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FACULDADE DO VALE DO ITAPECURU – FAI
CURSO DE GRADUAÇÃO EM DIREITO
Lucas Gabriel Mesquita dos Santos 
DA (I)LEGALIDADE DA CONVERSÃO DA PRISÃO EM FLAGRANTE EM PREVENTIVA 
ANÁLISE CRÍTICA DE DOIS RECENTES JULGADOS 
CAXIAS MA
Outubro de 2020
Segundo a turma do STJ é possível de ofício, converter a prisão em flagrante em prisão preventiva. Embora o art. 311 do CPP aponte a impossibilidade de decretação da prisão preventiva, de ofício, pelo Juízo, é certo que, da leitura do art. 310, II, do CPP, observa-se que cabe ao Magistrado, ao receber o auto de prisão em flagrante, proceder a sua conversão em prisão preventiva, independentemente de provocação do Ministério Público ou da Autoridade Policial, desde que presentes os requisitos do art. 312 do CPP, não havendo falar em nulidade quanto ao ponto.
STJ. 5ª Turma. HC 539.645/RJ, Rel. Min. Joel Ilan Paciornik, julgado em 18/08/2020.
O Juiz, mesmo sem provocação da autoridade policial ou da acusação, ao receber o auto de prisão em flagrante, poderá, quando presentes os requisitos do art. 312 do CPP, converter a prisão em flagrante em preventiva, em cumprimento ao disposto no art. 310, II, do mesmo Código, não havendo falar em nulidade
STJ. 6ª Turma. AgRg no HC 577.739/SP, Rel. Min. Rogerio Schietti Cruz, julgado em 26/05/2020.
Segundo a 2ª Turma do STF e doutrina majoritária não é possível a decretação “ex officio” de prisão preventiva em qualquer situação (em juízo ou no curso de investigação penal), inclusive no contexto de audiência de custódia, sem que haja, mesmo na hipótese da conversão a que se refere o art. 310, II, do CPP, prévia, necessária e indispensável provocação do Ministério Público ou da autoridade policial.
A Lei nº 13.964/2019, ao suprimir a expressão “de ofício” que constava do art. 282, § 2º, e do art. 311, ambos do CPP, vedou, de forma absoluta, a decretação da prisão preventiva sem o prévio requerimento das partes ou representação da autoridade policial.
Logo, não é mais possível, com base no ordenamento jurídico vigente, a atuação ‘ex officio’ do Juízo processante em tema de privação cautelar da liberdade.
A interpretação do art. 310, II, do CPP deve ser realizada à luz do art. 282, § 2º e do art. 311, significando que se tornou inviável, mesmo no contexto da audiência de custódia, a conversão, de ofício, da prisão em flagrante de qualquer pessoa em prisão preventiva, sendo necessária, por isso mesmo, para tal efeito, anterior e formal provocação do Ministério Público, da autoridade policial ou, quando for o caso, do querelante ou do assistente do MP.
STF. 2ª Turma. HC 188888/MG, Rel. Min. Celso de Mello, julgado em 06/10/2020.
OBSERVAÇÃO FINAL 
A decisão mais respeitável é a da Segunda Turma do Superior Tribunal Federal Apenas consagra o SISTEMA ACUSATÓRIO (MP acusa; JUIZ julga) tão vilipendiado pelo Alexandre de Moraes e massivamente criticado por todos. Consagra a equidistância que o juiz deve manter para ser isento em suas decisões. Repita-se: apenas reitera o que a lei já prevê.
De uma forma simplificada:
A conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva deve ser requerida pelo Delegado de polícia ou pelo Promotor de justiça (Ministério Público).
Sem esse requerimento o juiz não pode, de ofício (por vontade própria) converte-la. ⤵️
Art. 311. Em qualquer fase da INVESTIGAÇÃO POLICIAL ou do processo penal, caberá a prisão preventiva decretada pelo juiz, A REQUERIMENTO DO MINISTÉRIO PÚBLICO, do querelante ou do assistente, ou POR REPRESENTAÇÃO DA AUTORIDADE POLICIAL.  (Redação dada pela Lei nº 13.964, de 2019).
Significa dizer que no SISTEMA ACUSATÓRIO, o juiz, no caso da prisão preventiva, não pode agir de ofício (por vontade própria). 
Isso garante maior isenção do juiz para JULGAR os fatos levados pela acusação e pela defesa.
Isto CHAMA-SE ESTADO DEMOCRÁTICO DE DIREITO, pautado em leis POSITIVADAS (escritas) e q valem para todos, inclusive para aqueles q são presos e acusados injustamente.

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