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PLANEJAMENTO FINANCEIRO NA MICRO E PEQUENA EMPRESA

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PLAENEJAMENTO FINANCEIRO NA MICRO E PEQUENA 
EMPRESA 
Marcos Jesus da Silva Langoni 
Cristovão Araripe Marinho 
RESUMO 
Planejamento financeiro para micro e pequena empresa, visando demonstrar 
sua importância dentro da empresa. Uma análise de micro e pequena empresa, 
ressaltando diversos pontos que lhe afetam. A micro e pequena empresa tem seu 
papel, tanto em termos econômicos, quanto social para o país. Demonstrando 
também os diversos problemas que a micro e pequena empresa passa pela falta de 
conhecimento gerencial. No entanto o planejamento financeiro, se fez mostrar uma 
ferramenta de melhoria na dinâmica da empresa em sua competitividade no ramo de 
atuação. Por tanto a implantação do planejamento financeiro apresenta complicações 
devido a uma estrutura empresarial organizada e a uma gerencia com o mínimo de 
grau técnico que infelizmente é o que muitas vezes não se encontra na micro e 
pequena empresa. 
 
Palavras-Chave : Contabilidade. Planejamento Financeiro. Micro Empresa. 
 
1 INTRODUÇÃO 
A micro e pequena empresa hoje no Brasil sofre uma preocupação econômica, 
devido ao atual quadro político e econômico que vivemos. No entanto a modalidade 
de micro e pequena empresa hoje desempenha uma importante função na geração 
de empregos e também sua importância fundamental não apenas no setor econômico 
como também em termos sociais, sendo via de regra, o primeiro caminho a ser 
seguido para aqueles que desejam sair da informalidade. 
Podemos pegar como exemplo o Sebrae que vem com uma analisa constante 
sobre as micros e pequenas empresas, assim disponibilizando cursos e publicações 
de artigos para ajudar com o entendimento sobre a legislação especifica, tributação 
especial, ajudando os micros e pequenos empresários em seu desenvolvimento. 
Entretanto a micro e pequena empresa, relacionada a economia, é ainda mais 
grave, por suas peculiaridades, por serem suscetíveis aos efeitos de um processo de 
fragilização econômico. 
Baseando-se nisso a micro e pequena empresa deve se adaptar as exigências 
do mercado atual e assim o gerenciamento familiar acaba ficando desprovido de 
2 
conhecimento da empresa em suas frentes, que por sua vez compromete tanto a 
possibilidade de crescimento da empresa, quanto a sua sobrevivência no mercado. 
Na busca de instrumentos gerenciais que agregam subsídios para uma melhor 
atuação dá micro e pequena empresa, tem a importância de fatores como o 
planejamento prévio, a formação do capital de giro, controle do fluxo de caixa, contas 
a pagar e a receber, dentre outros não tão menos importantes. Não resta dúvida de 
que todos são de extrema importância para o gerenciamento da empresa, sua 
capacidade de funcionamento fica bastante comprometida. 
Além disso o estudo busca ir além, com ênfase na importância da informação 
e o planejamento como elemento essencial que a empresa possa se adaptar e se 
desenvolver no mercado atual. 
O Planejamento Financeiro na micro e pequena empresa, com o problema a 
ser enfrentado: É viável a implantação de um sistema de planejamento financeiro? 
Planejamento financeiro é o elemento de suma importância no processo de 
qualquer micro e pequena empresa, o mesmo vem auxiliando no tratamento das 
informações e possibilitando um controle mais eficiente das suas atividades. 
O estudo tem por finalidade, verificar a importância do planejamento financeiro 
como instrumento de incremento e facilitação no processo de gerenciamento da micro 
e pequena empresa. Especificamente, pretende-se: A – apresentar de forma sucinta, 
os diversos aspectos relacionados as micros e pequenas empresas em seu 
surgimento, aspectos legais, enquadramento, características, papel econômico e 
social; B – demonstrar os principais elementos do planejamento financeiro, no sentido 
de se apreciar sua eventual contribuição dentro das micros e pequenas empresas. 
A justificativa para a escolha desta pesquisa referisse a possível utilização do 
planejamento financeiro na gestão de micro e pequena empresa. Levando em conta 
a principal complexibilidade do planejamento financeiro, ao que se aliam as 
dificuldades da micro e pequena empresa, tais como suas limitações de capital, 
gerencia familiar com desconhecimento técnico para implantação de rotinas mais 
complexas e falta de estrutura. 
A pesquisa utilizada para interpretar tais fenômenos, ocorre por meio da 
observação e a formulação conceitual, entre a pesquisa e o desenvolvimento técnico, 
na percepção e a explicação (Bulmer, 1977) se apresenta como uma dentre as 
diversas possibilidades de investigação. (TERENCE e ESCRIVÃO FILHO, 2006, p. 
12). 
3 
A pesquisa básica, isenta de proposta experimental em que se baseie. Tem 
caráter descritivo-explicativo. Enquanto aos procedimentos, é uma pesquisa 
bibliográfica, sendo desenvolvida a partir de materiais publicadas em livros, artigos, 
dissertações e teses. Segundo Cervo, Bervian e da Silva (2007, p.61), a pesquisa 
bibliográfica constitui o procedimento básico para os estudos monográficos, pelos 
quais se busca o domínio do estado da arte sobre determinado tema. (GIL, 2016. p. 
4). 
2 O SURGIMENTO DAS MICROS E PQUENAS EMPRESAS 
A micro e pequena empresa teve seu surgimento na Europa com as oficinas de 
artesões. As oficinas ficavam em pontos comerciais como portos e feiras, onde os 
artesões vendiam seus produtos confeccionados. Os artesões tinham uma grande 
variedade de produtos confeccionados como roupas, ferraduras, armas e caixas. 
(ROSA e LIMA, 2008). 
Outros tipos de empresa que foram surgindo também eram os prestadores de 
serviço que faziam os serviços de transporte, carregamento, concerto e manutenção 
de equipamentos. 
No Brasil a micro e pequena empresa tive início no período colonial, nas 
cidades de São Vicente e Santos no estado de São Paulo devido esse território ser 
forte na produção do açúcar que era abastecida com pequenas partes por pequenos 
proprietários rurais. (SOUZA, MACHADO E OLIVEIRA, 2007, p.2) 
Os pequenos produtores rurais não ficaram vivendo as margens das grandes 
empresa açucareiras e tão pouco dedicavam suas atividades secundarias e de 
suporte a elas. Os pequenos produtores participavam diretamente da atividade 
econômica o que lhe dava uma importância enorme desde seu início. (SOUZA, 
MACHADO E OLIVEIRA, 2007, p.2). 
 
