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UNIVERSIDADE SALVADOR - UNIFACS WAGNER DE CARVALHO GOIS LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO FEIRA DE SANTANA - BA 2021 UNIVERSIDADE SALVADOR - UNIFACS WAGNER DE CARVALHO GOIS PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Laudo Técnico de inspeção realizado em imóvel urbano apresentado como requisito à realização da APS do curso de Graduação em Engenharia Civil na UNIFACS. FEIRA DE SANTANA - BA 2021 SUMÁRIO: 1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................................................................... 4 2 - LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................................ 4 3 - ESCOPO ............................................................................................................................................. 5 4 - DESCRIÇÃO DO IMÓVEL ............................................................................................................... 5 5 - VISTORIA DO IMÓVEL ................................................................................................................... 6 6 - RESSALVAS ....................................................................................................................................... 7 7 - CATEGORIZAÇÃO .......................................................................................................................... 7 8 - METODOLOGIA ........................................................................................................................... 10 9 – CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO .................................................................................... 11 10 – DESCRIÇÃO DOS DANOS E PATOLOGIAS OBSERVADAS ............................................... 11 11 – CENÁRIO ATUAL ....................................................................................................................... 13 11.1 – Patologias em Ocorrência ................................................................................................. 13 11.1.1 – Infiltrações ......................................................................................................................... 13 11.1.2 – Trincas e Fissuras ............................................................................................................. 15 11.1.3 – Pintura ................................................................................................................................ 17 12 – CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 19 3 01. CONSIDERAÇÕES INICIAIS O presente Laudo Técnico inspeção foi solicitado por Luciano Renato Conceição Ferreira, Estado da Bahia, e elaborado em obediência às diretrizes atribuídas pelas Normas Técnicas Brasileiras aprovadas e regulamentada pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT, sendo imprescindíveis as suas recomendações, convenções e requisitos em todas as manifestações escritas, tais como: Pareceres e Laudos Técnicos de Engenharia. A concepção e apresentação deste Laudo Pericial de Engenharia é de total responsabilidade do profissional qualificado, legalmente habilitado pelo Conselho Regional de Engenharia – CREA. Considerando o que preconiza a NBR-13.752/96 – Perícias de engenharia na construção civil, define-se a perícia como “atividade que envolva a apuração das causas que motivaram determinado evento ou da asserção de direitos”. Não é o objetivo e pretensão deste trabalho esgotar o assunto que, pela própria natureza e complexidade, necessita, para o seu aprofundamento, de um nível de conhecimento que excede os princípios básicos aqui apresentados 02. LOCALIZAÇÃO A edificação, objeto deste estudo refere-se à uma residência unifamiliar, e encontra-se localizada na Via Pedestre 03, N°14 – Feira IX, Feira de Santana Estado da Bahia, com as seguintes coordenadas geográficas: Latitude 12° 15’ 35,5” - longitude 38° 59’ 20,5” 4 3. ESCOPO O presente trabalho tem por finalidade a realização de uma inspeção predial como um “Check-up” da edificação com a finalidade de averiguação e procedimentos técnicos investigativos da Engenharia Diagnóstica, de elementos construtivos, com o objetivo de identificar e relatar as anomalias construtivas e falhas