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Resumo Urina

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Por Rafaella Martins 
 
URINA TIPO I OU EAS – SUMÁRIO DE URINA 
O exame de urina é pedido pelos médicos para que se possa 
verificar a saúde do sistema urinário do paciente. Esse teste pode 
ajudar a descobrir cedo males de saúde cujos sintomas ainda não 
se manifestaram. Alterações como mudança de Ph, presença de 
sangue ou bactérias são algumas das informações importantes que 
o exame revela. Dentre os exames de urina mais pedidos para fins 
de diagnóstico médico, este é o mais simples e o mais comumente 
solicitado. Ele exige a coleta em um potinho de plástico de entre 40 
e 50 mililitros de urina. Costuma-se solicitar que seja coletada a 
primeira urina da manhã – excluindo-se o primeiro jato. O motivo 
para desprezar o primeiro jato é simples: deseja-se eliminar do 
exame impurezas que possam ter ficado no canal que 
 
transporta a urina. Apesar da recomendação, não é indispensável 
que a urina colhida seja a da manhã. 
O ideal é que a urina seja colhida no laboratório, já que 
períodos superiores a duas horas entre a coleta e o exame podem 
tornar este algo pouco confiável. O exame de urina de rotina é 
feito através da coleta da primeira urina da manhã colocando num 
recipiente de plástico fornecido pelo laboratório. A coleta pode ser 
feita em casa, mas o recipiente da urina deve ser levado ao 
laboratório em cerca de 30 a 60 minutos. 
Antes da coleta, o indivíduo deve limpar a região íntima, 
rejeitar o primeiro jato para eliminar as impurezas da urina e só 
depois coletar a restante urina. Preferencialmente deve ser colhida 
a primeira urina da manhã, caso isso não ocorra, ficar sem urinar 
por pelo menos duas horas que antecedem a coleta. 
Para exame parcial de urina ou cultura, uma higiene prévia 
deve ser feita antes da coleta, os órgãos genitais devem ser limpos 
com água e sabão neutro, ou com uma solução anti-séptica suave 
para não haver interferência química nos resultados. A amostra 
deve ser colhida em recipiente apropriado fornecido pelo 
laboratório e identificada com nome, data e horário da coleta. 
Se a coleta não for realizada no laboratório, a entrega da 
urina deve proceder-se imediatamente, caso isso não ocorra, 
refrigerar e enviar no máximo em 1 hora. 
 
 
Resumo de Sumário de Urina 
Por Rafaella Martins 
 
 
 
 
Rejeição de amostras: Urinas com contaminações fecais, 
menstruação ou recipiente em más condições de assepsia serão 
rejeitadas e uma nova amostra será solicitada. 
O motivo para desprezar o primeiro jato é simples: deseja-se 
eliminar do exame impurezas que possam ter ficado no canal que 
transporta a urina (uretra). Apesar da recomendação, não é 
indispensável que a urina colhida seja a da manhã. 
O ideal é que a urina seja colhida no laboratório, já que 
períodos superiores a duas horas entre a coleta e o exame podem 
tornar este algo pouco confiável. 
Certamente esse é um dos exames laboratoriais mais 
conhecidos pela população e sua nomenclatura oficial é Urina Tipo 
1, embora também seja chamado de EAS (Elementos Anormais e 
Sedimentos) e Sumário de Urina em algumas regiões. 
 É comum vermos a Urina Tipo 1 sendo solicitada como um 
exame de rotina, em suspeitas de infecção ou lesão renal, dentre 
outros. No entanto, assim como vimos para o Hemograma, não 
existem indicações claras na literatura de todas as vezes que esse 
exame deve ser solicitado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Coleta em bebês: Fazer uma higiene prévia no local. A 
coleta é feita com coletor de urina infantil estéril, o qual 
deve ser trocado a cada 30 minutos e no máximo 1 hora 
até se obter a amostra 
Por Rafaella Martins 
Na prática também podemos coletar a urina dos pacientes 
de outras maneiras, principalmente quando se trata de crianças ou 
pacientes hospitalizados. Utilizar-se de sondagem vesical ou recorrer 
à punção suprapúbica são algumas das opções, mas aqui vamos 
nos ater ao paciente adulto ambulatorial que em geral irá fazer uso 
do método mais comum, citado acima. 
Para proceder ao exame microscópico do sedimento 
urinário, a urina deve ser recente; ao contrário, os elementos 
organizados (cilindros, hemácias, leucócitos) perdem sua estrutura 
normal, dificultando ou tornando impossível a identificação. Se o 
exame não puder ser feito logo após a emissão da urina, torna-se 
necessário adicionar a ela uma substância conservadora (formol, 
ácido bórico). Sempre que possível a urina deve ser mantida no 
refrigerador até o momento da centrifugação. 
Para obtenção do sedimento, mistura-se a mostra de urina, 
de preferência a primeira da manhã e coloca-se 10 ml em um tubo 
cônico, resistente, levando ao centrigugador, depois de tarado 
com outro tubo idêntico que ficará em oposição no aparelho. 
Centrifuga-se, durante 5 minutos, a cerca de 1.500 rpm. Formado o 
sedimento, por meio de centrigugação, decanta-se o líquido 
sobrenadante, agita-se o resíduo que fica no fundo do tubo, 
transfere-se pequena porção para lâmina e recobre com lamínula. 
 Leva-se a lâmina, assim preparada, ao microscópio e 
examina-se com luz reduzida e pequeno aumento para visão de 
conjunto e, em seguida com objetiva de 40X, para identificação e 
contagem dos elementos observados. 
 
