Taió; E-mail: bruna.tutoriauniasselvi@gmail.com ] 
Centro Universitário Leonardo da Vinci – UNIASSELVI
Curso (PED2388/1) – Paper Pratica – Oficinas Pedagógicas
14/06/2021
RESUMO 
O presente trabalho tem por objetivo abordar a importância de jogos e brincadeiras lúdicas no processo de ensino matemático. Explanando o desenvolvimento e a capacidade da criança ao aprender de uma maneira mais dinâmica e divertida. Ressalta a importância do brincar na vida dos pequenos, e o quão impactante isso é na construção do seu pensamento e raciocínio lógico, possibilitando uma aprendizagem melhor e mais rápida. Vamos observar que o brincar não é irrelevante, mas que quando brincam as crianças fazem uso da sua imaginação, assim explorando novos horizontes, e se permitindo a novos saberes de forma descontraída. A construção do trabalho teórico, foi realizado por meio de pesquisas bibliográficas no google, google acadêmico, e através de vídeos do youtube. Este trabalho está voltado ao ensino matemático para crianças em idade escolar das series iniciais.
Palavras-chave: Brincadeiras. Jogos. Matemática. Series Iniciais.
 1 INTRODUÇÃO 
A matemática geralmente causa um certo receio na maioria das pessoas, e costuma parecer um “bicho de sete cabeças”, imagina para as crianças que estão começando a aprender o que é matemática. E sendo assim porque não unir os novos conhecimentos à praticas conhecidas e tão estimadas por elas como as brincadeiras, assim enriquecendo seu desenvolvimento intelectual. Vigotsky (1998) afirmava que através do brinquedo a criança aprende a agir numa esfera cognitivista, sendo livre para determinar suas próprias ações. Para ele a brincadeira e os jogos estimulam a autoconfiança e a curiosidade, e desenvolve a concentração. 
Podemos afirmar que formas lúdicas são facilitadoras no processo de ensino aprendizagem, pois a criança obtém conhecimento a partir de suas brincadeiras, e cabe ao educador direcionar seus objetivos de forma cativante, para que instiga as crianças a explorar o conteúdo programado de maneira prazerosa. A ludicidade na aprendizagem promove muito mais que brincadeiras, proporciona também, desenvolvimento motor, melhora a socialização, desenvolve a imaginação, traz criatividade e liberdade de expressão, trabalha o raciocínio logico, auxilia na autonomia da criança, além de trabalhar o psicoemocional, facilitando a interação com seus colegas, professores. 
 Usamos matemática a todo instante, por isso o estimulo deve acontecer desde cedo, já em casa quando ainda bebê, para que não se torne traumatizante os primeiros contatos com os números. As brincadeiras matemáticas devem abordar capacidades como a memorização, a noção de espaço, a imaginação, a percepção e a atenção. E para as crianças é difícil parar e ficar tempo prestando atenção em algo, mas quando refere-se à algo de seu extremo interesse, isso não se torna tão difícil, sendo este o caso das brincadeiras.
 De acordo com Zatz Halaban (2006) brincar é essencial para a criança, pois é deste modo que ela descobre o mundo à sua volta e aprende a interagir com ele. O lúdico está sempre presente, o que quer que a criança esteja fazendo. Dessa forma entendemos que o contato com a matemática está no nosso dia a dia, antes mesmo dos pequenos frequentar uma escola, mesmo que de uma maneira simplificada.
2 FUNDAMENTAÇÃO TÉORICA 
O assunto abordado é jogos e brincadeiras no ensino matemático nas series iniciais, tendo como objetivo relatar a importância do lúdico no processo de aprendizagem. Buscando em jogos e brincadeiras metodologia para ensinar matemática, possibilitando o raciocínio logico, a concentração e a percepção. Visto que os brinquedos trazem a criança a imagem da realidade através de objetos palpáveis, adquirindo conhecimento sem se sentir pressionados, pois ocorre de maneira espontânea e divertida, colocando a maior parte da atenção do aluno na brincadeira em si, não vendo como um problema mas sim um desafio. Quando usamos o lúdico de forma recreativa em atividades matemáticas, permitimos que o aluno realize os problemas apresentados de modo descontraído, tendo êxito no ensino pois esse tipo de atividade traz satisfação ao alcançar o objetivo proposto.
