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Gabiela de Assumpção Neumann - Atividade Contextualizada

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HISTÓRIA DA AVIAÇÃO EM SÍNTESE
Gabriela de Assumpção Neumann
Matrícula 01284390
Ciências Aeronáuticas
Os registros de voos na história da humanidade são mais antigos do que imaginamos, podendo citar como exemplo a pipa, sendo uma criação extremamente antiga e que registra o primeiro voo de algum objeto mais pesado que o ar, trazendo os primeiros estudos da aerodinâmica.
Além disso, vale mencionar a história de Ícaro e Dédalo na mitologia grega, na qual Dédalo projetou asas compostas de uma estrutura leve, contando com diversas penas e cera de mel utilizada como cola, já nos evidenciando registros de possibilidades de o ser humano criar uma forma de voar mesmo sem ter suas próprias asas.
Mas para chegar na aviação de hoje e na tecnologia que ela despende, tivemos séculos de teorias e aprendizados em diversas áreas como filosofia, matemática, física, para que todas unidas pudessem fornecer informações necessárias para a criação dos primeiros aviões e seu desenvolvimento a partir disso.
Podemos mencionar Aristóteles com a ideia de que o ar possui peso, Arquimedes sendo o pai da física e que formulou a ideia de que um corpo que seja mais pesado que a água irá afundar, ao passo que um corpo mais leve irá boiar, e também Blaise Pascal com estudo da pressão dos fluídos e hidráulica, criando a lei Pascal. Com esses estudiosos e muitos outros, concluímos que não uma pessoa, mas um grupo delas que com seus conhecimentos e pesquisas, possibilitaram que o voo se tornasse possível.
Outro grande colaborador foi Leonardo da Vinci, considerado pioneiro nos estudos da aerodinâmica, desenvolveu estudos detalhados sobre o voo dos pássaros, pipas e planadores, levando sempre a estrutura óssea dos animas em consideração.
Já no século XVIII, os irmãos Montgolfier, após observações de que a roupa flutuava sobre o fogo quente, desenvolverem o primeiro projeto de balão de ar quente, aceito pela comunidade científica, acontecendo o primeiro voo tripulado composto por uma ovelha, um pato e um gato e provando a possibilidade de realizar um voo seguro. Paralelo a ele, havia Jacques Alexandre Cesar Charles desenvolvendo seu projeto utilizando gás hidrogênio, 14 vezes mais leve que o ar, contribuindo também para o desenvolvimento dos balões.
Entrando no tema dos aeróstatos e aeródinos, podemos falar de uma máquina muito interessante que é o planador, que é um aeródino não motorizado, ou seja, dispositivo mais pesado que o ar, mas que depende de um auxílio externo para iniciar o seu voo. Para falar disso, é necessário mencionar Sir George Cayley, que foi um dos primeiros engenheiros a falar sobre as forças que regem um voo, tal como a sustentação, e desenhou uma invenção que pode ser considerada como o primeiro planador da história, na qual possuía asas estacionárias para gerar sustentação e uma cauda móvel para auxiliar no controle. Suas ideias e projetos foram modelos de inspiração para os pioneiros porvindouros como Otto Lilienthal, que conseguiu colocar seu projetos em prática e contribuiu muito para o desenvolvimento da aviação.
A história dos aviões é similar a dos planadores e também houve diversas contribuições para que ele se tornasse o que é hoje. Vale mencionar a história de Santos Dumont e os irmãos Wright que tiveram suas criações e ficaram marcados na história por isso, sendo o 14-bis criado por Dumont, primeira aeronave a realizar um voo de forma controlada e ser reconhecido por uma entidade internacional, e o Flyer III feito pelos irmãos Wright, que também realizou voos possuindo controle nos três eixos da aeronave e trazendo um grande marco para a história da aviação.
A indústria da aviação começou a crescer de forma exponencial entre as criações de Dumont e os irmãos Wright até o início da Primeira Guerra Mundial, quando diversos líderes dos países europeus perceberam que a aviação militar poderia ser um diferencial para aumentar a eficácia de suas tropas, sendo também uma excelente estratégia de defesa. Neste período os estudos se intensificaram de tal maneira que após o fim da guerra em 1918 esses países europeus notaram que o transporte de cargas e passageiros poderia ser algo lucrativo e eficiente, criando-se a partir daí as primeiras companhias aéreas do mundo.
Iniciou-se nesta fase a era de ouro da aviação que perdurou até a Segunda Guerra Mundial em 1939, trazendo uma nova configuração para as aeronaves, passando a ser feitas com metal e numa configuração monoplana, tornando-se também mais velozes, marcando uma revolução na aviação militar, civil e comercial.
Com o desenvolvimento da aviação de forma intensa foi necessário a criação de uma organização responsável por regular a aviação civil nos dias de hoje, em busca de uma aviação segura e de acordo com todos padrões de segurança e operacionalidade. Ocorreram diversas convenções, cada uma com suas contribuições, até que em 1944, através da convenção de Chicago, que reuniu 54 países, criaram a Organização Provisória Internacional da Aviação Civil, usada como o nome já diz provisoriamente até que em 1947 todos os países entraram em acordo e a OACI foi estabelecida, tornando-se uma agência especializada das Nações Unidas, ligada ao Conselho Econômico e Social. Tinha como meta promover a paz entre os países, evitando atritos e incentivando a cooperação entre as nações, mostrando a dependência da população mundial ao transporte aéreo as consequências de seu uso como poder bélico.
Neste contexto de crescimento da aviação, surgiu também os centros de investigações de acidentes aeronáuticos com o intuito de gerar relatórios e recomendações a fim de se evitar novos acidentes pelos mesmos motivos, trazendo novas contribuições para o desenvolvimento saudável dessa área. No Brasil, o órgão responsável por isso é o CENIPA.
Olhando para trás e vendo o desenvolvimento que a aviação teve ao longo dos anos nos mostra que ainda há muito a ser perseguido e conquistado, e que muitas pessoas ao longo dos séculos contribuíram para a aviação de hoje e a aviação do futuro. Tudo começou com experimentos, que se tornaram projetos que foram trazendo resultados e conclusões, tais conhecimentos foram sendo passados nas gerações, possibilitando a melhoria dessas tecnologias, tornando mais eficazes e seguras ao longo dos anos. Apesar de as guerras terem sido grandes tragédias e causado milhões de mortes, em contrapartida desenvolveram a aviação de forma absurda, visto que era de interesse dos países possuírem a melhor tecnologia disponível para estar à frente nos combates. O pós guerra trouxe novas concepções e viram na aviação a oportunidade de transportar pessoas e cargas, fazendo com que ela se tornasse então um meio de transporte eficaz e lucrativo, visto que até então o transporte era feito apenas por meio ferroviário e fluvial.
Com isso, surgiram os aviões a jatos e as melhorias não pararam mais, nos trazendo a realidade que vivemos hoje, voando grandes aviões a jato com capacidade de pessoas e cargas jamais pensadas 100 anos atrás. E a aviação não para por aí, seguindo esse ritmo num futuro muito breve iremos nos deparar com ideias e tecnologias ainda mais eficientes que já vem sendo estudadas e testadas, tudo na intenção de melhorar ainda mais a eficácia dos aviões, o conforto, a segurança e, também, o cuidado com o meio ambiente.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
FERNANDES, Élcio. História da Aviação. São Paulo: Pearson Education, do Brasil, 2018.

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