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TCC JOAO BATISTA FINAL REVISTO (1)

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1
REFORMA PROTESTANTE: BREVES CONSIDERAÇÕES
LIMA, João Batista Barbosa de[footnoteRef:1] [1: Aluno do Curso de Bacharel em Teologia, no Centro Universitário Internacional de Curitiba – UNINTER.] 
1190558
Rosilene, [footnoteRef:2] [2: Professora Orientadora, no Centro Universitário Internacional de Curitiba – UNINTER.] 
RESUMO
Este artigo tem como objetivo central discutir a história e o legado da Reforma Protestante, partindo da premissa que esta alterou o padrão religioso da época. O problema central partiu da necessidade de se conhecer mais a fundo este tema, bem como analisar as mudanças ocorridas desde então. Para tanto, foi realizada uma pesquisa de cunho bibliográfico, trazendo para o estudo autores e pesquisadores que falavam sobre o tema, para assim melhor compreendê-lo, uma vez que este tema é bastante profundo e carece sempre de novos olhares a seu respeito dado a sua importância, pois esta surgiu da inquietação de nomes como Martinho Lutero, John Wycliffe, João Huss, João Calvino e Zuinglio, os quais deflagraram o processo da reforma protestante em várias regiões da Europa, por não concordar com vários pontos assinalados pela Igreja Católica, como venda de indulgências, perdões de pecados (através de pagamentos financeiros), o luxo e a opulência do alto clero.
Palavras-chaves: História. Reforma Protestante. Importância.
1 INTRODUÇÃO
	Falar de Reforma Protestante não é fácil, nesse sentido, este trabalho visa discutir os pressupostos básicos que inevitavelmente a ocasionaram. Sabe-se que os membros do clero viviam luxuosamente, totalmente alheios ao povo, muitos quebravam o celibato e ainda havia a venda de cargos da Igreja; a venda de dispensas de isenções de algumas regras da Igreja ou de votos feitos anteriormente; venda de objetos religiosos e venda de indulgências (perdão de alguns pecados). (INTERSABERES, 2015). Nesse sentido, busca-se discutir quais as principais alterações ocorreram a partir dela.
	Para tanto, utilizou da pesquisa bibliográfica, utilizando livros e artigos disponíveis em sítios da internet, a fim de elencar quais as principais causas e consequências dessa reforma. Num primeiro momento serão discutidos esses pressupostos e posteriormente será feito uma breve análise dos principais expoentes da Reforma. 	
	É importante destacar que a reforma foi frutífera no sentido de que ela possibilitou às pessoas ter acesso a bíblia, que até então era restrita aos membros do clero, uma vez que as pessoas ligadas à reforma, se empenharam em traduzi-la e com o desenvolvimento da imprensa, promovido pela Revolução Industrial, permitiu que as cópias fossem feitas de forma mais rápida. Esse contato comas escrituras, fez com que fossem criados diversos grupos independentes após a reforma protestante, como Luteranismo que foi o grupo originado do movimento de reforma iniciado por Martinho Lutero, o Calvinismo, o Presbiterianismo e Congregacionalismo. Nos séculos seguintes surgiram outras denominações com destaque para os Batistas e os Metodistas. (MATOS, 2005).
2 REFORMA PROTESTANTE: BREVES CONSIDERAÇÕES E SEUS PRINCIPAIS EXPOENTES
	A Reforma Protestante, surgiu de um espírito de igualdade de justiça. No século XII, Pedro Valdo, seu precursor, já se preparava de uma maneira inteligente para tal momento, ele dizia em seus escritos que a reforma protestante seria inevitável, não concordando com o luxo e opulência do alto clero deu início ao processo da reforma de uma maneira inteligente que foi mostrando a verdade para a comunidade através da Bíblia Sagrada, distribuindo exemplares e lendo a Bíblia para as pessoas levando a elas o conhecimento da verdade. 
	Nos séculos XIV-XV, por meio de Martinho Lutero, ela foi deflagrada. O seu desenrolar, no entanto, foi terrível, houveram perseguições, mortes com a Santa Inquisição e para colocar as coisas nas maneiras que seus idealizadores assinalaram custou muito caro.
	Questionada em entrevista sobre qual o seu olhar sobre o tema protestante e se ele precisa ser reavaliado, Gonçalves (2018), afirma que:
	Enquanto historiadora, observo que a reforma era inevitável, talvez não no sentido da separação, mas no sentido de uma melhor estruturação da própria Igreja Católica.
	Pra mim, os protestantes foram e são corajosos, pois num período dominado pela visão Católica, eles apresentaram seus argumentos lutaram e continuam lutando por eles, pois ainda há muito preconceito, e não somente com o protestantismo, mais com as demais religiões também. 