2.1 LEGISLAÇÃO 
 
A legislação brasileira, tem um enquadramento diferenciado para a micro e 
pequena empresa com a Lei 7.256/1984 Estatuto da Microempresa, tendo como uma 
de suas normas a Lei Complementar Federal 147/2014, cabendo ressaltar que o 
diploma legal mais importante em relação a estas empresas é a Lei Complementar 
Federal 123/2006. 
4 
 
2.2 LEI GERAL DA MICRO E PEQUENA EMPRESA 
 
A Lei Geral dá micro e pequena empresa, que também conhecida pelo nome 
de Estatuto Nacional da Micrempresa e da Empresa de Pequeno Porte, compõe um 
tratamento diferenciado e favorecido à micro e à empresa de pequeno porte. 
Com uma grande participação de vários setores empresariais dos poderes 
Executivos e Legislativos; A Lei 123/2006, tem como objetivo fomentar o 
desenvolvimento e viabilizar a competitividade dás micros e pequenas empresas, 
tendo como os principais pontos distribuição de renda, geração de empregos e a 
redução da informalidade. (SEBRAE). 
O produtor rural também goza do tratamento tributário diferenciado gerado 
pelos benefícios que foram criados através da Lei Geral. 
Os principais pontos da Lei Complementar 123/2006 destacam-se: 
- Instituição de um regime tributário especifico; 
- Redução na carga de imposto; 
- Simplificação no processo de cálculo e recolhimento, o Simples Nacional. 
 
