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Teoria Política Moderna - Prova II

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TEORIA POLÍTICA MODERNA
EXERCÍCIO DE REVISÃO – Unidade I
Davina Silva.
1) Explique porque Nicolau Maquiavel rejeita a tradição idealista de Platão,
Aristóteles e Santo Tomás de Aquino, para buscar a “verdade efetiva das coisas”. Ou
seja, em que consistiu a “verdade efetiva das coisas” neste contexto?
2) Nicolau Maquiavel sugere que há basicamente duas respostas à anarquia
decorrente da natureza humana e do confronto entre os grupos sociais: o Principado
e a República. Explique o contexto cíclico que inicia-se com a desordem/caos
proveniente da imutável natureza humana.
3) Como você poderia descrever e analisar o contrato social proposto por Thomas
Hobbes? Qual o papel do Estado e como o poder é exercido no Leviatã?
4) O contrato social, em John Locke, é um pacto de consentimento em que os
homens concordam em criar uma sociedade civil. Explique.
5) Comente, com suas palavras, a natureza do governo e o princípio de governo
segundo o pensamento de Montesquieu.
6) Analise a inovação trazida pelo pensamento de Montesquieu no que concerne a
teoria do equilíbrio entre os poderes.
Respostas:
1. De forma resumida, é interessante apresentar a idealização do governo trazida
pelos filósofos: Platão afirmava que a democracia era um regime ruim e criou uma
idealização de uma polis justa e bem ordenada onde somente os filósofos poderiam
governar; para Aristóteles, a formação da sociedade era natural, porém o homem
devia ser instruído e depois poderia participar da política buscando o bem comum;
por fim, Santo Tomás de Aquino, que foi bastante influenciado por Aristóteles, dividiu
as leis em naturais, positivas e divinas, de modo a preservar a vida, a sociedade e
conduzir o homem à vida cristã respectivamente.
Maquiavel, de forma inovadora para sua época, apresenta uma perspectiva
diferente dos filósofos idealistas, retratando o estado verdadeiro e real. Acredito que
isso pode ter partido dele devido ao cenário em que viveu na Itália durante anos, em
que o poder não era estável, ocorrendo diversos conflitos. Dessa forma, com o
passar do tempo Maquiavel possuiu diversos conhecimentos em relação à política e
adquiriu maior experiência observando atentamente as ações e decisões de seus
governantes e principalmente seus resultados, fossem eles bons ou ruins, sempre
buscando a verdade.
Consequentemente Maquiavel desenvolveu e aguçou seu pensamento
político estudando a história e notando as atitudes dos governantes para manter a
ordem e se prolongar no poder. Seu principal objetivo era alcançar a “Verdade
efetiva das coisas” e assim Maquiavel acaba rompendo com a idealização do estado
e apresenta a realidade como ela é e não como queria que fosse.
2. Maquiavel possui uma visão pessimista em relação à natureza humana, para ele
os homens são ingratos, ambiciosos e egoístas, e essas características negativas
formam a natureza humana expondo que os conflitos são desdobramentos dessas
paixões e instintos maléficos. O realista estudou a história e deduziu que a política é
algo estático possuindo mudanças recorrentes, e compreende que o conhecimento
do passado nos faz entender o presente e futuro. De fato, historiadores que ele
seguia como Políbio, Tácito e outros relataram que a história é cíclica e acaba se
repetindo diversas vezes.
Logo, a ordem sucede à desordem, sendo imprescindível uma nova ordem
tornando-se de alguma forma repetitiva. E apenas o poder político pode modificar e
resolver o impasse, porém sua garantia não é estável, entretanto podemos aprender
com esses ciclos formas de evitar o caos e a desordem.
3. Na concepção de Hobbes, o ser humano no estado de natureza não possuía um
poder e uma organização ideal, posteriormente como o homem era um ser racional
determinaram regras de convívio e de subordinação política, formando entre eles um
contrato social. De acordo com o contratualista, o homem não é selvagem, porém só
agia por impulso para preservar sua vida, pois as suas paixões fazem com que ele
prefira a paz. Assim, os homens aceitam um pacto de submissão, ou seja, passam
do estado de natureza para o estado social, transferindo sua liberdade e
responsabilidade ao estado absolutista para assegurar a paz e segurança do estado
leviatã.
Para Hobbes, o papel principal do estado é garantir e preservar a paz e a vida
na sociedade, pois todos os homens possuem os mesmos direitos e ao se sentirem
ameaçados por outros gera um caos e um estado selvagem. Portanto, sem o estado
não há preservação da paz e da vida.
E para que o estado cumpra seu dever o poder deve ser absoluto, concentrado
nas mãos de um indivíduo ou de uma assembleia, marcado pelo medo e temor dos
seus súditos que regule as leis e as relações humanas. A sociedade nasce com
estado, o leviatã com o poder e a força consiste na essência do Estado e quando
este não garante a vida dos seus súditos e a ordem ele é destituído.
4. Ao contrário de Hobbes, que propõe um pacto de submissão, Locke pensa no
contrato social como um divisor de águas no estado de natureza e estado civil,
afirmando que este é um pacto de consentimento. Dessa forma, afirma que no
estado de natureza já possuíam direitos a propriedade, liberdade e vida, porém não
possuíam leis que todos concordassem para resolver conflitos que surgissem e o
contrato social vem para garantir isso, e como apenas o consentimento dos
governados é a fonte legítima de poder político eles detêm o poder de escolha de
qual deveria ser o governante e a forma de governo. De fato, tornando-se evidente
que um dos principais fundamentos da sociedade civil para o contratualista seria o
consentimento da população em relação ao pacto para garantir a formação do
governo.
5. Montesquieu afirma que a sociedade possui diferentes povos e culturas que
organizam a sociedade e o governo de diversas maneiras, então ele analisa duas
formas do funcionamento do governo: o princípio e a natureza.
A natureza do governo seria quem detém o poder suas relações e como ele se
dispersa na sociedade que possui grande diversidade, em que as formas de governo
são: a república, onde o poder pertence ao povo ou parte dele, que de certa forma
sabe escolher, entretanto não consegue governar, pois é influenciado pela paixão; a
monarquia, somente um indivíduo governa, entretanto, as leis são fixas; despotismo,
governado por uma única pessoa, sua diferença da monarquia é que não possuem
leis ou regras.
O princípio do governo seria a paixão o move, ou seja como o poder funciona
sendo exercido, possuindo três princípios em cada forma de governo: a República é
a virtude, a monarquia a honra e o despotismo é o medo.
6. Segundo Montesquieu, os poderes deveriam ser moderados para que não
houvesse acumulação de poder na mão de apenas um indivíduo ou instituição, e por
esse motivo propôs a divisão dos poderes em Executivo que tem a função de
administrar as leis, legislativo tem que fiscalizar e o Judiciário deve julgar e fiscalizar,
dessa forma garantindo a independência e limites de cada poder para alcançar o
equilíbrio desejado e se distanciar de governos absolutistas.
Montesquieu afirma que “todo homem investido de poder é tentado a abusar
dele”. De fato, por isso o mesmo cria a ideia de que somente o poder pode controlar
o poder, e cada poder com uma determinada função deve ser controlado e limitado
pelo próprio poder.

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