	No que tange a ser reavaliado, todas as práticas religiosas precisam sempre ser reavaliadas, pois a sociedade está em constante mudança e os assuntos precisam ser sempre estudados bem como a melhor forma de transmiti-lo aos seus fiéis. (Pergunta 1 – Apêndice B).
	Observa-se da fala da historiadora que a reforma era necessária, não com o sentido de separar mas de promover mudanças de atitude da Igreja.
	Desde o início, os Valdenses – apoiadores de Pedro Valdo, afirmavam o direito de cada fiel ter a Bíblia em sua própria língua, considerando ser a fonte de toda autoridade eclesiástica. Eles reuniam-se em casas de famílias ou mesmo em grutas clandestinamente devido as perseguições da Igreja Católica Romana. (MATOS, 2003).
	Segundo Fernandes (2018), John Wycliffe, é um dos percussores da Reforma Protestante, pois já no século XIV, ele desferia diversas críticas quanto à Igreja Católica e também foi o primeiro a afirmar que qualquer um que tivesse fé poderia alcançar a salvação, sem ter que praticar boas obras – tese que era defendida pelo catolicismo. Após John Wycliffe, surgiram outras figuras importantes deste período como Jan Huss, pensador Tcheco que iniciou um movimento religioso baseado nos ideais de John Wycliffe. Seus seguidores ficaram conhecidos como Hussitas. (FERNANDES, 2018).
	Martinho Lutero, um monge alemão, em 1517, inicia um movimento de contestação das práticas da Igreja Católica, o auge deste movimento foi a publicação de suas 95 teses, que foram afixadas na porta da Igreja do Castelo de Wittenberg. Assim, os seguidores desse movimento logo ficaram conhecido como “luteranos” e a Igreja que resultou deste movimento de contestação foi denominada Igreja Luterana. (GONÇALVES, 2015).
	Esse fato é considerado como o início da reforma protestante, motivado por razões religiosas e também por razões políticas e sociais. Essas teses condenavam a avareza e o paganismo nas igrejas, e pediam um debate teológico sobre o que as indulgências significavam. As 95 teses foram logo traduzidas para o alemão e amplamente copiadas e impressas. Após um mês haviam espalhado por toda a Europa. (VEIGA, 1996).
	Um segundo movimento de reforma, comandado por Ulrico Zuinglio, iniciou-se na Suíça. Zuinglio não deixou igrejas organizadas, mas suas doutrinas influenciaram as confissões calvinistas, que iniciaram as igrejas renovadas. A reforma de Zuinglio foi apoiada pelo magistrado e pela população de Zurique levando as mudanças significativas na vida civil e em assuntos de estado em Zurique. Após sua morte, João Calvino assumiu. (MATOS, 2005).
	Calvino, foi inicialmente um humanista foi integrante do clero, todavia não chegou a ser ordenado sacerdote romano, depois de seu afastamento das igrejas romanas este intelectual começou a ser visto como um representante importante do movimento protestante. Vítima das perseguições aos huguenotes na França fugiu para Genebra em 1533 onde faleceu em 1564. (MATOS, 2005).
	Concomitante a essa crise religiosa, ocorriam mudanças na economia europeia, justamente com a ascensão da burguesia. Por isso, algumas correntes desse movimento reformista se adequavam as necessidades religiosas da burguesia, ao valorizar o homem empreendedor e justificar a busca do lucro sempre condenado pela Igreja Católica. (MATOS, 2008).
	Segundo Toledo e Vieira (2006, p. 191):
Os séculos XV e XVI foram marcados por inovações no campo das idéias, que modificaram os fundamentos teóricos estabelecidos até então nos campos da política, da economia, da geografia, da cultura e da religião. A invenção deGuttenberg, as grandes navegações, o aumento do comércio e as idéias da Renascença e do Humanismo agitaram os espíritos mais lúcidos, obrigando-os a repensarem seu mundo e suas “verdades”, inclusive religiosas.
	Outro fator muito importante, ligado ao anterior foi a ascensão da burguesia, que além do papel decisivo que representou na formação das monarquias nacionais e no pensamento humanista, foi fundamentada na reforma religiosa. Ora, nas ideologias católicas, a única forma de riqueza era ostentar o dinheiro, o comércio e as atividades bancárias eram práticas pecaminosas; trabalhar pela ostentação do lucro, que é a essência do capital, era pecado. A burguesia precisava, portanto, de uma nova religião, que justificasse seu amor pelo dinheiro e incentivasse as atividades ligadas ao comércio. (MATOS, 2008).
