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Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS INTRODUÇÃO AOS MATERIAIS CERÂMICOS PPGEM - EE - UFRGS CAPÍTULO 3 - PROPRIEDADES E ESTRUTURA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3.1 INTRODUÇÃO 3.2 PROPRIEDADES MECÂNICAS 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3.3.1 Porosidade 3.3.2 Densidade 3.3.3 Permeabilidade dos gases 3.3.4 Capacidade Térmica 3.3.5 Expansão térmica 3.3.6 Condutividade térmica 3.3.7 Mecanismos de condução e bandas de energia 3.3.8 Condutividade elétrica dos materiais iônicos 3.3.9 Condutividade elétrica dos materiais covalentes 3.3.10 Semicondutores – condutividade eletrônica 3.3.11 Supercondutividade elétrtica 3.3.12 Comportamento dielétrico 3.3.13 Diamagnetismo 3.3.14 Paramagnetismo 3.3.15 Ferrimagnetismo 3.3.16 Antiferromagnetismo 3.3.17 Magnetos macios e duros 3.3.18 Propriedades ópticas dos materiais cerâmicos 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Segundo a intercomunicação dos poros estão presentes porosidade fechada e porosidade aparente ou aberta. Determina outras propriedades, como corrosão química e ao choque térmico. Pode servir como parâmetro de controle de qualidade na fabricação e no produto final. Depende do método da fabricação, processo de moagem e seleção de frações granulométricas. 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.1 POROSIDADE A - Tipos de porosidades: Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.1 POROSIDADE POROS FECHADOS (MEV) Distribuição de porosidades em matriz vítrea Distribuição de porosidades em vidrado cerâmico POROS ABERTO (MEV) Distribuição de porosidades abertas em porcelana tradicional A - Tipos de porosidades: Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Condutividade térmica: Considera-se a porosidade uma segunda fase dispersa no material. A condutividade térmica de um isolante diminui com o aumento da porosidade. ar c ar c ar c ar c m k k k K P k k k K P k 2 1 1 1 2 1 1 21 B - Influencia: onde: Km -condutividade térmica média Kc - condutividade térmica da fase contínua Kp - condutividade térmica da fase porosa P - fração de poros 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.1 POROSIDADE Distribuição de porosidades em isolante térmico de cinza de casca de arroz. (A) Extrudado, (B) Prensado. A B kTOTAL = kf +ke kf = condutividade térmica devida aos fônons ke = condutividade térmica devida aos elétrons CERÂMICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Expansão térmica: Depende da composição química, quantidade de fases amorfas e cristalinas, anisotropia, orientação de grãos e formação de trincas. Considera-se a dilatação dos poros como se fossem formados pelo material da matriz. B - Não Influencia: 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.1 POROSIDADE esmalte engobe suporte Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Propriedades mecânicas: Os poros fechados tem influência no módulo de elasticidade (E) e na resistência mecânica à fratura (T). PbeEE . 0 . Pb T e . 0 . onde: Eo - E do material sem poros o- do material sem poros, b - constante empírica (depende da geometria e distribuição dos tamanhos dos poros. Relação de E com porosidade E=E0(1-1,9P+0,9P 2) Efeito da porosidade em uma alumina B - Influencia: 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.1 POROSIDADE Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS real aparente sólida picnômetro Porosidade aparente Volume (Princípio de Arquimedes) aparente do sólido (geométrico) - princípio de Arquimedes - relação peso seco e úmido C – Métodos para medição de porosidade: D - Absorção de água: a b c 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.1 POROSIDADE 100* iu su ap PP PP P Pu = Peso úmido Ps = Peso seco Pi = Peso imerso Está ligada a porosidade aberta do material 100* s su P PP AA Pu = Peso úmido Ps = Peso seco Pi = Peso imerso Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS real aparente geométrica picnômetro Densidade aparente Relaciona massa e volume (Princípio de Arquimedes) aparente do sólido Métodos para medição da densidade: a b c 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.2 DENSIDADE 100* iu su ap PP PP d Pu = Peso úmido Ps = Peso seco Pi = Peso imerso real real V m d geométrica geométrica V m d Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.3 PERMEABILIDADE DOS GASES Depende da quantidade de poros abertos. Importante, por exemplo na produção de coque e gás combustível, onde os refratários devem ser estanques para impedir a perda de gás através do revestimento. Materiais permeáveis têm importância na distribuição uniforme das temperaturas nas paredes do forno. onde: K - permeabilidade, - viscosidade do fluido V - volume de gás h - espessura do meio d - diâmetro do cilindro onde o gás escoa t - tempo em que o gás escoa p - queda de pressão tpd Vh k 2 4 Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3.3.4 Capacidade térmica 3.3.5 Expansão térmica 3.3.6 Condutividade térmica 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS COMPORTAMENTO TÉRMICO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Propriedades térmicas resposta ou reação de um material à aplicação do calor Sólido absorve calor sua temperatura aumenta sua energia interna aumenta Dois principais tipos de energia térmica em um sólido: energia vibracional dos átomos ao redor de suas posições de equilíbrio energia cinética dos elétrons livres 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS COMPORTAMENTO TÉRMICO EM CERÂMICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Propriedade que indica a aptidão do material em absorver calor do meio externo C = capacidade térmica (J/molK, cal/molK) dQ = energia necessária para produzir uma mudança dT de temperatura E é a energia interna H é a entalpia 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.2.4 CAPACIDADE TÉRMICA dT dQ C quantidade de energia necessária para aumentar a temperatura de um corpo em uma unidade Calor específico: capacidade térmica por unidade de massa. Determinado mantendo-se o volume do material constante (Cv) a pressão externa constante (Cp) V V dT dE C P P dT dH C Energia interna x Entalpia: H = E + PV CP > CV para os sólidos a entalpia e a energia interna são muito similares Sólidos: assimilação de energia aumento da energia vibracional dos átomos Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Capacidade térmica depende da temperatura? Experimentos de Einstein e Debye: O calor específico aumenta até uma certa temperatura (temperatura de Debye =D) e após torna-se constante. 3R 6cal/molK Não há correlação entre D e o PF dos materiais Capacidade térmica depende pouco da estrutura e da microestrutura do material Porosidade influência prática Cerâmica porosa exige uma menor quantidade de calor para atingir uma determinada temperatura, que uma cerâmica isenta de poros. Variação da capacidade térmica com a temperatura para vários materiais cerâmicos policristalinos. 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.4 CAPACIDADE TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Drenagem térmica= (.Cp.K)0,5 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.4 CAPACIDADE TÉRMICA T1-Tm T2-Tm = (2.Cp2.K2) 0,5 (1.Cp1.K1) 0,5 Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Sólidos aumento de dimensões durante o aquecimento e contração no resfriamento, se não ocorrertransformações de fases L = lf - li li (Tf-Ti) li = comprimento inicial lf = comprimento final Ti = temperatura inicial Tf = temperatura final Coeficiente de dilatação térmica volumétrica V = Vf - Vi Vi (Tf-Ti) Vi = volume inicial Vf = volume final Ti = temperatura inicial Tf = temperatura final MATERIAIS ISOTRÓPICOS: V3L Coeficiente de dilatação térmica linear 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.5 EXPANSÃO TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Variação da expansão térmica com o aumento da temperatura de alguns materiais. Variação da expansão térmica com o aumento da temperatura para o silício. 