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Chikungunya, Zika e Dengue: Transmissão, Sintomas e Diagnóstico

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@brunapvilla 
 
Chikungunya 
Transmissão e vetor 
➥ Vetor: pela picada da femea do aedes aegypti e aedes albopictus. 
➥ Pode ocorrer transmissão vertical no intraparto de gestantes 
contaminadas causando infeção neonatal grave. 
➥ Período de incubação: em média, 3-7 dias, sendo que a viremia 
pode durar até 10 dias 
 
Manifestações clínicas 
➥ febre de início agudo >38,5C 
➥ Dores articulares e musculares 
➥ Cefaleia 
➥ Náusea 
➥ Fadiga 
➥ Exantema (pode ter prurido) 
➥ Dor nas articulações associadas a edema. 
 
A doença pode iniciar com uma fase aguda, após 14 dias, se 
persistirem os sintomas a doença entra em uma fase subaguda que 
pode durar até 3 meses. Ao passar de 3 meses a doença entra em fase 
crônica. 
 
Fase aguda 
Pontos principais: febre de início súbito e poliartralgia + rash cutâneo 
+ cefaleia e fadiga. Sintomas com duração de 7 dias. 
➥ A febre pode ser contínua, intermitente ou bifásica. 
➥ Poliartralgia é bilateral e simétrica, normalmente. 
Outros sintomas relatados são: dor retro-ocular, calafrios, conjuntivite 
sem secreção, faringite, náusea, vômito, diarreia, dor abdominal e 
neurite. Pode ter linfoadenomegalias cervical, retroauricular, inguinal. 
 
Fase subaguda 
➥ Não há presença de febre, normalmente, mas pode ter. 
➥ Pode ter persistência ou agravamento de artralgia, com exacerbação 
da dor articular nas regiões previamente acometidas 
➥ Tenossinovite hipertrófica subaguda nas mãos 
➥ Síndrome do túnel do carpo 
➥ Edema nas articulações. 
 
Fase crônica 
➥ Predominância da persistência de dor articular e 
musculoesquelética e neuropática. 
➥ Tem caráter flutuante 
 
Manifestações atípicas 
graves 
➥ São sintomas que não necessariamente apresentam dor articular e 
febre, mas apresentam algum dos seguintes sintomas: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
➥ Pode ter a necessidade de tratamento intensivo, de acordo com os 
sinais clínicos e exames laboratoriais apresentados. 
➥ É mais frequente em pacientes que apresentam comorbidades. 
 
Diagnóstico 
➥ RT-PCR, qRT-PCR, sorologia para identificar os Ac, ELISA, POC 
(imunocromatografia) 
 
Em exames laboratoriais, nada muito específico, pode apresentar: 
➥ Leucopenia com linfopenia, trombocitopenia, 
➥ VHS e PCR elevada. 
➥ Elevação discreta da creatinina, enzimas hepáticas e CPK. 
 
Na fase subaguda pedir: ureia, creatinina, TGO e TGP, glicemia em 
jejum e hemograma. 
 
Na fase crônica: AgHBs, HBsAg, anti-HCV, anti-HIV, anti-CVM, 
toxoplasmose, Raio-X de tórax e outros. 
 
Tratamento 
➥ Não tem tratamento específico, apenas sintomático, hidratação e 
repouso. 
 
Diagnóstico diferencial 
➥ Malária, leptospirose, febre reumática, artrite séptica, zika, mayaro, 
@brunapvilla 
 
Zika 
É uma doença viral, importante epidemiologicamente, que no brasil o 
primeiro caso foi registrado em 2015. 
 
Transmissão e Vetores 
➥ Vetor: pela picada da fêmea do aedes aegypti e aedes albopictus. 
➥ Transmissão vetorial por sangue, urina, sêmen, saliva, líquidos 
amnióticos e leite materno (porém não há contraindicação de 
amamentação). 
➥ Período de incubação: estimado de 2-14 dias 
 
Manifestações clínicas 
Apenas 20% dos infectados apresentam sintomas, a grande maioria 
dos pacientes tem a forma assintomática da doença. 
➥ Febre baixa entre 37,8ºC e 38,5ºC 
➥ Rash cutâneo/exantema e prurido 
➥ Artralgia (principalmente mãos e pés) 
➥ Conjuntivite não purulenta 
➥ Mialgia, cefaleia, dor retro orbitária, astenia, edema periarticular, 
linfodomegalia, úlceras orais, dor abdominais, náuseas e vômitos e 
diarreia. 
 
Pelo MS, a definição de caso suspeito é: pacientes que apresentam 
exantema maculopapular pruriginoso acompanhado ou não de febre 
baixa. 
 
Exames complementares 
Os exames complementares apresentam-se normais. 
RT-PCR para diagnóstico até o 5º dia de sintoma, no sangue 
Na urina pode identificar até o 30º dia 
A partir do 7º dia, pode identificar o IgM 
 
Complicações 
➥ Síndrome de guillan-barré (15-20/60 dias depois dos sintomas), 
encefalite, meningoencefalite, mielite, paralisias flácidas agudas, 
encefalomielite disseminada aguda 
➥ Microencefalia – deve ser feito investigação durante pré-natal 
– A microcefalia também pode ser causada por: chikungunya, sífilis, 
toxoplasmose, infecção por parvovírus, rubéola, CMV 
 
Diagnóstico diferencial 
➥ Outras arboviroses, parovírus, rubéola, sarampo, riquetsioses, 
malária, leptospirose. 
 
Tratamento 
➥ Na dúvida de arbovirose, sempre conduzir o caso como dengue! 
➥ A maior parte dos pacientes apresentam evolução espontânea em 2-
14 dias após a picada do mosquito. 
➥ Para o prurido pode usar antialérgico para melhorar, de preferência 
loratadina ou desloratadina. 
➥ NÃO fazer anti-inflamatório nos primeiros 5 dias. 
 