 
• A URINA SERÁ ANALISADA POR VOCÊ EM TRÊS DIFERENTES ETAPAS: 
Sendo cada uma delas bem dissociada no laudo recebido. 
São elas o Exame Físico, macroscópicos, que observam 
características que podem ser vistas a olho nu; o Exame Químico, 
no qual são utilizadas fitas reagentes que indicam a presença ou 
não de substâncias no líquido; e o Exame Sedimentar, no qual 
utiliza-se a microscopia para identificar o que está presente no 
material. 
Primeira parte: Exame Físico 
As três partes que serão analisadas no exame físico são: 
 A primeira informação que encontramos é o Volume, que 
nos informa apenas a quantidade de líquido presente no 
frasco, indicando se o paciente coletou ou não a 
quantidade correta (cerca de 40ml são suficientes). 
 
 Em seguida temos o aspecto, que define visualmente como 
ela se apresenta, do límpido ao turvo, podendo variar de 
acordo com os mais diversos fatores, não possuindo grande 
relevância clínica isoladamente. Essas alterações costumam 
ser fisiológicas, variando com a presença de debris, esperma, 
descamações, bactérias ou outras substâncias. 
 
 A coloração da urina padrão adotada pelos laboratórios 
geralmente é o “amarelo citrino”, variando fisiologicamente 
(de acordo com a concentração) desde o transparente até 
o amarelo escuro ou alaranjado. Não obstante, por mais que 
você possa nunca ter ouvido falar, podem ser observadas 
diversas cores (vermelho, verde, azul, roxo, preto etc.) de 
acordo principalmente com doenças do indivíduo ou uso de 
Por Rafaella Martins 
medicações, que devem sempre ser investigadas. Vale 
destacar aqui a coloração avermelhada ou acastanhada 
que irá sugerir hematúria (presença de sangue), “cor de 
coca-cola”, a colúria, que é sugestiva de colestase. 
Segunda Parte: Exame Químico 
Vamos agora à parte que começa a apresentar maior 
relevância clínica para nossos pacientes. O exame químico, 
realizado através das fitas reagentes, irá nos informar: 
 
