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Avaliação Educacional e da Aprendizagem - UNIDADE 04

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Curso de Graduação Online | UNISUAM
PEDAGOGIA
Avaliação Educacional
 e da Aprendizagem
UN
ID
AD
E 
4
http://www.unisuam.edu.br
Avaliação da 
Aprendizagem
Nesta unidade vamos decorrer sobre a avaliação na escola atual, assim como 
técnicas e instrumentos avaliativos.
E, para facilitar o seu aprendizado, esta unidade está estruturada em cinco 
tópicos:
T1. Avaliação da Aprendizagem na Escola de Hoje
T2. Avaliação por Competências 
T3. Técnicas e Instrumentos Avaliativos 
T4. Avaliação por Rubricas, Mapas Conceituais, Portfólio
T5. Avaliação Autônoma e Cooperativa na Prática
Fonte: Apostila Geografia
Avaliação Educacional e da Aprendizagem Pedagogia Online | UNISUAM 
2
4
T1
Esperamos que, ao final da aula, você tenha aproveitado o período de estudo, 
com as construções desenvolvidas nesse rico processo, sendo capaz de 
entender as técnicas e instrumentos avaliativos, assim como, a propor 
avaliações autônomas e cooperativas na prática.
Vamos iniciar? 
Avaliação da Aprendizagem 
na Escola de Hoje
Ainda hoje, a avaliação da aprendizagem é vista por muitos como o ato de 
medir o conteúdo que foi aprendido pelo aluno em cada período escolar. 
A avaliação da aprendizagem é elemento integrante do processo ensino-
aprendizagem e ganhou na atualidade espaço muito amplo nos processos 
de ensino, o que requer preparo com componentes especializados e grande 
capacidade de observação dos profissionais envolvidos. 
Mas, hoje em dia, muitos educadores modificaram sua percepção sobre o 
que é avaliar, pois passaram a perceber a ampliação do conhecimento do 
aluno no cotidiano e não apenas um momento único, além de perceber as 
peculiaridades de cada discente. 
Porém, a avaliação ainda se configura como a obtenção de um resultado 
objetivo, por meio de notas.
Sabemos que a avaliação da aprendizagem possibilita a tomada de decisão e 
a melhoria da qualidade de ensino, informando as ações em desenvolvimento 
e a necessidade de regulações constantes para encontrar parâmetros que 
possam estabelecer quais as melhores formas de chegar ao educando, de 
modo que ele consiga agregar os conteúdos ao seu cotidiano. 
A AvAliAção dA 
AprendizAgem é 
vistA por muitos 
educAdores como 
Ato de medir o que 
foi Aprendido
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3
Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
Mendéz (2002) ressalta que, no âmbito educativo, a avaliação deve ser 
entendida como atividade crítica de aprendizagem, porque se assume que 
avaliação é aprendizagem no sentido de que, por meio dela, adquirimos 
conhecimento.
Ao longo da história, as alterações que ocorreram no sistema de ensino 
admitiram estabelecer um novo exemplo de avaliação da aprendizagem 
escolar, com ênfase para avaliação formativa com base no diagnóstico; sendo 
assim, corrigindo as modalidades de ação no seu percurso, possibilitando 
um olhar mais atento sobre como os alunos constroem seus próprios 
conhecimentos.
Avaliação Emancipadora
Para realização da prática com o novo olhar sobre a avaliação, é necessária 
a constituição de uma nova cultura escolar, com alterações e variações nas 
condições de trabalho apresentadas ao professor, da estrutura da escola e do 
preparo técnico e pedagógico para o corpo docente, atuando com práticas 
inovadoras e com afeto.
Grandes educadores, como Freire, Anísio Teixeira, Freinet, Ferreiro, dentre 
outros, contribuíram para uma educação mais emancipadora, democrática, 
participativa e consonante com as realidades dos aprendizes, contribuindo 
para uma avaliação emancipadora.
Hadji (2001 apud SOUZA, 2005) revela que nos dias atuais a avaliação é um 
exercício autoritário e verticalizado, centrado nas mãos do professor, voltado 
para a verificação da aprendizagem dos conteúdos, atitudes, hábitos e 
comportamentos, de maneira a favorecer o disciplinar das condutas cognitivas 
e sociais.
A AvAliAção dA 
AprendizAgem como 
umA possibilidAde 
de um olhAr mAis 
Atento sobre como 
os Alunos constroem 
seus próprios 
conhecimentos
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Avaliação Educacional e da Aprendizagem Pedagogia Online | UNISUAM 
4
O que percebemos é que, no modelo social vigente, a busca desenfreada 
pela pontuação ou nota, que serve de chave de passagem para o próximo ano 
letivo, deixa o mais importante, o ensinamento profundo ou o aprendizado 
verdadeiro, relegado a um constrangedor segundo plano.