de manutenção que interferem e prejudicam a funcionalidade, suas instalações, seu desempenho, vida útil, análise de risco oferecido aos usuários, patologias, danos físicos e vícios construtivos existentes no prédio da sede administrativa da Prefeitura Municipal de São João, Estado do Paraná, bem como relatando o nexo causal, apontando as possíveis causas que deram origem às manifestações, recomendando os procedimentos necessários para as obras de reparo. Neste contexto, é importante frisar que, a ANOMALIA representa a irregularidade relativa à construção e suas instalações, enquanto que a FALHA diz respeito à manutenção, operação e uso da edificação. 4. DESCRIÇÃO DO IMÓVEL O imóvel, objeto deste trabalho, é constituído por uma edificação de pavimento térreo, com acesso principal pela Via Pedestre 03, distribuídos da seguinte forma: - Pavimento Térreo, com acesso direto do logradouro público tem-se a utilização privada pelas pessoas que lá habitam. O imóvel possui uma área total construída de 60,15m² (sessenta metros e quinze centímetros quadrados), edificada no ano de 1990, com acabamento padrão normal, caracterizado por estrutura em concreto armado, a fundação foi feita por blocos corridos de pedra e concreto, fechamento em alvenaria, divisões internas em alvenaria, aberturas em alumínio e vidro, piso em cerâmica e concreto alisado, forro em PVC e estrutura da cobertura em madeira e telhas em cerâmica. 5 05. VISTORIA DO IMÓVEL Foi realizada a vistoria no imóvel em data de 31 de maio de 2021, na companhia Damião da Silva Gois, proprietário da edificação, oportunidade em que foram observadas as características e condições gerais do imóvel. VISTORIA “ad perpetuam rei memoriam”, ou seja, a presente vistoria para perpétua memória do fato obedece às diretrizes preconizadas pelas Normas Técnicas Brasileiras aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e Instituto Brasileiro de Avaliações e Perícias – IBAPE 2009 e da Norma de Manutenção em Edificações - NBR 5674, da ABNT. Durante a vistoria realizada “in loco”, não foram realizados ensaios destrutivos e/ou testes com equipamentos, foi realizada a inspeção visual, colhidas imagens fotográficas que constituem embasamentos anexos, análise de documentação técnica esclarecedoras ao trabalho, a qual foi disponibilizada pelo órgão público. Os principais danos e patologias observados, durante a vistoria técnica, foram: • Infiltrações provenientes da má impermeabilização da fundação; • Trincas e fissuras em alguns locais específicos de fachada e no decorrer de toda alvenaria; • Ausência ou impermeabilização vencida e deteriorada; • Falta de quadro elétrico; • Sistema elétrico danificado e sem proteção; • Cobertura da garagem com sérios problemas de vazamento. 6 06. RESSALVAS As análises e conclusões expressas no presente trabalho são baseadas em dados, pesquisas, normatização e levantamentos verificados “in situ”, sendo todas as conclusões limitadas às condições visuais. Este signatário declara não ter interessepresente ou futuro, próprio ou de familiares, na realização de obras de recuperação do imóvel periciado, não havendo qualquer tipo de vantagem sobre o resultado final do trabalho apresentado. 07. CATEGORIZAÇÃO Analisando as edificações, podemos compará-los analogamente com o ser humano em semelhança com a estrutura e sistemas, assim vemos: As ESTRUTURAS definimos como o Esqueleto, A ALVENARIA como a musculatura, Os REVESTIMENTOS como a pele, AS INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E ELÉTRICAS como o sistema circulatório. Analisando este contexto, identificamos que o adoecimento das edificações são originárias por fatores internos e externos. Os fatores internos ou endógenos, são derivados da deficiência de projeto ou execução da obra, utilização inadequada ou deterioração natural, pelo esgotamento da sua Vida Útil ou até mesmo por fatores inerentes ao próprio imóvel. Já os fatores externos, ou exógenos, decorrem de ações impostas por fatores produzidos por terceiros. Os vícios e defeitos construtivos, originam-se da falta de observação das normas, deficiências no material e/ou na mão de-obra, aliadas à eventual negligência dos construtores. 