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.5 EXPANSÃO TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Correlação entre e a energia de ligação (EL) Materiais com ligações químicas fortes apresentam Ex.: cerâmicos e metais com elevado PF (Mo, W) Correlação entre e o PF de alguns materiais Muitos materiais cristalinos apresentam anisotropia quanto a dilatação térmica, como alumina, titânia, quartzo. Exemplo extremo: grafita é 27 vezes mais baixo no plano basal que na direção ╨ a ele Dilatação térmica dos sólidos tem origem na variação assimétrica da EL ou FL com a distância interatômica. Aquecimento: átomos aumentam a freqüência e amplitude de vibração, e como Fr > Fa, a distância média entre os átomos aumenta 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.5 EXPANSÃO TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Correlação entre e a energia de ligação (EL) (a) EL x a: aumento na separação interatômica com o aumento da temperatura. Com o aquecimento, a separação interatômica aumenta de r0 para r1, para r2. (b) Para uma curva hipotética de EL x a: simetria. 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.5 EXPANSÃO TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.5 EXPANSÃO TÉRMICA Materiais refratários retraem ou expandem em presença de temperatura. Influenciam a estabilidade volumétrica: - inversões cristalográficas; - reações físico-químicas; - sinterização. Expansões geram tensões térmicas que podem causar deformações e ruptura do corpo. O coeficiente de dilatação térmica indica a trabalhabilidade do produto em presença de temperatura. Tijolo refratário eletrofundido ZrO2 com diferentes estabilizadores Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.5 EXPANSÃO TÉRMICA ZrO2 - transformação cristalográfica: Monoclínica tetragonal - aumento de volume (~7%) (Tambiente) (1000ºC) - modificação reversível - ZrO2 + MgO, CaO ou outros: formação de solução T acima de cúbica aumento sólida junto com ZrO2 2350ºC irreversível de volume (~6%) Matérias-primas: Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS • Materiais cerâmicos são maus condutores de calor • O valor de k dos cerâmicos é cerca de 1/5 da dos metais • Propriedade anisotrópica, principalmente para os prensados • Condutividade térmica é a habilidade de um material para transferir calor. onde: q: fluxo de calor (W) Q: calor transmitido (J) t: tempo de transmissão de calor (s) k: condutividade térmica (W/mK) A: área perpendicular ao fluxo (m2) T: temperatura (K) x: comprimento na direção do fluxo (m) x T Q k x Calor é transportado nos sólidos de duas maneiras: por fônons e pela movimentação de e- livres Analogia: elétrons ou fônons livres como partículas de um gás. A condutividade térmica é diretamente proporcional ao número de elétrons livres ou de fônons (n); velocidade média das partículas (v); ao calor específico (cv) e à distância média entre colisões (l): k ∞ n . v . Cv . l kTOTAL = kf +ke 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA dx dT kA dT dQ q Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS kTOTAL = kf +ke kf = condutividade térmica devida aos fônons ke = condutividade térmica devida aos elétrons Baixas temperaturas transmissão térmica por fônons condução (< 800°C) Altas temperaturas transmissão térmica por fótons radiação (> 800°C) Em cerâmicos: ke << kf fônons são facilmente espalhados pelos defeitos cristalinos, o transporte de calor é menos eficiente que nos metais Alguns cristais não metálicos puros e de baixa densidade apresentam em algumas faixas de temperatura k metais: Diamante melhor condutor que Ag de Tamb a 30K Safira condutor térmico entre 90 a 25K Compostos cerâmicos: (BeO, SiC, B4C) pesos atômicos semelhantes k relativamente alto (UO2, ThO2) pesos atômicos diferentes k cerca de 10x menor (menor interferência na propagação quando átomos com semelhantes pesos atômicos) 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS - composição; - condições de queima; - quantidade e tipo de porosidade; - quantidade e tipo de fases; - forma e orientação de grãos; onde: k: condutividade térmica v: volume da fase Q: kc/kp P: quantidade de poros K=v1k1+v2k2+... 1/k=v1/k1+v2/k2+... k= 1+2P(1-Q/2Q+1) ks 1-P(1-Q/2Q+1) Efeito da microestrutura Íons em solução sólida diminuem acentuadamente k Fases amorfas são piores condutoras que cristalinas de igual composição química Poros diminuem a condutividade térmica de cerâmicos kP = k 1-P 1 - 0,5P Simplificadamente kP = condutividade térmica do material com poros P = fração volumétrica de poros 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Efeito da microestrutura 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA AUMENTO DA T -Aumento da fase amorfa (vítrea); -Aumento da porosidade fechada; -Dimunuição da porosidade aberta; INTRODUÇÃO DE OUTRAS MP -Formação de novas fases; -Formação de maior quantidade de poros fechados, 950ºC 1000ºC Argila vermelha (AV) AV + Fundente + resíduo AV + Fundente + resíduo Argila vermelha (AV) CADA PRODUTO OBTIDO APRESENTA DIFERENTE CONDUTIVIDADE TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA AUMENTO DA T -Aumento da fase amorfa (vítrea); -Aumento da porosidade fechada; -Dimunuição da porosidade aberta; INTRODUÇÃO DE OUTRAS MP -Formação de novas fases; -Formação de maior quantidade de poros fechados, CADA PRODUTO OBTIDO APRESENTA DIFERENTE CONDUTIVIDADE TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Diferenças de condutividade térmica com a temperatura não são tão acentuadas quanto na condutividade elétrica. Materiais cerâmicos densos sem poros k ↓ com ↑ T Ex.: BeO, MgO e Al2O3 Explicação: k ∞ n . v . Cv . l Outros cerâmicos como: ZrO2 estabilizada e densa, sílica fundida e materiais refratários com poros k ↓ com ↑ T Explicação: k ∞ n . v . Cv . l Efeito da temperatura Efeito da temperatura na condutividade térmica de vários materiais 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA Temperatura°C C on du tiv id ad e té rm ic a W .m m 2 . K -1 Efeito da temperatura Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.6 CONDUTIVIDADE TÉRMICA Exemplo de curvas de condutividade térmica 1. Tijolo isolante sílico-aluminoso 2. ZrO2 3.Chamotta 5. Forsterita 6. Cromita 8. Magnésia-cromo 9. Silicato de zircônio 10. Al2O3 99% 11.Carbono pirolítico 12. SiC 13. Magnésia 14. SiC 60 15. SiC 90 16. Grafite 17. Ferro metálico Efeito da temperatura Introduçãoa Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS • Materiais Refratários: são materiais de construção que têm que resistir a altas temperaturas e manter suas propriedades mecânicas, físicas e químicas nas condições de serviço. • Cerâmicos de Revestimento: devido a saída e entrada na atmosfera terrestre: fibras de sílica. Aplicações segundo comportamento térmico 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3.3.7 Mecanismos de condução e bandas de energia 3.3.8 Condutividade elétrica dos materiais iônicos 3.3.9 Condutividade elétrica dos materiais covalentes 3.3.10 Semicondutores – condutividade eletrônica 3.3.11 Supercondutividade 3.3.12 Comportamento dielétrico 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS COMPORTAMENTO ELÉTRICO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Propriedades elétricas servem para distinguir os materiais: - geral: metal / não-metal - específico: supercondutor ou não Compreender as propriedades elétricas METAIS TEORIA DE BANDAS CONDUTORES SEMICONDUTORES ISOLANTES Classificação geral dos materiais segundo propriedades elétricas CERÂMICOS = 1/= n.q. = condutividade elétrica (ohm-1.cm-1) = resistividade elétrica (ohm.cm) n= número de portadores de carga por cm3 q= carga carregada pelo portador (coulombs) [q do elétron= 1,6x10-19 coulombs] = mobilidade dos portadores de carga (cm2/V.s) 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS RESUMINDO Metais: > 104 -1m-1 Semicondutores: 10-3 a 104 -1m-1 Isolantes: <10-3 -1m-1 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA n e dependem da temperatura condutores podem ser: ânions cátions elétrons holes CERÂMICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS LÍQUIDOS condutividade iônica SÓLIDOS principais transportadores de calor são os elétrons átomo isolado e- em níveis e subníveis de energia cristal níveis de energia se superpõe BANDAS Origem das bandas de energia devido a aproximação dos átomos A banda de energia corresponde à um nível de energia de um átomo isolado - As bandas de energia nem sempre se sobrepõem - As bandas de energia podem comportar no máximo dois elétrons 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.7 MECANISMOS DE CONDUÇÃO E BANDAS DE ENERGIA Bandas de energia: banda de valência banda proibida Eg: energia do gap - É o espaço entre as bandas de energia - É o que distingue um semicondutor de um condutor ou isolante banda de