Buscar

Laudo Tecnico de patologias

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 20 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

UNIVERSIDADE SALVADOR - UNIFACS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WAGNER DE CARVALHO GOIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
LAUDO TÉCNICO DE INSPEÇÃO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA - BA 
 
2021 
 
UNIVERSIDADE SALVADOR - UNIFACS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
WAGNER DE CARVALHO GOIS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PATOLOGIAS DA CONSTRUÇÃO CIVIL 
 
 
 
 
 
Laudo Técnico de inspeção realizado em imóvel 
urbano apresentado como requisito à realização 
da APS do curso de Graduação em Engenharia 
Civil na UNIFACS. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FEIRA DE SANTANA - BA 
 
2021 
 
 
 
SUMÁRIO: 
 
 
 
1 – CONSIDERAÇÕES INICIAIS ......................................................................................................... 4 
 
2 - LOCALIZAÇÃO ................................................................................................................................ 4 
 
3 - ESCOPO ............................................................................................................................................. 5 
 
4 - DESCRIÇÃO DO IMÓVEL ............................................................................................................... 5 
 
5 - VISTORIA DO IMÓVEL ................................................................................................................... 6 
 
6 - RESSALVAS ....................................................................................................................................... 7 
 
7 - CATEGORIZAÇÃO .......................................................................................................................... 7 
 
8 - METODOLOGIA ........................................................................................................................... 10 
 
9 – CLASSIFICAÇÃO DO GRAU DE RISCO .................................................................................... 11 
 
10 – DESCRIÇÃO DOS DANOS E PATOLOGIAS OBSERVADAS ............................................... 11 
 
11 – CENÁRIO ATUAL ....................................................................................................................... 13 
 
11.1 – Patologias em Ocorrência ................................................................................................. 13 
 
11.1.1 – Infiltrações ......................................................................................................................... 13 
 
11.1.2 – Trincas e Fissuras ............................................................................................................. 15 
 
11.1.3 – Pintura ................................................................................................................................ 17 
 
12 – CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 19 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3
 
01. CONSIDERAÇÕES INICIAIS 
 
 
 
O presente Laudo Técnico inspeção foi solicitado por Luciano Renato Conceição 
Ferreira, Estado da Bahia, e elaborado em obediência às diretrizes atribuídas pelas Normas 
Técnicas Brasileiras aprovadas e regulamentada pela Associação Brasileira de Normas 
Técnicas – ABNT, sendo imprescindíveis as suas recomendações, convenções e requisitos em 
todas as manifestações escritas, tais como: Pareceres e Laudos Técnicos de Engenharia. 
 
 
 A concepção e apresentação deste Laudo Pericial de Engenharia é de total 
responsabilidade do profissional qualificado, legalmente habilitado pelo Conselho Regional 
de Engenharia – CREA. 
 
Considerando o que preconiza a NBR-13.752/96 – Perícias de engenharia na construção 
civil, define-se a perícia como “atividade que envolva a apuração das causas que motivaram 
determinado evento ou da asserção de direitos”. 
 
 
Não é o objetivo e pretensão deste trabalho esgotar o assunto que, pela própria 
natureza e complexidade, necessita, para o seu aprofundamento, de um nível de 
conhecimento que excede os princípios básicos aqui apresentados 
 
 
 
02. LOCALIZAÇÃO 
 
 
 
A edificação, objeto deste estudo refere-se à uma residência unifamiliar, e encontra-se 
localizada na Via Pedestre 03, N°14 – Feira IX, Feira de Santana Estado da Bahia, com as 
seguintes coordenadas geográficas: Latitude 12° 15’ 35,5” - longitude 38° 59’ 20,5” 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
3. ESCOPO 
 
 
 
O presente trabalho tem por finalidade a realização de uma inspeção predial como um 
“Check-up” da edificação com a finalidade de averiguação e procedimentos técnicos 
investigativos da Engenharia Diagnóstica, de elementos construtivos, com o objetivo de 
identificar e relatar as anomalias construtivas e falhas de manutenção que interferem e 
prejudicam a funcionalidade, suas instalações, seu desempenho, vida útil, análise de risco 
oferecido aos usuários, patologias, danos físicos e vícios construtivos existentes no prédio da 
sede administrativa da Prefeitura Municipal de São João, Estado do Paraná, bem como 
relatando o nexo causal, apontando as possíveis causas que deram origem às manifestações, 
recomendando os procedimentos necessários para as obras de reparo. 
 
