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nome: Marcela Oliveira Cabral
série: Segundo, AMS Administração
escola: Etec Centro Paula Souza/Fatec
lógica
“Quando um enunciado é feito, duas questões importantes passam a
ser imediatamente colocadas: de que maneira chegou a ser concebido?
Que razões existem para aceitá-lo como verdadeiro? Trata-se de duas
questões diferentes. Seria um grave erro confundi-las, é um erro pelo
menos tão sério quanto esse é confundir as respostas. A primeira
pergunta relaciona-se com a descoberta; as circunstâncias lembradas
por ela formam o contexto da descoberta. A segunda relaciona-se com
a justificação; assuntos que aqui se tornam relevantes cabem no
contexto da justificação.
Sherlock Holmes é um bom exemplo de pessoa com soberbos
poderes de raciocínio. Sua habilidade ao inferir e chegar a
conclusões é notável. Não obstante, a sua habilidade não depende da
utilização de um conjunto de regras que norteiam o seu pensamento.
Holmes é muito mais capaz de fazer inferências do que seu amigo
Watson. Holmes está disposto a transmitir seus métodos ao amigo, e
Watson é um homem inteligente.
Infelizmente, contudo, não há regras que Holmes possa transmitir a
Watson, capacitando-o a realizar os mesmos feitos do detetive. As
habilidades de Holmes defluem de fatores como a sua aguda
curiosidade, a sua grande inteligência, a sua fértil imaginação,
seus poderes de percepção, a grande massa de informações
acumuladas e a sua extrema sagacidade. Nenhum conjunto de regras
pode substituir essas capacidades.
Se existissem regras para inferir, elas seriam regras para descobrir. Na
realidade, o pensamento efetivo exige um constante jogo de imaginação
e de pensamento. Prender-se a regras rígidas ou a métodos bem
delineados equivale a bloquear o pensamento. As ideias mais frutíferas
são, com frequência, justamente aquelas que as regras seriam
incapazes de sugerir.
É claro que as pessoas podem melhorar a sua capacidade de
raciocínio pela educação, através da prática, mediante um
treinamento intensivo; isso tudo, porém, está longe de ser equivalente
à adoção de regras de pensamento. Seja como for, ao discutirmos as
específicas regras da lógica veremos que elas não poderiam ser
encaradas como adequados métodos de pensar. As regras da lógica, se
fossem aceitas como orientadoras dos modos de pensar,
transformar-se-iam numa verdadeira camisa de força.
O que acabamos de dizer pode causar certo desapontamento.
Frisamos, de modo enfático, o lado negativo, esclarecendo aquilo que a
lógica não pode fazer [...] Mas, então, para que serve a lógica? A lógica
oferece-nos métodos de críticas para avaliação coerente das
inferências. É nesse sentido, talvez, que a lógica está qualificada
para dizer-nos de que modo deveríamos pensar. Completada uma
inferência, é possível transformá-la em argumento, e a lógica pode ser
utilizada a fim de determinar se o argumento é correto ou não. A logica
não nos ensina como inferir: indica-nos, porém, que inferências
podemos aceitar. Procede logicamente a pessoa que aceita inferências
incorretas.
Para poder apreciar o valor dos métodos lógicos, é preciso ter
esperanças realistas quanto ao seu uso. Quem espera que um
martelo possa efetuar o trabalho de uma chave de fenda está
fadado a sofrer grandes desilusões; quem sabe servir-se de um
martelo conhece sua utilidade.
A lógica interessa-se pela justificação, não pela descoberta. A lógica
fornece métodos para análise do discurso, e essa análise é
indispensável para exprimir de modo inteligível o pensamento e para a
boa compreensão daquilo que se comunica e se aprende.”
QUESTÕES:
1) É correto recorrer a personagem Sherlock Holmes para explicar o
que a lógica não é? Justifique.
2) Usando a metáfora do martelo e da chave de fenda, explique como o
autor delimita e explicita o campo da lógica.
Para o autor o martelo está para o "bater" enquanto a chave de fenda
para o "pegar", logo, o indivíduo que entende suas funções como iguais
está equivocado e, ou iludido.

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