• pH - Sabendo que o rim obrigatoriamente excreta H+, fica fácil 
entender que na maioria dos indivíduos o pH da urina se encontra 
ao menos levemente ácido (geralmente abaixo de 6). 
Esse valor, no entanto, pode variar facilmente para ambos os 
lados a partir de qualquer desequilíbrio ácido-base do organismo 
ou da mudança na concentração de determinados solutos, de 
dietas específicas ou em casos de nefrolitíase (a depender da 
composição do cálculo), por exemplo. 
Além disso, um exemplo bastante citado nas literaturas é o 
de pacientes em quadro de infecção do trato urinário que 
apresentam a urina alcalina, sugerindo fortemente que o agente 
etiológico nesse caso seja o Proteus sp. Os laboratórios (e literaturas) 
variam bastanteem seus valores de referência, mas em geral 
deseja-se que o pH esteja entre 5,5 e 6,5, podendo ser toleradas 
variações entre 5 e 8. 
 Densidade - Para entendermos a Densidade, devemos ter 
em mente que a densidade da água pura (tida como basal) 
é igual a 1000. Dessa forma, podemos concluir que a urina 
sempre vai estar com valor acima deste, variando desde o 
1005 (quando mais diluída) até o 1035 (mais concentrada). 
O processo básico de alteração da concentração é a 
ingesta de líquidos e sua eliminação. Pode, no entanto, estar 
também associada a alterações menos fisiológicas, como a 
lesão renal ou qualquer situação clínica que faça com que a 
quantidade de determinados solutos aumente na corrente 
sanguínea, aumentando assim sua excreção renal. Lembre-se 
que este mecanismo pode tanto aumentar quanto diminuir a 
concentração, uma vez que substâncias como a glicose, por 
exemplo, quando precisam ser muito excretadas também levam 
consigo grande quantidade de água. 
 
Por Rafaella Martins 
 Glicose - Já que falamos em Glicose, sua eliminação pela 
urina (a glicosúria) pode significar principalmente duas 
situações. Sabendo-se que fisiologicamente a glicose é 
reabsorvida pelos túbulos renais, podemos entender que ela 
irá ser excretada tanto em situações em que esteja 
aumentada na circulação (como Diabetes Mellitus – desde 
que esteja com valores bastante elevados de glicemia), 
quanto em casos onde haja comprometimento tubular dos 
pacientes. Dessa forma, caso estejamos com um paciente 
não diabético que apresente glicosúria, devemos investigar 
patologias renais. 
 Corpos cetônicos - Os Corpos Cetônicos, ou cetonas, que 
quando eliminados na urina caracterizam a cetonúria, são 
resultado da metabolização incompleta de ácidos graxos, 
que acontece quando o indivíduo não apresenta a 
quantidade adequada de carboidratos para gerar 
energia. Podem estar presentes em situações como 
cetoacidose diabética, desnutrição, exercício físico intenso, 
entre outros. Em geral, dada a sua gravidade, a cetonúria 
não se apresenta isolada no paciente, devendo o achado 
ser correlacionado com a história clínica e as demais 
manifestações sistêmicas. 
 Bilirrubina - A bilirrubina normalmente não é excretada pela 
urina, mas sim pelas fezes. Situações como a colestase fazem 
com que essa substância se concentre na corrente 
sanguínea e levam à excreção renal, caracterizando a 
bilirrubinúria. É seu pigmento que vai levar ao surgimento da 
já citada colúria (urina cor de coca-cola), que surgirá 
quando a bilirrubina apresentar altos níveis urinários. 
 Urobilinogênio - O urobilinogênio, por sua vez, é o resultado 
do metabolismo bacteriano da bilirrubina no intestino, sendo 
grande parte eliminada nas fezes e outra reabsorvida e 