condução Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Tipos característicos de estruturas de bandas de energia em sólidos Condutor metálico Banda de condução parcialmente ocupada Condutor metálico Superposição da banda de valência com a banda de condução vazia Isolante Semicondutor Metal monovalente Metal bivalente Apresentam banda proibida Eg isolante > Eg semicondutor Cerâmicos 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.7 MECANISMOS DE CONDUÇÃO E BANDAS DE ENERGIA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS SEMICONDUTORES - banda de valência preenchida e banda de condução vazia - largura da banda proibida é pequena e pode ser suplantada levando e- à banda de condução ativação térmica dopantes - exemplos de largura de diamante - 6eV banda proibida: SiC - 3eV silício - 1,1eV germânio - 0,7ev InSb - 0,18eV estanho cinzento - 0,08eV Nível de fermi BANDA DE CONDUÇÃO BANDA DE VALÊNCIA GAP DE ENERGIA 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.7 MECANISMOS DE CONDUÇÃO E BANDAS DE ENERGIA ISOLANTES - polímeros - cerâmicos - banda proibida é muito larga e difícil de ser suplantada CONDUTIVIDADE ELÉTRICA MUITO BAIXA Nível de fermi BANDA DE CONDUÇÃO BANDA DE VALÊNCIA GAP DE ENERGIA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS EFEITO DA TEMPERATURA - semicondutores - isolantes T aumenta a condutividade elétrica Efeito da condutividade elétrica em materiais cerâmicos O aumento da temperatura fornece energia que liberta transportadores de cargas adicionais. Mg O 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.7 MECANISMOS DE CONDUÇÃO E BANDAS DE ENERGIA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS - resultado das contribuições eletrônica e iônica - importância de cada contribuição pureza e temperatura - modelo de bandas é válido, porém o n° de e- na banda de condução é muito baixo portanto predomina a iônica - difusão dos íons depende da presença de defeitos pontuais - condutividade elétrica de sólidos iônicos temperatura abruptamente na fusãoi = Ne 2D/kT = (Ne2/kT) D0exp(-Q/kT) N - n°de posições iônicas de um mesmo sinal por unidade de volume e - carga do elétron D - difusividade k - constante de Boltzman T - temperatura em K Q - energia de ativação para a difusão 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.8 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM MATERIAIS IÔNICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS GRAFITA: comportamento elétrico diferenciado - plano basal (0001) de condutores metálicos - na direção c (0001) é 10-5 vezes menor - condução eletrônica origem na mobilidade eletrônica da cada anel hexagonal de átomos de C, ao longo de cada camada - introdução de átomos estranhos entre as camadas aumenta o número de transportadores de carga e a condutividade elétrica 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.9 CONDUTIVIDADE ELÉTRICA EM MATERIAIS COVALENTES Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS PROPRIEDADES: Tem resistividade entre metais e isolantes 10-6-10-4 .cm 1010-1020 .cm - A resistividade diminui com o aumento de temperatura (ao contrário dos metais) - A resistividade diminui com a adição de certas impurezas - A resistividade aumenta com a presença de imperfeições nos cristais. EXEMPLOS DE SEMICONDUTORES - Silício, Germânio (Grupo IV da Tabela Periódica) - GaAs, GaN, InP, InSb, etc. (Grupo III-V da Tabela Periódica) - PbS, CdTe, galena, (Grupo II-VI da Tabela Periódica) Observe: 95% dos dispositivos eletrônicos são fabricados com Silício 65% dos dispositivos de semicondutores do grupo III-V são para uso militar 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Num semicondutor, os elétrons podem ser excitados para a banda de condução por energia elétrica, térmica ou óptica (fotocondução) e- excitado banda de condução buraco ou uma vacância na banda de valência contribui para a corrente Dois tipos de condução condução intrínseca semicondutor intrínseco condução extrínseca semicondutor extrínseco vai para deixa UTILIZAÇÃO: FABRICAÇÃO DE DISPOSITIVOS ELETRÔNICOS E OPTOELETRÔNICOS - Transistor - LEDS - Células solares - Diodos -Circuito integrado 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Condução resultante dos movimentos eletrônicos nos materiais puros Um semicondutor pode ser tipo "p" ( condução devido aos buracos) tipo "n" (condução devidos aos elétrons) Este tipo de condução se origina devido a presença de uma imperfeição eletrônica ou devido a presença de impurezas residuais. CONDUÇÃO INTRÍNSECA (SEMICONDUTOR INTRÍNSECO) CONDUÇÃO INTRÍNSECA Ex. Si e Ge são emicondutores intrínsecos Estrutura cristalina: Cúbica do Diamante Ligações fortes covalentes direcionais Cada átomo de Si ou Ge contribui com 4e- valência devido a ligação sp3 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Quando adiciona-se intencionalmente uma impureza dopante para proporcionar elétrons ou buracos extras. Os semicondutores extrínsecos podem ser: Tipo p: com impurezas que proporcionam ou buracos extras Tipo n: com impurezas que proporcionam ou buracosextras Os processos utilizados para dopagem são: difusão implantação iônica Deve-se considerar: Os elétrons tem maior mobilidade que os buracos A presença de impurezas pode alterar o tamanho do gap de energia do semicondutor CONDUÇÃO EXTRÍNSECA (SEMICONDUTOR EXTRÍNSECO) 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS SEMICONDUTOR EXTRÍNSECO TIPO P Quando adiciona-se intencionalmente uma impureza dopante buracos extras Impurezas tipo "p" ou aceitadores proporcionam buracos extra Exemplo: Dopagem do Si (valência 4) com Boro (valência 3) BORO É UM DOPANTE TIPO P PARA O SILÍCIO PORQUE PROPORCIONA BURACOS EXTRA NIVEL DE FERMI Nível aceitador 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS SEMICONDUTOR EXTRÍNSECO TIPO N Quando adiciona-se intencionalmente uma impureza dopante Impurezas tipo ”n" ou doadores proporcionam elétrons extra Exemplo: Dopagem do Si (valência 4) com Fósforo (valência 5) FÓSFORO É UM DOPANTE TIPO N PARA O SILÍCIO PORQUE PROPORCIONA ELÉTRONS EXTRA NIVEL DE FERMI Elétrons doadores 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS CONDUÇÃO EXTRÍNSECA (SEMICONDUTOR EXTRÍNSECO) Exemplos de materiais cerâmicos semicondutoresextrínsecos tipo n, p e anfóteros. Tipo n TiO2 Nb2O5 CdS Cs2Se BaTiO3 Hg2S V2O5 MnO2 CdSe BaO PbCrO4 ZnF2 U3O8 CdO SnO2 Ta2O5 Fe3O4 ZnO Ag2S Cs2S WO3 Tipo p Ag2O CoO Cu2O SnS Bi2Te3 MoO2 Cr2O3 SnO Cu2S Sb2S3 Te Hg2O MnO NiO Pr2O3 CuI Se Anfótero Al2O3 SiC PbTe Si Ti2S Mn3O4 PbS UO2 Ge Co3O4 PbSe IrO2 Sn 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS APLICAÇÃO Dispositivos eletrônicos como transistores, circuitos integrados, chips, usam a combinação de semicondutores extrínsecos tipo “p” e tipo “n” DIODO é um dispositivo que permite a corrente fluir em um sentido e não em outro. É construído juntando um semicondutor tipo “n” e tipo “p”. JUNÇÃO P-N - Quando uma voltagem é aplicada como no esquema (A), os dois tipos de cargas se moverão em direção à junção onde se recombinarão. A corrente elétrica irá fluir. - No esquema (B), a voltagem causará o movimento de cargas para longe da junção. A corrente não irá fluir no dispositivo. (A) (B) 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.10 SEMICONDUTORES – CONDUTIVIDADE ELETRÔNICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS - ocorre quando a resistividade do material for nula - temperatura crítica (Tc) resistividade torna-se bruscamente nula - até 1986 melhores supercondutores Tc < 23 K material deveria ser resfriado em hélio líquido para tornar-se supercondutor - mais tarde: supercondutores cerâmicos com Tc mais altas: Y1Ba2Cu3O7-x Tc 100K nitrogênio líquido é suficiente para resfriar - supercondutividade desaparece: acima da Tc campo magnético corrente elétrica PARÂMETROS QUE DEFINEM UM SUPERCONDUTOR 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.11 SUPERCONDUTIVIDADE ELÉTRICA Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.11 SUPERCONDUTIVIDADE ELÉTRICA Levitação magnética de supercondutores Se um pequeno campo magnético atua próximo a um supercondutor este será repelido devido a supercorrentes induzidas e poderá produzir imagens espelho em cada polo. Se um magneto permanente for colocado embaixo de um supercondutor, este poderá levitardevido a força repulsiva. A cerâmica mostrada na figura é um supercondutor de ytrio. Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS APLICAÇÕES Levitação magnética: transporte de veículos, assim como trens através de flutuação sobre supercondutores magnéticos, eliminando: vibrações e fricção. Ex.: SCM of the Yamanashi Maglev Test Line 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.11 SUPERCONDUTIVIDADE ELÉTRICA O SCM (Supercondutor magnético) é o elemento chave do supercondutor Maglev. Dois SMCs são montados sobre cada módulo. Cada SMC consiste de 4 SC espiral. A unidade cilíndrica é um tanque de nitrogênio e hélio liquefeitos. A unidade bottom é o SC alternando a geração de polos S e N. Tecnologia biomagnética: desenvolvimento de SQUID (Superconducting QUantum Interference Device) usado em Magnetoencefalografia. Com esta tecnologia o corpo pode ser irradiado com certa profundidade sem a necessidade de associar campos magnéticos fortes. Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS - MATERIAL DIELÉTRICO: material isolante que apresenta em nível atômico ou molecular regiões carregadas positivamente separadas de regiões carregadas negativamente - RIGIDEZ DIELÉTRICA: tensão máxima que o material pode suportar antes de perder as características de ser isolante para vidros, polímeros e cerâmicos 10 a 40 V/mm Constante dielétrica: Capacitor constituído de duas placas metálicas paralelas separadas por uma distância "d" e de área "A". capacitância medida da habilidade de armazenar uma carga elétrica. adição de um dielétrico aumenta a capacitância por um fator , proporcionalmente. Propriedades Básicas dos Materiais Dielétricos C = k A : constante dielétrica d e: permeabilidade do meio Materiais cerâmicos são empregados como dielétricos em capacitores. Utiliza-se principalmente o titanato de bário com outros aditivos (ex: BaTiO3 + baixo % CaTiO3 ou CaTiO3 + BaZrO3, apresenta = 6500). 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.12 COMPORTAMENTO DIELÉTRICO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS FERROELÉTRICOS - não têm um centro de simetria formam um momento dipolar - polarização permanente - utilizados como transdutores eletro-mecânicos. Ex: transdutor de limpeza ultra-sônica, transdutor de ondas sonoras de baixo de água. Materias: BaTiO3, PbZrO3, PbTiO3 Estrutura do BaTiO3. (a) Acima de 120ºC é cúbica. (b) Abaixo de 120ºC é levemente tetragonal, apresentando um momento dipolar elétrico. 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.12 COMPORTAMENTO DIELÉTRICO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS - materiais dielétricos onde a polarização pode ser induzida pela aplicação de forças Esquema dos dipolos elétricos em um material piezoelétrico. (a) Material em condições normais. (b) Tensão compressiva causa uma ddp. (c) A aplicação de uma voltagem causa uma diferença dimensional. PIEZOELÉTRICOS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.12 COMPORTAMENTO DIELÉTRICO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3.3.13 Diamagnetismo 3.3.14 Paramagnetismo 3.3.15 Ferrimagnetismo 3.3.16 Antiferromagnetismo 3.3.17 Magnetos macios e duros 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS COMPORTAMENTO MAGNÉTICO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Exemplos: ferritas, magnetitas Vantagem deste tipo de material: armazenar muita informação em pouco espaço Átomos podem ou não apresentar momento magnético Propriedades magnéticas são determinadas pela estrutura: eletrônica, cristalina, microestrutura Materiais tendem a diferir sua resposta quando em presença de um campo magnético Efeitos magnéticos são originados em correntes elétricas muito pequenas associadas a elétrons em órbitas atômicas ou a spins de elétrons As propriedades magnéticas de um material podem ser medidas por diferentes parâmetros Ex.: permeabilidade magnética relativa 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS COMPORTAMENTO MAGNÉTICO r = 0 e r medem a facilidade com que um campo magnético B pode ser introduzido em um material sob a ação de um campo externo H Ex.: suscetibilidademagnética relativa (m) m = r - 1 Permeabilidade magnética relativa (r) de alguns materiais DIFERENTES ESTRUTURAS CRISTALINAS E MICROESTRUTURAS GERAM DIFERENTES INTENSIDADES DE MAGNETIZAÇÃO Fe “puro” (0,1% impurezas) 0,5 . 103 Aço silício (4,25% Si) 1,5 . 103 Aço silício (3,25% Si) com grão orientados (textura) 2,0 . 103 Supermalloy (79%Ni; 16%Fe; 5%Mo) 1,0 . 104 Ferrita cerâmica (Mn, Zn)Fe2O4 1,5 . 103 Ferrita cerâmica (Ni, Zn)Fe2O4 0,3 . 103 Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS -Comportamento diamagnético ocorre quando o átomo (sem um momento magnético) aceita um alinhamento no campo magnético, sendo a magnitude muito pequena ede direção oposta ao do campo aplicado -Forma muito fraca de magnetismo: persiste enquanto um campo magnético externo for aplicado: ausência de campo externo momento magnético nulo -Todos materiais são diamagnéticos muito fracos: observa-se quando não há outro tipo de magnetismo. Ocorre na maioria dos átomos dos materiais cerâmicos -Susceptibilidade de materiais diamagnéticos(m): -10-6 a -10-5 (não varia com a T) Configuração de dipolos de um material diamagnéticos. (a) na ausência de um campo externo. (b) na presença de um campo externo. Al2O3 -1,81 . 10 -5 Cobre -0,96 . 10-5 Ouro -3,44 . 10-5 Silício -0,41 . 10-5 NaCl -1,41 . 10-5 - Susceptibilidade magnética (m) de diamagnéticos é negativa - Diamagnéticos não apresentam Tc - Supercondutores tem comportamento diamagnético 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.13 DIAMAGNETISMO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS - Átomos individuais possuem momentos magnéticos: orientações ao acaso magnetização nula para um grupo de átomos Dipolos podem ser alinhados na direção do campo aplicado Configuração de dipolos em um material paramagnético: a) na ausência de campo externo; b) com campo externo aplicado - Paramagnetismo: forma muito fraca de magnetismo sem aplicação prática - observado: metais (ex.: Cr, Mn), gases diatômicos (O2 e NO), íons de metais de transição, terras raras, seus sais e óxidos. - Susceptibilidade magnética: 10-5 a 10-3 (positiva e diminui com a temperatura) m = K T K= constante T = temperatura - Paramagnéticos não apresentam Tc Representação esquemática dos momentos magnéticos de um material paramagnético. 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.14 PARAMAGNETISMO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Configuração dos momentos magnéticos na ferrita Ferrimagnetismo ocorre em alguns materiais cerâmicos que apresentam forte magnetização permanente ferritas (fórmula geral: MFe2O4, e M é um elemento metálico) • Protótipo das ferritas: Fe3O4 = Fe ++O- -(Fe+++)2(O - -)3 - Momentos magnéticos dos 2 tipos de íons não se cancelam totalmente e o material apresenta magnetismo permanente cátion Fe++ interstícios octaédricos (4) cátion Fe+++ interstícios octaédricos (5) cátion Fe+++ interstícios tetraédricos (5) ânion O- - magneticamente neutro MAGNETITA - Temperatura crítica - Susceptibilidade magnética (m) diminui com o aumento da temperatura (T) m K T± K = constante T = temperatura é diferente de c Ex: Fe, Ni, Mn, Co, Cu, e Mg NiFe2O4, (Mn, Mg)Fe2O4 Estrutura cristalina típica da ferrita 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.15 FERRIMAGNETISMO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS - Protótipo deste caso é o MnO material cerâmico, com caráter iônico e estrutura cristalina CFC tipo NaCl - momento magnético O- - é zero - momento magnético M++ é permanente num arranjo que forma momentos opostos ou antiparalelo Diagrama esquemático mostrando a configuração de momentos magnéticos no MnO - O material como todo não apresenta momento magnético - Alguns compostos de metais de transição apresentam este comportamento: MnO, CoO, NiO, Cr2O3, MnS, MnSe e CuCl2 - Temperatura crítica temperatura de Néel (n) - Susceptibilidade magnética (m) da ordem dos materiais paramagnéticos e diminui com o aumento da temperatura (T) m C T± C = constante T = temperatura é diferente de n 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.16 ANTIFERROMAGNETISMO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Dependência da temperatura na susceptibilidade magnética (a) paramagnético, (b) ferromagnético (mostrando a transição para paramagnético), (c) antiferromagnético (mostrando a transição para paramagnético). a b c (cerâmicos) (cerâmicos) (cerâmicos) (metais) (metais) 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS RESUMINDO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS CURVA DE MAGNETIZAÇÃO OU DE HISTERESE Indução residual (Br) - indução magnética conservada no corpo magnetizado, depois de anulada a intensidade do campo. (Gauss) Força coercitiva (Hc)- intensidade de campo aplicado para desmagnetizar. (Oersted) 1 - Curva histerética 2 - Curva original 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.17 MAGNETOS MACIOS E DUROS CURVA HISTERÉTICA PARA LIGAS MAGÉTICAS DURAS E MACIAS MAGNÉTICOS MACIOS MAGNÉTICOS DUROS - Ligas magnéticas macias fácil de magnetizar e desmagnetizar - Ligas magnéticas duras permanece magnético ou é um magneto permanente Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS MATERIAL MAGNETO MOLE: Apresentam Hc de baixo valor e pequenas perdas de histerese e baixo Br. A área do ciclo de histerese e a perda de energia por ciclo são pequenas. Opera na presença de um campo magnético. - São ligas organizadas. - São empregadas como ligas a serem submetidas à magnetização alternada (núcleos de transformadores) Ex.: geradores, motores elétricos e transformadores (para estas aplicações é necessário materiais magnéticos moles, de baixa remanência, como: Fe puro, aço ao silício, supermalloy e ferritas cúbicas do tipo espinélio). EFEITO DA TEMPERATURA: As características de um ferromagnético (material magnético mole) variam com a T T energia térmica mobilidade das paredes de Bloch dos domínios magnéticos Paredes de Bloch: fronteira entre domínios vizinhos, região de transição, espessura 100 nm, onde a direção de magnetização muda gradualmente, é um defeito bidimensional MAGNETIZAÇÃO E DESMAGNETIZAÇÃO: São facilitadas: T > C comportamento ferromagnético desaparece Efeitos da T (a) ciclo de histerese, (b) magnetização de saturação. 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.17 MAGNETOS MACIOS E DUROS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS é magnetizado durante a fabricação e deve reter o magnetismo após a retirada do campo magnético. Se caracterizam pelo grande valor de Hc e alto Br Importante: resistência a desmagnetização (área BH é maximizada) Apresenta um ciclo de histerese grande. São ligas endurecidas com estruturas desequilibradas, dispersas São utilizadas na fabricação de imãs permanentes Aplicações: refrigeradores e fones de ouvido, utilizando- se: ferritas cerâmicas, SmCo5, Sm2Co17 e NdFeB Magnetos duros são constituídos de ferromagnéticos, e algumas ferritas hexagonais MATERIAL MAGNETO DURO: Aumento da eficiência (energia magnética máxima) dos magnetos permanentes no século XX. 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.17 MAGNETOS MACIOS E DUROS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3.3.18 Propriedades ópticas dos materiais cerâmicos 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS COMPORTAMENTO ÓTICO Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Propriedades óticas resposta ou reação de um material à incidência de radiação eletromagnética, e em particular a luz visível Luz fenômeno ondulatório evidência: ocorrência de difração Trabalho experimental a luz é uma onda eletromagnética Einstein feixe de luz consiste em pequenos pacotes de energia quanta de luz: FÓTON Fóton incidindo na superfície de um metal transfereenergia para o elétron, que pode escapar do material Radiação eletromagnética mecânica clássica ondas mecânica quântica fótons Formas de radiação eletromagnética: luz, calor, ondas de radar, ondas de rádio e raios X Espectro de radiações eletromagnéticas COMPORTAMENTO ÓTICO 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Todos os corpos emitem radiação eletrromagnética movimento térmico de átomos e moléculas radiação térmica visível depende de T Ex.: 300°C radiação infravermelha 800°C radiação visível Luz visível espectro de radiações pequeno 0,4m l 0,7m CORES Radiação eletromagnética atravessa o vácuo com a velocidade da luz c = velocidade da luz 3x108 m/s 0 = permissividade elétrica no vácuo 0 = permeabilidade magnética no vácuo c = 1 (00) ½ 0,40 a 0,45 µm – violeta 0,45 a 0,50 µm – azul 0,50 a 0,55 µm – verde 0,55 a 0,60 µm – amarelo 0,60 a 0,65 µm – laranja 0,65 a 0,70 µm – vermelho Feixe de luz incide no sólido com intensidade I0 parte é transmitida It parte é absorvida Ia relacionadas por: parte é refletida Ir I0 = It + Ia + Ir (em W/m 2) ou T + A + R = 1T = transmitância (It/I0) A = absorbância (Ia/I0) R = refletância (Ir/I0) Se: T >> A+R: materiais transparentes T << A+R: materiais opacos T pequeno: materiais translúcidos COMPORTAMENTO ÓTICO 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Cerâmicos não apresentam e- livres (que absorvem fótons de luz) e podem ser transparentes à luz visível Fenômenos importantes: Refração, Transmissão, Reflexão e Absorção REFRAÇÃO (n) E REFLEXÃO (R) Velocidade de propagação da luz no sólido transparente () é menor que no ar feixe de luz muda de direção na interface ar/sólido Índice de refração: = permissividade elétrica do material = permeabilidade magnética do material n = c = ()½ (00) ½ Índice de refração de alguns materiais cerâmicos Material Índice de refração Vidro de sílica 1,458 Vidro pyrex 1,47 Vidro óptico “flint” 1,65 Al2O3 – α 1,76 MgO (periclásio) 1,74 Quartzo 1,55 R Quanto maior n do material, maior R 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.18 PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MATERIAIS CERÂMICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS REFRAÇÃO (n) E REFLEXÃO (R) Cerâmicos cristalinos Cúbicos e vidros índices de refração isotrópicos Cristais não cúbicos índices de refração maior em direções mais densas Luz passa de um meio n1 para outro n2 parte da luz é refletida na interface dos meios Como o n depende de λ da luz incidente, R também depende de λ Se um dos meios for o ar n1 = 1 R = n2 - n1 ½ n2+n1 R = n2 - 1 ½ n2+1 Variação das frações da luz incidente que são transmitida, absorvida e refletida por um determinado vidro em função do comprimento de onda 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.18 PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MATERIAIS CERÂMICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS ABSORÇÃO(A) E TRANSMISSÃO (T) Maioria dos materiais transparentes são coloridos a cor dos materiais transparentes é uma combinação dos comprimentos transmitidos Absorção de fótons por e- da banda de valência promovendo-os à banda de condução em não-metais também é possível, desde que os e-- superem a banda proibida. Energia associada com l (E = hc/l) determina-se l e E máximos e mínimos cedidos aos e- pela luz visível lmin = 0,4 m Emax = 3,1eV lmax = 0,7m Emin= 1,8eV Comprimentos de onda absorvidos (nm) e cores complementares Conclusão: i) a luz pode ser absorvida por materiais com banda proibida menor que 1,8 eV (SEMICONDUTORES) estes materiais são opacos ex.:Si, Ge, AsGa ii) materiais com banda proibida entre 1,8 e 3,1 eV absorvem apenas alguns comprimentos de ondas estes materiais são coloridos ex.:GaP, CdS iii) a luz visível não pode ser absorvida por este mecanismo em materiais com banda proibida maior que 3,1 eV 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.18 PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MATERIAIS CERÂMICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS ABSORÇÃO(A) E TRANSMISSÃO (T) Impurezas podem contribuir para que alguns comprimentos de onda sejam absorvidos Ex.: safira e rubi Safira: cristal puro de Al2O3, isolante, transparente Rubi: safira onde uma pequena quantidade de íons Cr+3 substitui o Al+3, causa absorção na região de luz azul do espectro visível. Cristal resultante: vermelho Cor dos vidros de sílica, cal, soda e chumbo pode ser modificada pela adição de óxidos de elementos de transição Ex.: adição de 0,01 a 0,03% de CoO - coloração azulada adição de 0,2% de NiO - coloração púrpura adição de 1,0% de FeO - amarelo esverdeada Cor pode ser resultado do desvio da estequiometria ou da presença de defeitos cristalinos Ex.: cristais puros de NaCl, KBr e KCl são incolores se forem recozidos em atmosfera de metais alcalinos ou irradiados com raios X ou neutrôns coloração: NaCl amarelo KBr azul KCl magenta Criou-se defeitos: centro de cor 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.18 PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MATERIAIS CERÂMICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS ABSORÇÃO (A) E TRANSMISSÃO (T) R, A e T dependem do material, do caminho ótico, l incidente