Dengue 
➥ Vetor: pela picada da fêmea do aedes aegypti e aedes albopictus. 
➥ Epidemiologiamente, é mais frequente nos períodos de chuva 
➥ A dengue é uma doença urbana 
➥ DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4 
➥ Período de incubação: 15 dias em média 
 
Manifestações clínicas 
Definição de caso suspeito: “paciente com febre máxima de 7 
dias, acompanhada de pelo menos 2 dos seguintes sintomas: 
cefaleia, dor retrorbitária, mialgia, artralgia, prostração, 
exantema e com exposição à área com transmissão de dengue 
ou com presença do mosquito nos últimos 15 dias.” 
➥ Febre alta é o principal sintoma. Aparece do 2º até o 7º dia. 
Tem início abrupto, associado à cafaléia, adinamia (fraqueza 
muscular), mialgias, artralgias e dor retroorbitária. 
➥ Pode apresentar exantema predominantemente maculo-
papular, mas também pode atingir face, membros e troncos. 
➥ Importante definir em qual grupo o paciente com dengue se 
encontra: 
– A: sem sinal de alarme, sem risco social e sem comorbidades 
– B: sem sinal de alarme, com condição especial ou com risco 
social e com comorbidades 
– C: dengue com sinal de alarme presente à internação 
– D: dengue grave: extravasamento, sangramento ou 
comprometimento de órgãos à internação 
 
– Sinais de alarme da dengue – 
@brunapvilla 
 
➥ Dor abdominal 
➥ Vômitos persistentes 
➥ Acúmulo de líquidos – ascite, derrame pleural, derrame pericárdico 
➥ Diminuição de diurese. 
➥ Hipotensão postural e/ou lipotimia (síncope) 
➥ Hepatomegalia maior que 2cm do rebordo costal 
➥ Sangramento de mucosas à plaquetas >50.000 também interna 
➥ Letargia ou irritabilidade 
➥ Aumento progressivo do hematócrito (exame mais relevante para 
dengue). 
➥ Outras comorbidades prévias ou gestação 
 
A forma grave da dengue aparece após o 5º dia de doença, onde pode 
começar a fase de choque. 
 
– Hidratação – 
➥ Hematócrito (hemoconcentração à desidratação) 
Nos casos de alarme da doença deve manter o paciente em ambiente 
hospitalar e iniciar a hidratação intravenosa: 
– Hidratação fase de ataque: 20ml/kg/hora por 4 horas e repete o 
hemograma. Melhorou? Entra na fase de manutenção. Se continuar 
hemoconcentrado repete o hemograma. 
– Fase de manutenção: 25ml/kg por 6 horas 
➥ Deixar o paciente em repouso para evitar extravasamento para a 
cavidade pleural, abdominal, etc. 
➥ Caso o paciente entre em insuficiência respiratória: fazer raio-x pois 
ocorreu um extravasamento do líquido para cavidades. 
 
➥ Após hidratação reavaliar hematócrito e só dá alta para o paciente 
após 48 horas sem sintomas e com o hematócrito dentro dos 
parâmetros normais. 
➥ Pacientes que apresentam uma diminuição de plaquetas persistente 
após o fim do ciclo da dengue podem estar apresentando uma púrpura 
idiopática causada pelo vírus à encaminhar para o hematologista ou 
administrar corticoide para regularizar a situação. 
 
Diagnóstico diferencial 
➥ Síndrome febril: enteroviroses, influenza e outras viroses 
respiratórias, hepatites virais, malária, febre tifoide, chikungunya e 
outras arboviroses. 
➥ Síndrome exantemática febril: rubéola, sarampo, escarlatina, 
eritema infeccioso, exantema súbito, enterovirose, mononucleoseinfecciosa, parovirose, CMV, outras arboviroses, farmacodermias, 
doença de Kawasaki, doença de Henoch-Schonlein, etc. 
➥ Síndrome hemorrágica febril: hantavirose, febre amarela, 
leptospirose, malária grave, riquetsioses e púrpuras 
➥ Síndrome dolorosa abdominal: apendicite, obstrução intestinal, 
abscesso hepático, abdome agudo, pneumonia, infecção urinária, 
colecistite aguda, etc 
➥ Síndrome do choque: meningococcemia, septicemia, meningite por 
influenza tipo B, febre purpúrica brasileira, síndrome do choque tóxico 
e choque cardiogênico (miocardites 
➥ Síndrome meníngea: meningites virais, meningite bacteriana e 
encefalite. 
Lembrando que: 
➥ Diferença entre exantema e petéquias: o exantema some após digito-
pressão, a petéquia não. 
➥ A dengue é uma doença que NÃO apresenta icterícia nos primeiros 7 
dias. 
➥ Se a febre persiste por mais de 8 dias, não é dengue. 
➥ Para diferenciar de meningocociocomia, as lesões maiores e mais 
enegrecidas - sufusões hemorrágicas. 
➥ Pode apresentar também uma hipoalbuminemia (VN 35,-5,2) à 
extravasamento. 
 
Diagnóstico 
➥ Sorologia (IgG e IgM), a partir do 6º dia 
➥ NS1 até o 3º dia após início dos sintomas 
➥ Isolamento viral até o 5º dia após início dos sintomas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
@brunapvilla 
 
Tratamento 
➥ EVITAR AINES, diclofenato, aas, aspirina e outros. 
➥ Usar dipirona e reposição de líquidos. Para os casos de prurido usar 
um antialérgico como a loratadina. 
➥ Hidratação!! 
➥ Para sinais de choque: plasma, plaqueta, vitamina K. apenas se 
apresentar algum sangramento importante ou sinal de hipotensão.

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