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TICS semana 2



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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. 
IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. 
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TICS semana 2 – SOI III 
Aluno(a): Maria Seiane Farias Barros 
Terceiro período de medicina 
 
1. Quais os fatores de risco para a Hipertensão Arterial Sistêmica? 
A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) acomete cerca de 25% da população, 
porém a maioria dos casos são assintomáticos e, por isso, a doença pode evoluir por 
um tempo sem ser diagnosticada. Com isso, ela pode ser classificada, quanto as suas 
causas, em hipertensão primária (essencial) - 90 a 95% dos casos -, que possui 
natureza idiopática, porém pode estar associada a alguns fatores genéticos e 
ambientais, e é considerada crônica, com o tratamento incluindo apenas a 
estabilização da pressão arterial (PA). Por outro lado, tem-se a hipertensão 
secundária – 10 a 5% dos casos -, a qual é decorrente de outra patologia - por 
exemplo, após uma estenose da artéria renal ou na síndrome de Cushing -, e assim, 
é potencialmente tratável. Contudo, transforma-se em um fator de risco para a 
ocorrência de HAS primária, já que após a exposição às altas tensões, existe aumento 
da rigidez das artérias. 
Em relação aos fatores de risco, tem-se que a idade é um deles, pois com o 
envelhecimento há o enrijecimento das grandes artérias, então existe perda da 
elasticidade para se adaptar à tensão. Também é importante destacar que o Brasil 
está passando por uma transição demográfica, em que está havendo o aumento do 
número de idosos e consequentemente haverá maior prevalência da HAS e de suas 
complicações. Ademais, há influência de fatores genéticos, em que a HAS é 
aproximadamente 2 vezes mais comum em indivíduos com um ou os dois pais 
hipertensos, por isso a importância da história familiar na doença. 
Na dieta, a ingestão elevada de sódio também é um fator de alerta, pois ele 
provoca o aumento da volemia e consequente elevação do debito cardíaco e PA. Por 
outro lado, o consumo de potássio reduz os níveis tensionais. Em relação ao álcool, 
tem-se que o etanol também eleva a pressão, provavelmente por estimulação do 
sistema nervoso simpático ou do SRAA. 
O sexo também é fator determinante, já que há prevalência da HAS em jovens 
do sexo masculino, o que pode estar atrelado à resistência na procura por atendimento 
médico, porém a partir dos 60 anos tem-se maioria do feminino, possível 
consequência das mudanças hormonais. No caso da etnia, no Brasil, não se 
 
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apresentaram diferenças consideráveis entre negros e brancos, dando-se maior 
relevância aos fatores socioeconômicos, como a escolaridade, as condições de vida 
e os hábitos. 
Além disso, há uma relação direta entre o sobrepeso/obesidade e o aumento 
dos níveis pressóricos, pois este fator favorece o aumento de débito cardíaco e 
também pode aumentar a resistência vascular periférica e ativar o SRAA (Sistema 
Renina-Angiotensina-Aldosterona). O sedentarismo também eleva o risco, sendo os 
exercícios físicos regulares uma das medidas para redução da tensão arterial. Por fim, 
tem-se que alguns fatores secundários, como algumas medicações e drogas ilícitas, 
também podem aumentar a PA ou complicar sua regulação, como glicocorticoides, 
descongestionantes nasais, anti-inflamatórios não esteroidais, cocaína e anfetamina. 
Como exemplo de caso de hipertensão secundária, tem-se o relato de uma 
paciente, 19 anos, que procurou atendimento médico por sentir palpitações, 
taquicardia (117bpm), PA elevada (154/86mmHg), polifagia e ansiedade. Na 
palpação, encontrou-se bócio difuso, indolor e simétrico. Assim, tendo em vista os 
valores pressóricos elevados, houve o diagnóstico de HAS no estágio 1. 
Posteriormente, foi visto que a paciente apresentava hipertireoidismo autoimune, que 
intensificou a ação das catecolaminas e, consequentemente, causou o aumento do 
débito cardíaco, da frequência cardíaca e da PA. 
 
REFERÊNCIAS: 
 
BARROSO et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros 
de Cardiologia, 2020. 
 
BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo, patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: 
Guanabara Koogan, 2016. 
 
GOUVEIA, M., FEITOSA, C., FEITOSA, A. Gênese e fatores de risco para a 
hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens., vol.25, n.1, p.13-17, 2018. 
 
JORDAN, Jens; KURSCHAT, Christine; REUTER, Hannes. Arterial 
hypertension. Deutsches Ärzteblatt International, v. 115, n. 33-34, p. 557, 2018. 
 
 
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OLIVEIRA, Sandra et al. Hipertensão arterial secundária no adulto jovem: um caso 
clínico. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, v. 34, n. 6, p. 413-419, 
2018.