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2
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
Cristiana Soares dos Santos Barbosa
RECURSOS MIDIÁTICOS NA GEOGRAFIA ESCOLAR
	
MACEIÓ
2021
 
CENTRO UNIVERSITÁRIO INTERNACIONAL UNINTER
RECURSOS MIDIÁTICOS NA GEOGRAFIA ESCOLAR
Trabalho de Conclusão do Curso – TCC apresentado como requisito parcial à obtenção do grau de Segunda Licenciada em Geografia.
 Orientadora: Prof.º. FRANCISCO JABLINSKI CASTELHANO 
	
MACEIÓ
2021
Sumário
1 Introdução	6
2 Objetivos	7
3 Metodologia	7
4 Os Variados Recursos Midiáticos Utilizados Criticamente em Sala de Aula	7
4.1 O livro Didático	9
 4.2 A Música......................................................................................................................................10
 4.3 A Imagem....................................................................................................................................11
 4.4 O Uso do Youtube no Ensino de Geografia.................................................................................13
 4.5 Charges e Tiras Humorísticas......................................................................................................14 
5 Conclusão	16
6 Referências Bibliográficas............................................................................................................19
RECURSOS MIDIÁTICOS NA GEOGRAFIA ESCOLAR 
Cristiana Barbosa
RESUMO
O presente trabalho tem por objetivo discutir a utilização dos recursos midiáticos na Geografia Escolar como ferramentas metodológicas. Com a modernização nos meios de comunicação e a consequente expansão da tecnologia, se faz necessário uma modificação no método de ensino e aprendizagem, para que se possa acompanhar o processo evolutivo, adequando-se as novas exigências da sociedade. Portanto, tornou-se em algo que nunca tinha existido na história: o meio de comunicação cotidiano, flexível e fluído. Em função do desenvolvimento tecnológico, principalmente com a polarização dos dispositivos móveis (smartphones, tablets, computador, internet etc), a geração e a utilização de imagens alargaram-se tendo como principal expoente a produção de fotografias, de modo que as tecnologias invadem as escolas fazendo com que os educadores busquem subsídios necessários para integrar estas tecnologias no contexto escolar e em suas práticas pedagógicas. Para tanto, deve-se considerar seu conhecimento prévio sobre o meio geográfico a fim de desenvolver o raciocínio geográfico, usando o recurso mais adequado. Nessa perspectiva, a escola cumpre um importante papel ao apropriar-se das várias modalidades de linguagem como instrumentos de comunicação, devendo, portanto, promover o processo de análise e interpretação de informações, ao mesmo tempo que possibilita ao aluno o contato mais direto e estreito com as novas tecnologias de aprendizagem. Essa prática visa ampliar sobretudo os conhecimentos dos alunos acerca de determinados temas geográficos, além de associar teoria à prática. Sendo estes recursos utilizados em sala de aula, os mesmos auxiliariam no desenvolvimento de ensino-aprendizagem do aluno, visto que, a leitura crítica destes aumentam sua cultura e desenvolve suas capacidades intelectuais. 
Palavras-Chave: Tecnologia, ensino-aprendizagem, comunicação, recursos midiáticos.
ABSTRACT
This paper aims to discuss the use of media resources in school geography as a methodological. With the modernization of the means of communication and the consequent expansion of technology, it is necessary to modify the teaching and learning method, in order to be able to follow the evolutionary process, adapting to the new demands of society. Therefore, it became something that had never existed in history: the daily, flexible and fluid means of communication. Due to technological development, mainly with the polarization of mobile devices (smartphones, tablets, computer, internet, etc.), the generation and use of images has expanded, with the main exponent of producing photographs, so that technologies invade the schools making educators look for necessary subsidies to integrate these technologies in the school context and in their pedagogical practices. To do so, one must consider his prior knowledge of the geographic environment in order to develop geographic reasoning, using the most appropriate resource. In this perspective, the school plays an important role in appropriating the various modalities of language as communication tools, and should therefore promote the process of analysis and interpretation of information, while allowing the student more direct and close contact. with new learning technologies. This practice aims above all to increase students' knowledge about certain geographic themes, in addition to associating theory with practice. Since these resources are used in the classroom, they would assist in the development of student teaching and learning, since their critical reading increases their culture and develops their intellectual capacities.