2.3 ENQUADRAMENTO E CARACTERISTICAS DA MICRO E PEQUENA 
EMPRESA 
 
 Através da Lei Complementar 123/2006 foi criado o critério que define o 
enquadramento dás micro e pequenas empresas, que é o critério da receita bruta 
anual. Assim por esse critério, a microempresa será representada comosociedade 
simples, empresa individual limitada, sendo os empresários registrados com receita 
bruta anual igual ou inferior a R$ 360.000,00 valor no qual é estabelecido através das 
mudanças trazidas a lei complementar 123/2006 pela lei complementar 139/2011. 
A receita bruta anual sendo superior a R$ 360.000,00 igual ou inferior a R$ 
3.600.000,00 da empresa, o enquadramento poderá ser de pequeno porte. 
Lembrando que os valores podem ser relativos a receita nacional, deixando claro que 
a empresa de pequeno porte deixará de participar deste enquadramento, caso 
acrescente valores respeitando o limite de R$ 3.600.000,00. 
Pela lei complementar 123/2006 o microempreendedor individual, representado 
pelo indivíduo que trabalha por conta própria pode se legalizar como empresário 
5 
optante pelo Simples Nacional, tendo a receita bruta anual igual ou inferior a R$ 
60.000,00, sendo assim pode-se possuir apenas um empregado. 
Outra forma de enquadramento da micro e pequena empresa, é pela 
quantidade de pessoas ocupadas na empresa, sendo adotada com base nos dados 
estatísticos utilizados pelo IBGE com os seguintes critérios descriminados no quadro 
abaixo. 
PORTE SERVIÇOS E 
COMERCIO 
INDUSTRIA 
Micro empresa Até 9 pessoas Até 19 pessoas 
Pequena empresa De 10 a 49 pessoas De 20 a 99 pessoas 
Media empresa De 50 a 99 pessoas De 100 a 499 pessoas 
Grande empresa Acima de 100 pessoas Acima de 500 pessoas 
 
Embora o primeiro critério defina o enquadramento dá micro e pequena 
empresa em termos legais e práticos, em termos de estudos estatísticos, o segundo 
demonstra de mais fácil utilização, sendo ele a base essencial para diversos estudos 
realizado pelo Sebrae e o IBGE. 
A micro e pequena empresa apresenta característica bastante peculiar, sendo 
elas destacadas abaixo: 
- baixa intensidade de capital; 
- presença de proprietários e membros da família como mão-de-obra; 
- poder decisório centralizado; 
- registros contábeis pouco adequados; 
- baixo investimento em inovação na parte de tecnologia; 
- grande dificuldade de acesso ao financiamento de capital de giro; 
- relação de complementaridade e subordinação com as empresas de grande 
porte. (IBGE, 2001, PP. 18-19) 
Assim afirmamos que grande característica dá micro e pequena empresa tem 
mostrado como grande obstáculo no seu funcionamento para manter sua 
permanência no mercado. 
A falta de capital de giro também se torna um enorme empecilho em seu 
desenvolvimento. 
 
 
6 
A falta de comprometimento dos gestores com os registros contábeis, acaba 
deixam a desejar visibilidade e controle quanto à situação da empresa. 
Uma causa grande que acaba prejudicando a capacidade produtiva da 
empresa é a contratação de mão de obra não qualificada. 
Um dos fatores também comprometedores da sobrevivência dá micro e 
pequena empresa é a falta de investimento em equipamento tecnológico. 
A micro e pequena empresa tem uma grande dificuldade de acesso para 
financiamento de capital de giro. 
Por fim, a relação de complemento e subordinação com as empresas de grande 
porte também é um sério entrave para à micro e pequena empresa ao passo que 
principalmente em situações de crises econômicas e de mercado, estas são muito 
mais sensíveis que as primeiras, a título de exemplo, um problema ou mudança 
decisória que compromete ou afeta apenas determinado setor de uma empresa de 
grande porte, pode representar a falência de uma micro e pequena empresa. 
A situação dá micro e pequena empresa no Brasil ainda se apresenta bastante 
frágil. 
 
3 PLANEJAMENTO FINANCEIRO NA MICRO E PEQUENA EMPRES A 
 
Um bom planejamento financeiro na empresa é o fator primordial dentro da 
administração, é pelo planejamento que pode enxergar a realidade da empresa, é nele 
que se defini o rumo da empresa, onde se cria perspectiva futura e ajuda na 
organização de ações que devem ser utilizadas. 
O planejamento financeiro tem como antecipar suposições de resultados 
através de sua análise e estatísticas. 
Assim, o planejamento financeiro na empresa é o melhor trajeto para se atingir 
os objetivos desejados. 
Podemos com o planejamento financeiro, antecipar ações que devem ser 
tomadas pela gerencia e também podendo estimar os custos e os lucros a serem 
atingidos. 
Tem como objetivo ajudando para melhor tomada de decisão, prevendo os 
eventos e os possíveis percalços futuros, fornecendo informações de nível 
empresarial ao gestor da empresa. 
 