Firme (2014), educadora que atua como consultora em avaliação, tem vários 
artigos sobre esse tema tão instigante que trata da avaliação no século XXI, 
em que menciona que:
dessa desafiadora concepção da avaliação resulta, 
como imprescindível, a capacitação de educadores, 
líderes, dirigentes e profissionais, nos vários âmbitos 
disciplinares, para a melhor utilização da avaliação. Mais 
especificamente, a formação do avaliador é um desafio 
consequente para a avaliação do novo século. É, pois, 
na medida em que avaliados e avaliadores dialoguem, 
instituições e sistemas se sintonizem e inteligências 
múltiplas se complementem, que a avaliação irá 
emergindo com as suas características mais notáveis de 
propulsora das necessárias transformações educacionais, 
sociais e culturais e advogada na defesa dos direitos 
humanos (FIRME, 2014, p. 2-3).
A autora também escreveu sobre a preocupação dos estudiosos da área em 
definir padrões de excelência para a avaliação, que gerou um substancial 
conjunto de critérios agrupados em quatro categorias, são elas: utilidade, 
viabilidade, ética e previsão.
Vejamos o que a autora trata dessas categorias:
A dimensão da utilidade, o que significa que uma 
avaliação não deverá jamais ser realizada se não o for 
para ser útil. A dimensão da viabilidade, segundo a qual 
ela terá que, além de útil, ser conduzida considerando 
aspectos políticos, práticos e de custo-efetividade. 
A ética com que deve ser realizada, no respeito aos 
valores dos interessados, incluindo grupos e culturas. 
E, finalmente, se for possível desencadear uma 
avaliação útil, viável e ética, então será importante 
considerar a característica precisão, no que tange 
às dimensões técnicas do processo. Tais critérios de 
excelência clamam, portanto, por avaliações sensíveis 
à responsabilidade situacional, metodologicamente 
f lex ível , d inâmica no entendimento pol í t ico e 
substancialmente criativa para integrarem todas 
essas dimensões na direção do desenvolvimento e do 
aperfeiçoamento de seu objeto seja ele um projeto, um 
programa, uma instituição, um sistema ou indivíduos. 
Cada avaliação deve, pois, revestir-se de características 
próprias em sintonia com o contexto social, político, 
cultural e educacional onde se realiza e de forma tal 
que o avaliador é essencialmente um historiador, que 
descreve, registra e interpreta a história singular de 
cada cenário (FIRME, 2014, p. 3, grifo nosso).
5
Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
Avaliação por Competências
O termo competência surge muito antes da educação profissional, faz 
referência à utilização do termo já na Idade Média para indicar que determinada 
corte, tribunal ou indivíduo era competente para realizar um dado julgamento. 
A partir dos anos 1980, especialmente na economia e na sociologia, e com 
origens na mudança do paradigma de produção de Taylor para os modelos 
de gestão e produção que o substituíram:
O termo competência passa a indicar a associação entre conhecimentos e 
habilidades manifestadas nas ações de uma pessoa. 
O conceito de competência é usualmente associado com a habilidade para 
dominar situações complexas ultrapassando os níveis de conhecimento e 
capacidades. 
Ao discutir o conceito, torna-se necessário esclarecer os tópicos conhecimento, 
compreensão, capacidades cognitivas:
[...] que representam a habilidade de lidar com situações 
complexas e imprevisíveis; esta definição inclui 
conhecimentos, capacidades, atitudes, metacognição e 
pensamento estratégico e pressupõe tomada de decisões 
intencional e consciente (WESTERA, 2007, p.14).
Na área da educação, Perrenoud (1999, p. 7) define competênciacomo “uma 
capacidade de agir eficazmente em um determinado tipo de situação”. 
T2
Fonte: Freepik
competênciA indicA 
A AssociAção entre 
conhecimentos e 
hAbilidAdes
Avaliação Educacional e da Aprendizagem Pedagogia Online | UNISUAM 
6
Colsing (2004) postula que, para se enfrentar qualquer situação da melhor 
maneira possível, solucionando-a com eficácia e pertinência, devem-
se mobilizar vários recursos cognitivos, entre os quais conhecimentos 
previamente adquiridos. 
A Forma de Avaliar por Competência
A avaliação por competência é a forma de avaliar o aluno a qual leva em 
consideração o que o aluno já sabe (diagnóstico), o que o aluno aprendeu 
com a aula e como ele coloca em prática o que aprendeu com a realidade 
de sua profissão, a fim de atender às expectativas do mercado de trabalho 
e do perfil profissional.
Para alguns, a noção de competência remete a práticas do cotidiano, que 
mobilizam apenas saberes de senso comum, saberes de experiência. Disso 
concluem que desenvolver competências desde a escola prejudicaria a 
aquisição dos saberes disciplinares que ela tem a vocação de transmitir. 