Podemos dizer que o jogo serve como meio de exploração e invenção, reduz a consequência os erros e dos fracassos da criança, permitindo que ela desenvolva sua iniciativa, sua autoconfiança, sua autonomia. No fundo, o jogo é uma atividade seria que não tem consequência frustrante para a criança. (SMOLE, 1996, P.138).
A ludicidade é extremamente benéfica no meio educacional, porque as chances da criança participar ativamente das brincadeiras são maiores do que somente o ensino teórico. Neste método elas adquirem confiança, aprendem a compartilhar e ajudar, quando deparados com situações mais difíceis. Através dos jogos pensam em estratégias e recursos, planejando suas jogadas utilizando seus conhecimentos adquiridos anteriormente os assimilando. Os jogos foram implantados nas escolas com o intuito de tirar a monotonia causada em muitos quando o assunto é a matemática, pois brincando são capazes de compreender mais facilmente os problemas matemáticos. 
Os jogos impulsionam a aprendizagem e ensina a cumprir regras, discernindo o certo do errado, oportunizando o desenvolvimento cognitivo, emocional e social. A ludicidade é importante em todas as faixas etárias, visto que instiga a curiosidade, e estimula o raciocínio logico, uma vez que a criança compreende a brincadeira, vai se tornando algo interessante que lhe traz alegria e diversão. E de acordo com os Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil: 
Brincar é uma das atividades fundamentais para o desenvolvimento da identidade da autonomia. O fato de a criança, desde muito cedo, poder se comunicar por meio de gestos, sons e mais tarde representar papel na brincadeira faz com que desenvolva sua imaginação. Nas brincadeiras as crianças podem desenvolver algumas capacidades importantes tais como a atenção, a imitação, a memória, a imaginação. Amadurecem também algumas capacidades de socialização, por meio de interação e da utilização e experimentação de regras e papeis. (BRASIL, 1998, p.22).
Enquanto brincam sem perceber exercitam sua mente, sua atenção e imaginação. De acordo com (SANTOS 2001 p. 37) “o comportamento lúdico não é um comportamento herdado, ele é adquirido pelas experiências que recebemos no decorrer da evolução dos processos de desenvolvimento e aprendizagem”. E essa experiência pode vir do professor em sala, proporcionando momentos de aprendizado de forma divertida, mostrando aos seus alunos que a matemática não precisa ser difícil e entediante. Mas que pode ser lúdica e ainda educar, pois essa forma de brincar, não é como um simples passa tempo para entreter a criançada, mas um método para facilitar e adquirir o máximo de conhecimento. 
Volpato afirma: 
O brincar na escola não pode -nem deve- ser o mesmo que brincar em casa, não se tratando do recreio, pois, o brincar na escola se define numa formação responsável pela socialização e aprendizagem da criança. No entanto maioria dos professores sentem dificuldade em conciliar o jogo e a brincadeira em sala de aula, sendo as vezes negado pelo fato de pensarem que vai provocar indisciplina. Várias vezes, o lúdico é confundido com material concreto para ensinar matemática, como jogos de memória, dados, bingos de diversos tipos, entre outros. Nessa modalidade a atividade corre risco de não ser utilizada como mediadora de aprendizagens significativas para a criança, pois deve ser uma forma prazerosa de desenvolvimento visando a aprendizagem. (Volpato, 2002,p.97). 
Os professores devem buscar maneiras lúdicas que trazem satisfação dos alunos nas realizações, algo que traga vontade de aprender matemática, que instigue a curiosidade de aprender a matemática de um jeito diferente, pois as vezes a ideia de aula chata, ou aula difícil, está fixada em suas mentes, e precisamos mostrar que a todo instante temos contato direto com os números, e isso é um processo natural e muito importante.
	
3 METODOLOGIA
Este trabalho foi realizado através de pesquisas virtual, e a pratica foi aplicada com minha filha de 6 anos, chamada Amabile Leticia Bogo. Os dados coletados para a teoria foram somente de maneira virtual, único modo na atual situação causada pelo corona vírus, e para pratica ocorreu de maneira presencial, tendo como duração um período de 3 horas até a conclusão da atividade proposta. A metodologia escolhida é a realização de uma receita para trabalhar a matemática, em sentido de quantidade, adição e cálculo. A criança vai no decorrer da receita ter noção de quantidade, somar os ingredientes e calcular o preço da receita de forma aproximada.