Keywords: Technology, teaching-learning, communication, media resources.
INTRODUÇÃO
O mundo caminha para a era do domínio de novas tecnologias, novas mídias surgem a cada dia, e sob esse contexto o ensino deve também sofrer avanços, adaptar-se as novas linguagens e formas de conhecimento. 
Viemos de uma etapa onde a lousa e o lápis eram as únicas coisas que o aluno precisava para ir à escola, no entanto, atualmente há uma variedade de tecnologias que podem ser utilizadas para auxiliar o professor e o aluno no ensino-aprendizagem da Geografia, entre as quais se destacam o vídeo, o rádio, a computação (programas como Google ), a internet ( o jornal digital, revistas eletrônicas, site de buscas, repositórios etc), entre outras. Todas essas opções e ferramentas são elementos para desenvolver um aprendizado e conhecimento em geografia e que vai ao encontro de novas práticas pedagógicas.
 Portanto, a tecnologia auxilia essa reflexão e atualização do mundo contemporâneo e globalizado. Aí, entra o papel das mídias, principalmente audiovisuais e digitais, o que exige compreender e conhecer as informações veiculadas dando atenção ao jogo das forças que o mundo da comunicação e da virtualidade engloba. Para tanto, nas escolas podemos ver a facilidade com que utilizam este e outros recursos. 
Dentre as novas formas de ensinar e aprender o conteúdo geográfico, destacam-se a utilização do livro-didático, imagens, músicas, filmes, jornais digitais, charges, tirinhas humorísticas, youtube, rádio, tv, celular, vídeos, podendo estas serem utilizadas como complemento metodológico, tendo em vista a variedade de assuntos abordados através desses instrumentos midiáticos.
Cada um deles, apresenta facilidades e vantagens, bem como, representam também, desafios como proposta pedagógica, sendo assim, é importante inserir o aluno à realidade em que ele vive adequando as diversas e possíveis mídias tecnológicas disponíveis. 
Muitas escolas oferecem o mínimo de infraestrura tecnológica de apoio a professores e alunos e, também, porque muitos professores ainda se consideram o centro, focando mais o ensinar do que o aprender. A sala de aula pode ser o espaço de múltiplas formas de aprender, espaço para informar, pesquisar e divulgar atividades de aprendizagem. Por isso, a cada dia que passa fica mais difícil pensar em educação sem elas, pois além de estarem presentes nas escolas, também estão presentes na vida de nossos alunos, pois, transformações ocorreram de forma muito rápida e o professor precisa estar atento a estas transformações. 
Diante de tantas mudanças e tantas tecnologias questionam-se: como as escolas estão? Possuem boa estrutura física e tecnológica? E os professores, estão preparados para todas essas mudanças?
OBJETIVOS
O objetivo deste trabalho é apresentar, através de levantamento bibliográfico a importância do uso crítico dos recursos midiáticos na geografia escolar. Detectar, analisar, avaliar uso didático-pedagógico dos recursos didáticos midiáticostais como: livro-didático, imagens, músicas, filmes, jornais digitais, charges, tirinhas humorísticas, youtube, rádio, tv, celular, vídeos, a fim de auxiliar nas aprendizagens de forma motivadora e interessante, de modo que venha proporcionar a compreensão e aprendizagem significativas nas aulas de geografia.
METODOLOGIA
A metodologia escolhida para o desenvolvimento deste trabalho foi a descritiva, obtida através de pesquisas bibliográficas, mediante utilização dos portais de busca Google Acadêmico, Scielo, periódicos.capes.gov.br.
OS VARIADOS RECURSOS MIDIÁTICOS UTILIZADOS CRITICAMENTE EM SALA DE AULA
No mundo atual, é possível identificar ampla diversidade de linguagens em um contexto marcado por uma infinidade de informações. Entretanto, pode-se dizer que tal situação não tem garantido a inserção crítica dos indivíduos na sociedade, uma vez que, via de regra, as informações são descontextualizadas e fragmentadas.
A escola cumpre um importante papel ao apropriar-se das várias modelos de linguagem como instrumentos de comunicação, devendo, portanto, promover o processo de análise e interpretação de informações, ao tempo que possibilita ao aluno o contato mais direto e estreito com as novas tecnologias de aprendizagem.