7 
Às mudanças constantes em seu panorama empresarial também compromete 
a estabilidade dá micro e pequena empresa. 
A micro e pequena empresa precisa de uma gestão mais técnica com 
conhecimento abrangente para proporcionar facilidade no processo de decisão e 
execução nas ações da empresa. 
Em busca de solução para o problema, devemos mostrar atenção na tomada 
de decisão empresarial primeiramente, temos duas formas de pensamentos 
conflitantes. Uma forma diz respeito à Teoria de Mercado, pela qual devemos analisar 
o cenário econômico deixando a empresa a mercê das forças econômicas, a outra 
forma é a Teoria do Planejamento e Controle, que os gestores acreditam que eles 
podem controlar o futuro da empresa, enfatizando a qualidade de suas decisões no 
planejamento gerencial. (FIGUEIREDO, 2004, p.42) 
Esse estudo tem o planejamento financeiro como fator preponderante na 
gestão empresarial, no ponto em que a gestão deve planejar a curto e longo prazo, 
por meio de uma análise de tomada de decisão, baseado em subsídios informativos 
que se baseiem não apenas nas características do mercado, mas principalmente nos 
aspectos internos da empresa. 
Em uma concepção ampla, destaca-se que o planejamento financeiro 
representa uma ampla projeção de receita e despesa, objetivando indicar de forma 
geral a situação econômica em termos pessoais e empresariais. Partindo do 
planejamento financeiro, verifica-se a disponibilidade de capital e com isso, direciona-
se sua utilização para melhorar significativamente o desenvolvimento da empresa. 
Quando não se tem um planejamento financeiro, torna-se praticamente inviável 
a realização das projeções, análises e aplicação de investimentos de forma e tempo 
corretos. 
Já em termos especificamente empresariais, destacam-se as afirmações a 
seguintes: 
-O planejamento financeiro é uma parte importante do trabalho do 
administrador financeiro. Os planos financeiros e orçamentos fornecem roteiros para 
atingir os objetivos da empresa. Além disso, esses veículos oferecem uma estrutura 
para coordenar as diversas atividades da empresa e atuam como mecanismo de 
controle, estabelecendo um padrão de desempenho contra o qual é possível avaliar 
os eventos reais. Obviamente, é preciso entender as principais dimensões do 
processo de planejamento financeiro para administração eficientemente as atividades 
8 
financeiras da empresa e consequentemente maximizar o preço de sua ação. 
(GITMAN, 1987, p. 254) 
- O planejamento financeiro direciona a empresa e estabelece o modo pelo qual 
os objetivos financeiros podem ser alcançados. Um plano financeiro é uma declaração 
do que deve ser feito no futuro em sua maioria. As decisões numa empresa demoram 
bastante para serem implantadas. Numa situação de incerteza, isso exige que as 
decisões sejam analisadas com grande antecedência. (LEMES JÚNIOR et al, 2002, 
p.243) 
- Assim o planejamento financeiro torna-se fundamental no processo de gestão 
empresarial, no sentido em que fornece um orçamento gerencial e que proporciona a 
consolidação dos objetivos, servindo como um acervo informativo para diversos 
setores da empresa que carecem de orientação e controle em suas decisões. 
 