	Normalmente, a Igreja preocupava-se mais com as questões políticas e econômicas do que com as questões religiosas. Para aumentar ainda mais suas riquezas, as igrejas recorriam a qualquer subterfugio, como por exemplo, a venda de cargos eclesiásticos, venda de relíquias e, principalmente, a venda das famosas indulgências que foram as causas das imediatas críticas de Lutero. O papado garantia que cada cristão pecador poderia comprar o perdão da Igreja. Logo, a doutrina protestante criada pela reforma, satisfazia plenamente os anseios desta nova classe, à medida em que não condenava o acúmulo de capital como forma de ostentação do paraíso celestial. Assim, grande parte da burguesia ligada as atividades lucrativas aderiam ao movimento reformista. (MATOS, 2008).
	Quanto a burguesia alemã, se comparada a dos países da Europa, pode ser débil, os comerciantes e banqueiros mais poderosos estabeleceram-se no sul, a margem do reino e da Danubia, por onde passavam as principais rotas comerciais, as atividades econômicas da região eram a exportação de vidro, de motor e a indústria de papel, mas o setor mais forte da burguesia era usuário. (INTERSABERES, 2015).
	Quem se opunha a igreja na Alemanha? A igreja católica na Alemanha era muito rica, seus maiores domínios localizavam as margens do reino chanades de caminho do clero, e eram estes territórios a lesões que impostos rendiam as igrejas.
	A igreja era sempre associada a tudo que estivesse ligado ao feudalismo, por isso, a burguesia via a igreja como inimiga, seus anseios eram por uma igreja que gastasse menos, que absorvesse menos impostos, e principalmente, que não condenasse a práticas de ganhar dinheiro. Os senhores feudais alemães estavam interessados nas imensas propriedades da igreja e do clero alemão. Os pobres identificam a igreja como sistema que oprimia. (INTERSABERES, 2015).
	A reforma, iniciada na Europa em 1517, acarretou numa reação católica, a chamada Contrarreforma, que contou também com o esforço teológico, político e militar a fim de reorganizar a Igreja Católica e de confrontar o protestantismo, assim, todas as doutrinas católicas foram discutidas para responder as críticas doutrinárias dos protestantes. (SILVESTRE, 2018).
	Seguiu-se também guerras e conflitos entre católicos e protestantes que se estenderam por décadas, culminando com a atroz guerra dos trinta anos que dilacerou metade da Europa, terminando apenas em 1648, com a paz de Vestfália, e a demarcação dos territórios e fronteiras políticas e religiosas católicas e protestantes. (INTERSABERES, 2015).
	A Contrarreforma, também chamada de Reforma Católica, foi um esforço ingente contra as críticas de protestantes e demais opositores, para isso serviram aos seus propósitos os movimentos místicos, na Espanha de Tereza de Ávila e João da Cruz, e de Inácio de Loyola que criou a companhia de Jesus (jesuítas) para expandir e fortalecer o catolicismo, isso se deu por meio das ordens franciscanas, dominicanas e jesuítas que foram a reação católica também no oriente. Assim, a Igreja Católica produzia para reavivar a fé e a disciplina religiosa e seus pensamentos eficazes foram o Concílio de Trento, a Inquisição e Index – relação de livros proibidos para cristão, para a reconquista de territórios que o catolicismo havia perdido para os protestantes. (MATOS, 2008).
	A historiadora Gonçalves (2018), questionada sobre a qual foi a reação da igreja católica durante a reforma protestante, aponta que: 
	A Igreja Católica ficou muito assustada e temerosa, pois sua hegemonia foi abalada, e isso causou muito desconforto levando-os a propor uma Contrarreforma a fim de que essas mudanças não acarretassem a perda de seus fiéis, até mesmo porque quanto mais fiéis mais dinheiro ela teria, pois sabe-se que a Igreja Católica sempre foi uma grande acumuladora de terras e riquezas. (Pergunta 2 - APÊNDICE B).
	De fato, o mando principal de Contrarreforma católica foi a realização desse Concílio Ecumênico em Trento, cujo efeito violento determinava a rejeição explícita ao protestantismo, a oficialização do tomismo de São Tomaz de Aquino e da vulgata (versão latino da Bíblia) a conação de livros escritos ou deuteronômios, a divulgação de uma lista de livros proibidos. (MATOS, 2008).
	O surgimento da Reforma Protestante liderada por Martinho Lutero, criou a oportunidade de que muitos grupos dissidentes intensificassem suas preces entre eles, havia os religiosos chamados de anabatistas, que sustentavam que o batismo infantil não tinha validade e requeriam o rebatismo daqueles que quisessem se tornar membros de seu grupo.