 Existe uma variedade de recursos à disposição dos professores de geografia que podem ser selecionados e usados mediante organização e planejamento da aula, assim como dos conteúdos a serem estudados, tais como vários tipos de materiais e linguagens, como livros didáticos, paradidáticos, mapas, gráficos, imagens de satélite, literatura, música, poema, fotografia, filme, videoclipes, jogos dramáticos, charges, tirinhas, entre outros. Desse modo cabe ao professor recriar, inventar e produzir conhecimento a partir desses materiais disponíveis. 
De acordo com Schmidt (2004), ''Recursos são os materiais de que se dispõe para ação didática. Entre eles estão os recursos humanos em que se destaca a figura do professor'', ou seja, cabe ao professor buscar outros textos, filmes, documentários, além do material didático, que abordem o que está sendo abordado nas aulas, expondo os alunos cada vez mais ao conhecimento.
Dessa forma, a didática no ensino de geografia orienta o professor na execução de suas atividades cotidianas subsidiando desde a seleção do material necessário até o repensar do plano diante de situações que tendem a surgir espontaneamente.
 As várias maneiras de abordagens e produção de conhecimento devem ser embasadas por objetivos concretos e flexíveis de acordo com a possibilidade de mudanças e realidades diversas que definem e redefine-os. Utilizar meios audiovisuais como vídeos-aulas, filmes e documentários, no processo de ensino e aprendizagem de geografia, auxilia e dinamiza a prática metodológica, bem como a compreensão dos conceitos geográficos pelos alunos. 
Ensinar geografia utilizando linguagens e recursos múltiplos, como as mídias eletrônicas, é sem dúvida um procedimento complexo que exige da escola aptidões para mediar processos e pesquisas, de maneira que eles tenham relevância didática - pedagógica além de fornecer possibilidades e oportunidades ao aluno de (des)construir e reconstruir o conhecimento, sem que seja preciso ele “o aluno” ser “guiado” por outro e sim pelos seus próprios méritos (SANTOS; COSTA; KINN, 2010. p 43)
Com isso, cabe ao professor fazer uma escolha criteriosa dos recursos a serem trabalhados com seus alunos e em sala de aula, analisando a sua adequação com a temática em estudo, e o que esta tem a oferecer para um maior enriquecimento das aulas a serem ministradas, extraindo do alunado sua posição crítica diante do estudo.
A escola, por intermédio do professor de geografia deve pensar o aluno como ser social e criativo, ou seja, alguém que não é alheia aos acontecimentos à sua volta. Apesar de inserido em um mundo em movimento, o aluno precisa de estímulos para desenvolver uma leitura ampla daquilo que ele vê. Ler o mundo requer apoio no processo pedagógico e, portanto, o professor aparece como facilitador desse processo. 
Conforme Freire (1996), a postura do professor crítico é conhecer a nova realidade formatada pela tecnologia da informação e comunicação na sociedade e aceitar as mudanças. 
 O livro didático
O livro didático surgiu por volta de 1930 com um propósito informal de ensinar ler, escrever e contar. Com exemplares pouco dinâmicos passou por inúmeras modificações, no entanto sempre teve controvérsias sobre o conceito do livro didático, principalmente com a mudança ocorrida no cenário educacional brasileiro, quando o modelo de escola tradicional perdeu espaço para o modelo construtivista que surgiu por volta da década de 1970, graças às teorias de Gean Piaget e influências de Levi Vygotsky que também contribuiu para a corrente construtivista. 
Com isso, o livro didático pode ser considerado um manual para o professor, direcionando as aulas e situando os docentes e discentes em um mesmo contexto didático, que pode ser complementado com outros recursos pedagógicos. 
“(...) realiza uma transposição do saber acadêmico para o saber escolar no processo de explicitação curricular.” (BITTENCOURT, 2004. p.72), percebe-se que tem a intenção de simplificar o método com que se é passado o conhecimento, tentando, de uma forma simplista e eficaz, harmonizar o conteúdo, tanto para quem aprende quanto para quem ensina.
Para os discentes, o livro provém uma organização sistemática de conteúdo a serem estudados, mesmo que se reforcem com atividades extras, auxiliando o aluno no acompanhamento da aula de forma coesa e coerente e orientando o mesmo em suas atividades de casa com exercícios ou estudos para provas e seminários.