3.1 PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE LONGO PRAZO 
 
 O planejamento financeiro a longo prazo tem como proposito ajudar a empresa 
a prever que quer possíveis consequências que podem ser boas ou ruim em relação 
as ações planejadas pela gerencia sobre a saúde financeirada empresa. Os planos a 
logo prazo têm um período que pode chegar próximo aos dez anos. O ponto principal 
de um planejamento financeiro a longo prazo é o custo relacionado com suas 
atividades como pesquisa e desenvolvimento, marketing de produtos e 
desenvolvimento de produto. São apresentadas as fontes principais de informação os 
orçamentos anuais de lucros. (GITMAN, 1987, p. 251). 
A empresa tem como ponto fundamental no seu planejamento a longo prazo 
determinar sua taxa de crescimento, de acordo com sua política financeira adotada 
em seu período determinado. (ROSS, 2008, p.589). 
Não podemos deixar de destacar que no planejamento financeiro a longo prazo, 
a empresa precisa dispor de uma quantia favorável em seu capital e também possuir 
uma excelente estrutura em pesquisa, marketing e desenvolvimento de produtos. Com 
isso a dificuldade aumenta na microempresa devido suas peculiaridades em seu 
orçamento. 
 
 
9 
3.2 PLANEJAMENTO FINANCEIRO DE CURTO PRAZO 
 
O modelo de planejamento financeiro a curto prazo é mais viável para a micro e 
pequena empresa, devido a sua particularidade de implementação e pela 
microempresa não ter uma estrutura adequada para implantar um planejamento a 
longo prazo. 
Com o período mais curto o planejamento a curto prazo atinge os resultados 
esperados em um período máximo de dois anos. Incluindo a previsão de venda o 
planejamento financeiro a curto prazo, através de um plano de produção tem uma 
base melhorada do tempo de produção com o produto acabo. Gitman (1987, p251) 
Os custos como mão de obra e as demais despesas relacionadas ao operacional 
para as vendas, deveram estar dentro do planejamento. Com isso, torna-se possível 
a elaboração da demonstração de sua projeção, em qual o orçamento de caixa se 
baseará. 
Com orçamento de caixa podemos projetar o resultado dentro de um período 
decorrente com o objetivo para gerar subsídios para projetar o balanço patrimonial. 
O planejamento financeiro a curto prazo tem como objetivo demonstrar o 
resultado de sua analise os custos operacionais, demonstrações financeiras e o 
orçamento de caixa. 
O planejamento financeiro a curto prazo se mostra uma ótima ferramenta de 
análise e projeção e estruturação de todo o controle da empresa. Lembrando que a 
tomada de decisão financeira de curto prazo se relaciona a ativo de curta duração e 
com isso possibilita ao gestor possível anulação caso seja necessário. Mesmo com 
isso o planejamento de curto prazo não se torna menos importante em relação ao de 
longo prazo. 
O planejamento financeiro de curto prazo é composto por uma série de 
elementos, sendo os principais: o orçamento de caixa, a previsão de vendas, o 
demonstrativo do resultado do exercício projetado e o planejamento do lucro. 
 
3.3 ORÇAMENTO DE CAIXA 
 
Toda entrada e saída de dinheiro na empresa como saldo na conta do banco, 
até mesmo alguma aplicação de curto prazo e principalmente o dinheiro em caixa, 
10 
precisa de um controle que é o orçamento de caixa que funciona dentro de um período 
determinando pela gestão da empresa. (BACIC, 1984, p 2) 
O orçamento de caixa também a finalidade de fazer a ligação da receita ao 
custo previsto. Assim o orçamento de caixa tem a finalidade dentro da empresa de 
fazer o equilíbrio financeiro e com isso ajuda a prever possíveis problemas financeiros 
e com isso consegui evitar possíveis constrangimentos financeiros relacionados a 
empresa. (BONFIM, 2006, p. 28). 
 O orçamento de caixa tem como finalidades também demonstrar uma posição 
financeira em relação aos resultados das ações planejadas, demonstrar o excesso ou 
até mesmo a insuficiência de disponibilidade financeira, demonstrar se existe a 
necessidade de empréstimos financeiros, demonstrar a possibilidade de fundos de 
investimentos temporários, ter uma análise com embasamento sólido para quais quer 
política de crédito. (WELSCH, 1996, apud BONFIM, 2006, p. 28) 
O orçamento de caixa também apresenta suas vantagens, sendo uma delas 
fazer que a empresa tenha uma análise prévia relacionado ao orçamento antes de 
suas decisões. Com isso possibilita a empresa realizar uma implementação em suas 
áreas possibilitando a integralização de suas metas determinadas. Facilita ao gestor 
realizar a delegação de funções dentro da empresa e assim podem ter uma melhor 
gestão e tornando mais possível identificar detalhadamente os pontos eficientes e 
ineficientes que ocorrem dentro de suas determinadas áreas na empresa, fazendo 
com que o gestor possa realizar uma análise mais qualificada em cada uma delas. 
 Buscando uma melhor gestão administrativa o orçamento anual tem como 
finalidade melhorar a utilização de seus recursos levantados em elaboração de seu 
projeto. (SANVICENTE E SANTOS, 1983, p. 24) 
Devemos constatar também as limitações que são apresentadas dentro do 
orçamento de caixa, tais como a estimativas de dados, que podem constar erros e 
mesmo sendo vinculados a um processo de elaboração técnico, alguns erros tem a 
possibilidade de ser minimizado, porem impossível de ser evitado. 
Tendo como limitação o custo de contratação de profissional especializado, vem 
mostrando uma grande dificuldade de mão de obra para a micro e pequena empresa 
na elaboração de um processo de orçamento. (SANVICENTE E SANTOS, 1983, p. 
24) 
11 
Concluímos que o orçamento de caixa tem sua total importância para a empresa, 
demonstrando através de um acervo financeiro suas conclusões e suas transações 
comerciais em seus diversos setores, e dessa forma vem afetar diretamente ao caixa. 
E por si só tornando a sua implantação necessária para que a empresa tenha um 
excelente planejamento financeiro. 
 
