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EXAME FÍSICO CABEÇA E PESCOÇO

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Glaziele Odawara – 5° Período – PAPM V 
EXAME FÍSICO – CABEÇA E PESCOÇO 
CABEÇA 
 
Analisar 
 
1. Posição, mobilidade, tamanho e forma da cabeça 
2. Fontanelas 
 
 
Descrição 
 
Fontanelas não palpáveis, não foi observado alterações de forma do crânio, mobilizando bem o 
segmento cefálico, sem sinais de irritação meníngea 
 
Fontanelas 
 
Anterior 
→ Pode estar fechada já ao nascimento ou fecha até o 2° mês 
Posterior 
→ Pode estar fechada por volta do 6°, mas é mais comum manter-se aberta até os 18-24 
meses 
Abaulamentos e depressões 
→ Pode ocorrer por desidratação e em quadros infecciosos 
Atraso no fechamento da fontanela 
→ Hipovitaminoses 
→ Prematuridade 
→ Hipotireoidismo 
→ Síndrome de Down 
→ Baixo peso/desnutrição 
→ Hipocalcemia 
Fechamento precoce da fontanela anterior 
1. Craniossinostose: encaminhar para neurologista e avaliar se é cirúrgico, se tudo estiver 
fechado o crescimento do cérebro será interrompido, se não houver intervenção o tecido 
irá ficar totalmente espremido no osso 
 Fechamento precoce de uma ou mais suturas cranianas causando deformidades 
a. Turricefalia: crânio em forma de torre – fechamento precoce das suturas 
coronal e sagital 
b. Escafocefalia: crânio em forma de cano – fechamento precoce da sutura 
sagital 
c. Braquicefalia: crânio achatado – fechamento precoce da sutura coronal 
 
 
Cabeça 
 
Perímetro cefálico 
→ Passa-se a fita pela região frontal, pelas bordas supraorbitárias e pela parte mais 
saliente da região occipital, tomar cuidado para que a fita não passe por cima da orelha 
→ Medir até os 2 anos de idade 
 Perímetro cefálico é em torno de 34 cm = no primeiro ano, no primeiro trimestre 
aumenta 2 cm por mês, no segundo trimestre um aumento de 1 cm por mês e 
no ultimo semestre 0,5 cm por mês 
a. Causas de macrocefalia: obstrução nas vias de drenagem do liquor → 
hidrocefalia → DVP (derivação ventrículo-peritoneal) 
b. Causas de microcefalia: Zika, síndrome alcoólica, sífilis, rubéola 
Forma 
→ Oval 
→ Podendo ser modificada em caso de Craniossinostose 
Mobilidade 
→ Apenas fazer a criança movimentar a cabeça e ver como ela se mobiliza 
 
OLHOS 
 
Analisar 
 
1. Pálpebras 
2. Conjuntiva 
3. Córnea 
4. Esclera 
5. Pupila 
6. Edema 
7. Sinais inflamatórios 
 
 
Descrição 
 
Pálpebra sem hiperemia ou descamações, conjuntiva normocorada, córnea sem alterações, 
esclera sem alterações de cor, pupilas fotorreagentes e ausência de edema e sinais inflamatórios 
 
 Glaziele Odawara – 5° Período – PAPM V 
 
Sinais inflamatórios 
 
→ Se houver sinais inflamatórios ao redor do olho = celulite periorbitária = internação 
 Pode ser causada por espinha ou picada de mosquito havendo abertura de uma 
porta de entrada 
 Na pele temos os staphylo possíveis agentes nestes casos, pensando nele 
vamos utilizar oxacilina 
→ Blefarite = inflamação da pálpebra 
 