Sendo assim, livro didático pode sim estar incluso nesse contexto educacional, mas não exclusivamente, pois se assim for, o ensino pode se tornar arcaico e cansativo para um público que conhece técnicas modernas e tem acesso fácil aos conteúdos que lhes despertem curiosidade. 
No entanto, a grande vantagem está na sua utilidade coletiva, abrangendo professores e alunos numa mesma conjuntura e raciocínio, mesmo que tenha sua importância funcional de acordo com os objetivos de cada. O educador pode encontrar subsídio no livro-didático para reforçar seus conhecimentos ou atualizá-lo sobre determinados temas específicos, além de que direcioná-lo para a elaboração de uma sequência didática a se apresentar em sala de aula.
O livro didático para ser utilizado por professores e alunos nas escolas públicas brasileiras precisa estar incluído nas políticas educacionais. Por existir uma diversidade de produções no mercado, escola e professores devem ficar atentos à seleção do melhor material a ser adquirido. Além de conteúdo, o livro didático transmite valores e possibilita ao aluno a adoção de atitudes específicas que contribuem para a compreensão e resolução das atividades propostas. Quando adotado, um livro-didático torna-se um instrumento de acompanhamento para estudo de conteúdos e atividades. 
A música
Por ser uma disciplina que trata sobre situações atuais resultantes de acontecimentos passado ou presentes, a Geografia traz para sala de aula músicas de variados ritmos e abordagens, as quais são relevantes para o meio social e para o despertar do aluno para novas formas de aprender.
[...] o uso da música como um meio de expressão, como um elemento que propicia momentos lúdicos e como este aspecto proporciona ao desenvolvimento individual e o convívio em grupo. [...] Não resta dúvida que este contacto é uma forma de despertar, e poderá ser um instrumento para identificar o gosto pela música incentivando o seu estudo e aprimoramento, mas também é verdade que este uso da arte musical leva a experiências outras, como a sociabilização, desinibição, criatividade, descoberta e formação da autoestima [...] (DOHME 2009, p. 57/58).
Com isso, a utilização da música em sala de aula é bastante pertinente, principalmente quando se trata da disciplina de geografia, uma vez que este material ao ser introduzido como um aporte técnico, metodológiconas aulas, pode vir aproximar o aluno, devido à variedade de estilos, letras abordadas. Tornando-se este mais significativo, além de tornar as aulas mais interessantes. 
Apesar da música não ilustrar visivelmente o conteúdo a ser explorado, ela se constitui em um veículo de expressão capaz de aproximar mais o aluno do tema proposto a ser estudado. Pode se usar desses recursos fazendo uma conexão com o conteúdo disciplinar de forma prazerosa, de modo que todos consigam aprender. 
 A imagem
O caráter de universalidade e o fato de o homem ter produzido imagens desde a pré-história, traz falsa ideia de que somos capazes de reconhecer uma imagem em qualquer contexto histórico e cultural, sendo que a leitura da imagem não é universal.
A imagem, a qual se chama fotografia é um artefato que revolucionou a forma de registro e apresentação do mundo, instalando uma “nova ordem de visualidade entre os homens”. Além de representarem ferramentas de fácil utilização, podem ser tiradas pelos próprios professores ou trazidas pelos alunos, uma vez que os representam. 
Para tanto, a utilização de imagens e fotografias vai além da ilustração, uma vez que possuem finalidade didática e servem como documento de uma época e espaço. 
As imagens como ilustrações empíricas realizada durante as fotografias e os vídeos, são os recursos visuais mais utilizados na sala de aula pelos professores. No entanto, as imagens possuem a volatilidade como característica, são alteradas facilmente com facilidade, circulam rapidamente e muitas são excluídas ou desaparecem. Os celulares, por exemplo, surgiram com a função primeira de realizar ligações telefônicas, agora sua principal função demanda, além da comunicação, é ser uma câmera fotográfica pronta para disparar a todo momento. 
As fotografias, principalmente, ao serem utilizadas para ensinar os aspectos físicos-naturais, adquirem função de ilustrar o conteúdo explicado pelo professor.
Ilustrar o conteúdo ou atestar os acidentes e fenômenos geográficos de uma paisagem ensinada, descrevendo as imagens, pode ser uma das práticas com os meios visuais.
Questiona-se: seria possível o professor conduzir a leitura da imagem para além da simples ilustração dos conteúdos?
