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GLÂNDULA HIPÓFISE (Fisiologia Humana)

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Glândula Hipófise
Brenda Araújo – Odontologia, UFPE
2º módulo de assuntos
A hipófise é uma pequena glândula localizada na sela túrcica (cavidade situada na
base do crânio) e abaixo do hipotálamo e faz parte do sistema endócrino. Ela é constituída
por duas porções: a anterior (ou adenohipófise), que é de fato uma glândula (sintetiza e
secreta hormônios), e a posterior (ou neurohipófise), que é uma extensão do SNC.
➞ Tipos Celulares
A adenohipófise é formada por 5 tipos celulares, que sintetizam e secretam hormônios. São eles:
⟹ Corticotropos: vai regular (estimular) o córtex da glândula adrenal  adrenocorticotropina
(ACTH) - representa 20% das células (pode variar, uma vez que este hormônio é regulado por
situações de estresse).
⟹ Tireotropos: hormônio estimulante da tireóide (TSH) - representa 3-5% das células.
⟹ Gonadotropos: estimula as gônadas  hormônio gonadotrópico (LH, hormônio luteinizante, e
FSH, hormônio folículo estimulante) - representa 3-5% das células, em geral não varia muito.
⟹ Lactotropos: estimula o sistema lácteo (localizado nas mamas)  prolactina (PRL) - representa 3-
5% das células (varia na mulher que está amamentando).
⟹ Somatotropos: hormônio do crescimento (GH) - representa 30-40% das células (varia conforme a 
fase da vida).
➞ Síntese e Regulação Hormonal
1. Hormônios são sintetizados em núcleos hipotalâmicos
Hormônios liberadores ou inibidores
2. São transportados no axônio até a 
região da eminência mediana onde 
são liberados na circulação porta
3. Os hormônios hipotalâmicos chegam 
à hipófise anterior pelo sistema porta, 
onde irão estimular células específicas
Hormônio estimulante
O hipotálamo tem corpos celulares de
neurônios que se agrupam e exercem a
mesma função (sintetizam um tipo específico
de hormônio), numa região do SNC. Dessa
forma, é o hipotálamo que produz os
hormônios liberadores e inibidores.
⟹ Ex.: Síntese e regulação hormonal da tireóide
No eixo da tireóide, o hipotálamo produz o
TRH (hormônio liberador de tireotropina), que
chega até a hipófise e estimula a produção
do hormônio estimulante da tireóide (TSH). Se
não tiver TRH, não tem TSH. Por isso chamamos
de eixo, pois uma etapa controla a outra (na
maioria dos casos é estimulando).
Quem controla a tireóide na ordem de
hierarquia, é o hipotálamo (SNC). Dessa forma,
o hipotálamo produz TRH, o TRH chega até a
hipófise e estimula a produção de TSH, que
então vai estimular a glândula tireóide.
➞ Eixo Hipotálamo-Hipófise-Glândula Endócrina
Principal eixo de regulação hormonal devido à variedade de respostas fisiológicas que controla.
É composto por núcleos hipotalâmicos produtores e secretores de hormônios que atuam na
hipófise, levando a estimulação da liberação de hormônios que irão atuar nas diversas glândulas
endócrinas distribuídas no organismo.
Exemplos:
➞ Hormônios do Eixo Hipotálamo--Hipófise Anterior
TSH: Hormônio estimulante da tireóide ou tireotrófico
FSH/LH: Hormônio folículo estimulante ou luteinizante
ACTH: Hormônio liberador de corticotrofina
GH: Hormônio de crescimento
SST: Somatostatina
TH: Hormônio tireoidiano
IGF: Insulin-like growth factor
⟹ TRH
O TRH estimula a hipófise, via sist. circulatório. Os neurônios enviam axônios até a região da
eminência mediana, na haste hipofisária, onde o terminal do axônio acaba (exatamente em cima
do vaso). Então, o TRH chega até a hipófise e estimula a produção de TSH. Este, por sua vez, vai
controlar a tireóide, para que a tireóide sintetize os hormônios tireoidianos (T3 e T4).
