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FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Rodovia BR 343, Km 16 Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 86 33227314 | WWW.iesvap.edu.br TICS semana 2 – SOI III Aluno(a): Maria Seiane Farias Barros Terceiro período de medicina 1. Quais os fatores de risco para a Hipertensão Arterial Sistêmica? A Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) acomete cerca de 25% da população, porém a maioria dos casos são assintomáticos e, por isso, a doença pode evoluir por um tempo sem ser diagnosticada. Com isso, ela pode ser classificada, quanto as suas causas, em hipertensão primária (essencial) - 90 a 95% dos casos -, que possui natureza idiopática, porém pode estar associada a alguns fatores genéticos e ambientais, e é considerada crônica, com o tratamento incluindo apenas a estabilização da pressão arterial (PA). Por outro lado, tem-se a hipertensão secundária – 10 a 5% dos casos -, a qual é decorrente de outra patologia - por exemplo, após uma estenose da artéria renal ou na síndrome de Cushing -, e assim, é potencialmente tratável. Contudo, transforma-se em um fator de risco para a ocorrência de HAS primária, já que após a exposição às altas tensões, existe aumento da rigidez das artérias. Em relação aos fatores de risco, tem-se que a idade é um deles, pois com o envelhecimento há o enrijecimento das grandes artérias, então existe perda da elasticidade para se adaptar à tensão. Também é importante destacar que o Brasil está passando por uma transição demográfica, em que está havendo o aumento do número de idosos e consequentemente haverá maior prevalência da HAS e de suas complicações. Ademais, há influência de fatores genéticos, em que a HAS é aproximadamente 2 vezes mais comum em indivíduos com um ou os dois pais hipertensos, por isso a importância da história familiar na doença. Na dieta, a ingestão elevada de sódio também é um fator de alerta, pois ele provoca o aumento da volemia e consequente elevação do debito cardíaco e PA. Por outro lado, o consumo de potássio reduz os níveis tensionais. Em relação ao álcool, tem-se que o etanol também eleva a pressão, provavelmente por estimulação do sistema nervoso simpático ou do SRAA. O sexo também é fator determinante, já que há prevalência da HAS em jovens do sexo masculino, o que pode estar atrelado à resistência na procura por atendimento médico, porém a partir dos 60 anos tem-se maioria do feminino, possível consequência das mudanças hormonais. No caso da etnia, no Brasil, não se FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Rodovia BR 343, Km 16 Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 86 33227314 | WWW.iesvap.edu.br apresentaram diferenças consideráveis entre negros e brancos, dando-se maior relevância aos fatores socioeconômicos, como a escolaridade, as condições de vida e os hábitos. Além disso, há uma relação direta entre o sobrepeso/obesidade e o aumento dos níveis pressóricos, pois este fator favorece o aumento de débito cardíaco e também pode aumentar a resistência vascular periférica e ativar o SRAA (Sistema Renina-Angiotensina-Aldosterona). O sedentarismo também eleva o risco, sendo os exercícios físicos regulares uma das medidas para redução da tensão arterial. Por fim, tem-se que alguns fatores secundários, como algumas medicações e drogas ilícitas, também podem aumentar a PA ou complicar sua regulação, como glicocorticoides, descongestionantes nasais, anti-inflamatórios não esteroidais, cocaína e anfetamina. Como exemplo de caso de hipertensão secundária, tem-se o relato de uma paciente, 19 anos, que procurou atendimento médico por sentir palpitações, taquicardia (117bpm), PA elevada (154/86mmHg), polifagia e ansiedade. Na palpação, encontrou-se bócio difuso, indolor e simétrico. Assim, tendo em vista os valores pressóricos elevados, houve o diagnóstico de HAS no estágio 1. Posteriormente, foi visto que a paciente apresentava hipertireoidismo autoimune, que intensificou a ação das catecolaminas e, consequentemente, causou o aumento do débito cardíaco, da frequência cardíaca e da PA. REFERÊNCIAS: BARROSO et al. Diretrizes Brasileiras de Hipertensão Arterial. Arquivos Brasileiros de Cardiologia, 2020. BRASILEIRO FILHO, Geraldo. Bogliolo, patologia. 9. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2016. GOUVEIA, M., FEITOSA, C., FEITOSA, A. Gênese e fatores de risco para a hipertensão arterial. Rev Bras Hipertens., vol.25, n.1, p.13-17, 2018. JORDAN, Jens; KURSCHAT, Christine; REUTER, Hannes. Arterial hypertension. Deutsches Ärzteblatt International, v. 115, n. 33-34, p. 557, 2018. FAHESP - Faculdade de Ciências Humanas, Exatas e da Saúde do Piauí. IESVAP - Instituto de Educação Superior do Vale do Parnaíba LTDA. Rodovia BR 343, Km 16 Bairro Sabiazal, CEP 64.212-790, Parnaíba-PI 86 33227314 | WWW.iesvap.edu.br OLIVEIRA, Sandra et al. Hipertensão arterial secundária no adulto jovem: um caso clínico. Revista Portuguesa de Medicina Geral e Familiar, v. 34, n. 6, p. 413-419, 2018.