Defeitos no material espalham a luz e podem torná-lo transparente, translúcido ou opaco Ex.: monocristal de safira (Al2O3) transparente policristal de safira sem poros translúcido policristal de safira com 5% poros opaco Variação da transmitância com l incidente para diversos materiais. Exemplo: lâmpada de sódio (1000oC) com tubo de alumina (100 lúmens/W convencional 15 lúmens/W) Alumina convencional (opaca) Alumina translúcida porosidade: 3% porosidade: 0,3 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.3 PROPRIEDADES FÍSICAS 3.3.18 PROPRIEDADES ÓPTICAS DOS MATERIAIS CERÂMICOS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3.4.1 Biomaterial 3.4.2 Dentária 3.4.3 Função nuclear 3.4.4 Função química 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS DEFINIÇÃO qualquer substância ou combinação de substâncias, de origem natural ou sintética, usadas como parte ou como todo de sistemas do corpo humano material deve ser biocompatível - ser inerte e inócuo e apresentar respostas controláveis e assimiláveis biomaterias devem também resistir à força da gravide e transmitir forças resultantes da ação muscular 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.1 BIOMATERIAL Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS ALUMINA SINTERIZADA sistema femoral utilizava-se ligas de Ti-Al-V avanço na pesquisa de materias, começou-se a utilizar Al2O3 de alta pureza e poli-cristalino: material duro resiste ao desgaste apresenta baixa tensão de fricção na junta. resistência à fratura por apresentar baixa tenacidade características de fadiga são pobres. Então o sistema femoral, é uma liga metálica atada a uma bola de cerâmica 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.1 BIOMATERIAL Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Revestimentos de hidroxapatita 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.1 BIOMATERIAL Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS CARBONO excelente compatibilidade com tecidos e fluidos do organismo humano alta durabilidade, sendo utilizado na confecção de válvulas cardíacas encontrando aplicação na ortopedia. FOSFATO TRICÁLCICO propriedade de penetração dos tecidos nas superfícies porosas material absorvível pelo muito utilizado na regeneração óssea, como em defeitos de vértebras 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.1 BIOMATERIAL Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 1. Introdução 2. Propriedades do dente natural 3. Materiais de uso odontológico 4. Porcelana 5. Hidroxiapatita6. Alumina 7. Novos materiais 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS HISTORICAMENTE Utilização de dentes de animais e marfim para a manufatura de dentes e prótese dentárias; Evolução utilização de dentes de pessoas mortas como próteses. Soluções provisórias ocorria a desintegração em pouco espaço de tempo e uso Em 1776/1789 mencionou-se a utilização de dentes cerâmicos como substitutos origem do estudo de materiais biocerâmicos. Indústria cerâmica iniciou-se em 1827 Denstista Stockton (Philadelphia) fabricou o 1° dente cerâmico eficaz Meio do século IXX outras fábricas surgiram na Inglaterra e EUA, monopolizando este mercado motivou-se e estabeleceu-se o melhoramento da cor e ancoragem Mais tarde maiores desenvolvimentos no desenvolvimento de luminescencia, opacidade e condições de queima para obtenção do dednte cerâmico. 1. Introdução 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS UTILIZAÇÃO DE MATERIAIS CERÂMICOS puros ou como revestimentos Visa-se otimizar a osseointegração Principais fatores responsáveis pela obtenção da osseointegração: - técnica cirúrgica; - carga transferida aos implantes: - qualidade do tecido receptor; - biocompatibilidade do material de implante e o projeto do implante. dependem do implante selecionado, que deve possuir propriedades mecânicas e propriedades de superfície adequadas Propriedades mecânicas dependem do material, e não de sua forma, e incluem: - dureza; - resistência à tração; - resistência à compressão; - resistência à fadiga; - módulo de elasticidade. propriedades que devem ser observadas na elaboração do projeto do implante. 1. Introdução 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Otimização da osseointegração: Propriedades de superfície significam propriedades físicas e químicas: - composição química; - grau de contaminação; - energia de superfície; - resistência à corrosão; - rugosidade; - tendência a desnaturar proteínas. Superfícies rugosas aumento da resistência mecânica da interface implante-osso, pois aumenta a área da superfície do implante, favorecendo o aumento na área de contato entre osso e o implante Aumento do percentual de contato ósseo ao redor dos implantes atua diminuindo a tensão transmitida ao tecido ósseo, na interface com o implante. alterações nas propriedades de superfície dos implantes afetam significativamente a performance in vivo. 1. Introdução 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Dentes apresentam estruturas em camadas: esmalte, dentina e raiz. - Esmalte: - fornece dureza e resistência a tensão - camada translúcida e pouco opaca - fornece a superfície de corte - nesta camada defini-se a cor do dente, conforme a luz incidente - degradado por trincas - Cada reposição de dente depende de cada paciente devido as condições de acordo: cor, forma, etc. 2. Propriedades natural do dente ESMALTE DENTINA RAIZ 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Materiais cerâmicos utilizados como material odontológico: - porcelana iniciou-se à cerca de 200 anos e vem sendo aperfeiçoada existem diferentes tipos e composições - hidroxiapatita material bioativo, pode ser usado como revestimento de um metal - alumina apresenta propriedades de interesse: resistência mecânica, ao desgaste abrasivo, cor... - zircônia apresenta propriedades de interesse: resistência mecânica, ao desgaste abrasivo, cor... - diferentes misturas de materiais cerâmicos visando a otimização das propriedades 3. Materiais de uso odontológico 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Porcelana dentária - nome dado devido a aparência final da matéria-prima utilizada para o desenvolvimento de próteses dentárias - devido a composição poderia ser denominado “dente feldspático” - a composição básica de uma porcelana dentária apresenta: feldspato, quartzo e caolim A porcelana dentária é utilizada a cerca de dois séculos e as alterações na sua composição foram realizadas tentando diminuir o ponto de fusão. Vantagens translucidez, cor, textura, resistência ao manchamento e à abrasão, radiopacidade, isolamento térmico e biocompatibilidade. Desvantagens - friabilidade (nas margens) dando preferência ao uso do ouro - cimentos: eram fosfatados e interferiam na coloração e estética da porcelana. Década de 30 início das restaurações laminadas de porcelana lâminas de cerâmica eram fixadas provisoriamente aos dentes através de um pó adesivo para dentaduras 3. Porcelana dentária 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Até os anos 60 - coroas ocas de porcelana eram a solução estética mais aceita - coroas metalo-cerâmicas tornaram-se populares: melhor adaptação, menos problemas de fraturas, utilização em destes posteriores e próteses fixas, porém a estética era menos satisfatória Década de 80 - desenvolvimento de técnicas adesivas e aprimoramento da porcelana - utilização da porcelana como material odontológico com maior sucesso clínico Atualmente - introdução de diferentes tipos de porcelana no mercado, alternativas as aluminíticas e feldspáticas convencionais - busca-se acentuar a performance estética sem sacrificar a expectativa de vida 3. Porcelana dentária 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Utilizam-se apenas feldspatos de alta qualidade - livres de outros minerais, - sem impurezas, principalmente Fe2O3 (causador de bolhas em contato com nitrogênio), - sem muita liberdade de redox, pois isto facilita a troca de íons, pode formar bolhas e instabilizar o intervalo de temperatura de queima utilizado. Feldspato com grande intervalo de sinterização utilizado na manufatura de dentes devem ter alto teor de potássio e baixo de soda. 3. Porcelana dentária 3.1 Matérias-primas básicas e suas propriedades 3.1.1 Feldspato Componente SiO2 Al2O3 K2O Na2O Fe2O3 CaO MgO % 67,2 18,5 13,5 2,4 0,02 0,27 0,24 Composição típica de um feldspato para uso odontológico (dente). 