7 Vícios construtivos, define-se como anomalias da construção, originária da inadequação de qualidade prometida ou esperada, ou seja, são falhas que tornam o imóvel impróprio para o uso ou lhe diminuem o valor. Isso acontece em alguns casos específicos. Por exemplo, um pequeno defeito na pintura, alguma pequena falha no rejuntamento de azulejos, uma esquadria mal regulada, entre muitos outros, nem sempre tornam o imóvel impróprio para uso, mas é o estopim inicial de um processo patológico que culminará na diminuição do valor venal do imóvel. Desta forma, classificamos os vícios construtivos como fatores endógenos provenientes de irregularidades de projeto, ou de execução, ou de materiais utilizados, constituindo uma inexecução da obrigação, quando da combinação destas etapas. Defeitos, define-se como falhas que fazem com que o fornecimento de produtos ou serviços afetem ou possam afetar a saúde e a segurança do consumidor. Os vícios e os defeitos podem ser aparentes ou ocultos. Vícios ou defeitos aparentes são os de fácil constatação, que podem ser notados de forma visual, quando da entrega do imóvel. Os demais são os vícios ocultos que diminuem, ao longo do tempo, o valor do bem ou a tornam imprópria ao uso a que se destina. Vejamos, caso o consumidor, na aquisição do produto, tivesse conhecimento do vício oculto, poderia pleitear abatimento no preço ou até mesmo desistir da compra. É importante ressaltar que, de acordo com o Art. 18 do Código de Defesa do Consumidor, é possível ao consumidor pleitear abatimento do preço ou até mesmo desistir da compra no caso da existência de vícios que tornem o imóvel impróprio para o uso ou diminuam o valor. As falhas podem se classificar por planejamento, consoantes a estratégia de manutenção que além dos aspectos de concepção do plano, podem estar relacionadas a periodicidades de execução. A execução propriamente dita, com procedimentos inadequados, incluindo uso de materiais. E por fim a operacionalidade e gerenciamento. Danos são o resultado e/ou as consequências dos vícios e defeitos que, na construção civil, afetam a própria obra, ou o imóvel vizinho, ou os bens, ou as pessoas nele situados, ou ainda a terceiros (transeuntes e outros). 8 Desempenho significa comportamento em utilização. O conceito de desempenho parte do pressuposto de que um produto deve apresentar certas propriedades a fim de cumprir a sua função, quando sujeito a determinadas influências ou ações durante sua vida útil. Desnecessário apontar que a partir dos primeiros indícios de deformidades relatadas, as patologias passam por uma escala evolutiva, consubstanciados em seus processos de degradação um lento e gradual crescimento, proporcionando ações de iminentes danos de maior vulto. Ressalta-se que a decorrência de fatores patológicos seguem a seguinte sequência: a) - Formação, são desagregações latentes amparadas de ações lentas, graduais e progressivas, caracterizadas por processos puntiformes iniciais e cuja expansão ainda poderá ser assimilada sem qualquer dano visível; b) -Propagação, são ações degenerativas, rápidas e evolutivas das patologias, podendo declinar-se a origem e natureza também pela ampla área segregada; c)-Degradação irreversível, é a perda significativa de performance e desempenho, proporcionando a inviabilidade técnica de procedimentos de manutenção e reparos usuais. Para tanto consciente e importante enaltecer que, uma degradação em formação permite a propagação com tendências a lesões graves, e que devem ser analisadas no que estabelecem os projetos e execução, e os reparos realizados devem cessar por definitivo a propagação e formação das patologias, de forma a atender quanto ao nível de desempenho esperado do produto, dentro do que preconiza as Normas Técnicas vigentes. A manutenção é apenas um alerta, e ressalta que qualquer problema incorrigível ou inviável, do ponto de vista do custo versus benefício, pode ser desmembrado em soluções paliativas menores e viáveis. 