Perrenoud (2001) conceitua que uma competência não é nada mais que uma 
aptidão para dominar um conjunto de situações e de processos complexos 
agindo com discernimento.
Hager, Gonczi e Athanasou (1994) mencionam que são identificados três 
princípios básicos da avaliação por competências:
Selecionar os métodos relevantes para o tipo de desempenho a avaliar
O primeiro refere-se à necessidade de selecionar os métodos 
diretamente relacionados e mais relevantes para o tipo de desempenho 
a avaliar, dentre os quais sugerem-se os seguintes: 
a) técnicas de perguntas; 
b) simulações; 
c) provas de habilidades; 
d) observação direta; 
e) evidências de aprendizagem prévia.
Mesclar métodos para inferência da competência
O segundo princípio afirma que, quanto mais estreita a base de evidência, 
menos generalizáveis serão os resultados para o desempenho de outras 
tarefas. Recomenda-se, então, utilizar uma mescla de métodos que 
permitam a inferência da competência.
Utilizar integrados (conhecimento, habilidades, atitudes etc.) para um 
maior grau de validez.
Por fim, considera-se conveniente a utilização de integrados, visando 
a um maior grau de validez da avaliação. A integração significa a 
combinação de conhecimento, compreensão, resolução de problemas, 
habilidades técnicas, atitudes e ética na avaliação.
 
7
Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
http://www.sites.epsjv.fiocruz.br/dicionario/verbetes/avacom.html
Com a reconceitualização da avaliação que este contexto determina, esta 
tem de incluir mais do que testes de papel e lápis, ou seja, exige-se uma 
diversificação de procedimentos, técnicas e instrumentos de avaliação, que 
inclui, em particular, a valorização do domínio das atitudes e das capacidades 
e a adoção de outros instrumentos de avaliação.
Ao nos preocuparmos com as competências, estaremos, acima de tudo, 
lutando por uma formação profissional dos professores baseada na realidade 
das práticas (PERRENOUD, 1999).
Os docentes que seguem a linha de avaliação por competência embasada 
nos estudos de Perrenoud acreditam que um ensino centrado no pensamento 
crítico e na resolução de problemas encoraja este tipo de avaliação (LARA; 
SILVA, 2004).
Cabe ao professor procurar a formação e 
a informação a respeito da avaliação por 
competência. Assim como as instituições de 
ensino capacitarem sua equipe de docentes 
ou optar pela contratação de profissionais 
aptos a realizarem avaliações que tornem o 
aluno preparado para o mercado de trabalho 
e atendendo às expectativas da profissão, 
transformando-os em profissionais diferenciados.
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Clique no link abaixo e assista à entrevista com 
a prof.ª Viviane Mosé, que trata da necessidade 
da quebra total de paradigmas para adotar a 
avaliação de competência na educação.
h t t p s : // w w w . y o u t u b e . c o m /
watch?v=NA10YpXiZiY
saiba mais?
nA AvAliAção por competênciA é 
considerAdo o que o Aluno já sAbe, o 
que Aprendeu e como é colocAdo em 
práticA o conhecimento Adquirido
Avaliação Educacional e da Aprendizagem Pedagogia Online | UNISUAM 
8
Técnicas e Instrumentos 
Avaliativos
Os instrumentos de avaliação de aprendizagem devem permitir ao professor 
colher informações sobre a capacidade de aprendizado dos alunos, medida, em 
especial, pela competência deles para resolver problemas e instrumentalizar o 
conhecimento para a tomada de decisões, e devem ser largamente utilizados 
ao longo do período letivo. 
Cabe ao professor definir os instrumentos que serão utilizados para melhor 
acompanhar o processo de aprendizado de seus alunos.
Não existem instrumentos específicos de avaliação capazes de detectar a 
totalidade do desenvolvimento e aprendizagem. 
É diante da limitação que cada instrumento de avaliação comporta que se 
faz necessário pensar em instrumentos diversos e mais adequados com suas 
finalidades, para que deem conta, juntos, da complexibilidade do processo 
de aprender.
T3
Fonte: Phys.org
A pArticipAção em sAlA de AulA 
pode ser um instrumento de 
AvAliAção AdequAdo Ao processo 
de AprendizAgem, por exemplo.
9
Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
Alguns Exemplos de Instrumentos de 
Avaliação
Vamos, agora, conhecer alguns exemplos de instrumentos de avaliação em 
que o educador pode adotar no processo de aprendizagem. O seu uso deve 
ser adequado de acordo com a finalidade do processo de aprender.