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Quartzo utilizado em porcelana dentária também deve ser de elevada pureza (99,7% SiO2 e menos que 0,015% Fe2O3). Quartzo é dissolvido na fase vítrea do feldspato (porcelana) durante a queima, aumentando a viscosidade da mistura prevenindo distorção Durante a queima apenas uma pequena quantidade de quartzo é dissolvido e o quartzo restante influencia na resistência do produto PROBLEMA: quartzo tem baixa resistência ao choque térmico RESOLUÇÃO: pré-fusão dos silicatos antes da mistura na porcelana A dissolução do quartzo na fase vítrea do feldspato depende da história da formação: - estrutura cristalina(evitar quartzo de areia) - distribuição no tamanho de grão - adições com facilidade de dissolução O quartzo residual causa a opacidade característica necessária ao dente: COMPROMISSO DISSOLUÇÃO COMPLETA DO QUARTZO E QUANTIDADE DE QUARTZO RESIDUAL. 3. Porcelana dentária 3.1 Matérias-primas básicas e suas propriedades 3.1.2 Quartzo 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Caolim é adicionado a porcelana dentária como agente opacificador Opacidade depende do tamanhode grão do agente opacificante adiciona-se caolim de alta qualidade e fineza e com poucos óxidos descolorantes Pré-queima do caolim com outros componentes para formar - mulita primária pré-calcinação melhor que o quartzo - mulita secundária em relação a resistência e expansão térmica, pois diferem menos em relação a fase vítrea Mulita formada e não dissolvida causa opacidade Opacidade é aumentada pela diferença dos índices de refração da fase vítrea e mulita 3. Porcelana dentária 3.1 Matérias-primas básicas e suas propriedades 3.1.3 Caolim 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Composição de cerâmica dentária no sistema triaxial: fedspato – quartzo – argila 3. Porcelana dentária 3.2 Composição de corpos dentários Composição típica em óxidos de dentes de porcelana comerciais Óxidos (%) Dente A Dente B Dente C SiO2 59,60 61,40 70,70 TiO2 0,10 0,05 0,06 Al2O3 23,60 22,90 16,80 Fe2O3 0,08 0,16 0,13 MgO 0,16 0,08 0,08 CaO 0,56 0,64 0,14 Na2O 7,40 8,10 7,70 K2O 5,70 4,40 2,30 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Adições subsidiárias podem ser feitas para modificar propriedades - Al2O3 calcinada diminuir o brilho superficial do vidro de feldspato proporcionar resistência elevada abaixo da Tqueima serve como agente opacificante - Mulita fundida agente opacificante abaixo de 10% apresenta maior pureza que a adição de caolim Adições de agentes opacificantes para ajustar a aparência natural à prótese dentária - SnO2, ZrO2, CeO2, TiO2 e ZrSiO4 agentes opacificantes abaixo de 5% - O grau de opacidade é dependente do tamanho de grão dos óxidos adicionados. - As partículas opacificantes são formadas na fase vítrea pela recristalização durante o resfriamento. Pode-se ainda adicionar fibras inorgânicas para aumentar as propriedades mecânicas 3. Porcelana dentária 3.2 Composição de corpos dentários 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Produção: aglutinação do pó da porcelana a um líquido ou água e esculpir em camadas sobre um troquel refratário, lâmina de platina ou sobre o metal de uma metalocerâmica e então,elevada a altas temperaturas. Tipos: 1. PORCELANAS FELDSPÁTICAS: - constituem-se de 75% a 85% de feldspato, 12% a 22% de quartzo e 3% a 4% de caolin - empregadas na confecção de metalo-cerâmicas, facetas, coroas puras e incrustações. - usadas isoladamente para confeccionar peças ou em associação com outros sistemas, onde a porcelana feldspática recobre uma porcelana aluminizada (In Ceram) ou um Vitrocerâmico (Dicor), que lhe confere maior resistência à fratura, funcionando como uma subestrutura. - utilizada como recobrimento, pois apresenta excelentes características de translucidez e cor semelhante ao dente natural 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.1 Porcelanas sinterizadas 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 2.. PORCELANAS FELDSPÁTICAS REFORÇADAS POR LEUCITA - São mais resistentes que a porcelana feldspática convencional; - Exemplo: OPTEC HSP que contém 40% do volume de cristais de leucita; - Utiliza-se em porcelanas de corpo e incisal, pois a opacidade dada pelos cristais de leucita não necessita do uso da porcelana opaca; - São indicadas para facetas laminadas e coroas submetidas a baixas tensões; 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.1 Porcelanas sinterizadas Porcelana feldspática rica em leucita Porcelana feldspática com pouca leucita 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PORCELANAS ALUMINIZADAS - Compõem-se de 40% a 50% de cristais de óxido de alumínio incorporados às porcelanas tradicionais, propriedades de interesse: - alta elasticidade e resistência à estrutura. - redução da translucidez da porcelana aluminizada, limitando o uso apenas como base para a aplicação da porcelana feldspática. - Desvantagem: a sinterização das partículas pode resultar em microporosidades e heterogeneidade entre as partículas, podendo formar fendas. 3. PORCELANAS ALUMINIZADAS INFILTRADAS COM VIDRO - Técnica criada para melhorar os problemas de fragilidade associados à porcelana. - Nome do sistema: In-Ceram é constituído por uma subestrutura (semelhante ao copping da metalo-cerâmica) usando-se um pó cerâmico de óxido de alumínio extremamente fino. existem 2 estágios: - 1º estrutura sintética alumina porosa é criada usando-se um troquel refratário. - 2º a estrutura porosa é infiltrada por vidro de lantânio, boro e água destilada. 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.1 Porcelanas sinterizadas 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 3. PORCELANAS ALUMINIZADAS INFILTRADAS COM VIDRO - Copping: 70% de óxido de alumínio puro sobre este aplica-se cerâmica feldspática para dar a estética final. - Propriedades do In-Ceram: maior resistência flexural, ótima adaptação e grau de translucidez ideal, indicação em coroas unitárias (anteriores e posteriores), incrustações, coroas sobre implantes e próteses fixas de até 3 elementos. - Variações do In-Ceram: IN-CERAM SPINELL possui o dobro de translucidez do In-Ceram ALUMINA, sendo mais estético. Neste sistema, substituiu-se uma parte do óxido de alumínio por óxido de magnésio. Possui uma resistência flexural um pouco menor que o In-Ceram. IN-CERAM ZIRCÔNIA pode ser confeccionado como o In-Ceram convencional ou, experimentalmente, através da trituração de blocos pré-formados de zircônio. Pode ser indicado para coroas unitárias posteriores, próteses fixas de 3 elementos anteriores e posteriores e próteses sobre implantes devido ao alto conteúdo de óxido de zircônio e alumínio. 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.1 Porcelanas sinterizadas 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 1. Sistemas DICOR e DICOR PLUS - Cerâmicos vítreos reforçados por mica. - Utiliza-se um processo de fundição centrífuga, o Vitrocerâmico conserva sua estrutura amorfa e depois a restauração é envolta em um revestimento especial que produz o crescimento de cristais, convertendo a fundição para o estado cristalino, o qual aumenta a resistência (semelhante à técnica da cera perdida). Após, é realizada a pintura extrínseca e o glazeamento com porcelanas vítreas fluidas. - Características: resistência final semelhante à porcelana aluminizada. mastigação pode remover a pintura extrínseca, alterando as características estéticas indicado para confecção de facetas, incrustações e coroas ocas. - DICOR PLUS: composto por uma infra-estrutura fundida ceraminizada e uma cobertura feldspática colorida, para tentar diminuir a alta translucidez. 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.2 Porcelanas injetadas ou de vidro fundido 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 2. Sistema CERAPEARL - A fase cristalina principal é a hidroxiapatita Problema: a hidroxiapatita é muito branca em relação aos dentes naturais, então aplica-se glazes coloridos - Em toda cerâmica vítrea fundida, o processo cerâmico não aumenta apenas a resistência, mas também resulta em contração adicional, provocando porosidade e falta de homogeneização. 