 
Pupilas 
 
Reatividade a luz 
→ Pupilas fotorreagentes? 
→ Midríase e miose 
Simetria das pupilas 
→ Isocóricas ou anisocóricas? 
Posição dos olhos 
→ Teste de Hirschberg: alinhamento do eixo visual com o eixo pupilar 
→ O examinador incidirá um feixe de luz de uma lanterna apropriada a uma distância de 40 
cm observando os reflexos, queremos ver onde a luz está batendo na pupila 
 Identificar estrabismo (convergente ou divergente) 
a. Se a criança é estrábica o olho desviado não é utilizado o que chamamos 
de ambliopia – tratamento = colocar um tampão no olho para estimular 
a musculatura 
b. Pode ser fisiológico até os 6/7 meses de idade 
 
 
Conjuntiva e vias 
lacrimais 
 
Avaliar presença de secreção, vermelhidão e sinais de obstrução 
→ A lágrima é drenada para o canal nasolacrimal, este canal pode ser muito pequeno ou 
obstruído levando a retenção – nesse caso há secreção sem sinais inflamatórios 
 Dacriocistite congênita: conduta = limpar os olhos da criança com algodão e soro 
fisiológico e fazer uma massagem no canto do olho 
 
 
Outros achados 
 
→ Conjuntivite: viral, bacteriana, alérgica 
→ Hordéolo: infecção das glândulas por bactérias – costuma drenar e o paciente melhora 
→ Calázio: processo obstrutivo das glândulas, inflamação causada pelo entupimento do 
canal da secreção de uma glândula sebácea = entope e não desincha 
 
NARIZ 
 
Descrição 
 
Ausência de secreções, septo íntegro, ausência de alterações nos cornetos como hipertrofia ou 
palidez de mucosa 
 
Inspeção 
 
Avaliar presença de: 
→ Secreções: hialinas ou de coloração amarelada estão muito presentes em IVAS 
→ Presença de corpos estranhos 
→ Presença de escoriações ou infecções, exemplo: 
 Impetigo: infecção de pele (piodermite) causada por bactérias que habitam nossa 
pele, boca e trato respiratório superior 
a. A criança pode ter rinite, coçar muito e causar uma infecção secundária 
 
 
Rinoscopia 
 
Pedir a mãe para segurar a cabeça da criança e o examinador com o dedo irá elevar o nariz da 
criança e com a lanterna da oroscopia ou o próprio endoscópio faremos a visualização do nariz 
→ Septo nasal, conchas/cornetos nasais 
 Comparar cor do corneto com a cor da mucosa do septo 
a. Rinite = hipertrofia de corneto + palidez de mucosa 
 
CAVIDADE ORAL 
 
Analisar 
 
1. Mucosa oral 
2. Língua 
3. Dentes 
4. Palato 
5. Amigdalas 
6. Parede posterior da faringe 
7. Lábio 
8. Úvula 
9. Pilares anteriores e posteriores 
 Glaziele Odawara – 5° Período – PAPM V 
 
Técnica 
 
→ Segurar o abaixador com a mão esquerda e o foco de luz com a mão direita, deslocar as 
estruturas com o abaixador 
 Fazer oroscopia e otoscopia por último porque são mais desconfortáveis 
 
 
Descrição 
 
Exame dificultado pela irritabilidade da criança no momento da avaliação, lábios sem hiperemia 
ou fissuras, dentes em bom estado de conservação, língua sem alteração de superfície e 
tamanho, palato ogival, amigdalas sem hiperemia ou exsudato, ausência de gotejamento pós 
nasal 
 
 
Boca 
 
Angioedema 
→ Edema do tecido subcutâneo decorrente do aumento da permeabilidade vascular e 
extravasamento do líquido intravascular 
 Causas mais comuns: picada de inseto, alergia medicamentosa e alimentar 
 Complicações: fechamento de glote, envolvimento cardiorrespiratório 
 
 
Palato 
 
→ Colocar o dedo para identificação da fenda palatina 
 Na fenda palatina as vezes apenas olhando não dá para ver e parece ter forte 
relação com a úvula bífida 
Palato ogival 
→ Característico do respirador bucal 
 Paciente que tem rinite irá respirar pela boca, a língua fica no assoalho, o 
paciente pode ter prognatismo 
 