fisiologicamente excretada na urina. Quando seus valores 
estão acima do valor de referência, o paciente pode estar 
apresentando principalmente constipação, que irá diminuir a 
eliminação fecal dessa substância e aumentar a urinária, 
excesso de bactérias intestinais, que aumentam a 
quantidade em ambas as vias, ou hemólise excessiva. 
 Nitrito - O nitrato é um metabólito normalmente presente na 
urina. Porém, quando existem bactérias gram negativas no 
trato urinário, esse nitrato é convertido em Nitrito. A presença 
deste, portanto, sugere a presença de bactérias, mas não é 
suficiente para confirmar, uma vez que essa confirmação só 
se dá através da realização da Urocultura (ou Urina Tipo 2). 
 Hemoglobina - Detectar a presença de hemoglobina 
(hemoglobinúria) irá se relacionar com a hematúria 
(presença de hemácias na urina), confimando-a caso haja 
aumento de hemácias no exame sedimentar, como será 
melhor abordado mais adiante. No entanto, uma situação 
clínica que levaria à hemoglobinúria com ausência de 
hematúria seria a hemólise intravascular – pois apenas os 
componentes da hemácia seriam eliminados. 
 Proteínas - Abordando por fim as proteínas, destacamos que 
a única delas que a fita reagente consegue captar é a 
albumina (o que faz com que exames específicos precisem 
ser realizados quando se busca microalbuminúria, por 
exemplo). Em situações normais, o indivíduo não excreta 
muita albumina devido às características dessa molécula, 
que fazem com que não possa atravessar a membrana. Isso 
Por Rafaella Martins 
torna normal e esperado nos exames apenas “negativo” ou 
“traços” para sua presença. 
Também pode ser utilizado o aparelho analítico de fitas reativas de 
urina para executar esse tipo de procedimento. 
Terceira Parte: Exame 
Sedimentar 
Hemácias - A quantidade 
de hemácias, ou seja, 
sangue na urina é, 
normalmente, abaixo da 
sensibilidade dos testes 
químicos usados nesse 
exame. Como as hemácias 
são células, elas podem 
também ser observadas no microscópio no teste chamado 
sedimentoscopia (exame microscópico do sedimento da urina), 
que pode revelar sangue mesmo que o teste químico não tenha. 
Os resultados normais podem ser fornecidos em uma das duas 
formas seguintes: Menos que 3 a 5 hemácias por campo ou menos 
que 10.000 células por mL. Entre as possíveis causas da existência de 
sangue na urina – fenômeno conhecido como hematúria, podem 
ser citados males como pedras nos rins e certas doenças renais 
graves. A presença de sangue na urina deve ser investigada. 
 Entre os fatores que podem causar falsos positivos estão – no caso 
dos membros do sexo feminino – a coleta de urina durante o 
período menstrual e – no caso dos membros do sexo masculino – a 
presença, na urina, de sêmen. 
Leucócitos - Os leucócitos são células que protegem o organismo 
de invasores. Valores normais para leucócitos (que, como as 
hemácias, podem ser contados na sedimentoscopia) na urina são 
abaixo de 5 células por campo ou 10.000 células por mL. No exame 
químico, geralmente, não é detectada a presença deles. Entre as 
possíveis causas para a presença dessas células na urina, podem 
ser mencionados infecção urinária, inflamação não causada por 
agente provocador de infecção ou algum trauma. 
Cristais - Embora a presença de cristais na urina, ao contrário do 
que muitos pensam, não indique necessariamente maior propensão 
a ter cálculos renais, a presença de alguns tipos de cristais pode ser 
indícios de algumas doenças, como tirosinemia, gota e doenças 
hepáticas. 
Por Rafaella Martins 
 