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.2Porcelanas injetadas ou de vidro fundido 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Neste tipo de processo visa-se diminuir as heterogeneidades e microporosidades e a contração durante o processamento cerâmico 1. Sistema IPS EMPRESS e IPS EMPRESS II - Sistema IPS EMPRESS utiliza pastilhas de porcelana feldspática reforçada por leucita pré ceraminizada na cor desejada, fundidas em alta temperatura sob pressão hidrostática a vácuo para dentro do revestimento. - O emprego do calor e pressão têm a finalidade de aumentar a resistência. - Limitação da técnica: confeccionar restaurações monocromáticas. - IPS EMPRESS é indicado para coroas totais e facetas laminadas. - IPS EMPRESS II consiste em uma cerâmica vítrea de di-silicato de lítio com uma resistência três vezes maior que o IPS EMPRESS convencional, sendo indicado para próteses fixas de 3 elementos. 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.3 Porcelanas injetadas em alta pressão e calor 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 2. Sistema OPTEC OPC - O sistema OPTEC OPC (OPTEC cerâmica prensada) contém um aumento na quantidade de cristais de leucita comparado ao OPTEC HSP. 3. Sistema CERESTONE - O sistema CERESTONE consiste na combinação de óxido de alumínio com óxido de magnésio. 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.3 Porcelanas injetadas em alta pressão e calor 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 1. Sistema CEREC, CEREC 2 e CELAY - São sistemas computadorizados acoplados a aparelhos que realizam o desgaste de um bloco cerâmico ou de vidro pré-prensado. - CEREC: peças são obtidas a partir de impressão óptica do preparo na boca através de micro-câmeras. - CELAY: micro sensor leitor de superfície de padrões de resina confeccionam a peça diretamente na boca ou sobre o modelo. - Vantagem destes sistemas: confecção e restauração em sessão única,sem moldagem. - Desvantagens: alto custo do equipamento, escultura e cor. 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.3 Porcelanas tipo CAD/CAM 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 2. Sistema PROCERA ALL CERAM - O sistema PROCERA produz um copping de alumina de alta pureza (99%) proporcionando à restauração uma alta resistência. - A peça protética é fabricada a partir de um desenho assistido por um computador e um processo de usinagem - A aplicação da cerâmica pode ser executada através do sistema convencional em qualquer laboratório. - Características: excelente estética, resistência e durabilidade. 3. Porcelana dentária 3.3 Tipos de porcelanas dentárias e características 3.3.3 Porcelanas tipo CAD/CAM 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Utilizada como superfícies e/ou revestimentos bioativos (estimula a formação de novo osso). Superfícies bioativas alteração cínética após a implantação forma-se uma camada de hidroxicarbonato de apatita que é química e estruturalmente equivalente à fase mineral do osso Biointegração união bioquímica entre a superfície do implante e o osso, independente de qualquer mecanismo de união mecãnica Diferentes respostas do tecido ósseo a implantes de titânio puro (CP) e a implantes revestidos com hidroxiapatita Pesquisa: cinco implantes com superfície de titânio puro cinco implantes de titânio puro revestidos com hidroxiapatita análise da interface implante-osso revelou que os implantes revestidos com hidroxiapatita apresentaram um percentual de contato implante-osso (74,16%) quase duas vezes maior do que aqueles observados ao redor dos implantes de titânio (cerca de 40%). 5. Hidroxiapatita 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Vantagens da hidroxiapatita: bioativa e biointegrável (um aumento da formação de osso ao redor dos implantes em curtos períodos de tempo e a formação de um osso de melhor qualidade união bioquímica do osso com o revestimento da superfície dos implantes: instalação de implantes dentários, em pacientes portadores de osteoporose, apresenta um possível efeito benéfico devido à transmissão de cargas ao osso, da mandíbula ou da maxila, interrompendo o processo de atrofia óssea decorrente da perda do dente. 5. Hidroxiapatita 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Utilizada em cerâmicas dentais desde os anos 60 objetivo: maximizar a quantidade de alumina técnicas de laboratório convencionais só conseguiam aumentar o conteúdo de alumina até um determinado nível. Continuar a aumentar a quantidade de alumina desenvolvimento de novos métodos de produção Em 1994 utilizando-se tecnologia CAD/CAM desenvolveu-se um material com alumina densamente sinterizada por completo, formado por mais de 99,5% de alumina resistência do material é superior à de outros materiais hoje disponíveis no mercado (resistência à flexão biaxial de 687 MPa) 6. Alumina 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Óxido de alumínio pré- sinterizado produz uma cerâmica com porosidade contínua (azul). Exemplo: In-Ceram® pré-estágio. Óxido de alumínio com infiltração de vidro Um pó de vidro com tratamento térmico preenche os poros (vermelho) do óxido de alumínio pré-sinterizado (infiltração de vidro), Exemplo: In-Ceram®. Óxido de alumínio densamente sinterizado A sinterização prolongada cria um óxido de alumínio não poroso e densamente sinterizado. Trata-se de um material altamente resistente. Exemplo: Procera® AIICeram. 6. Alumina Resistência à flexão de diferentes materiais dentários totalmente cerâmicos. 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 7. Novos materiais 7.1 Cerâmicos com ou sem metal METAL - CERÂMICOS Pó de Vitrocerâmico é aplicado sobre uma armação metálica (liga dentária). Propriedades importantes deste cerâmico: - coeficiente de expansão térmica compatível com o metal; - opacidade na cor para cobrir o metal. SEM METAL Produção de restaurações altamente estéticas com um fino recobrimento cerâmico; Processo: um vitrocerâmico no estado viscoelástico é prensado em um molde refratário a 900ºC. Utiliza-se para fabricação de coroas, pontes OUTRAS TECNOLOGIAS: Produtos como: - diferentes matizes naturais de dentes; - aplicações de cores, vidros e refratários na moldagem quente; 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 7. Novos materiais 7.2 Vitrocerâmico prensado sobre metal Vitrocerâmico é prensado sobre uma armação metálica à quente Vantagens de dois materiais em um único produto: - alta resistência; - estética superior; - retração zero no processo de produção; - menos trabalho manual. 7.3 Vitrocerâmicos em substituição a feldspatos cerâmicos Por muito tempo a porcelana dentária foi utilizada com ligas metálicas, problema: . O início do desuso metal-cerâmico foi com a patente US em 1962. Uso de feldspatos cerâmicos permitiu a produção de cerâmicas dentárias com compatível a ligas metálicas, tendo sua resistência melhorada com cristais de leucita. 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕESDENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS 7. Novos materiais 7.3 Vitrocerâmicos em substituição a feldspatos cerâmicos Hoje vitrocerâmicos têm substituído feldspatos cerâmicos tradicionais Vidros são fundidos a partir de materiais de alta pureza e são então transformados em vitrocerâmicos por um processo de controle da nucleação e cristalização, fazendo-se um ajuste preciso em . Vantagens dos vitrocerâmicos: - elevada translucidez (60% da fase vítrea contribui para isto); - brilho MEV de dente vitrocerâmico Aparência próxima a natural de uma ponte de vitrocerâmico 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.2 APLICAÇÕES DENTÁRIAS Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS um nêutron incide em um átomo (como o urânio), causa sua explosão ou fissão. O produto da reação é constituído de dois átomos diferentes, dois a três nêutrons e muita energia. aplicação nuclear os isótopos do 235U do e 239Pu, são utilizados como combustível nuclear, sendo que seus óxidos ou carbonetos, são sinterizados na forma de pastilhas. óxido de urânio apresenta a estrutura do fluoreto de cálcio grande número de posições intersticiais octaédricas desocupadas do UO2, permitem que este material seja utilizado como combustível nuclear, já que os produtos da fissão possam ser acomodados nessas posições vazias. 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.3 FUNÇÃO NUCLEAR Introdução a Materiais Cerâmicos – PPGEM - UFRGS Pigmentos: TiO, Cr2O3, Fe2O3 Esmaltes: Óxidos alcalinos, sílica, feldspatos. Carga: Calcário, sílica. Fundentes: Óxidos alcalinos, CaO Caulim: indústria do papel Vidros: SiO2, Na2O, PbO, Al2O3 3.4 PROPRIEDADES QUÍMICAS 3. PROPRIEDADES E ESTRUTURA 3.4.4 FUNÇÃO QUÍMICA
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