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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PORTADORES DE AFECÇÕES DO

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ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AOS PORTADORES DE AFECÇÕES DO SISTEMA CARDIOVASCULAR
ENF ESP. GRACIARA LIMA
CONSIDERAÇÕES
As doenças cardiovasculares são a segunda causa de morte no Brasil;
Correspondem a cerca de 30% dos óbitos no País;
Podem estar ligadas às diferentes estruturas que compõem esse sistema: coração e vasos sanguíneos;
 Relacionam‑se às alterações da circulação cardíaca, às alterações do músculo cardíaco, às alterações do sistema de condução e às alterações da pré‑carga e da pós‑carga.
Insuficiência coronariana (ICO)
 É definida pela incapacidade das artérias coronárias em suprir a demanda de oxigênio do músculo cardíaco;
 Se dá por meio da obstrução de uma ou mais artérias coronárias;
CAUSAS:
principal causa dessa interrupção de fluxo é a aterosclerose;
fatores genéticos e ambientais.
ATEROSCLEROSE- se dá por meio do depósito de lipídeos, células inflamatórias e elementos fibrosos nas paredes das artérias, principalmente das grandes artérias, como as coronárias, a aorta e as cerebrais;
ATEROSCLEROSE
ATEROMA
MOVIMENTO DOS VASOS (FLUXO SANGUÌNEO)
RUPTURA DE ATEROMA E FORMAÇÃO DE TROMBO
OBSTRUÇÃO DE VASOS
Manifestações clínicas
 Dependem da localização e do tamanho do estreitamento da luz do vaso;
 Consequência: a isquemia cardíaca, que produz diferentes sinais e sintomas, entre eles, a ANGINA.
 ANGINA- dor ou o desconforto em uma ou mais das seguintes regiões do organismo: região epigástrica, região torácica, mandíbula, ombros e membros superiores.
tende a piorar durante as atividades físicas ou diante de situações de estresse;
OUTROS SINTOMAS:
- confusão mental, diminuição do débito urinário, sudorese, taquicardia e diminuição da perfusão periférica.
FATORES DE RISCO
MODIFICÁVEIS:
nível elevado de colesterol, tabagismo, hipertensão, DM, sedentarismo e obesidade.
NÃO MODIFICÁVEIS:
história familiar, idade e gênero;
OBS: 
LDL alterado é o principal
TRATAMENTO
 Baseia‑se em dois pilares: evitar a progressão do trombo e posterior infarto agudo do miocárdio e diminuir os sintomas e o trabalho cardíaco a fim de prevenir a angina;
MEDICAMENTOSO:
Antiagregantes plaquetários (APs): atuam no bloqueio de diferentes fases da cascata de coagulação;
São eles- AAS, clopidogrel e ticlopidina.
Hipolipemiantes: utilizados para a prevenção secundária do aparecimento da angina(redução de colesterol);
São eles: estatina, ezetimibe; 
- Inibidores do sistema renina‑angiotensina‑aldosterona (SRAA): permite que o organismo controle o volume de líquido corpóreo e consequentemente a pressão arterial. 
ANGIOTENSINA-RENINA
Antagonistas dos canais de cálcio: propicia a inibição dos canais de cálcio presentes na musculatura lisa, permitindo o relaxamento da musculatura lisa dos vasos, o que diminui a pós‑carga e facilita o trabalho cardíaco;
Algumas estabelecem uma diminuição da contratilidade e incrementam a redução do trabalho do coração;
São eles: diidropiridínicos (nifedipina, anlodipino e outros), os benzodiazepínicos (diltiazem) e as fenilalquilaminas (verapamil).
Bloqueadores beta‑adrenérgicos: são considerados drogas de primeira escolha no tratamento da ICO- diminuem a frequência cardíaca, a contratilidade miocárdica, a condução atrioventricular e a atividade ectópica ventricular. 
São eles: Propanolol, Atenolol.
- Nitratos: função vasodilatadora.
TRATAMENTOS INVASIVOS
 Revascularização do miocárdio- uma veia ou artéria substitui a extensão lesada da coronária doente. (ponte de safena).
 Intervenção coronária percutânea - um balão é colocado nas coronárias por meio da inserção de um cateter via artéria radial ou femural, um stent é colocado na coronária lesada a fim de mantê‑la pérvia.
PONTES DE SAFENA
ANGIOPLASTIA
CUIDADOS DE ENFERMAGEM
Os principais DEs que podem ser identificados diante de um paciente com ICO são, segundo a classificação da Nanda‑I:
Intolerância à atividade: definida por energia fisiológica ou psicológica insuficiente para suportar ou completar as atividades diárias requeridas ou desejadas.
Dor aguda: definida por experiência sensorial e emocional desagradável que surge de lesão tissular real ou potencial ou descrita em termos de tal lesão. Início súbito ou lento, de intensidade leve a acentuada, com duração menor de seis meses.