	Surgiria na Inglaterra um movimento de Igrejas Anabatistas, que defendiam ideias como o batismo em idade adulta, a não adoção de credo oficial e a Bíblia como única regra de fé e prática. Embora não propusessem o radicalismo social dos anabatistas na Alemanha. Observa-se que os rumores dos anabatistas têm um paralelismo com a situação dos evangélicos nos dias atuais, não radicalizando totalmente o batista de pessoas de certa idade, não resguardando o conceito de que o batismo tem consciência de seus atos, de seus pecados. (LINDBERG, 2001).
	Os protestantes não queriam inovar, mas restaurar antigas verdades bíblicas que as igrejas haviam esquecido ou trocado por suas tradições humanas. Eles valorizaram as escrituras, a salvação pela graça divina e pela fé somente, sem as obras. Foram defendidos cinco princípios básicos que caracterizaram as convicções e práticas protestantes ou as cinco “solas”: Sola Fide (somente a Fé), Sola Scriptura (Somente as Escrituras), Solus Christus (somente Cristo), Sola Gratia (somente a Graça) e Soli Deo Gloria (Somente a Deus a Glória). (MATOS, 2008).
2.2 PRINCIPAIS EXPOENTES
2.2.1 Pedro Valdo
	A reforma era inevitável, dizia Pedro Valdo, rico comerciante francês de Lyon, na França que no século XII já previa a reforma protestante quando chegasse ao século XV, 300 anos após, acontece a tão sonhada reforma protestante por Pedro Valdo. Homem de uma postura elibada e de uma visão futurística invejável para qualquer ser humano, para se falar em Pedro Valdo a precursor da Reforma Protestante. (INTERSABERES, 2015).
	Pedro Valdo, lutou para trazer a luz, ou seja, o entendimento bíblico as pessoas que não tinha em suas mãos os exemplares Bíblicos. Ou seja, “as sagradas escrituras” a narração de suas histórias diz que depois de todo seu patrimônio, para investir nas compras de Bíblias, após o investimento e agora é hora de disponibilizar o seu tempo, para ler e ensinar as palavras sagradas a toda comunidade sentava nas praças e lia e ensinava as bíblias às pessoas que não tinham conhecimento das escrituras sagradas. Era uma grande contribuição de Pedro Valdo rumo a reforma protestante, ele procurou leva o esclarecimento para facilitar o entendimento que o motivaria o movimento reformista mais tarde. Pedro acreditava que o povo convencia parte mais aberta facilitaria o entendimento de um processo reformista que mais tarde ocorreria. (INTERSABERES, 2015).
	Pedro Valdo conseguiu congregar em volta de si vários discípulos que ficaram conhecidos como os “pobres de Lyon”. De acordo com Lindberg (2001, apud INTERSABERES, 2015, p.74):
Os valdenses mostraram os absurdos daimposição do absolutismo papal e como a reforma religiosa vinha a ser inevitável, foram inicialmente perseguidos e expulsos da França, porém encontrado refúgio nos vales ao norte da Itália. Existem evidências da sobrevivência dos Valdenses até o século XV, sendo que o destino mais provável desse grupo tenha sido a junção ao protestantismo e ao anabatismo.
	Observa-se assim, que ele estava preparando o terreno para o plantio, sabendo que a colheita vinha mais tarde e seria uma grande obra. Pedro não concordava com as atitudes do alto clero das igrejas católicas, estava disposto a lutar contra o lucro e a opulência do alto clero.
2.2.2 John Wycliffe
	John Wycliffe, nascido em Yorshire, Inglaterra, também iniciou um movimento em favor da reforma da Igreja Católica e da libertação inglesa do domínio e poder romano. Wycliffe, foi um filósofo de destaque na Universidade de Oxford, na qual lecionou Filosofia, foi conselheiro do rei e atraiu a ira da Igreja Católica pela primeira vez quando defendeu o direito do governo de confiscar as propriedades dos sacerdotes corruptos. (INTERSABERES, 2015).
	Wycliffe, “Escreveu várias obras de cunho teológico e apologética entre elas a Suma Teológica, que abordou assuntos sobre a predestinação, a justificação pela fé, o estado de graça, as autoridades papel e a igreja como comunidade dos santos. (INTERSABERES, 2015, p. 75).
	É importante ressaltar que um fato que trouxe alguns problemas a Wylciffe, foi seu posicionamento a respeito da doutrina da transubstanciação, a qual havia se tornado um dogma desde 1215. De acordo com González (2005), Wylciffe não aceitava que a hóstia e o vinho, se transformavam o corpo e sangue de Cristo, e também defendia que não somente a hóstia, mas também o vinho deveria ser oferecido ao laicato.
	De acordo com InterSaberes (2015, p. 75), “A mais importante obra de Wycliffe foi a tradução do novo testamento para o inglês, terminado em 1380. O antigo testamento foi publicado em 1384, ano de sua morte.” 