ObServAçãO
A observação exige do professor:
•	 Eleger o objeto de investigação (um aluno, uma 
dupla, um grupo etc.);
•	 Elaborar objetivos claros (descobrir dúvidas, 
avanços etc.);
•	 Identificar contextos e momentos específicos 
(durante a aula, no recreio etc.);
•	 Estabelecer formas de registros apropriados 
(vídeos, anotações etc.).
Indicações
Observações em atividades livres, no recreio, 
individuais etc.
Aspectos Negativos
É um instrumento de pouca utilização de registro 
e de falta de sistematização; os dados colhidos, 
muitas vezes, se perdem ou não são utilizados de 
forma produtiva para refletirem sobre a prática 
pedagógica e o desenvolvimento dos alunos.
Aspectos Positivos
Por meio da observação, os educadores 
podem conhecer melhor os alunos, analisar seu 
desempenho nas atividades em sala de aula 
e compreender seus avanços e dificuldades. 
Ao mesmo tempo, os alunos poderão tomar 
consciência dos processos vividos pelo grupo.
regiStrO/FichAS
Tem como função acompanhar o processo 
educativo vivido por alunos e professores, é por 
ele que se torna possível realizar uma análise 
crítica e reflexiva do processo de avaliação. 
Permite aos educadores perceberem e 
analisarem ações e acontecimentos, muitas vezes 
despercebidos no cotidiano escolar.
Aspectos Positivos
Contribui para que os dados significativos da 
prática de trabalho não se percam. Alguns 
recursos podem ser utilizados, são eles:
1. Caderno de campo do professor: registro de 
aulas;
2. Caderno de anotações para cada grupo 
de alunos: anotações periódicas sobre 
acontecimentos significativos.
 
DebAte
O debate nos permite, nas situações de interação, 
trocar ideias com as pessoas, compreender as 
ideias do outro, e ampliar conhecimentos sobre 
o tema ou assunto discutido.
Aspectos positivos
Favorável para que alunos e professores incorporem 
conhecimentos, exige que se expressem com suas 
próprias palavras, exemplifiquem e estabeleçam 
relações com outros conhecimentos, pois o aluno 
expõe à turma sua forma de compreender o tema 
em questão.
AUtOAvAliAçãO
É uma atividade de reflexão fundamental na 
aprendizagem, que incentiva a consciência crítica 
dos alunos, em relação aos modos de agir que 
utilizam frente às tarefas que lhes são propostas.
Aspectos Positivos
Visa levantar:
•	 o caminho percorrido pelo aluno para as suas 
respostas e resultados;
•	 as evidências de que conseguiu aprender; 
as dificuldades que ainda enfrenta e, a partir 
delas, o reconhecimentodas superações que 
precisam ser conquistadas.
trAbAlhO eM grUpO
É todo tipo de produção realizada em parceria 
pelos alunos, sempre orientada pelo professor. 
Permite um conhecimento maior sobre as 
possibilidades de verbalização e ação dos alunos 
em relação às atividades propostas.
Avaliação Educacional e da Aprendizagem Pedagogia Online | UNISUAM 
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Aspectos positivos
Estimula os alunos à cooperação e realização 
de ações conjuntas, propicia um espaço para 
compartilhar, confrontar e negociar ideias. É 
necessário que haja uma dinâmica interna das 
relações sociais, mediada pelo conhecimento, 
potencializado por uma situação problematizadora, 
que leve o grupo a colher informações.
pArticipAçãO eM SAlA De AUlA
Trata-se de analisar o desempenho do aluno 
em fatos do cotidiano da sala de aula ou em 
situações planejadas.
Aspectos Positivos
Permite que o professor perceba como o aluno 
constrói o conhecimento, já que é possível 
acompanhar de perto todos os passos desse 
processo. 
É necessário que o professor faça anotações no 
momento em que os fatos a serem considerados 
ocorrem, ou logo em seguida, para que sejam 
evitados as generalizações e os julgamentos com 
critérios subjetivos. 
Habilita o professor a elaborar intervenções 
específicas para cada caso e sempre que julgar 
necessário.
SeMiNáriO
É a exposição oral que permite a comunicação 
das informações pesquisadas de forma eficaz, 
utilizando material de apoio adequado.
Aspectos Positivos
Contribui para a aprendizagem tanto do ouvinte 
como do expositor, pois exige desta pesquisa 
planejamento e organização das informações, 
além de desenvolver a capacidade de expressão 
em público.
Aspectos Negativos
Às vezes, alguns professores utilizam de 
comparações nas apresentações entre o inibido 
e o desinibido.
Outras Variações das Provas
Ao longo dos anos, as provas foram tomando diferentes formatos. Vamos 
conhecer algumas de suas variações: 
prOvA DiSSertAtivA
Caracteriza-se por apresentar uma série de perguntas (ou problemas, ou 
temas, no caso da redação), que exijam capacidade de estabelecer relações, 
de resumir, analisar e julgar.