Risco de perfusão tissular cardíaca diminuída: definido por risco de redução na circulação cardíaca.
INSUFICIENCIA CARDÍACA
Definição “É a incapacidade do coração de bombear sangue para suprir as necessidades do organismo.” 
 prevalência de 5,1 milhões de pessoas com IC entre os anos de 2008 e 2012;
Previsão de aumento de 46% dos casos até 2030;
 BRASIL- Pequisas Datasus- mostraram que 27.434 pessoas morreram por IC apenas no ano de 2015;
ETIOLOGIA
HAS-Hipertensão Arterial Sistemica- principal causa.
A insuficiência cardíaca pode ocorrer por alterações: 
 Pré-carga: aumento do volume que chega ao coração. 
 Contratilidade: miocardiopatia, infarto agudo do miocárdio. 
 Pós-carga: hipertensão arterial persistente. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Dependem do ventrículo alterado;
A falha no ventrículo esquerdo é mais comum na IC e leva a sinais de congestão pulmonar e diminuição do débito cardíaco;
O mais clássico sinal de IC é a dispneia.
a queda da saturação de oxigênio, a tosse, os estertores, a ausculta pulmonar e um batimento cardíaco extra, B3, na ausculta cardíaca.;
Sinais de débito cardíaco reduzido; oligúria, digestão alterada, confusão mental, cianose, pele fria, pulsos fracos e filiformes.
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS
Na insuficiência cardíaca direita: o acúmulo das pressões nas câmaras cardíacas reflete‑se na congestão da veia cava e de todo o sistema venoso do organismo.
distensão jugular, edema de membros inferiores, ascite, hepatomegalia, fraqueza, anorexia e náuseas.
ICE
ICD
TRATAMENTO
Não medicamentoso:
Dieta: 
pacientes assintomáticos devem ser orientados com dieta para controle da dislipidemia, DM e hipertensão arterial sistêmica.
a quantidade de ingestão de sódio por portadores de IC ainda é discutida e recomenda‑se que seja ajustada à condição clínica do paciente;
A restrição hídrica é indicada apenas para pacientes sintomáticos e com risco de hipervolemia.
Vacinação: é recomendado que todos os pacientes portadores de IC sejam vacinados contra pneumococos e anualmente contra a influenza.
Atividade física: pacientes com IC devem ser orientados a realizar atividades físicas regulares, de acordo com a capacidade física de cada um. 
TRATAMENTO
Educação do paciente e dos familiares: é importante o acompanhamento com equipe especialista, visto que as medicações e seus efeitos colaterais, os sinais e sintomas da doença e as restrições de dieta e das atividades da vida diária podem levar à dificuldade de aderência ao tratamento e à progressão mais rápida da doença.
Tratamento medicamentoso tem dois objetivos: melhora do prognóstico em longo prazo e diminuição dos sinais e sintomas.
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Medicamentos que atuam no SRAA: esses fármacos agem impedindo a sequência do SRAA em diferentes pontos. 
Os inibidores da enzima conversora da angiotensina (Ieca) impedem a sua ação e, portanto, ocorre a transformação de angiotensina I em angiotensina II e, consequentemente, de todo o processo.
Os bloqueadores de receptores de angiotensina II (BRA) impossibilitam que esta faça o estímulo para a produção da aldosterona. A recomendação é que sejam utilizados naqueles pacientes que não toleram os Ieca.
Já os antagonistas da aldosterona impedem que o hormônio encontre o seu receptor e atinja a sua ação biológica: retenção de líquido e sódio. 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Betabloqueadores: esses medicamentos propiciam um bloqueio aos receptores beta que atuam no coração. 
-Esses receptores, quando ligados a alguns neurotransmissores e hormônios, propiciam um aumento na frequência e contratilidade cardíaca. bloqueio aos receptores diminui a contratilidade e a frequência cardíaca, permitindoa diminuição do trabalho do coração.
EX: metoprolol, o carvedilol e o bisoprolol 
Diuréticos: apesar de não impedir a progressão da IC, os diuréticos são bastante importantes na diminuição do principal sintoma da IC – a congestão pulmonar. Seu objetivo é manter o estado de euvolemia dos pacientes. 
TRATAMENTO MEDICAMENTOSO
Vasodilatadores: a terapia com diuréticos para IC contempla a associação da hidralazina e dos nitratos de longa duração. 
- hidralazina, um vasodilatador arterial direto, diminui a pós‑carga e aumenta o débito cardíaco. 
nitrato diminui a pré‑carga e facilita o trabalho do coração. 
Digitálicos: esses fármacos são inotrópicos positivos e, portanto, aumentam a contratilidade do coração, auxiliando aqueles pacientes que têm alteração na função sistólica.
Ex: Digoxina

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