A função da ilustração tem sido a maneira mais comum de trabalhar a imagem na geografia, e isso pode ser contestado também nas aulas da disciplina de geografia. 
Considera-se que um direcionamento com as imagens, por mínimo que seja, é necessário. Atitudes de observar as fontes e informações sobre o ato fotográfico (quem realizou, onde está disponível, quando realizou), permanecendo um tempo maior (não apenas em alguns segundos) observando a imagem, mesmo que se inicie com a identificação/decifração dos elementos, pode guiar e conduzir a uma leitura da imagem com significados. 
 A fotografia testemunha, diferentemente da pintura, onde o artista constrói representação a partir da observação ou da imaginação e subjetividade.
No transcorrer da evolução midiática, o cinema, vídeos, adquiriram essa característica de testemunhas fiéis da realidade, com um poder de convencimentos aos espectadores das imagens. Conforme afirma Lima,
A imagem atinge as pessoas de maneira muito mais rápida e direta do que as palavras, além de serem compreendidas mais facilmente que os conceitos. Fazendo uso de um bordão: “Entendeu ou quer que eu desenhe”, mostra que, se a palavra não basta, a imagem explica melhor (LIMA, 2003, p. 03).
A função da imagem, como testemunho do real, precisa ser problematizada, principalmente no contexto de ficção e alterações possíveis com as tecnologias digitais. Um dos encaminhamentos é que o professor, junto com os alunos, problematize os meios visuais, questionando e problematizando o que é real ou não, o que é verdadeiro ou ilusório, por isso, a escolha e análise crítica das imagens são indispensáveis. 
Diariamente as pessoas são impelidas a consumir imagens, e principalmente os produtos por elas, através delas divulgados. As imagens atuais podem ser compreendidas como “voláteis”, isto é, imagens digitais quase sempre triviais, viajando pelas redes de um ponto qualquer para outro ponto do globo
 O uso do Youtube no ensino de Geografia
A educação brasileira apresenta inúmeros problemas e, um deles refere-se à falta de relação entre teoria e prática de conteúdos e temas abordados em sala de aula e a falta de motivação e interesse do aluno.
Portanto, muito se discute atualmente no ambiente escolar sobre como o processo ensino-aprendizagem pode ser atrativo, envolvente e interessante. Também o que fazer para envolver mais o aluno para este se tornar o sujeito da construção do conhecimento? O mundo tecnológico vivencial do aluno pode ser trazido para o ambiente escolar e uma maneira de fazê-lo é usar o que está disponível na internet em diversos recursos, entre eles, destaca-se o youtube, uma ferramenta versátil e gratuita. O youtube é um site que permite que seus usuários carreguem e compartilhem vídeos em formato digital. 
Este site está relacionado aos meios de comunicação existentes na atualidade. Aparece como ferramenta pelo qual mantém a sociedade informada de diversos assuntos como questões políticas, sociais, econômicas, conflitos étnicos, crises, misérias, catástrofes naturais, problemas ambientais, novas tecnologias, crimes, novas descobertas, construções humanas e até fofoca. 
Assim, através do youtube, é possível o uso de inúmeros vídeos que auxiliam no entendimento de diversos assuntos ou conteúdos abordados na geografia.
 Andrade (2007) afirma que, a utilização de vídeos em sala de aula não alteraria os padrões de ensino e aprendizagem e sim agregaria valores contemporâneos de ensino, já que, vem abarcado de concepções pedagógicas outrora úteis.
O uso do youtube é prático, ilustrativo e facilitador para mediar conteúdos, fazer as correlações e análises de informações. Nesta perspectiva, considera-se o uso do youtube um recurso didático importante para a motivação dos discentes. É um meio agradável e de contato tecnológico constante para a maioria dos alunos.