9 08. METODOLOGIA Visando relacionar as irregularidades prediais representadas por ANOMALIAS construtivas, FALHAS DE MANUTENÇÃO e de USO INDEVIDO ou prejudicado, foram listadas em ordem lógica decrescente segundo prioridades de segurança, sugerindo-se a classificação das irregularidades pelo Grau de Risco e aplicação da ferramenta GUT (Gravidade, Urgência e Tendência). Embora também pudessem ser utilizadas outras ferramentas capazes de ordenar as prioridades, tais como FMEA (Análise de Modo e Efeito de Falha) e o Diagrama de Pareto. GRAU Gravidade Urgência Tendência MÁXIMO Risco à vida dos usuários, colapso da Evolução imediata Em ocorrência edificação, dano ambiental grave ALTO Risco de ferimentos aos usuários, Evolução a curto A ocorrer avaria não recuperável à edificação, prazo contaminação localizada MÉDIO Insalubridade aos usuários, Evolução à médio Prognóstico deterioração elevada da edificação, prazo para breve desperdício dos recursos naturais BAIXO Incômodo aos usuários, degradação Evolução à longo Prognóstico da edificação, uso não racional dos prazo adiante recursos naturais MÍNIMO Depreciação imobiliária Não evoluirá Imprevisto De acordo com o artigo 17 do Código de Defesa do Consumidor, equiparam-se aos consumidores todas as vítimas do evento. Isto quer dizer que se alguém estiver passando na rua e for vítima de algum material caído da obra, deve ser indenizado, independentemente da culpa do construtor e como se fosse um consumidor O método GUT baseia-se na ponderação do grau de comprometimento (ou da criticidade) para cada enfoque analisado das incorreções construtivas (Condição Técnica Construtiva, Condições de Uso e Procedimentos de Manutenção), obtendo-se um resultado viabilizando desta forma a ordenação (ou priorização) das providências necessárias. 10 09. CLASSIFICAÇÕES DO GRAU DE RISCO Utilizamos como parâmetro de classificação das anomalias e falhas a Norma de Inspeção Predial do IBAPE, as anomalias e falhas são classificadas em três diferentes graus de recuperação, considerando o impacto do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente e ao patrimônio, dentro dos limites da inspeção visual, desta forma, podemos classificar em três diferentes graus de recuperação. • GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que provoca danos contra a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente, com perda excessiva de desempenho e funcionalidade, causando possíveis paralisações, aumento excessivo de custo, comprometimentosensível de vida útil e desvalorização imobiliária acentuada. • GRAU DE RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis. • GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele causado por pequenas perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à estética ou atividade programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos relativos aos impactos irrecuperáveis e parcialmente recuperáveis, além de baixo ou nenhum comprometimento do valor imobiliário. 10. - DESCRIÇÃO DOS DANOS E PATOLOGIAS OBSERVADAS A patologia é entendida como a parte da engenharia que estuda os sintomas e mecanismos, as causas e origens dos defeitos e vícios construtivos. Sendo, portanto, o estudo das partes componentes do diagnóstico do problema observado. O termo “patologia” é utilizado de forma a mencionar e relacionar os problemas e falhas que ocorrem na fase de concepção, execução e utilização da edificação, gerando diversas causas para o surgimento de anomalias, a qual está diretamente ligada à eficiência e durabilidade dos materiais e as técnicas construtivas necessárias para assegurar o desempenho diretamente associado a Vida Útil de uma edificação, o conforto dos moradores e o aspecto estético da edificação. 11 Condições de estabilidade da edificação Durante a vistoria foram constatadas patologias oriundas de infiltrações e vazamentos das tubulações hidrossanitárias e pluviais, e estas patologias estão evoluindo, através da contínua infiltração de água nos pisos das sacadas, aumentando a despassivação das armaduras, com consequentemente abertura nas fissuras e rachaduras existentes, agravado ainda com infiltrações em tubulações elétricas, elevando a classificação do grau de risco, vindo a causar danos graves aos usuários, bem como à edificação. 12 11. CENÁRIO ATUAL: 11.1 - Patologias em ocorrência cujas Anomalias estão evidenciadas. 