	Wycliffe e seus seguidores foram expulsos de Oxford, principalmente devido ao seu ataque a doutrina da transubstanciação. Teve suas obras proibidas e mesmo depois de morto, foi declarado herege e teve seu corpo desenterrado e queimado na fogueira em 1427. (INTERSABERES, 2015).
2.2.3 Martinho Lutero e a Bula Papal
	Lutero (1483-1546), foi um monge alemão, que viveu na cidade de Wittenberg, na Alemanha. Doutor em Filosofia, se tornou professor universitário e pregador oficial de seu convento. (INTERSABERES, 2015).
	Já no século XVI, a população se ressentia dos abusos da igreja, da falta de propósito e da corrupção. Além de muita violência, baixa expectativa de vida, contraste de desigualdades sociais e econômicas. Às vésperas da Reforma, havia até mesmo certa revolta com o chamado Salvação ou Religiosidade Contábil (que tratava pecados como débitos e as boas ações como créditos e as vendas de indulgências pra pessoas temporais do pecado). 
	Uma reação contrária a essas práticas, veio da parte de Martinho Lutero, quando o dominicano Tetzel, foi vender indulgências em Wittemberg e Lutero se pronunciou contrário. Lutero então, afixou as suas 95 teses nas portas da igreja de Wittemberg, convidando-os para um debate na academia, assim desafiou as autoridades da Igreja Católica. (MATOS, 2008).
	Lutero, foi alguém que colocou em risco sua própria vida em favor das verdades Bíblicas, debatendo e rebatendo os pontos considerados hereges, preocupado em proclamar a verdade para a comunidade. Lutero não hesitou em declarar-se contrário as práticas papais, que a Igreja Católica proferia ao público religioso, os ensinos hereges, às explorações financeiras, as quais induziam ao erro no caminho que conduz a salvação da alma. (MATOS, 2008).
	Lutero traduziu a Bíblia para o Alemão tornando-a acessível ao povo, um trabalho que levou tempo e dedicação, projeto que não se realizou da noite para o dia, exigiu tempo, dedicação e muita força de vontade, de transmitir o conhecimento da verdade a comunidade através dos exemplares bíblicos, não ficaria somente em suas palavras em seus argumentos, não como fundamento bíblico, para os afrontes da Igreja Católica. Com a Bíblica traduzida para o Alemão, agora Martinho Lutero distribuía os exemplares as pessoas que a liam e também se tornavam mais um aliado da verdade, porque uma vez conhecendo a verdade, esta é tida como libertadora.
	Uma atitude tida como louvável de Lutero, foi não ficar propagando oralmente seus discursos, mas proporcionando a leitura da Bíblia através dos exemplares e também ganhando mais adeptos que iam se libertando através da leitura bíblica, e com mais fundamentos. 
	A bula papal, declarava os escritos de Lutero heréticos, isso fez que Lutero a queimasse publicamente em 1520, e assim, ele foi levado a Carlos V, na dieta de Worms, na qual recusou-se a se retratar por isso, assim foi expatriado do Império, conseguindo asilo no castelo de Warlburg, do príncipe Frederico da Saxônia, porém seus livros foram queimados em 1521 (LINDBERG, 2001 apud INTERSABERES, 2015). 
	O fato de Lutero ter seus livros queimados não o deixou desmotivado para lutar pela Reforma Protestante. Em sua visão e no seu coração o povo precisa não tanto de seus livros, mas sim das Bíblias, assim enveredou esforços na tradução da bíblia para o alemão.
	Lindberg (2001 apud INTERSABERES, 2015, p. 77), afirma que:
Em 1526, a cidade de Espira não aceitou e empregar o Edito de Worms contra Lutero. Carlos V, tentou força-la, provocando o protesto de 6 príncipes e de 14 cidades (fato que originou a palavra protestante). Em 1529 as cidades protestantes se reuniram nas ligas de Smaikalde contra Carlos V, que, em guerra contra a França e o Império Otomano, nada pôde fazer para impedir o avanço do luteranismo.
	Todo esforço concentrado pelos reformadores foi reconhecido pelo povo, este reconhecimento se deu através do apoio popular concedido ao reformador Lutero. Foi apresentada a doutrina de Lutero, redigida por Felipe Meloncton, seu principal colaborador. Essa doutrina baseava-se nos seguintes princípios: a única fonte de fé é a Bíblia, livremente interpretada pelos cristãos, o único meio de salvação é a fé em Cristo, os sacramentos e as boas obras não são válidos como meio de se obter a salvação, a Igreja é a simples reunião na pregação feita pelos pastores ou ministros de Deus. Os resultados dessa luta que durou anos e requereu planejamento, dedicação, embates e combates, são muito positivos. Lutero traduziu a Bíblia Sagrada para várias línguas para facilitar a compreensão do leitor e para que houvesse uma comunicação entre os reformadores e o povo. 	Com o reconhecimento das doutrinas de Lutero, fica consolidada a vitória protestante.