Aspectos Positivos
Avalia a capacidade de analisar um problema central, abstrair fatos, formular 
ideias e redigi-las: permite que o aluno exponha seus pensamentos, mostrando 
habilidades de organização, interpretação e expressão.
prOvA cOM cONSUltA
Apresenta características semelhantes às provas dissertativas, diferenciando-
se pelo fato de o aluno poder consultar livros ou apontamentos para 
responder.
Aspectos Positivos
Se bem elaborada, pode permitir que o aluno demonstre não apenas o 
seu conhecimento sobre o conteúdo objeto da avaliação, mas, ainda, a sua 
capacidade de pesquisa, de buscar a resposta correta e relevante.
11
Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
prOvA ObjetivA
Caracteriza-se por uma série de perguntas diretas para respostas curtas, 
com apenas uma solução possível, ou em que o aluno tenha que avaliar 
proposições, julgando-as verdadeiras ou falsas.
Aspectos Negativos
Favorece a memorização e sua análise não permite constatar, com boa margem 
de acerto, quanto o aluno adquiriu em termos de conhecimento.
prOvA OrAl 
Situação em que os alunos expõem individualmente seus pontos de vista 
sobre o conteúdo ou resolvem problemas em contato direto com o professor. 
Pontos Positivos
Bastante útil para desenvolver a oralidade e a habilidade de argumentação.
Avaliação por Rubricas, 
Mapas Conceituais, Portfólio
A alteração do cenário encontra resistências inúmeras, advindas dos mais 
variados elementos. Afinal, mudar as práticas avaliativas, conferindo-lhes um 
sentido mais diagnóstico-formativo, solicita transformações no contexto escolar.
Suscita a necessidade de evolução dessas práticas avaliativas no sentido de 
promover a efetivação de procedimentos que ajudem o aluno a aprender e o 
professor a ensinar (PERRENOUD, 1999).
T4
Fonte: The Huffington Post
Avaliação Educacional e da Aprendizagem Pedagogia Online | UNISUAM 
12
Rubricas
Um dos instrumentos atuais que auxiliam na tarefa da avaliação são as rubricas: 
instrumentos que  possibilitam avaliar os resultados de um processo de 
aprendizagem de forma autêntica, com foco na produção do aluno a partir 
do conhecimento construído por ele próprio. 
Para Ludke (2003, p. 74), “as rubricas partem de critérios estabelecidos 
especificamente para cada curso, programa ou tarefa a ser executada pelos 
alunos e estes eram avaliados em relação a esses critérios”. 
Segundo Porto (2005), os pontos mais importantes a partir das definições de 
rubricas são: 
•	 necessitam ser feitas sob medida para as tarefas ou produtos que se 
pretende avaliar; 
•	 precisam descrever níveis de desempenho, de competências, na realização 
de tarefas específicas, ou de um produto específico. Esses níveis devem 
ser descritos em detalhe e serem associados a uma escala de valores.
Russell e Airasian (2014, p. 205), corroborando, 
afirmam que “as rubricas estabelecem critérios 
para níveis diferentes de desempenho, que 
normalmente são descritivos, em vez de 
numéricos”, tornando a avaliação mais adequada, 
talvez até mais justa.
Segundo Mattar (2012) as rubricas não apenas 
reduzem a subjetividade do processo, com 
critérios objetivos e claros quanto aos objetivos 
de aprendizagem, mas também, funcionam “como 
um instrumento de avaliação formativa, permitindo 
ainda o envolvimento dos alunos no processo de 
aprendizagem e avaliação” (IDEM, 2012, p. 1). 
exemplo de rubrica
Fo
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al
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o
 P
ro
fe
ss
o
r
Clique no link abaixo para ter acesso ao artigo 
de Biagiotti (2005), em que apresenta as 
maneiras de aplicar as rubricas em avaliações. 
Boa Leitura!
http://www.abed.org.br/congresso2005/
por/pdf/007tcf5.pdf
saiba mais?
13
Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
Portfólio
A palavra portfólio, como ensinam Depresbiteris e Tavares (2009), origina-se do 
latim na junção dos termos portaré e fólium, que, traduzidas para o português, 
significam portar folhas, sendo essa uma de suas atribuições, visto que nele 
geralmente consta uma sequência de folhas arquivadas, pretendendo oferecer 
a visualização de um determinado objetivo. 
No Brasil, a adoção e utilização do portfólio no âmbito escolar vêm crescendo 
nas últimas décadas. Na educação, o portfólio tem por finalidade maior 
registrar a trajetória de aprendizagem dos alunos, pois mantém armazenadas 
as principais etapas por eles vivenciadas na apropriação do saber.
