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Resumo- James Madison- O tamanho e diversidades da união como um obstáculo às facções

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Teoria Geral do Direito Público
“O tamanho e as diversidades da união como um obstáculo às facções”
	O primeiro excerto da obra dos federalistas apresenta a hipótese de que a dimensão territorial de um Estado é diretamente atrelada ao surgimento de grupos, sejam eles compostos pela minoria ou maioria da população, que advogam e atuam em prol de interesses contrários ao bem-estar coletivo, aos direitos do homem ou à vontade geral. 
	Buscando embasar seu desejo pela unificação das antigas treze colônias do leste americano, James Madison argumenta que esta inviabilizaria a formação e atuação daquilo que chama de “facções”
		“...um grupo de cidadãos, representando quer a maioria, quer a minoria do conjunto, unidos e agindo sob um impulso comum de sentimentos ou de interesses contrários aos direitos dos outros cidadãos ou aos interesses permanentes e coletivos da comunidades”.
	As facções são perigosas pois instauram instabilidade e confusão nos conselhos públicos (o que levou a ruína de muitos governos anteriores) e são definidas por sua violência- fatos que servem de argumento para aqueles que são contrários à liberdade. Por isso, torna-se fundamental buscar uma solução para este problema, e Madison propõe busca-la de duas formas: analisando suas causas e seus efeitos.
	O autor aponta dois fatores que originam as facções: a divergência de opiniões e a liberdade de associação. Não há, de fato, como resolver nenhum desses pois ambos ocorrem a partir da premissa da liberdade na qual se baseiam as repúblicas norte-americanas. Ferir qualquer um desses fenômenos é ferir o próprio cerne ideológico do movimento revolucionário, e impossibilitaria o estabelecimento de uma república para o homem moderno.
	Portanto, faz-se necessário voltar os olhos para seus efeitos- as facções dominam o aparato legislativo e até mesmo o governo de uma república pois não há outro grupo que as oponham, ou que tenha estrutura para tal. Do mesmo modo, as facções possuem poder político nas assembleias estaduais pois existem em governos pequenos, em que os mais diversos setores sociais tem uma voz direta no legislativo.
	Assim sendo, a dimensão territorial de uma república é fundamental na mitigação na atividade destes grupos- em uma república grande, a participação direta na deliberação política e na tomada de decisões se faz inviável, devido ao grande numero de cidadãos existentes. Junto a isto, tem-se que uma república grande permite uma dimensão populacional extremamente variada e complexa, o que permite uma multiplicidade de interesses e opiniões. Assim, várias e várias facções podem aparecer, mas acabam disputando entre si pelo poder, e não conseguem se sobrepor uma a outra: não há tirania e nem abusos do poder político.

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