Obs.: A região se chama região da eminência mediana e a estrutura é a haste hipofisária.
⟹ GnRH
O GnRH estimula a hipófise a produzir/regular duas gonadotrofinas, o LH e o FSH, que vão
estimular as glândulas feminina e masculina, regulando a produção de estrogênio, progesterona e
testosterona.
Obs.: Crianças não tem características masculinas ou femininas, porque não têm FSH e LH. Logo,
não conseguem produzir estrogênio, testosterona e progesterona.
⟹ CRH
O hormônio liberador de corticotrofina (CRH) estimula a hipófise a produzir o ACTH (hormônio
estimulante do córtex da adrenal), que vai agir sobre a glândula adrenal, estimulando
principalmente, a produção de cortisol (no ser humano é o glicocorticóide mais importante, pois
regula a glicose – em jejum – e também o sist. imune inflamatório).
⟹ GHRH
O GHRH (hormônio liberador de hormônio de crescimento) controla a produção de GH, que age
sobre vários tecidos do corpo, não tem uma glândula específica que vai estimular. Ele sinaliza IGF's
(fatores de crescimento). A maior parte do GH vai pro fígado, e o fígado acaba sintetizando IGF's,
dessa forma, o maior executor das ações do GH, são os IGF's.
Obs.: Crianças com doenças hepáticas podem desenvolver problemas no crescimento.
⟹ Dopamina
A dopamina não é um estimulador da prolactina. Ela regula-a, inibindo-a constantemente.
Quando o bebê mama, os neurônios hipotalâmicos produtores e liberadores de dopamina,
hiperpolarizam e deixam de liberá-la. A ausência de dopamina na hipófise anterior (não chega nela
porque os neurônios são hiperpolarizados e, pra liberar a vesícula, eles precisam despolarizar)
proporciona a produção de prolactina. Este caso é um exemplo de inibição, enquanto que os
quatro anteriores são hormônios estimuladores/liberadores.
Obs.1: A produção de leite requer um tempo significativo. Dessa forma, o ato de mamar do bebê,
vai estimular a produção de leite para a próxima mamada.
Obs.2: Alguns fármacos neuropsicotrópicos (utilizados no tratamento de esquizofrenia, por exemplo),
bloqueiam a produção de dopamina. Logo, as pessoas que o utilizam podem vir a produzir leite
(incluindo mulheres que não estão amamentando e também homens).
➞ Secreção Pulsátil
A grande maioria dos nossos hormônios têm uma variação rítmica, ou seja, momentos de
alternância da quantidade do hormônio no nosso corpo.
⟹ Ex. das gonadotrofinas, LH e FSH
O GnRH tem momentos de pouca quantidade, que aumenta, diminui, etc. E o mesmo ocorre
com as gônadas (secreção pulsátil).
Obs.1: É um componente obrigatório do eixo hipotálamo-hipófise-gônadas.
Obs.2: Resulta de alterações ultradianas da concentração da gonadotrofina no sangue periférico.
Média diária dos níveis de FSH (A) e LH (B) durante o ciclo menstrual em mulheres entre 20-25 anos e 40-4 anos de idade.
Não só os hormônios da hipófise ant., mas outros hormônios do nosso corpo, são/podem ser
regulados pelo ritmo claro/escuro. Logo, suas atividades variam de acordo com a intensidade de luz.
Ex: Pela manhã, há um pico de cortisol. Ou seja, os níveis maiores de cortisol ocorrem no período claro
e o menores no período escuro.
Obs.1: Para ter um sono adequado, é necessário
que se tenha níveis baixos de cortisol. Sendo assim,
utilizar muito o celular, televisão, etc. à noite, faz com
que os níveis de cortisol aumentem e,
consequentemente, demoremos mais a dormir. Essa
percepção é feita através dos estímulos visuais 
cada vez que estimulamos o olho (com a luz),
elevamos os níveis de cortisol e isso influencia na
qualidade do sono.