Neste contexto, é importante frisar que, a ANOMALIA representa a irregularidade 
relativa à construção e suas instalações, enquanto que a FALHA diz respeito à manutenção, 
operação e uso da edificação. 
 
4. DESCRIÇÃO DO IMÓVEL 
 
 
 
O imóvel, objeto deste trabalho, é constituído por uma edificação de pavimento térreo, 
com acesso principal pela Via Pedestre 03, distribuídos da seguinte forma: 
 
- Pavimento Térreo, com acesso direto do logradouro público tem-se a utilização privada 
pelas pessoas que lá habitam. 
 
O imóvel possui uma área total construída de 60,15m² (sessenta metros e quinze 
centímetros quadrados), edificada no ano de 1990, com acabamento padrão normal, 
caracterizado por estrutura em concreto armado, a fundação foi feita por blocos corridos de 
pedra e concreto, fechamento em alvenaria, divisões internas em alvenaria, aberturas em 
alumínio e vidro, piso em cerâmica e concreto alisado, forro em PVC e estrutura da 
cobertura em madeira e telhas em cerâmica. 
 
 
 
 
 
5
 
 
 
 
 
 
05. VISTORIA DO IMÓVEL 
 
 
 
Foi realizada a vistoria no imóvel em data de 31 de maio de 2021, na companhia Damião 
da Silva Gois, proprietário da edificação, oportunidade em que foram observadas as 
características e condições gerais do imóvel. 
 
 
VISTORIA “ad perpetuam rei memoriam”, ou seja, a presente vistoria para perpétua 
memória do fato obedece às diretrizes preconizadas pelas Normas Técnicas Brasileiras 
aprovadas pela Associação Brasileira de Normas Técnicas – ABNT e Instituto Brasileiro de 
Avaliações e Perícias – IBAPE 2009 e da Norma de Manutenção em Edificações - NBR 5674, 
da ABNT. 
 
Durante a vistoria realizada “in loco”, não foram realizados ensaios destrutivos e/ou 
testes com equipamentos, foi realizada a inspeção visual, colhidas imagens fotográficas que 
constituem embasamentos anexos, análise de documentação técnica esclarecedoras ao 
trabalho, a qual foi disponibilizada pelo órgão público. 
 
 
Os principais danos e patologias observados, durante a vistoria técnica, foram: 
 
• Infiltrações provenientes da má impermeabilização da fundação; 
 
• Trincas e fissuras em alguns locais específicos de fachada e no decorrer de toda alvenaria; 
 
• Ausência ou impermeabilização vencida e deteriorada; 
 
• Falta de quadro elétrico; 
 
• Sistema elétrico danificado e sem proteção; 
• Cobertura da garagem com sérios problemas de vazamento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
6
 
 
06. RESSALVAS 
 
 
 
As análises e conclusões expressas no presente trabalho são baseadas em dados, 
pesquisas, normatização e levantamentos verificados “in situ”, sendo todas as conclusões 
limitadas às condições visuais. 
 
 
Este signatário declara não ter interessepresente ou futuro, próprio ou de familiares, na 
realização de obras de recuperação do imóvel periciado, não havendo qualquer tipo de 
vantagem sobre o resultado final do trabalho apresentado. 
 
 
 
07. CATEGORIZAÇÃO 
 
 
 
Analisando as edificações, podemos compará-los analogamente com o ser humano em 
semelhança com a estrutura e sistemas, assim vemos: As ESTRUTURAS definimos como o 
Esqueleto, A ALVENARIA como a musculatura, Os REVESTIMENTOS como a pele, AS 
INSTALAÇÕES HIDRÁULICAS E ELÉTRICAS como o sistema circulatório. 
 