3.4 PREVISÃO DE VENDA 
 
O departamento de marketing de uma empresa realiza uma analisa elaborando 
uma previsão de venda e assim dando auxílio a elaboração também do orçamento de 
caixa. 
Com intuito de determinar um fluxo de caixa e um eventual financiamento para 
manter a projeção de produto, o gestor utiliza a previsão de vendas. (GITMAN, 1987, 
p. 253) 
Na previsão de vendas são analisadas duas maneiras, das quais são a previsão 
de venda externa e a previsão de venda interna. Na previsão de venda externa o 
gestor da empresa tira seu embasamento em alguns indicadores econômicos, tendo 
como justificativa o fator principal de que as vendas de um modo geral nas empresas 
são vinculadas a atividade econômica num todo. Na previsão de venda interna o 
gestor da empresa realiza analise do mercado que é apresentado pelo setor de 
vendas e com isso são tomadas com diversas estratégias de venda em relação ao 
processo produtivo da empresa. (GITMAN, 1987, p. 254) 
Na elaboração da previsão de venda a gestão utiliza dois métodos que são 
qualitativos e quantitativos. 
O método qualitativo é baseado no julgamento, na intuição, em pesquisas 
comparativas e também com o intuito de apresentar estimativas qualitativas futuras. 
(SILVA, 2008, p. 6). 
O método quantitativo é baseado em três fatores que são área geográfica, o 
período determinado e o nível do produto, assim ajuda o plano de marketing a tomar 
uma direção. Esses fatores determinam um quantitativo que auxilia a decisão do 
gestor da empresa. (DINIZ et al, 2011, p. 2). 
É fato incontestável que qualquer planejamento financeiro carece da existência 
da previsão de vendas. 
12 
Uma empresa pode determinar sua própria previsão de venda ou também a 
empresa pode contratar uma empresa especifica em análise de mercado para projetar 
a previsão de venda que a empresa planeja atingir em um determinado período. 
 
3.5 DEMONSTRATIVO DE RESULTADO DO EXERCICIO PROJETADO 
 
O demonstrativo de resultado do exercício projetado é uma ferramenta que 
possibilita a empresa de prever o seu resultado que almeja a ser alcançado em um 
período planejado pela gestão da empresa. O demonstrativo é uma comparação entre 
as receitas, os custos e as despesas da empresa. 
O demonstrativode resultado do exercício projetado tem como finalidade 
possibilitar ao gestor que realize as simulações dentro de possíveis cenários futuros, 
assim podem formar uma analise melhorada auxiliando a gestão em suas decisões 
relacionados aos custos, diversas despesas e também a possíveis investimentos. 
O demonstrativo é baseado no processo de orçamento como um dos 
demonstrativos mais relevantes no processo de gestão de decisões e planejamento, 
por apresentar os recursos disponíveis à empresa para investir e quitar possíveis 
débitos. (PAULA, 2014, p. 1) 
Na elaboração do demonstrativo de resultado, devemos levar em conta vários 
fatores, tais como as demonstrações financeiras do exercício anterior e deixando claro 
que não haverá modificação no exercício corrente. A previsão de venda poderá ter 
sua elaboração utilizando os custos de seus produtos contendo suas despesas de 
operacional, dentre os quais é determinada a porcentagem de suas vendas previstas. 
As porcentagens que são utilizadas para essa elaboração, são obtidas pelos 
valores dos produtos relacionados ao valor de suas vendas no exercício anterior. 
(GITMAN, 1987, pp. 263-265). 
 