11.1.1: INFILTRAÇÕES Item: INFILTRAÇÕES Foto nº: 01 a 02 Local: QUARTO E SALA DE ESTAR Data: 31/05/2021 Foto 01: Face interior do quarto 02 Foto 01: Face interior da sala de estar Descrição: PATOLOGIA - Erro de projeto: Um dos principais problemas é a falta drenagem das águas pluviais, que acabam penetrando no chão por capilaridade nas paredes da alvenaria, agravado pela existência de buzinotes para despejo desses fluídos instalados de forma errônea estando em nível superior ao do piso. Mão-de-obra Deficiente: Agente causador da patologia, por não ter habilidades para verificação da Anomalia. Em alguns pontos, como no caso da foto 02, é visível a deterioração do concreto do com evidência de carbonatação e oxidação das armaduras devido à umidade excessiva que está exposta. Criticidade: Deve ser revisado todo o sistema de captação e condução da drenagem das águas pluviais, com instalação de ralos e buzinotes situados abaixo do nível do piso, a fim de captar as águas e conduzi-las até o exterior da edificação. 13 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO: As áreas descobertas caracterizadas por sacadas e floreiras devem ser totalmente impermeabilizadas. Deverá seguir uma sequência lógica, como segue: • retirar todo o concreto (camada de proteção) desagregado, ou desagregando-se, ou que não tenha caimento no sentido do ponto coletor, proporcionando o direcionamento dos fluídos. • reparar todas as trincas e fissuras; • revisar e reparar todos os ralos de águas pluviais e buzinotes; • escovar e lavar as superfícies deixando-as limpas, secas e isentas de poeira; • após o reparo de todas as trincas, limpar toda à superfície, retificar os caimentos e melhorar a drenagem; • “bolear” no formato de “meia-cana” a junção das lajes com as paredes e demais elementos; • aplicar duas demãos de pintura “prime” e impermeabilizar a área, utilizando manta asfáltica com 4mm de espessura, totalmente aderida às superfícies, a fogo, subindo, no mínimo, 35 cm pelas paredes e dobrando, totalmente em cima dos peitoris e nas paredes laterais. • Dispor de uma lâmina d’água, de pelo menos 3 cm, em toda a extensão impermeabilizada da laje e deixar em teste em um período de 05 dias. Se houver vazamento, identificá-lo e corrigi-lo localmente, pois a manta é totalmente aderida à superfície; • executar o acabamento mecânico de proteção à manta com argamassa de cimento e areia de traço 1:3, com espessura de, no mínimo, 2 cm. Atentar para os vãos de dilatação. O acabamento mecânico deverá ter dilatação em vãos a cada 2,00 metros. 14 11.1.2: TRINCAS E FISSURAS Item: TRINCAS E FISSURAS Foto nº: 03 a 04 Local: FACHADA E QUARTO Data: 31/05/2021 Foto 03: Fissura na parte inferior da Fachada Foto 04: Fissura na parede em alvenaria do Frontal Quarto Descrição: PATOLOGIA – Erro de projeto: fundação mal obsoleta e falta de impermeabilização dos baldrames. Face às ações externas aos quais estão inseridos os componentes, as fissuras são causadas por movimentações térmicas e higroscópicas, agravados pela retração dos produtos à base de cimento e às alterações químicas dos materiais de construção. Criticidade: Deve ser realizada a correção das trincas imediatamente, objetivando a manutenção da edificação, a durabilidade dos materiais e a vida útil da edificação. 15 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO: As fissuras e trincas também podem aparecer em virtude da variação térmica de temperatura, temporárias ou diárias, cujo ar apresente variações de amplitude acentuada durante as 24 horas do dia, dilatando e contraindo os materiais construtivos, principalmente em elementos expostos, tais paredes externas. As fissuras são mais preocupantes quando há acentuado progresso, principalmente, no sentido da largura. Ou seja, quando elas começam a se alargar, transformando-se em trincas e rachaduras. Se as fissuras se estabilizarem, menor é a preocupação. Igualmente preocupante são as fissuras que atravessam a parede de um lado a outro. Durante a Vistoria, não observamos, visualmente, recalque nas fundações, menos ainda recalques diferenciais. A recuperação das trincas e fissuras deverão seguir uma sequência lógica, como segue: • Abertura de sulco sobre a fissura, em forma de “V” por meio de disco de corte e ou espátulas, • com aproximadamente 1,0cm de profundidade e 1,0cm de largura. • Remoção do acabamento da parede no entorno do sulco em aproximadamente 20cm e remoção de todas as partículas soltas no sulco com o auxílio de um pincel. • Aplicação de selante acrílico flexível. • Após a secagem do selante, aplicação da primeira demão (camada) de impermeabilizante acrílico com utilização de pincel. • Instalação de tela de poliéster sobre a primeira camada de impermeabilizante. • Aplicação da segunda demão (camada) de impermeabilizante acrílico com utilização de pincel. 