Analisando este contexto, identificamos que o adoecimento das edificações são 
originárias por fatores internos e externos. 
 
Os fatores internos ou endógenos, são derivados da deficiência de projeto ou execução 
da obra, utilização inadequada ou deterioração natural, pelo esgotamento da sua Vida Útil 
ou até mesmo por fatores inerentes ao próprio imóvel. 
 
Já os fatores externos, ou exógenos, decorrem de ações impostas por fatores 
produzidos por terceiros. 
 
Os vícios e defeitos construtivos, originam-se da falta de observação das normas, 
deficiências no material e/ou na mão de-obra, aliadas à eventual negligência dos 
construtores. 
 
 
 
 
 
7
 
Vícios construtivos, define-se como anomalias da construção, originária da inadequação 
de qualidade prometida ou esperada, ou seja, são falhas que tornam o imóvel impróprio 
para o uso ou lhe diminuem o valor. Isso acontece em alguns casos específicos. 
 
Por exemplo, um pequeno defeito na pintura, alguma pequena falha no rejuntamento de 
azulejos, uma esquadria mal regulada, entre muitos outros, nem sempre tornam o imóvel 
impróprio para uso, mas é o estopim inicial de um processo patológico que culminará na 
diminuição do valor venal do imóvel. 
 
Desta forma, classificamos os vícios construtivos como fatores endógenos provenientes 
de irregularidades de projeto, ou de execução, ou de materiais utilizados, constituindo uma 
inexecução da obrigação, quando da combinação destas etapas. 
 
Defeitos, define-se como falhas que fazem com que o fornecimento de produtos ou 
serviços afetem ou possam afetar a saúde e a segurança do consumidor. Os vícios e os 
defeitos podem ser aparentes ou ocultos. Vícios ou defeitos aparentes são os de fácil 
constatação, que podem ser notados de forma visual, quando da entrega do imóvel. Os 
demais são os vícios ocultos que diminuem, ao longo do tempo, o valor do bem ou a tornam 
imprópria ao uso a que se destina. Vejamos, caso o consumidor, na aquisição do produto, 
tivesse conhecimento do vício oculto, poderia pleitear abatimento no preço ou até mesmo 
desistir da compra. É importante ressaltar que, de acordo com o Art. 18 do Código de Defesa 
do Consumidor, é possível ao consumidor pleitear abatimento do preço ou até mesmo 
desistir da compra no caso da existência de vícios que tornem o imóvel impróprio para o uso 
ou diminuam o valor. 
 
As falhas podem se classificar por planejamento, consoantes a estratégia de 
manutenção que além dos aspectos de concepção do plano, podem estar relacionadas a 
periodicidades de execução. 
 
A execução propriamente dita, com procedimentos inadequados, incluindo uso de 
materiais. E por fim a operacionalidade e gerenciamento. 
 
Danos são o resultado e/ou as consequências dos vícios e defeitos que, na construção 
civil, afetam a própria obra, ou o imóvel vizinho, ou os bens, ou as pessoas nele situados, ou 
ainda a terceiros (transeuntes e outros). 
 
 
 
 
 
 
 
8
 
 
Desempenho significa comportamento em utilização. O conceito de desempenho parte 
do pressuposto de que um produto deve apresentar certas propriedades a fim de cumprir 
 
a sua função, quando sujeito a determinadas influências ou ações durante sua vida útil. 
Desnecessário apontar que a partir dos primeiros indícios de deformidades relatadas, as 
patologias passam por uma escala evolutiva, consubstanciados em seus processos de 
degradação um lento e gradual crescimento, proporcionando ações de iminentes danos de 
maior vulto. 
 