2.2.4 Ulric Zwingli ou Zwinglio (1484-1531)
	Zwinglio nasceu em Saint Gallen - Suíça, ligou-se ao humanismo e estudou o Novo Testamento em grego na edição de Frasmo e o Antigo Testamento em Hebraico. Em 1519 se tornou padre em Zurich e começou a reformar a igreja de sua cidade. As autoridades locais progressivamente foram seguindo as novas ideias, adotando o ponto de vista da reforma protestante, ficando contra o posicionamento do Bispo de construções, propaga-se então a sua pregação nas Basílicas e Berna (cidade Suíça de língua francesa). (INTERSABERES, 2015).
	Zwinglio tornou-se pastor e teólogo, defendia que a reforma era composta pela luta contra as injustiças sociais. Em 1531 se tornou capelão das tropas de Zurique e morreu na Batalha de Kappel. Uma informação importante é que os reformadores todos tinham seus pontos de vista, suas teses baseadas nas Escrituras Sagradas. Daí é que surgem as controvérsias, discussões, divisões e vários questionamentos, tudo em busca da verdade. Discordou de Martinho Lutero na questão da transubstanciação (transformação do pão e do vinho no corpo do Senhor) e por isso não foi possível uma efetiva união entre os dois. 
2.2.5 João Calvino
	Jean Calvin ou João Calvino, nasceu em Noyon (Picardio) na França em 1509, estudou em Paris, tendo Direito em Orleans e Bourges,com a morte de seu pai que também era advogado passa a se dedicar a teologia e a literatura. Tinha conhecimento de grego e hebraico. Por volta de 1533 rompe com a Igreja Católica e renuncia aos benefícios eclesiásticos. (INTERSABERES, 2015).
	Calvino se tornou protestante e depois de convertido escreveu a Obra De psychopannychia (sobre os sonhos da alma). Também foi legislador da cidade diferentemente dos demais reformadores, apoiou o capitalismo e o progresso apesar de ser conservador em certos aspectos da vida, defendendo sempre a ética e o comportamento segundo os ditos do Evangelho de Cristo. Ficou mais conhecido por defender a teoria da predestinação, mostrando que não há posição irreconciliável entre a lei e o Evangelho. Ideologia que no seu ponto de vista todos estavam destinados a morte, e não há salvação para todos. Calvino aceitava que Deus já sabia o destino das pessoas bem antes de nascer. (INTERSABERES, 2015).
	Devido às perseguições mudou para diversas cidades da França. Calvino e Farel começaram a trabalhar em Genebra a favor das propagações do Evangelho. Após discordarem das intervenções governamentais na Nova Igreja, são expulsos da cidade.
	Calvino é convidado para retornar a Genebra pelas autoridades inclusive para organizar enquanto cidade, com a criação de várias legislações, afim de resolver problemas de ordem social ao qual as cidades estavam passando. Apesar de vários pedidos, ele só retornou em setembro de 1541 onde permaneceu naquela cidade até o fim de sua vida.
3 METODOLOGIA
	É importante destacar que para realização de todo e qualquer trabalho científico, é necessário a realização de uma pesquisa, a qual segundo Gil (2002, p. 17), é um "[...] procedimento racional e sistemático que tem como objetivo proporcionar respostas aos problemas que são propostos". 
	Neste sentido, para atingir o objetivo central deste trabalho, que é o de discutir sobre a história e o legado da Reforma Protestante, bem como analisar as mudanças ocorridas desde então, este trabalho foi realizado com base numa pesquisa bibliográfica, empreendendo consulta em livros, teses e dissertações on-line, por meio das quais elencou-se as principais ideias relacionadas a Reforma Protestante assim como seus principais expoentes, trazendo para o estudo autores e pesquisadores que abordam o tema. 
	Para Martins (2001), esse tipo de pesquisa visa explicar e também discutir de forma crítica um determinado tema, com base em livros, revistas, periódicos, entre outros, para assim conhecer e analisar o tema a ser pesquisado. 
	Já Marconi e Lakatos (2007), afirmam que este tipo de pesquisa visa colocar o pesquisador em contato com tudo o que já foi dito, escrito e/ou filmado a respeito do tema. 
	Para análise dos dados obtidos, as principais informações foram compiladas e em seguida procedeu-se a uma análise descritiva das mesmas, buscando uma compreensão do tema, além da ampliação do conhecimento acerca do mesmo.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
	Falar da Reforma Protestante não é tão simples assim. Com este trabalho, buscou-se um resgate dessa história que é muito complexa e uma fonte inesgotável de estudo, assim ele não é suficiente para mostrar todo o contexto envolvido na introdução e consolidação desta. 
