Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Os remédios constitucionais certamente significam uma sofisticação da advocacia. São ações de status e objeto superior, têm prioridade na pauta dos tribunais e podem gerar efeitos sistêmicos na sociedade. Porém, ter o privilégio de endereçar uma ação popular em face da autoridade que atenta contra o patrimônio público atrai para o advogado uma responsabilidade igualmente elevada. Os remédios constitucionais são meios postos à disposição dos cidadãos para provocar a intervenção de autoridades a fim de sanar ou impedir ilegalidades ou abuso de poder que prejudiquem direitos e interesses individuais. Para isso, a Constituição positivou o habeas corpus, o habeas data, o mandado de segurança, a ação popular e o mandado de injunção. Habeas corpus é para quando alguém sofrer violência ilícita em sua liberdade de locomoção. Habeas data é para assegurar o conhecimento ou retificação de informações pessoais do impetrante, constantes em banco de dados de caráter público. Mandado de segurança é para proteger direito comprovado documentalmente, quando o coator estiver exercendo o Poder Público. Ação popular é para anular ato lesivo contra a administração pública. Mandado de injunção é para efetivar direito fundamental pendente de norma regulamentadora. Diferem-se das demais ações de direito processual em razão de seu status constitucional, ou seja, porque a própria Constituição cuidou de assegurar a presença desses mecanismos contra o arbítrio do Poder Estatal. Os remédios constitucionais são verdadeiras ações constitucionais. Entretanto, a opção pelo termo remédios vem para distingui-las das demais ações de controle concentrado de constitucionalidade. Os remédios constitucionais são instrumentos para resguardar os direitos e interesses dos indivíduos contra os abusos do Poder Público, ou de quem lhe faça às vezes. Ações constitucionais são verdadeiras garantias fundamentais, diferenciando-se das demais ações em razão de seu status constitucional. Ao mesmo tempo, levam o nome de remédios para se distinguir das ações de controle concentrado de constitucionalidade, uma vez que se prestam a sanar as ilegalidades ocorridas.
Compartilhar