Ressalta-se que a decorrência de fatores patológicos seguem a seguinte sequência: 
 
a) - Formação, são desagregações latentes amparadas de ações lentas, graduais e 
progressivas, caracterizadas por processos puntiformes iniciais e cuja expansão ainda poderá 
ser assimilada sem qualquer dano visível; 
 
b) -Propagação, são ações degenerativas, rápidas e evolutivas das patologias, podendo 
declinar-se a origem e natureza também pela ampla área segregada; 
c)-Degradação irreversível, é a perda significativa de performance e desempenho, 
proporcionando a inviabilidade técnica de procedimentos de manutenção e reparos usuais. 
Para tanto consciente e importante enaltecer que, uma degradação em formação permite a 
propagação com tendências a lesões graves, e que devem ser analisadas no que 
estabelecem os projetos e execução, e os reparos realizados devem cessar por definitivo a 
propagação e formação das patologias, de forma a atender quanto ao nível de desempenho 
esperado do produto, dentro do que preconiza as Normas Técnicas vigentes. 
 
A manutenção é apenas um alerta, e ressalta que qualquer problema incorrigível ou 
inviável, do ponto de vista do custo versus benefício, pode ser desmembrado em soluções 
paliativas menores e viáveis. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
9
 
08. METODOLOGIA 
 
Visando relacionar as irregularidades prediais representadas por ANOMALIAS 
construtivas, FALHAS DE MANUTENÇÃO e de USO INDEVIDO ou prejudicado, foram listadas 
em ordem lógica decrescente segundo prioridades de segurança, sugerindo-se a classificação 
das irregularidades pelo Grau de Risco e aplicação da ferramenta GUT (Gravidade, Urgência 
e Tendência). 
 
Embora também pudessem ser utilizadas outras ferramentas capazes de ordenar as 
prioridades, tais como FMEA (Análise de Modo e Efeito de Falha) e o Diagrama de Pareto. 
 
 
GRAU Gravidade Urgência Tendência 
MÁXIMO Risco à vida dos usuários, colapso da Evolução imediata Em ocorrência 
 edificação, dano ambiental grave 
ALTO Risco de ferimentos aos usuários, Evolução a curto A ocorrer 
 avaria não recuperável à edificação, prazo 
 contaminação localizada 
MÉDIO Insalubridade aos usuários, Evolução à médio Prognóstico 
 deterioração elevada da edificação, prazo para breve 
 desperdício dos recursos naturais 
BAIXO Incômodo aos usuários, degradação Evolução à longo Prognóstico 
 da edificação, uso não racional dos prazo adiante 
 recursos naturais 
MÍNIMO Depreciação imobiliária Não evoluirá Imprevisto 
 
 
De acordo com o artigo 17 do Código de Defesa do Consumidor, equiparam-se aos 
consumidores todas as vítimas do evento. Isto quer dizer que se alguém estiver passando na 
rua e for vítima de algum material caído da obra, deve ser indenizado, independentemente 
da culpa do construtor e como se fosse um consumidor 
 
 
 O método GUT baseia-se na ponderação do grau de comprometimento (ou da 
criticidade) para cada enfoque analisado das incorreções construtivas (Condição Técnica 
Construtiva, Condições de Uso e Procedimentos de Manutenção), obtendo-se um resultado 
viabilizando desta forma a ordenação (ou priorização) das providências necessárias. 
 
 
 
 
10 
 
 
 
 
09. CLASSIFICAÇÕES DO GRAU DE RISCO 
 
 
Utilizamos como parâmetro de classificação das anomalias e falhas a Norma de 
Inspeção Predial do IBAPE, as anomalias e falhas são classificadas em três diferentes graus 
de recuperação, considerando o impacto do risco oferecido aos usuários, ao meio ambiente 
e ao patrimônio, dentro dos limites da inspeção visual, desta forma, podemos classificar em 
três diferentes graus de recuperação. 
 
• GRAU DE RISCO CRÍTICO – IMPACTO IRRECUPERÁVEL – é aquele que provoca danos contra 
a saúde e segurança das pessoas e meio ambiente, com perda excessiva de desempenho e 
funcionalidade, causando possíveis paralisações, aumento excessivo de custo, 
comprometimentosensível de vida útil e desvalorização imobiliária acentuada. 
 
• GRAU DE RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL – é aquele que 
provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, sem prejuízo à 
operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis aceitáveis. 
 