Charges e Tiras Humorísticas
A charge e as tiras humorísticas são riquíssimas em intertextualidade, permitindo que o receptor das mesmas raciocine e analise o que é subtendido das mesmas. No tocante à charge, é possível pontuar, consoante Silva (2004), que: 
O termo charge é francês, vem de charger, carregar, exagerar e até mesmo atacar violentamente (uma carga de cavalaria). Este tipo de texto tem caráter temporal, pois trata do fato do dia. Dentro da terminologia do desenho de humor pode-se destacar, além da charge, o cartum (satiriza um fato específico de conhecimento público de caráter atemporal), a tira, os quadrinhos e a caricatura pessoal. A charge será alvo do estudo por trazer, em uma análise superficial, implícita a história e a presença do interdiscurso. Ela é o local escolhido pela ironia, metáfora (transferência), pelo contexto, pelo sujeito, para atuar. Por ser combativa, tem lugar de destaque em jornais, revistas e na Internet. Portanto, ampla poderá ser a leitura interpretativa por nela se constatar a presença da linguagem, da história e da ideologia (SILVA, 2004, p. 13).
A charge e as tiras humorísticas são riquíssimas em intertextualidade, permitindo que o receptor dos mesmos raciocine e analise o que é subtendido nas mesmas, ou seja, suscitar nos alunos a capacidade de interpretação crítica dos fatos e assuntos veiculados nos principais meios de comunicação da atividade, afastando-se do uso tradicional da atualidade, afastando-se do uso tradicional do livro didático e do quadro de giz.
O gênero charge articula as duas linguagens, a verbal e a não verbal. Ela demonstra que o sentido da comunicação é construído na oscilação entre o que se sabe, ou seja, o conhecimento público e divulgado e os aspectos subtendidos. É por meio da charge que as linguagens verbal e não verbal se unem em controle entre o que é falado e o que não é falado, mas que apesar do aparente contraste se completam em concordância. 
Inicialmente, as chargeseram publicadas em jornais, que tinham como público preponderante os adultos, porém, com a massificação promovida pela internet esse gênero passou a ser amplamente acessível e atrativo para os mais jovens, sendo objeto de interesse das mais variadas faixas etárias. Desse modo, corresponde a uma boa estratégia para a utilização com fins didáticos. A utilização de humor produz uma interação entre o autor e o leitor.
Os parâmetros curriculares revelam que o uso de gêneros textuais tem um papel decisivo na formação de leitores. Para tanto, o professor deve assumir a tarefa de formar o aluno-leitor. 
É crescente o número de jornais, revistas e emissoras de televisão que exploram a sátira política por meio do riso e do escárnio, mediante utilização da caricatura e da charge, de modo que, as charges estão historicamente relacionadas ao ato de criticar, principalmente as questões de política. 
A charge é um tipo de texto que atrai o leitor, porque, enquanto imagem é de rápida leitura, transmitindo múltiplas informações de forma condensada. Além da dinâmica da leitura que exige conhecimentos prévios, diferencia-se dos demais gêneros opinativos por fazer sua crítica usando constantemente o humor. Trata-se de temas contemporâneos, que muitas vezes estão sendo massivamente debatidos pela mídia, e na maioria dos casos atendendo a ideologias dominantes. 
Sendo assim, as charges cumprem o papel de contradizer de forma sútil, inteligente e bem-humorada o que é posto como inquestionável pelos veículos de formação das massas. 
Com a expansão da tecnologia e principalmente da internet, se fizeram muito comuns charges animadas, que utilizam sons e efeitos usuais. Elas têm o mesmo intuito que a charge normal, mas é tão bem aceita por ser mais interativa.
Já cartum, desenho humorístico ou caricatura, geralmente constitui-se de um só desenho, uma imagem geralmente cômica e universal. 
Pata tanto, o cartum é a matriz da charge. Entretanto, as tiras humorísticas também podem ser consideradas um gênero textual amplamente difundidas nos meios midiáticos da atualidade.
As tirinhas humorísticas existem há mais de cem anos, mantêm participação ativa na imprensa tanto com temáticas banais quanto questões sociais, políticos e filosóficas mais sérias, mesmo que para fazer rir.
Contudo, os professores devem considerar os gêneros textuais (charges e tiras humorísticas), especificamente na sala de aula, como aliados na fixação e compreensão de conteúdos escolares, mas também assuntos que envolvem a sociedade na qual estão inseridos. 
Na sala de aula, especificamente nas aulas de geografia, a charge e as tiras humorísticas são recursos atrativos que o professor e o aluno devem explorar, pois além de trabalhar a prática da leitura de texto, aumenta a leitura de mundo que estes gêneros possibilitam mediante a intertextualidade. 