	É importante ressaltar que o protestantismo foi aos poucos ganhando espaço e fazendo adeptos, preenchendo uma lacuna deixada pelos clérigos católicos e hoje está presente mundialmente e sob diferentes denominações.
	Obviamente que a contestação das tradições católicas incomodou bastante o clero, que tentou abafar os fatos, criminalizando os “reformadores”, o que acarretou em perseguições e muitas mortes. É inegável que a partir dela, o panorama foi radicalmente mudado e a hegemonia católica foi abalada, o que de certa forma foi também benéfico, pois foi feito um reordenamento da Igreja, o que só beneficiou os fiéis. 
	Ressalto que realizar este trabalho foi de fundamental relevância, pois foi uma oportunidade de trazer à tona temas que nem sempre são abordados e poder escrever sobre a Reforma Protestante é relembrar um processo de acesso à Bíblia que foi muito difícil e exigiu coragem por parte daqueles que se dedicaram a ela. Neste sentido, é necessário cada vez mais estudos que busquem analisar os fatos criticamente e assim produzir novas possibilidades de entendimento desta fonte inesgotável de estudo que é a Reforma Protestante.
REFERÊNCIAS
FERNANDES, C. John Wycliffe, precursor da Reforma. Mundo Educação on-line. Disponível em:<https://mundoeducacao.bol.uol.com.br/historiageral/john-wycliffe-precursor-reforma.htm >. Acesso em 20 dez. 2018.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. 4. ed. São Paulo: Atlas, 2002.
GONCALVES, F. P. Igreja Presbiteriana do Bairro Carrilho: do princípio ao legado (Artigo). II Simpósio de Ensino e Pesquisa da UEG-Goianésia: A Universidade no século XXI. (3-6 de novembro de 2015). 
GONZÁLEZ, J. L. Dicionário ilustrado dos intérpretes da fé. São Paulo: Academia Cristã, 2005.
INTERSABERES. Apontamentos sobre história das igrejas cristãs e os livros proféticos da bíblia. Curitiba-PR: InterSaberes, 2015.
LINDBERG, C. História da Reforma. Editora Thomas Nelson, 2001. 
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisas, elaboração e interpretação de dados. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2007.
MARTINS, G. A.; PINTO, R. L. Manual para elaboração de trabalhos acadêmicos. São Paulo: Atlas, 2001.
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SILVESTRE, A. A. Concílio de Trento. InfoEscola on-line, 2018. Disponível em: < https://www.infoescola.com/historia/concilio-de-trento/>. Acesso em: 20 dez. 2018. 
TOLEDO, C. A. A.; VIEIRA, P. H. João Calvino (1509-1564) e a educação no século XVI. Acta Scientiarum. Human and Social Sciences, vol. 28, núm. 2, 2006, p. 191-199 Universidade Estadual de Maringá, Maringá, Brasil. Disponível em: < https://www.redalyc.org/pdf/3073/307324782001.pdf>. Acesso em 20 dez. 2018.
APÊNDICE A - AGRADECIMENTOS
	Quero agradecer do fundo do meu coração ao meu Deus trino, por tudo. Ao chegarmos ao término deste curso de Bacharel em Teologia gostaria de fazer menção a Faculdade de Teologia – Centro Universitário Internacional (Uninter) por ter nos proporcionado essa grande oportunidade de ampliar os nossos conhecimentos teológicos, utilizando o tempo disponível do nosso dia-a-dia.
	Aos tutores online e presencial, no polo que de uma forma brilhante nos acompanharam no decorrer desse período, auxiliando-nos e orientando-nos a maneira certa e viável de estudar e aprender as matérias propostas.
	Minha querida esposa Lucilene Gomes e meus filhos Gracielle Barbosa, João Filho e Josué Menezes, que souberam entender os momentos de ausência familiar, quando enfurnado nos estudos, buscando o silêncio e a solidão para ter um aproveitamento melhor e maior, nas leituras dos livros e aulas online, no sentido de ampliar meus conhecimentos.
	Minha família meus sinceros agradecimentos por tudo isso, um beijo no coração de cada um de vocês.
	Deus os abençoe.
APÊNDICE B - ENTREVISTA
Entrevista com a professora Fernanda P. Gonçalves, que é Graduada em História e Pós-Graduada em História, Cultura e Região, pela Universidade Estadual de Goiás. 
1. Martinho Lutero provocou uma grande mudançana história do catolicismo: Rompeu com a Igreja católica e lançou as bases da reforma protestante. Qual seu olhar sobre o tema protestante? Ele precisa ser reavaliado?