• GRAU DE RISCO MÍNIMO – IMPACTO RECUPERÁVEL – é aquele causado por pequenas 
perdas de desempenho e funcionalidade, principalmente quanto à estética ou atividade 
programável e planejada, sem incidência ou sem a probabilidade de ocorrência dos riscos 
relativos aos impactos irrecuperáveis e parcialmente recuperáveis, além de baixo ou 
nenhum comprometimento do valor imobiliário. 
 
 
 
10. - DESCRIÇÃO DOS DANOS E PATOLOGIAS OBSERVADAS 
 
 
 
A patologia é entendida como a parte da engenharia que estuda os sintomas e 
mecanismos, as causas e origens dos defeitos e vícios construtivos. Sendo, portanto, o 
estudo das partes componentes do diagnóstico do problema observado. 
 
 
O termo “patologia” é utilizado de forma a mencionar e relacionar os problemas e 
falhas que ocorrem na fase de concepção, execução e utilização da edificação, gerando 
diversas causas para o surgimento de anomalias, a qual está diretamente ligada à eficiência e 
durabilidade dos materiais e as técnicas construtivas necessárias para assegurar o 
desempenho diretamente associado a Vida Útil de uma edificação, o conforto dos 
moradores e o aspecto estético da edificação. 
11 
 
Condições de estabilidade da edificação 
 
Durante a vistoria foram constatadas patologias oriundas de infiltrações e vazamentos 
das tubulações hidrossanitárias e pluviais, e estas patologias estão evoluindo, através da 
contínua infiltração de água nos pisos das sacadas, aumentando a despassivação das 
armaduras, com consequentemente abertura nas fissuras e rachaduras existentes, agravado 
ainda com infiltrações em tubulações elétricas, elevando a classificação do grau de risco, 
vindo a causar danos graves aos usuários, bem como à edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
12 
11. CENÁRIO ATUAL: 
 
 
11.1 - Patologias em ocorrência cujas Anomalias estão evidenciadas. 
 
11.1.1: INFILTRAÇÕES 
 
Item: INFILTRAÇÕES Foto nº: 01 a 02 
 
Local: QUARTO E SALA DE ESTAR Data: 31/05/2021 
 
 
 
 
 
Foto 01: Face interior do quarto 02 Foto 01: Face interior da sala de estar 
 
 
 
 
 
Descrição: 
 
PATOLOGIA - Erro de projeto: Um dos principais problemas é a falta drenagem 
das águas pluviais, que acabam penetrando no chão por capilaridade nas paredes da 
alvenaria, agravado pela existência de buzinotes para despejo desses fluídos instalados 
de forma errônea estando em nível superior ao do piso. 
 
Mão-de-obra Deficiente: Agente causador da patologia, por não ter habilidades 
para verificação da Anomalia. 
 
Em alguns pontos, como no caso da foto 02, é visível a deterioração do 
concreto do com evidência de carbonatação e oxidação das armaduras devido à 
umidade excessiva que está exposta. 
 
Criticidade: Deve ser revisado todo o sistema de captação e condução da 
drenagem das águas pluviais, com instalação de ralos e buzinotes 
situados abaixo do nível do piso, a fim de captar as águas e conduzi-las 
até o exterior da edificação. 
 
 
13 
 
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO: 
 
As áreas descobertas caracterizadas por sacadas e floreiras devem ser totalmente 
impermeabilizadas. 
 
Deverá seguir uma sequência lógica, como segue: 
 
• retirar todo o concreto (camada de proteção) desagregado, ou desagregando-se, ou que 
não tenha caimento no sentido do ponto coletor, proporcionando o direcionamento dos 
fluídos. 
 
• reparar todas as trincas e fissuras; 
 
• revisar e reparar todos os ralos de águas pluviais e buzinotes; 
 
• escovar e lavar as superfícies deixando-as limpas, secas e isentas de poeira; 
 
• após o reparo de todas as trincas, limpar toda à superfície, retificar os caimentos e 
melhorar a drenagem; 
 
• “bolear” no formato de “meia-cana” a junção das lajes com as paredes e demais 
elementos; 
 
• aplicar duas demãos de pintura “prime” e impermeabilizar a área, utilizando manta 
asfáltica com 4mm de espessura, totalmente aderida às superfícies, a fogo, subindo, no 
mínimo, 35 cm pelas paredes e dobrando, totalmente em cima dos peitoris e nas 
paredes laterais. 
 