Obs.2: Cegos com cegueira total (que não captam
nenhuma claridade) não tem o ritmo claro-escuro
"normal". Já quem tem a cegueira occipital, não há
alteração nesse ritmo.
➞ Ritmo Circadiano na Secreção Hormonal
➞ Controle Hormonal
⟹ Como o hipotálamo sabe que tem que produzir TRH?
Quando aumentamos a demanda de produção de ATP
(em situações de estresse, por exemplo), temos que
aumentar TRH e, consequentemente, TSH e T3 e T4.
O hipotálamo tem receptores pra T3 e T4 (hormônios
tireoidianos), assim com ocorre nos outros eixos. Esses
receptores estão parcialmente ocupados e quanto mais
isso diminui, o hipotálamo entende que tem pouco
hormônio tireoidiano, então dizemos que o hipotálamo
tem um sensor de hormônio tireoidiano (que na verdade,
são receptores). Se todos os receptores forem ocupados, o
hipotálamo entende que tem muito hormônio, afinal, é só
quando temos muito hormônio,que ocupamos todos os
receptores.
Durante o dia, temos variações de T3 e T4 e o TRH vai ser
produzido para mais ou para menos, regulando para mais
ou para menos o TSH. No entanto, existem patologias (o
hipotálamo e a hipófise não conseguem mais regular os
níveis de hormônio).
➞ Controle Hormonal
⟹ Ex. da atuação do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas no período da menopausa
Há uma baixa produção de estrogênio e progesterona (as células responsável por isso sofrem
apoptose). Dessa forma, há um aumento de GnRH visando corrigir isso, uma vez que o hipotálamo
não sabe que a mulher não é mais capaz de produzir esses hormônios. Então, se há um nível maior
de GnRH, há um aumento de LH e FSH.
⟹ Ex. da atuação do Hormônio Liberador de Gonadotrofinas em relação à pílula anticoncepcional
A pílula anticoncepcional causa um aumento de estrogênio e progesterona, diminuindo a
produção de GnRH e, se há diminuição dele, há diminuição de FSH e LH (não é suficiente para
estimular a formação do folículo ovariano). A quantidade de GnRH é tão pequena, que não chega
a estimular a hipófise. Então, quem inibe a produção de GnRH, é o excesso de estrogênio e
progesterona.
Obs.: O homem não faz uso de testosterona como método contraceptivo porque todas as
testosteronas sintetizada são extremamente hepatotóxicas, até mesmo a testosterona produzida
pelo homem é hepatotóxica.
É um conjunto de terminais axonais
que vêm do hipotálamo  o corpo
celular do neurônio está localizado no
hipotálamo, os axônios se originam nos
grandes neurônios dos núcleos
paraventricular e supraóptico e
percorrem toda a haste hipofisária até a
hipófise posterior – onde estão
localizados seus terminais axonais –
formando o feixe hipotálamo-hipofisário
ou trato neurohipofisário.
A porção post. é bem mais simples
que a ant. e tem, basicamente, dois
hormônios: a ocitocina e a vasopressina
ou hormônio antidiurético (ADH). Estes
hormônios NÃO SÃO sintetizados pela
hipófise posterior e sim pelo hipotálamo,
ela apenas os armazena e libera.
Sua regulação é completamente
diferente, não tem o esquema de eixo.
➞ Hormônios da Hipófise Posterior
⟹ Ocitocina
É produzida pelos neurônios dos núcleos paraventricular (70%) e supraóptico (30%) do hipotálamo.
Seus axônios projetam-se para a neurohipófise, onde suas porções terminais formam bulbos contendo
as vesículas com o hormônio, o qual é secretado e ganha a circulação, sempre que há o estímulo.
A ocitocina é importante para a amamentação (promove contração dos músculos da mama,
composto por células mioepiteliais) e paro o parto (promove a contração do músculo uterino, o
miométrio) .
Obs.: O músculo da mama não é tão desenvolvido como o miométrio, mas suas células, as
mioepiteliais, possuem a capacidade de contrair e relaxar.