 
Língua 
 
Doença de Kawasaki 
→ Vasculite sistêmica 
 Pode complicar para um aneurisma de coronária 
 Diagnóstico clínico – lábio inchado, fissuras, vermelho e há alteração da língua 
 
 
Arco palatoglosso 
 
Herpangina coxsackie 
→ Alterações ulceradas no pilar com exantema 
→ Semelhante a faringite e amigdalite, porém o que diferencia é o que atinge crianças mais 
novas e a alteração é no pilar 
→ Complicação: miocardite 
 
 
Amigdalas 
 
Amigdalite 
→ Processo inflamatório na amigdala, presença de ulcerações 
→ Apresentando geralmente febre, odinofagia e linfonodos aumentados 
 Amigdalite bacteriana: 3-5 anos 
 Faringite e amigdalite abaixo de 2-3 anos é geralmente viral 
Caseum 
→ Acúmulo de restos alimentares na amigdala 
→ Massa branca, com odor fétido 
 
 
Outros achados 
 
Gotejamento pós nasal 
→ A inflamação dos cornetos pode levar a passagem de secreção para a garganta, o que 
chamamos de gotejamento pós nasal 
Língua geográfica 
→ Pode estar relacionada a alergia 
Cárie de mamadeira 
→ Criança tem habito de dormir na cama da mãe e mama a noite toda 
→ Atinge mais os incisivoscentrais superiores 
Dente de Hutchinson 
→ Alteração na forma dos dentes, associada a sífilis congênita, transmitida durante a 
gestação 
→ Cursam com periostite e osteocondrite 
 Podem ter reflexo de moro assimétrico 
Manchas por sulfato ferroso nos dentes 
→ Causadas pelo sulfato ferroso que é suplementado 
→ A partir dos 3 meses de idade deve ser feita a reposição de ferro, sendo feita até os 2 
anos de idade 
 
 Glaziele Odawara – 5° Período – PAPM V 
ORELHA 
 
Inspeção 
 
1. Implantação 
2. Deformidades 
3. Presença de secreções 
4. Região retroauricular 
 
 
Palpação 
 
1. Edema 
2. Dor 
3. Pesquisa de gânglios 
 
 
Descrição 
 
Membrana timpânica hiperemiada a esquerda, além de abaulamento, conduto auditivo externo 
sem alterações. Não foi possível visualizar MT a direita devido a presença de rolha de cerúmen. 
Região retroauricular direita e esquerda sem alterações ou temperatura 
 
 
Otoscopia 
 
→ Técnica: puxar delicadamente o pavilhão para cima e para trás, introduzir o otoscópio, 
tentando retificar o conduto auditivo 
Conduto auditivo 
→ Conduto auditivo sem hiperemia e secreção 
Região retroauricular 
→ Verificar presença de hiperemia ou fissura 
Aspecto da membrana timpânica 
→ Normal: translúcida, brilhosa, sem abaulamentos e em hiperemia 
→ Pode estar vermelha pela febre ou choro 
 
 
Achados 
 
Otite externa 
→ Otorreia 
→ Dor ao toque 
→ Não costuma ter febre 
Otite média 
→ Abaulamento e hiperemia da membrana timpânica 
Mastoidite 
→ Febre alta e chora muito, edema e hiperemia e retroauricular, estado geral não está bom 
→ Otite média pode complicar para mastoidite 
→ Na suspeita internamos e fazemos antibioticoterapia parenteral 
 
PESCOÇO 
 
Analisar 
 
1. Formato 
2. Mobilidade 
3. Irregularidades 
 
 
Descrição 
 
Pescoço cilíndrico, sem irregularidades e com mobilidade normal. Coloração vinhosa e 
consistência vascular 
 