• Dispor de uma lâmina d’água, de pelo menos 3 cm, em toda a extensão impermeabilizada 
da laje e deixar em teste em um período de 05 dias. Se houver vazamento, identificá-lo 
e corrigi-lo localmente, pois a manta é totalmente aderida à superfície; 
 
 
• executar o acabamento mecânico de proteção à manta com argamassa de cimento e 
areia de traço 1:3, com espessura de, no mínimo, 2 cm. Atentar para os vãos de 
dilatação. O acabamento mecânico deverá ter dilatação em vãos a cada 2,00 metros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14
 
 
 
11.1.2: TRINCAS E FISSURAS 
 
Item: TRINCAS E FISSURAS Foto nº: 03 a 04 
 
Local: FACHADA E QUARTO Data: 31/05/2021 
 
 
 
 
Foto 03: Fissura na parte inferior da Fachada Foto 04: Fissura na parede em alvenaria do 
Frontal Quarto 
 
 
 
 
Descrição: 
 
PATOLOGIA – Erro de projeto: fundação mal obsoleta e falta de impermeabilização dos 
baldrames. 
 
Face às ações externas aos quais estão inseridos os componentes, as fissuras são 
causadas por movimentações térmicas e higroscópicas, agravados pela retração dos produtos 
à base de cimento e às alterações químicas dos materiais de construção. 
 
Criticidade: Deve ser realizada a correção das trincas imediatamente, objetivando 
a manutenção da edificação, a durabilidade dos materiais e a vida útil 
da edificação. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
15 
 
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO: 
 
As fissuras e trincas também podem aparecer em virtude da variação térmica de 
temperatura, temporárias ou diárias, cujo ar apresente variações de amplitude acentuada durante 
as 24 horas do dia, dilatando e contraindo os materiais construtivos, principalmente em 
elementos expostos, tais paredes externas. 
 
 
As fissuras são mais preocupantes quando há acentuado progresso, principalmente, no 
sentido da largura. Ou seja, quando elas começam a se alargar, transformando-se em trincas e 
rachaduras. Se as fissuras se estabilizarem, menor é a preocupação. 
 
Igualmente preocupante são as fissuras que atravessam a parede de um lado a outro. 
 
 
Durante a Vistoria, não observamos, visualmente, recalque nas fundações, menos ainda 
recalques diferenciais. 
 
 
A recuperação das trincas e fissuras deverão seguir uma sequência lógica, como segue: 
 
• Abertura de sulco sobre a fissura, em forma de “V” por meio de disco de corte e ou 
espátulas, 
 
• com aproximadamente 1,0cm de profundidade e 1,0cm de largura. 
 
• Remoção do acabamento da parede no entorno do sulco em aproximadamente 20cm e 
remoção de todas as partículas soltas no sulco com o auxílio de um pincel. 
 
• Aplicação de selante acrílico flexível. 
 
• Após a secagem do selante, aplicação da primeira demão (camada) de 
impermeabilizante acrílico com utilização de pincel. 
 
• Instalação de tela de poliéster sobre a primeira camada de impermeabilizante. 
 
• Aplicação da segunda demão (camada) de impermeabilizante acrílico com utilização de 
pincel. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
16
 
 
 
 
 
11.1.5: PINTURA 
 
Item: PINTURA Foto nº: 05 a 06 
 
Local: PAREDES EM GERAL Data: 31/05/2021 
 
 
 
 
Foto 05: Paredes Externas Foto 05: Sala de estar 
(Fachada Lateral Direita) 
 
 
 
Descrição: 
 
PATOLOGIA – Falha de manutenção: Devido ao desgaste natural da tinta de proteção 
externa das alvenarias e elementos estruturais, a edificação já apresenta patologias oriundas 
desta falha. Destas, podemos citar as eflorescências, saponificação, bolhas, descascamento 
das alvenariase desagregação dos materiais. 
 
