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Odontologia – UESB Luís Victor S. Ribeiro Odontologia – UESB Luís Victor S. Ribeiro Taenia sp. Parasitologia Hermafroditos (monóicos) Heteroxênica Não possui sistema digestório Sem núcleos Taxonomia Reino: Animalia Filo: Platyhelmintes Classe: Cestoda Ordem: Cyclophyllidea Família: Taeniidae Gênero: Taenia Espécies: T. solium e T. saginata Morfologia 1) Escólex/Cabeça: a. T. saginata: sem rostelo e acúleos b. T. solium: com rostelo e acúleo (globuloso) 2) Colo/Pescoço: zona de crescimento para a formação de proglotes, devida a intensa multiplicação; 3) Estróbio/Corpo: formação de segmentos chamados de proglotes a. Proglotes jovens; b. Proglotes maduras; c. Proglotes grávidas. 4) Ovo: 33 mm a. Esférico b. Embrióforo: casca de quitina c. Oncosfera: embrião. 5) Cisticerco (larva): vesícula com líquido transparente, com invaginações no seu interior. Membranas: cuticular (mais externa), celular e reticular (mais interna) A Tênia possui um corpo achatado dorsoventramente de formatos diferentes. Estágio vesicular: membrana vesicular delgada e transparente, líquido vesicular incolor e hialino, escólex normal. Estágio coloidal: liquido vesicular turvo (gel esbranquiçado) escólex em degeneração alcalina. Estágio Granular: membrana espessa, gel vesicular apresenta deposição de cálcio e o escólex é uma estrutura mineralizada de aspecto granular. Estágio granular calcificado: cisticerco apresenta-se bastante calcificado e de tamanho bastante reduzido. Habitat A T. solium e a T. saginata na fase adulta se encontram no intestino delgado. O cisticerco da T. solium é encontrado no tecido subcutâneo, muscular, cardíaco, cerebral e nos olhos de suínos e humanos. O cisticerco da T. saginata é encontrado nos tecidos bovinos. Ciclo de vida 1. Os ovos e proglotes saem nas fezes dos humanos; 2. Bovinos e suínos são contaminados; 3. Ovos eclodem no intestino dos animais; 4. Ovos infectam os tecidos dos animais; 5. O humano come a carne contaminada/mal passada. T. saginata: vaca como hosp. Intermediário. T. solim: porco como hosp. Intermediário Somente a T. solium leva a cisticercose Odontologia – UESB Luís Victor S. Ribeiro Odontologia – UESB Luís Victor S. Ribeiro Patogenia e Sintomatologia 1. Teníase: promovem fenômenos tóxicos alérgicos, hemorragias pela fixação, destruição do epitélio e produção de inflamação. Sintomas: tontura, astenia, apetite excessivo, náuseas, vômitos, alargamento do abdômen, dores no abdômen e perda de peso. 2. Cisticercose: é uma doença pleomórfica, ou seja, tem a capacidade de se alojar em vários tecidos do corpo como tecido muscular, cardíaco e glândulas mamárias, ocular e SNC. C muscular: costuma ser assintomática, indolor e palpável; C. cardíaca: palpitações e ruídos anormais ou dispneia (falta de ar); C. subcutânea: indolor e palpável; C. no SNC: crises epiléticas, síndrome de hipertensão intracraniana, cefaleia, meningites cisticercótica, distúrbios psíquicos e síndrome medular. Diagnóstico 1. Parasitológico: é feito através da análise de proglotes no bolo fecal. Para identificar a espécie da tênia é necessário analisar a morfologia uterina de tais proglotes. A presença de antígenos contribui para o diagnóstico. 2. Clínico: através das observações anatomopatológicas das biópsias, necropsias e cirurgia. O cisticerco pode ser identificado por exames oftalmoscópicos ou ainda pela presença de nódulos subcutâneos no exame físico. 3. Imunológico: testes imunoenzimáticos passaram a ser indicados após melhoras na qualidade do preparo de antígenos. Possui alta sensibilidade e especificidade. 4. Neuroimagens: Identificação anos após a infecção. Ajuda a reconhecer a localização, quantidade e fase de desenvolvimento do parasita. Tratamento A teníase pode ser tratada com Niclosamida e Praziquantel; A neurocisticercose pode ser tratada com Albendazol acompanhado de Dexametasona. Profilaxia Impedir o acesso de bovinos e suínos as fezes humanas; Promover serviços adequados de esgoto e água; Estimular melhoria na criação de animal; Orientar os indivíduos e não comer carne mal passada; Fiscalização rigorosa aos matadouros.
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