Entretanto, não pode ser confundido com uma mera pasta acumuladora de 
tarefas, pois implica,
[...] para o professor e para o aluno, um retrato dos passos 
percorridos na construção das aprendizagens. Essa 
característica de registro diário tem o sentido de mostrar 
a importância de cada aula, de cada momento, como uma 
situação de aprendizagem. “O aluno é, então, avaliado por 
todos esses momentos” (PERNIGOTTI et al., 2000, p.55).
Os portfólios são apresentados, também, como um espaço de diálogo entre 
educadores e educandos, pois são construídos, elaborados e reelaborados, 
compartilhados e interpretados, no decorrer de todo o trabalho pedagógico.
Fonte: Nova Escola
nA educAção, o 
portfólio é utilizAdo 
pArA registrAr 
A trAjetóriA de 
AprendizAgem do Aluno
Avaliação Educacional e da Aprendizagem Pedagogia Online | UNISUAM 
14
Eles possibilitam documentar, registrar e estruturar as tarefas produzidas, as 
estratégias selecionadas para a resolução de problemas, as aprendizagens 
edificadas – bem como aquelas ainda em curso. Evidenciam, então, a 
dimensão formativa da avaliação da aprendizagem.
Portanto, enquanto ferramenta avaliativa, o portfólio favorece a reflexão 
sobre as aprendizagens edificadas e aquelas ainda em curso, gerando uma 
aprendizagem mais integral, porque contínua e progressivamente registrada, 
analisada, revista e repensada, quando possibilita 
[...] refletir sobre os assuntos abordados em sala de aula e 
verificar o que de fato foi aprendido, até porque [...] aprendernão é um processo linear: constrói-se por tentativas e 
experimentações que implicam a formulação de hipóteses, 
a aceitação do erro (SILVA; SOUZA, 2014, p. 1300).
O Volume que reúne todos os trabalhos produzidos pelo aluno durante o 
período letivo presta-se tanto para a avaliação final como para a avaliação do 
processo de aprendizagem do aluno. 
Aspecto positivo do portfólio
Como aspecto positivo, o portfólio evidencia as qualidades do estudante, 
registra seus esforços, seus progressos, o nível de raciocínio lógico atingido e, 
portanto, seu desempenho na disciplina. Também ensina ao aluno a organização. 
Tem finalidade de auxiliar o educando a desenvolver a capacidade de refletir 
e avaliar seu próprio trabalho.
Enquanto construção progressiva e longitudinal, o portfólio avaliativo abarca 
três princípios:
a) a avaliação, que é um processo em desenvolvimento; 
b) os alunos são participantes ativos desse processo 
porque aprendem a identificar e revelar o que sabem e o 
que ainda não sabem; 
c) a reflexão pelo aluno sobre sua aprendizagem é parte 
importante do processo (VILLAS BOAS, 2004, p. 39). 
A diversidade de instrumentos de avaliação é a estratégia mais segura para 
obter informações a respeito dos processos de aprendizagem. 
É fundamental a utilização de diferentes códigos, como o oral, o escrito, o 
gráfico, o pictórico, o numérico. 
Além da prova e do teste, podem-se acrescentar a observação sistemática 
(por meio de registros em tabelas, listas de controle, diário de classe etc.) e a 
análise das produções dos alunos.
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Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
Mapas Conceituais
Uma possibilidade no uso dos mapas conceituais está na avaliação da 
aprendizagem, no sentido de obter informações sobre o tipo de estrutura que 
o aluno vê para um dado conjunto de conceitos. 
Pode-se solicitar ao aluno que construa o seu mapa ou este pode ser obtido 
indiretamente por meio de suas respostas a testes escritos, entrevistas orais. 
A principal ideia da avaliação por mapas conceituais é a de avaliar o que 
o aluno sabe em termos conceituais, isto é, como ele estrutura, relaciona, 
discrimina, hierarquiza, diferencia, integra, conceitos de um determina 
unidade de estudo. 
Portanto, o uso de mapas conceituais como instrumentos de avaliação implica 
uma postura que, para muitos, difere da usual. Para Ausubel (1978), aquilo que 
o aluno já sabe, isto é, seu conhecimento prévio, parece ser o fator isolado 
que mais influencia a aprendizagem subsequente. 
Os mapas conceituais apresentam uma “nova” maneira de organizar, estruturar 
e hierarquizar os conteúdos de disciplinas – ou de qualquer assunto ou tema 
– por meio da organização cognitiva daqueles que os elaboram. 
Logo, os mapas conceituais proporcionam não somente a organização de 
um dado ou informação meramente disponível, mas sim, em conhecimento 
e inteligência.