Deverá ser realizada urgentemente as reparações que estão ocasionando esta 
patologia, revestindo as paredes com uma camada de Criticidade: tinta, que além de 
transformar visualmente o ambiente, proporciona uma série de benefícios, tais como: 
resistência, durabilidade, valorização e higiene, contribuindo para o desempenho da 
edificação e contribuindo para a vida útil. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
17 
RECOMENDAÇÕES TÉCNICAS PARA CORREÇÃO: 
 
Logo após a execução dos serviços de correções especificados anteriormente, a edificação 
necessita ser repintada, seguindo esta ordem lógica. 
 
• Preparação das superfícies. 
 
• Lixamento das paredes e lajes com utilização de lixa nº 220 (mais finas) nos locais onde 
a superfície estiver firme e sem muito excesso de reboco, ou lixa nº 80 (mais grossa), 
nos locais onde a superfície estiver mais grosseira. 
 
• Aplicação de selador acrílico, aplicado com rolo de lã, em todas as paredes e lajes à 
serem pintadas. Deverá ser aplicado com movimentos verticais (sobe e desce), de modo 
que a aplicação seja uniforme. 
 
• Aplicação de massa corrida nos locais onde foram realizadas as correções de trincas e 
fissuras com o auxílio de desempenadeira e espátula nos cantos. Inspecionar todas as 
paredes e lajes com a finalidade de localizar buracos e/ou pequenos defeitos existentes 
antes de iniciar a pintura. 
 
• Aplicação da tinta de acabamento em quantas demãos forem necessárias seguindo 
sempre as orientações do fabricante bem como o tempo de espera indicado entre cada 
demãos. 
 
• Cuidado especial deverá ser tomado quanto ao tipo de material e local onde será 
aplicada a pintura. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
18
 
 
12. CONCLUSÃO 
 
Em geral, o estado de conservação, a funcionalidade e desempenho da edificação, bem 
como o padrão construtivo da edificação pode ser considerado como moderado. 
 
 
As deficiências de manutenção aqui especificados são em funções da idade da edificação, 
que necessita de manutenção corretiva e após sanada estas deficiências construtivas 
necessitará de atenção e manutenção preventiva. 
 
As maiores patologias encontradas são originárias de infiltrações decorrentes de ausência de 
manutenção dos sistemas de drenagem de águas pluviais, instalações elétricas e pintura. 
 
 
Durante a vistoria não foram identificados recalques diferenciais no prédio, assim como, não 
foram observados problemas estruturais, no entanto, estas peças estruturais podem 
começar a apresentar problemas de corrosão e despassivação das armaduras e perda de 
resistência do concreto, devido ao processo de molhagem e secagem, o que é 
extremamente prejudicial às estruturas. 
 
 
Caso esses reparos não sejam executados, com a urgência devida, pode-se chegar a um 
estado de maior deterioração, inclusive estético-funcional, comprometendo a qualidade de 
vida e funcionalidade do edifício, diminuindo o tempo de vida útil do prédio. 
 
Não foi possível verificar alterações nos elementos estruturais do prédio, apenas mudança 
de setores e divisórias leves e de cunho estético visando melhor aproveitamento interno dos 
ambientes. 
 
 
Utilizando a metodologia GUT – Gravidade, Urgência e Tendência, o grau de risco o qual a 
edificação enquadra-se é de RISCO REGULAR – IMPACTO PARCIALMENTE RECUPERÁVEL, ou 
seja, é aquele que provoca a perda parcial de desempenho e funcionalidade da edificação, 
sem prejuízo à operação direta de sistemas, deterioração precoce e desvalorização em níveis 
aceitáveis. 
 
 
 
 
 
19 
Desta forma, sugerimos a tomada de providências com o objetivo de reparar os danos e 
defeitos com a maior urgência possível, a qual deverá ser executada com mão-de-obra 
especializada, com os serviços deverão ter responsabilidade e supervisão de um profissional 
de engenharia e arquitetura devidamente habilitado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
20

Continue navegando