⟹ Vasopressina (ADH)
Também é produzida pelos neurônios dos núcleos paraventricular (30%) e supraóptico (70%),
promove uma menor formação de urina e, seu papel, é preservar a água. Além disso, provoca o
aumento da pressão arterial por vasoconstrição (a ligação do ADH a receptores específicos estimula a
contração de células musculares lisas na parede dos vasos sanguíneos), o que justifica seu nome.
➞ Reflexo de Ejeção de Leite Materno
O estímulo da sucção no mamilo da mama provoca a transmissão de sinais através do neurônios
sensoriais para os neurônios ocitocinérgicos dos núcleos supraóptico e paraventricular. Estes núcleos
liberam as vesículas de ocitocina pela hipófise posterior, que são transportadas pela corrente
sanguínea para as mamas, onde atuam provocando a contração das células mioepiteliais
(localizadas externamente, formando uma rede em volta dos alvéolos das glândulas mamarias) e a
liberação do leite.
Obs.: É importante que haja uma
amamentação frequente, para
que sempre haja produção de
ocitocina. Se o bebê ficar muito
tempo sem mamar, a reserva de
ocitocina acaba.
➞ Reflexo de Ejeção de Leite Materno
➞ Atuação da Ocitocina no Parto
Quando vai iniciar o trabalho de parto, o bebê
empurra o colo uterino, que é é distendido/esticado, e
esse ato faz com que os núcleos hipotalâmicos
sintetizadores de ocitocina e vasopressina despolarizem e
liberem a ocitocina. Quando o útero inteiro contrai, ele
empurra o bebê contra o colo uterino e aí reinicia o ciclo.
Esse ciclo só para de se repetir quando o bebê nasce
(mecanismo de feedback positivo).
Obs.1: A ocitocina POTENCILIZA o trabalho de parto, mas
quem realmente faz o parto é a ação do bebê
empurrando o músculo uterino.
Obs.2: A progesterona diminui o número de receptores
de ocitocina (são ações genômicas) e,
consequentemente, de contratilidade do músculo liso,
impedindo as contrações.
Obs.3: A partir do sexto mês, há um aumento nos níveis
de estrogênio e, consequentemente, de receptores de
ocitocina, aumentando a contratilidade do músculo liso
(por isso é comum os partos prematuros).
➞ Atuação da Ocitocina no Parto
⟹Mecanismo de feedback positivo
➞ Atuação da Vasopressina 
A osmolalidade é a proporção entre soluto e água (a ideal é
de 280 mOsm/L, no corpo humano).
A medida que aumentamos o soluto, o organismo tem que
corrigir, sempre mantendo a proporção. No entanto, o rim não
consegue produzir água pra equilibrar esses valores. Sendo
assim, ele vai tentar não deixar que essa proporção piore,
preservando a água. Assim, conforme a osmolalidade vai
subindo, o rim vai diminuindo a formação de água. O ADH age
no rim fazendo com ele não perca ou perca menos água.
Obs.: Os valores da osmolalidade aumentam tanto por ganho
de soluto, quanto por perda de água. O ADH então é liberado
e atua nos túbulos distais e ductos coletores dos rins,
promovendo maior permeabilidade dessas estruturas e
permitindo que maior quantidade de água seja reabsorvida (↑
concentração da urina, ↓ seu volume e ↓ a osmolaridade por
promover a reabsorção de água). Quando ingerimos muita
água, observamos um processo inverso. A queda na
osmolaridade promove uma queda na secreção de ADH, o que
diminui a reabsorção de água nos rins.
Em concentrações elevadas, o ADH atua promovendo a constrição das arteríolas, o que
desencadeia um aumento da pressão arterial. Essa função é o motivo pelo qual ele recebe
também a denominação de vasopressina. Um dos estímulos para a intensa secreção do ADH é
uma baixa acentuada do volume de sangue, quando ocorre, por exemplo, uma hemorragia
grave. Dessa forma, qualquer queda na volemia, o hipotálamo libera ADH.
ADH

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