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AprendizAgem
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De acordo com Aguiar (2012), o mapa conceitual abre uma possibilidade de 
estudantes e professor dialogarem para a construção de conhecimentos 
com base nos conteúdos ministrados em sala de aula. De certo modo, a 
estratégia de aprendizagem mediante mapa conceitual traz à tona alguns 
questionamentos: 
a) um dos problemas apontados por pedagogos e por demais docentes acerca 
da dificuldade de interpretação de conteúdos podem ser resolvidos pelo 
mapa conceitual? 
b) o professor está preparado para lidar com tal dinâmica em sala de aula? 
c) será que a proposta de mapa conceitual pode ser adequada para qualquer 
disciplina? Tais questões podem ser esclarecidas com base em pesquisas 
empíricas futuras.
O uso de vários instrumentos de avaliação e, principalmente, de avaliação 
continuada permite que o professor acompanhe passo a passo o aprendizado 
de seus alunos e imprime o ritmo adequado de cumprimento do programa 
do curso.
Avaliação Autônoma e 
Cooperativa na Prática 
A avaliação escolar não existe e não opera por si mesma; está sempre a 
serviço de um projeto ou de um conceito teórico, ou seja, é determinada pelas 
concepções que fundamentam a proposta de ensino, como afirma Caldeira 
(2000, p. 122):
A avaliação escolar é um meio e não um fim em si 
mesma; está delimitada por uma determinada teoria e 
por uma determinada prática pedagógica. Ela não ocorre 
num vazio conceitual, mas está dimensionada por um 
modelo teórico de sociedade, de homem, de educação 
e, consequentemente, de ensino e de aprendizagem, 
expresso na teoria e na prática pedagógica.
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Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
A avaliação é um processo em transição: apesar das suas raízes ainda estarem 
fincadas em solos mais tradicionais, seus galhos se lançam em direção às 
inúmeras possibilidades ofertadas por outros instrumentos e ferramentas – 
mais direcionados à compreensão do processo que à constatação do produto, 
apesar de este também merecer atenção.
Percebemos que o formato da avaliação promoveu várias modificações no 
sistema de ensino, dando espaço às reflexões sobre o que é avaliar na escola, 
em que a inquietação agora não se limita em aprovar e reprovar o aluno, mas 
envolve também seu empenho com o aprendizado dentro do seu cotidiano.
É importante distinguir a avaliação da aprendizagem, distanciando-a do 
objetivo que é obtenção de uma média favorável apenas para sua reprovação 
e aprovação do aluno, uma vez que essa forma de avaliar não sofreu nenhuma 
modificação, pois ainda hoje a avaliação é muito pautada na retenção ou 
avanço do aluno.
Segundo Villas Boas (1998, p. 21):
as práticas avaliativas podem, pois, servir à manutenção 
ou à transformação social. Ainda para a referida autora, a 
avaliação escolar não acontece em momentos isolados do 
trabalho pedagógico; ela o inicia, permeia todo o processo 
e o conclui.
TBL e as Metodologias Ativas 
Durante todas as aulas, percebemos a necessidade incontrolável de modificar 
o processo de aprendizagem.
A aula tradicional, em que o professor é o centro da sala - único agente ativo 
- e transmite verticalmente o conteúdo ao aluno, que passivamente anota e 
tenta compreender tudo o que ouve, parece não atender mais aos jovens que 
“estão plugados” constantemente. Também não parece interessar mais aos 
adultos, que não aceitam este acumulo de informação sem conexão com a 
realidade do dia a dia.
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Na década de 90, baseado nos princípios de Paulo Freire e sua Pedagogia 
Libertadora/Problematizadora, define-se o processo de aprendizagem 
chamado Problematização, em que o conhecimento é construído quando o 
indivíduo age sobre a realidade. 
tbl (team-Based Learning)
Também no início da década de 90, o professor doutor Michaelsen vem 
utilizando uma nova metodologia  ativa de aprendizagem, denominada 
TBL – Aprendizagem baseada em equipe. Este método teve uma difusão 
relativamente rápida em Universidades dos Estados Unidos da América e 
do Canadá, sendo hoje utilizada em mais de 70 Faculdades de vários cursos.
A fundamentação teórica do TBL é baseada no construtivismo, fazendo com 
que o professor não seja uma figura autoritária, passando a ser um facilitador.
Ela é uma estratégia pedagógica embasada em princípios centrais da 
aprendizagem de adultos, com valorização da responsabilidade individual 
dos estudantes perante as suas equipes de trabalho.
As oportunidades para o estudante adquirir e aplicar conhecimento criados 
pela metodologia são dadas a partir de uma sequência de atividades 
que incluem etapas prévias ao encontro com o professor, que terão seu 
acompanhamento, e também com um componentemotivacional para o 
estudo que é a aplicação dos conhecimentos adquiridos na solução de 
questões relevantes no contexto da prática profissional. 