Por fim, as charges e tiras, através de suas características humorísticas e sátiras, e por que não dizer inteligentes, promovem uma visão mais crítica dos problemas vigentes na sociedade na qual os alunos estão inseridos. 
CONCLUSÃO
Os discentes atuais se informam a cada segundo, sabem das últimas novidades até mesmo em esferas longínquas e se atualizam a todo instante. Para tanto, o professor precisa buscar programas de formação que lhes ajudem na integração dos recursos tecnológicos e midiáticos no processo de ensino-aprendizagem, ou seja, o uso das mídias pode proporcionar, caso seja bem direcionado pelo professor, a construção de uma versão crítica de mundo pelo aluno e uma dinamização do processo de ensino-aprendizagem.
Ao longo dos anos o governo, através do Ministério da Educação, vem investindo na implantação de programas para a formação de professores no uso de TIC’s na educação.
Entende-se, que professores precisam estar capacitados para trabalhar e integrar as diversas mídias em suas práticas pedagógicas. Mídias estas, que a cada dia, mais invadem nossas escolas. Dessa forma, é importante estabelecer um método de ensino dentro da sala de aula, que envolva o uso de tecnologias avanças e cada vez mais modernas.
Ressalta-se que o professor deverá elaborar cada vez mais ações pedagógicas inovadoras. É preciso que ele aprenda como integrar estas tecnologias de forma a produzir conhecimento. 
As escolas precisam estar atentas a essas mudanças proporcionadas espaços físicos adequados, recursos tecnológicos para o uso das mídias e capacitação para seus professores. 
Assim, o professor deve utilizar o recurso midiático com a função pedagógica, para que estimule o aluno a aprender e a continuar aprendendo em meio às inovações tecnológicas. Com isso, o educador estará ampliando o universo cultural do aluno, a fim de que este perceba que a tecnologia está a serviço da informação e do conhecimento e não somente do entretenimento.
Entretanto, a mudança na prática pedagógica (do tradicional para o moderno) só acontecerá de forma iminente, ou seja, de dentro para fora, enquanto o profissional de educação não estiver preparado para utilizar as mídias educacionais, a transformação da prática docente, incrementando novas formas de ensinar e aprender, não se efetuará.
Portanto, cabe ao professor lançar-se às mudanças, perdendo o medo de tentar inovar e experimentar outras formas de ensinar a aprender. Somente quando o educador excluir as amarras do passado, do arcaísmo e do tradicionalismo, alcançaremos uma educação verdadeiramente, transformadora, acompanhando a evolução tecnológica.
Para tanto, o uso crítico das mídias e tecnologias, só pode ser possível se o professor também tiver uma postura diferente da tradicional. Para isso, requer novos olhares e um trabalho de formação continuada, para que ele possa se atualizar nas linguagens existentes e nas novas tecnologias que têm surgido atualmente.
A partir daí compete ao professor conduzir suas aulas de acordo com os recursos que considerar necessários e escolher para a sua metodologia pedagógica. Nesse caso, há um chamamento para os educadores para com a ética crítica competência científica e amorosidade, sob a égide do engajamento político libertador ensinarem aos seus educandos a serem sujeitos pensantes e com capacidades múltiplas de descobertas.
Nesse contexto, acredita-se, que a escola da atualidade necessita repensar suas práticas pedagógicas considerando a participação ativa dos educandos nesse processo.
Para tanto, o docente precisa ser habilidoso, criativo e ágil repensando sua prática e encaminhando soluções para novos problemas que venham surgir. O papel do professor do século XXI para o desenvolvimento do aluno é de fundamental importância, uma vez que estamos vivendo diante de mudanças e avanços tecnológicos que cada vez mais fazem parte da nossa rotina. 
E ainda, cabe ao professor da atualidade conhecer, adequar-se a conhecer essa realidade e se adaptar ao mundo tecnológico.
Por fim, o professor através dos métodos, trabalhos e pesquisas pode e deve estimular as capacidades intelectuais do aluno. Instiga-lo, ainda, parece ser o melhor caminho, fazendo com que este se torne responsável pelo próprio desenvolvimento, passando a ter vontade própria de se tornar cada vez mais conhecido. 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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ANDRADE, A. Uso(s) das novas tecnologias em um programa de formação de professores: possibilidades, controle e apropriações. 2007. 192 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação, Universidade de São Paulo, São Paulo.
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