Células epiteliais escamosas em transição - É normal que 
haja células epiteliais na urina, pois, em geral, trata-se de células do 
trato urinário descamadas. Elas, porém, têm importância clínica se 
estão agrupadas em forma cilíndrica. Nesse caso, podem ser sinal 
de lesão nos túbulos renais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Cilindros - Cilindros se formam quando algum tipo de 
substância ou produto está em excesso na urina. Para citar outros 
dois tipos de cilindros que também podem ser sinais de problemas, 
podem ser mencionados os cilindros leucocitários, que são sinal de 
inflamação renal e os hemáticos, que costumam indicar 
glomerulonefrite, ou seja, lesão dos glomérulos renais. 
Muco - A presença de muco na urina não costuma ser uma 
informação muito útil. Geralmente ocorre quando se acumulam 
células epiteliais com cristais e glóbulos brancos. O muco é um 
material protéico produzido por glândulas e células epiteliais do 
sistema urogenital. Não é considerado clinicamente significativo e 
sua quantidade é maior quando há contaminação vaginal. 
Microscopicamente, é visto como estruturas filamentosas com baixo 
índice de refração, o que exige observação em luz de baixa 
intensidade. 
 
Por Rafaella Martins 
 
Bactérias - Bactérias não deveriam ser encontradas na urina 
de indivíduos saudáveis e assintomáticos, mas dada a abundância 
da flora natural da região, é comum que haja uma pequena 
quantidade, ou descrito como “traços”. Embora (repetindo) apenas 
a urocultura possa dar o diagnóstico definitivo de infecção urinária,podemos correlacionar esse achado 
com as outras partes do exame a fim 
de obter maior certeza. 
Se existe bacteriúria, nitrito e 
leucócitos presentes, todos esses 
somados falam bastante a favor de 
infecção. Por outro lado, se junto às 
bactérias encontramos apenas 
grande quantidade de células 
epiteliais, imaginamos que a amostra 
em análise foi contaminada e isso alterou o exame. 
Espermatozoides - Por vezes encontram-se espermatozoides 
na urina após relações sexuais ou ejaculação noturna: não têm 
significado clínico. O sumário de urina é composto de três partes 
específicas, análise física, química e sedimentoscópica sendo esse 
último analisado a presença ou ausência de hemácias, leucócitos, 
bactérias, células epiteliais, cristais, cilindros, muco, levedura, 
podendo ainda está presente no sedimento espermatozoides a 
qual não deve ser relatada sua presença em pacientes do sexo 
feminino uma vez que o mesmo é de caráter antiético. 
A presença de espermatozoide no sedimento urinário em 
pacientes do sexo masculino raramente são laudadas variando de 
acordo com o procedimento operacional padrão de cada 
laboratório, mas é notável e de suma importância sua descrição no 
sumário de urina uma vez que o mesmo é um indicador de uma 
disfunção ejaculatória. 
Durante a ejaculação parte do sêmen fica dentro 
da uretra (após a ejaculação nem todo sêmen foi eliminado) e o 
homem continua a produzir por vários minutos líquido lubrificante 
mesmo depois da relação ter terminado. Quando o homem urina a 
maior parte do sêmen dentro da uretra é eliminado, porém a urina 
não é capaz de eliminar todas as secreções e mesmo depois de 
urinar pode haver sêmen e liquido lubrificante no canal que fica 
sendo secretado por horas após a relação. 
Então podemos concluir que, salvo condições médicas 
adversas e específicas de cada homem, é normal continuar saindo 
esperma do pênis após a relação mesmo depois do homem ter 
urinado. A uretra passa por dentro da próstata. Por esta razão, 
esperma e urina passam pelo mesmo canal. Doenças da próstata 
que alteram seu tamanho, geram uma compressão e estreitamento 
da uretra, dificultando a passagem da urina. 
Por Rafaella Martins 
 A mais comum das doenças de próstata que causam 
estreitamento do canal é a Hiperplasia Prostática Benigna (HPB). 
Como o nome diz, ela não é maligna e nem maligniza. Raramente 
o Câncer de Próstata cresce para dentro do canal causando 
obstrução da urina. 
 
Parasitas - O parasita 
encontrado com mais 
freqüência na urina é o 
Trichomonas vaginalis, 
devido à contaminação por 
secreções vaginais. Esse 
organismo é flagelado, 
sendo facilmente 
identificado por seu 
movimento rápido no campo microscópico. 
Contudo, quando não se move, o Trichomonas pode 
parecer um leucócito. 
Leveduras - As 
leveduras, geralmente 
Candida albicans, 
podem ser observadas na 
urina de pacientes com 
diabetes melito e de 
mulheres com candidíase 
vaginal. São facilmente 
confundidas com 
hemácias e por isso deve-
se observar atentamente 
se há brotamentos. 
Considerações finais 
Dentre os exame de urina mais pedidos para fins de 
diagnóstico médico, este é o mais simples e o mais comumente 
solicitado. Como o nome indica, o exame de urina é o exame 
realizado na urina de um indivíduo. 
O exame dessa excreção pode fornecer importantes 
informações sobre a saúde do indivíduo e sobre o funcionamento 
do organismo, inclusive sobre existência ou não de gravidez. O 
exame de urina é pedido pelos médicos para que se possa verificar 
a saúde do sistema urinário do paciente. Esse teste pode ajudar a 
descobrir cedo males de saúde cujos sintomas ainda não se 
manifestaram.

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