Resolvi registar duas formas possíveis para realizar os problemas matemáticos, a primeira maneira foi a teórica, e a segunda de forma lúdica pratica. Foi perceptível o entusiasmo em querer realizar a receita e a satisfação em conseguir alcançar o objetivo, e como consequência efetuar as contas matemáticas a qual a criança foi submetida. Enquanto a forma pratica não foi alcançada com êxito em primeiro momento, inclusive causando certo desconforto e intimidação em relação a atividade requerida. O objetivo da pratica, era analisar a metodologia de jogos e brincadeiras no ensino matemático para crianças em series iniciais, e o resultado foi qualitativo e eficaz. 
4 RESULTADOS E DISCUSSÕES
Através das pesquisas pude perceber como o lúdico na educação tem sido pautado, por medo de confundir as crianças, no sentido da importância das aulas, ou confusão entre brincar para passar o tempo, e brincar para apender. No entanto este método aos poucos tem ganhado credibilidade no decorrer do tempo, e tem sido perceptível a sua eficácia no ambiente escolar, com ideias novas surgindo para implementar as aulas de maneira divertida e descontraída. 
O que chama a atenção é que além de aulas mais dinâmicas, os jogos e brincadeiras proporcionam às crianças, mais autonomia, autoconfiança, melhora a socialização, traz sentimento de alegria e satisfação, além de promover conhecimento em um prazo mais curto, beneficia também o raciocínio lógico e a imaginação. Além de mostrar para as crianças que a matemática está presente em tudo o que fizemos, desmistificando a teoria de que a matemática é um “bicho papão”.
Ao realizar este trabalho pude observar e entender melhor sobre como brincadeiras e jogos, auxiliam no processo de ensino aprendizagem. E de como e porque é importante ter aulas lúdicas, especialmente com crianças pequenas, pois sua atenção não é presa por muito tempo. E como diz Vigotsky (REGO, 2000 p. 82) Brincar é importante, pois possibilita o indivíduo a atuar em um nível cognitivo superior ao seu e isso impulsiona seu desenvolvimento. 
5 CONCLUSÃO
Neste trabalho fica claro de que é importante utilizar o lúdico no ensino da educação infantil, visto que desencadeia inúmeros benefícios como, desenvolvimento cognitivo, socialização, raciocínio logico, autoconfiança, sensação de alegria e prazer ao realizar as questões. Sem contar que passam bastante tempo na escola, e assim não torna essa rotina tão cansativa. 
Torna-se indispensável o uso desta ferramenta, para retirar rótulos colocados nas aulas de matemática, pois é desde pequeno que aprendemos a concepção das coisas. E ao participar das aulas lúdicas, as crianças não terão mais medo das contas matemáticas. E estarão com mais disposição a aprender. 
A matemática nos rodeia a todos os instantes, e mesmo de pequenos, quando aprendemos a contar a nossa idade, e a forma lúdica é um meio facilitador de aprendizado. Devemos aproveitar as series iniciais para fixar a pratica de jogos e brincadeiras para aprender matemática e outros assuntos também. A ludicidade torna o ambiente mais agradável, e cheio de possibilidades, cabe ao professor guiar e ao aluno aprender e se divertir. 
REFERÊNCIAS
AURICCHIO, Ana Lucia Ramos. Os museus e a questão ambiental. Revista Educação: Teoria e Prática. Rio Claro: UNESP–Instituto de Biociências, n. 16, p. 49-100, 2001.
DE OLIVEIRA, Isadora et al. A COMPREENSÃO DO LÚDICO NOS ATELIÊS. Anais do Salão Internacional de Ensino, Pesquisa e Extensão, v. 8, n. 1, 2016.
SALOMÃO, Hérica Aparecida Souza; MARTINI, Marilaine; JORDÃO, Ana Paula Martinez. A importância do lúdico na educação infantil: enfocando a brincadeira e as situações de ensino não direcionado. Portal de psicologia, 2007.

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