16 11.1.5: PINTURA Item: PINTURA Foto nº: 05 a 06 Local: PAREDES EM GERAL Data: 31/05/2021 Foto 05: Paredes Externas Foto 05: Sala de estar (Fachada Lateral Direita) Descrição: PATOLOGIA – Falha de manutenção: Devido ao desgaste natural da tinta de proteção externa das alvenarias e elementos estruturais, a edificação já apresenta patologias oriundas desta falha. Destas, podemos citar as eflorescências, saponificação, bolhas, descascamento das alvenariase desagregação dos materiais. Deverá ser realizada urgentemente as reparações que estão ocasionando esta patologia, revestindo as paredes com uma camada de Criticidade: tinta, que além de transformar visualmente o ambiente, proporciona uma série de benefícios, tais como: resistência, durabilidade, valorização e higiene, contribuindo para o desempenho da edificação e contribuindo para a vida útil. 17 RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO: Logo após a execução dos serviços de correções especificados anteriormente, a edificação necessita ser repintada, seguindo esta ordem lógica. • Preparação das superfícies. • Lixamento das paredes e lajes com utilização de lixa nº 220 (mais finas) nos locais onde a superfície estiver firme e sem muito excesso de reboco, ou lixa nº 80 (mais grossa), nos locais onde a superfície estiver mais grosseira. • Aplicação de selador acrílico, aplicado com rolo de lã, em todas as paredes e lajes à serem pintadas. Deverá ser aplicado com movimentos verticais (sobe e desce), de modo que a aplicação seja uniforme. • Aplicação de massa corrida nos locais onde foram realizadas as correções de trincas e fissuras com o auxílio de desempenadeira e espátula nos cantos. Inspecionar todas as paredes e lajes com a finalidade de localizar buracos e/ou pequenos defeitos existentes antes de iniciar a pintura. • Aplicação da tinta de acabamento em quantas demãos forem necessárias seguindo sempre as orientações do fabricante bem como o tempo de espera indicado entre cada demãos. • Cuidado especial deverá ser tomado quanto ao tipo de material e local onde será aplicada a pintura. 18 12. CONCLUSÃO Em geral, o estado de conservação, a funcionalidade e desempenho da edificação, bem como o padrão construtivo da edificação pode ser considerado como moderado. As deficiências de manutenção aqui especificados são em funções da idade da edificação, que necessita de manutenção corretiva e após sanada estas deficiências construtivas necessitará de atenção e manutenção preventiva. As maiores patologias encontradas são originárias de infiltrações decorrentes de ausência de manutenção dos sistemas de drenagem de águas pluviais, instalações elétricas e pintura. Durante a vistoria não foram identificados recalques diferenciais no prédio, assim como, não foram observados problemas estruturais, no entanto, estas peças estruturais podem começar a apresentar problemas de corrosão e despassivação das armaduras e perda de resistência do concreto, devido ao processo de molhagem e secagem, o que é extremamente prejudicial às estruturas. Caso esses reparos não sejam executados, com a urgência devida, pode-se chegar a um estado de maior deterioração, inclusive estético-funcional, comprometendo a qualidade de vida e funcionalidade do edifício, diminuindo o tempo de vida útil do prédio. Não foi possível verificar alterações nos elementos estruturais do prédio, apenas mudança de setores e divisórias leves e de cunho estético visando melhor aproveitamento interno dos ambientes. Utilizando a metodologia GUT – Gravidade, Urgência e Tendência, o grau de risco o qual a edificação enquadra-se é de RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL, ou seja, é aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis. 19 Desta forma, sugerimos a tomada de providências com o objetivo de reparar os danos e defeitos com a maior urgência possível, a qual deverá ser executada com mão-de-obra especializada, com os serviços deverão ter responsabilidade e supervisão de um profissional de engenharia e arquitetura devidamente habilitado. 20
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