Resposta: Enquanto historiadora, observo que a reforma era inevitável, talvez não no sentido da separação, mas no sentido de uma melhor estruturação da própria Igreja Católica.
	Pra mim, os protestantes foram e são corajosos, pois num período dominado pela visão Católica, eles apresentaram seus argumentos lutaram e continuam lutando por eles, pois ainda há muito preconceito, e não somente com o protestantismo, mais com as demais religiões também. 
	No que tange a ser reavaliado, todas as práticas religiosas precisam sempre ser reavaliadas, pois a sociedade está em constante mudança e os assuntos precisam ser sempre estudados bem como a melhor forma de transmiti-lo aos seus fiéis.
2. Qual foi a reação da igreja católica durante a reforma protestante?
Resposta: A Igreja Católica ficou muito assustada e temerosa, pois sua hegemonia foi abalada, e isso causou muito desconforto levando-os a propor uma Contrarreforma a fim de que essas mudanças não acarretassem a perda de seus fiéis, até mesmo porque quanto mais fiéis mais dinheiro ela teria, pois sabe-se que a Igreja Católica sempre foi uma grande acumuladora de terras e riquezas.
3. Quais as principais causas da Reforma Religiosa?
Resposta: Várias foram as causas que culminaram na Reforma, entre elas o esbanjo de riqueza por parte do clero, a prostituição do clero, a venda de indulgências, práticas estas que não estavam descritas na bíblia, que era bastante defendida pelos reformadores. É importante destacar que nesse período (século XV), poucas pessoas tinham acesso ao ensino e mesmo a bíblia, por isso os reformadores e seus apoiadores se dedicaram a tradução desta e sua doação às pessoas como forma de incentivar sua leitura, pois acreditam que se as pessoas a lessem podiam compreender o que estavam falando e a assim conhecer a verdade.
4. Qual das teses de Lutero estimulou a leitura e a produção de livros na Alemanha? Por quê?
Resposta: Acredito ser um conjunto de teses, as que vão da 41ª à 51ª, pois todas tratam do tema que “Deve-se ensinar [...]”, assim, vendo a necessidade de que o homem precisava conhecer o que de fato o que os escritos bíblicos diziam a cerca de cada tema para que o homem não incorresse em erro. 
5. Qual a linha Calvinista sobre a predestinação?
Resposta: A doutrina Calvinista, prevê que todo homem, nasce predestinado à salvação, pois Deus na sua onipotência e onisciência já determinou quem são os seus escolhidos, ou seja, os que estão predestinados a serem salvos.
6. Que motivos levaram integrantes do clero católico a serem criticados em relação à sua postura moral?
Resposta: De forma bem geral, é sabido que dentro dos cânones da Igreja Católica, é dever do padre manter-se casto, ou seja, jamais ter tido e jamais ter relação sexual, e o que acontecia naquele momento era o descumprimento desse princípio por parte de alguns.
7. Por que Lutero era contrário à venda de indulgências e ao pagamento do dizimo?
Resposta: Porque da forma como eram apresentados ao povo pela Igreja estes visavam mais a um enriquecimento desta, do que de fato tinha um valor religioso.
8. Qual era o objetivo de Lutero ao publicar a maior parte de seus escritos em alemão?
Resposta: Atingir um maior número de alemães possível, pois naquele momento não havia uma língua oficial na Alemanha, sendo falado vários dialetos e a sua tentativa foi a de unificar uma língua oficial.
9. Cite os fatores político e econômico que levaram a Igreja Católica a ser questionada?
Resposta: Quanto as questões políticas, é importante destacar que o mundo - em linhas gerais, passava por profundas mudanças devido ao período do renascimento, pois os padrões estavam sendo modificados, o homem não era visto mais como um ser alheio, mais como autor da sua história e assim, Deus estava sendo colocado em um segundo plano, não pelos reformadores, mas pela população. no que tange à economia, esse período foi marcado por um intenso desenvolvimento comercial devido à Revolução Industrial, assim, as pessoas estavam ganhando mais dinheiro, e o lucro do fiel era condenado pela Igreja Católica, assim, cansados de serem subjugados e não ter acesso ao que de fato as escritura diziam, as pessoas abraçaram as ideias de Lutero e alavancaram o processo.
10. Quais foram os instrumentos usados na contrarreforma?
Resposta: Na verdade iniciou-se uma “caça as bruxas”, no sentido de que as pessoas que se levantam contra Igreja Católica eram consideradas hereges e mereciam morrer, foi um período de muito horror e mortes, inclusive de muitos inocentes. Claro que iniciaram também uma reorganizaram da Igreja, mas que não foi tão profunda como os reformadores esperavam.

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