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AprendizAgem de Adultos
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Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
O TBL é composto por três etapas, são elas:
1ª Etapa - Preparação Individual (pré-classe)
Os alunos têm a responsabilidade de se prepararem para o trabalho em grupo, 
por meio da realização de determinadas tarefas. É importante ressaltar que a 
não realização dessas atividades pode acarretar em atraso e perda de eficiência 
no desenvolvimento do trabalho em grupo.
2ª etapa - garantia de preparo
Nessa etapa é realizada uma espécie de teste, que tem como objetivo 
assegurar e garantir que o aluno realizou a preparação individual de forma 
satisfatória. Ela consiste de um teste respondido sem consulta, contemplando 
os principais conceitos abordados na preparação prévia.
3ª Etapa - Aplicação dos Conceitos
É o momento em que o professor lança desafios e problemas que mais se 
aproximem da realidade do aluno, por meio de questões apresentadas na 
forma de cenários/problemas relevantes e presentes na vida do educando. 
Essa etapa deve ser estruturada seguindo os 4S’s, expressão em inglês utilizada 
para representar quatro princípios básicos:
•	Problema significativo (Significant);
•	Mesmo Problema (Same);
•	Escolha específica (Specific);
•	Relatos simultâneos (Simultaneous report).
Os alunos são avaliados pelo seu desempenho individual e também pelo 
resultado do trabalho em grupo, além de se submeterem à avaliação entre os 
pares, o que incrementa a responsabilização.  É uma característica importante 
do TBL poder assumir um caráter formativo e/ou somativo e reforça a 
construção da aprendizagem, além da responsabilização individual.
tbl na prática
Veremos a seguir duas aplicações de TBL na prática, vamos lá!
tbl com discentes e docentes de diferentes cursos e áreas
Em 2016, na Universidade Federal X (UFX), a disciplina de Projeto de Inovação 
Tecnológica aplicou os conceitos do TBL. Tal disciplina era formada por 
discentes e docentes oriundos de diferentes cursos e áreas presentes na UFX.
Algumas áreas foram contempladas com a disciplina, que tinha como 
principal proposta promover a interdisciplinaridade por meio da criação 
de uma startup durante todo o semestre, findando na apresentação de um 
Mínimo Produto Viável (MVP) da solução proposta pelo grupo.
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Os grupos eram compostos por 5 alunos que trabalharam, durante todo o 
semestre, em uma solução para problemas propostos pelos próprios alunos.
A proposta de interdisciplinaridade e breve preparação para um real ambiente 
de trabalho (trabalhar com pessoas desconhecidas e de diversas áreas) foi 
bem atendida ao desafiar os grupos a desenvolverem projetos tecnológicos 
e inovadores, levando em consideração diferentes áreas.
Ao término da disciplina, foi realizado um momento em que todas as soluções 
rápidas foram apresentadas para uma banca externa, formada por professores, 
na forma de pitch (apresentação de 5 minutos para convencer alguém a 
comprar o seu produto ou serviço).
Aula de metodologias ativas utilizando o conceito de tbl na Faculdade Y
Nesse caso, o conceito de TBL foi utilizado em dois diferentes momentos: o 
primeiro, em que cada aluno deveria responder questões individualmente e 
o segundo, em que foram definidos grupos para discutir sobre as respostas 
de cada aluno do grupo, a fim de chegar à conclusão sobre qual seria a 
alternativa correta. 
Fato curioso é que as questões utilizadas pelo professor eram de concursos, 
e os alunos não sabiam. Ao término da atividade o professor revelou a origem 
das questões, despertando neles o sentimento de confiança.
Em todas as instituições e em todos os segmentos, há uma constante 
preocupação com o comprometimento dos alunos com as avaliações de 
modo geral. Muitos destes nem entendem o principal objetivo da avaliação, 
o que sugere que os professores são os agentes formadores deste estímulo. 
O grupo docente deve ser constantemente estimulado com formação 
continuada e com estratégias para que os alunos compreendam e valorizem 
as avaliações externas, de modo que as realizem com dedicação. 
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Unidade 04 Avaliação da Aprendizagem
Conclusão
Chegamos ao final da nossa disciplina, e esperamos que o material de estudo 
venha instigar as suas reflexões. 
Descobrimos que uma avaliação no séc. XXI depende dos instrumentos a 
serem empregados, mas que precisa mesmo é de uma avaliação útil, viável, 
ética e precisa. 
Somente assim, ela será útil nas necessárias transformações que os programas 
e projetos sociais, educacionais e culturais pretendem alcançar.
Na prática pedagógica, como na vida, as coisas não acontecem do jeito mais 
cômodo: “... pelo mapa / ir é fácil ...”, mas sim ao sabor dos versos do poeta 
espanhol Antonio Machado: “... O caminho se faz ao caminhar”.
Não há receitas gerais de sucesso garantido, mas esperamos que seu sucesso 
esteja próximo!
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