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
 
A micro e pequena empresa teve um surgimento no passado e sempre 
representaram um papel relevante na economia. Recebem um tratamento 
diferenciado do Estado, com legislação e tributação própria, além de programas de 
aperfeiçoamento a seu desenvolvimento. Apresentam características bastante 
peculiares, pouco capital, grande natalidade, negócios familiares, decisões 
centralizadas, confusão entre as finanças do proprietário e as da empresa, 
13 
contabilidade deficiente, contratação direta de mão-de-obra, que na maioria das vezes 
não tem qualificação, baixo investimento em inovação tecnológica, dificuldade em 
obter financiamento, subordinação a grandes empresas. 
Em relação ao papel importe do planejamento financeiro na gestão da micro e 
pequena empresa, é que todos os elementos dele tratados, com exceção do 
planejamento financeiro de longo prazo, são de total importância ao gestor das 
empresas. Excluindo a viabilidade de um planejamento financeiro a longo prazo, pelos 
motivos que já foram apresentados, mesmo o planejamento financeiro de curto prazo 
é um processo de grande complexidade e demanda a existência prévia de 
organização na empresa e em sua gestão com técnicas gerenciais. 
Devemos destacar também que a micro e pequena empresa apresenta 
diversos problemas que em maior ou menor, comprometem sua gestão, tendo como 
a mais importante a deficiência de gerenciamento e desta forma nas empresas onde 
não existe um grau mínimo de organização, que funcionam sem planejamento prévio, 
com capital de giro insuficiente, falta de controle de fluxo de caixa, de contas à pagar 
e receber e falta de prospectos de vendas, a implantação de um planejamento 
financeiro se mostra praticamente impossível. 
No entanto, em analise a questão sob outro ponto, o caso da microempresa 
que tenham uma boa organização e gerenciamento, a questão toma outro sentido. 
Por apresentar uma gestão simples, a micro e pequena empresa pode se valer do 
planejamento financeiro, elaborando-o de forma também simplificada, e dessa forma 
sua gestão mais simples, algumas empresas não exigem a elaboração de planos 
extremamente sofisticados e além disso, a confecção dos elementos que compõem o 
planejamento financeiro de curto prazo, assim como o caso da previsão de vendas, 
do demonstrativo de resultado do exercício projetado. 
Tendo em conta as afirmações citadas acima, o problema apresentado na parte 
introdutória deste estudo pode ter como resposta a hipótese formulada, que é viável 
a implantação do planejamento financeiro em micro e pequena empresa, dentre suas 
determinadas limitações, das quais sejam: utilização apenas do planejamento 
financeiro de curto prazo e implantação somente em empresas dotadas de 
organização e gerenciamento técnico. 
Com tudo que foi apresentado nos parágrafos anteriores, podemos concluir que 
o planejamento financeiro tem um enorme potencial podem ser utilizados na micro e 
pequena empresa, sendo um instrumento de gestão que possibilita um incremento na 
competitividade entre as empresas. 
14 
A micro e pequena empresa representa uma significativa parcela da economia, 
mas também de preponderante cunho social. 
Embora tenham um tratamento diferenciado por parte do Estado, que em muito 
vem contribuído para sua sobrevivência, a micro e pequena empresa ainda esbarra 
em diversos entraves que comprometem seu funcionamento, sendo a falta de 
organização e o gerenciamento deficiente de conhecimento e um dos principais deles. 
5 REFERENCIAS 
BACIC, Miguel Juan. Orçamento de caixa. 1984. Disponível em: 
https://www3.eco.unicamp.br/neit/images/stories/CTAE_CD2/orcamento_de_caixa.p
df 
BONFIM, Douglas Paveck. Desenvolvimento de um Orçamento de Caixa 
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