Linfonodos 
 
→ Começamos pela região posterior, palpamos a região submandibular e descemos até a 
região cervical baixa 
→ O tipo de célula que a criança mais tem até os 4 anos de idade é o linfócito, ou seja, é 
comum encontrar gânglios 
 Gânglio normal nós consideramos nas cadeias típicas (cervical, axilar e inguinal) 
a. Cervical ou axilar = mais de 1 cm 
b. Inguinal = mais de 1,5 cm 
 É normal ter gânglio aumentado por quanto tempo? 
a. Em uma infecção o gânglio aumenta por até 2/3 semanas, depois desse 
período tem que parar de crescer (4/6 semanas) e voltar ao normal 
(8/12 semanas) 
 Localizações atípicas 
a. Epitroclear 
b. Pré auriculares 
c. Poplíteos 
d. Supraclavicular 
 Hiperplasia reativa a infecções virais podem persistir por até 3 semanas 
→ Pedimos que faça a extensão do pescoço, facilitando a visualização dos abaulamento 
 Glaziele Odawara – 5° Período – PAPM V 
 
Achados 
 
Linfonodomegalia 
→ Linfonodos aumentados, tamanho superior a 1 cm 
Linfadenite 
→ Inflamação do gânglio (presença de sinais inflamatórios) 
Turgência jugular 
→ Não é normal turgência se a criança não está chorando e não está deitada 
→ Ocorre em cardiopatias e pericardites 
Cisto braquial 
→ Cirúrgico 
→ Normalmente unilateral 
→ Podemos pedir ultrassom: objetivo é ver se é cístico (cisto braquial) ou sólido (gânglio) 
 
CASO CLÍNICO 
Caso Clínico 
Pré-escolar. 3 anos, iniciou quadro de febre persistente (38,5ºC) há aproximadamente 24h. Segundo a mãe criança 
evoluiu com piora do estado feral, além de recusa alimentar e hipoatividade. Nega diarreia, vômitos ou sintomas catarrais 
com tosse e coriza. Refere que fez uso de paracetamol gotas, porém a febre demorava ceder. A HPP não revela nada 
digno de nota. 
Iniciando o exame físico pela ectoscopia, observamos que o paciente estava prostrado no colo da mãe, porém reativo ao 
manuseio, febril no momento, hidratado, acianótico, anictérico, eupneico e com boa perfusão periférica. 
Exame Físico: 
Fontanelas não palpáveis, não foi observado alterações de forma do crânio, mobilizando bem o segmento cefálico, sem 
sinais de irritação meníngea. 
Pálpebras sem hiperemia ou descamações, pupilas fotorreagentes, esclera sem alteração de cor e conjuntiva 
normocorada. 
Ausência de secreções, septo íntegro, ausência de alterações nos cornetos como hipertrofia ou palidez de mucosa. 
Exame dificultado pela irritabilidade da criança no momento da avaliação, lábios sem hiperemia ou fissuras, dentes em 
bom estado de conservação, língua sem alterações de superfície ou tamanho, palato ogival, amígdalas sem hiperemia ou 
exsudato, ausência de gotejamento pós-nasal. 
Membrana timpânica hiperemiada à esquerda, além de abaulamento, conduto auditivo externo sem alterações. Não foi 
possível visualizar MT direita devido a presença de rolha de cerúmen. Região retroauricular direita e esquerda sem 
alterações de cor ou temperatura. 
Mobilidade passiva e ativa preservada, sem abaulamentos, presença de linfonodos palpáveis em cadeia cervical lateral 
esquerda de aproximadamente 0,5cm, sendo esses móveis e indolores. 
Hipótese Diagnóstica: 
Otite Média Aguda 
A otite média aguda é uma infecção da orelha média caracterizada pela instalação rápida dos sinais e sintomas de 
inflamação. Estão presentes, frequentemente, a otalgia, febre, irritabilidade e dificuldade de dormir, sendo comum a 
existência de sintomas de infecção de vias aéreas superiores precedendo a otite; 
Os patógenos mais comuns são H. influenzae, S. pneumoniae, e M. catarrhalis. Os vírus fazem parte dos causadores de 
otite média aguda e podem ser responsáveis por vários casos de falha do tratamento com antibióticos.

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