Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
________________________________________ 1 Aluno concluinte do curso de Licenciatura em MATEMÁTICA, Universidade Estácio de Sá. 2 Professor (a) orientador (a) do artigo Universidade Estácio de Sá. A IMPORTÂNCIA DOS JOGOS MATEMÁTICOS NO ENSINO FUNDAMENTAL II Juan Amâncio Araújo de Sousa Ferreira 1 Ana Lúcia 2 RESUMO O lúdico é considerado uma técnica que auxilia no desenvolvimento dos alunos, e no caso do ensino da matemática, o professor aumenta as possibilidades de desenvolver as habilidades de seus alunos de acordo com a idade que se encontram, a utilização de jogos sem perder o foco principal é uma maneira inovadora de ultrapassar as dificuldades de se ensinar a matemática. Atualmente, o lúdico desconstruiu o padrão de ensino desta disciplina, no entanto, o mesmo alerta que esta metodologia não pode ser posta em sala de aula de qualquer forma. Desta forma, este estudo objetiva investigar a importância dos jogos matemáticos segundo os professores de duas escolas de ensino fundamental II, visando analisar se os mesmos são aplicados corretamente e quais as dificuldades que os docentes encontram para aplicar esses jogos a suas turmas. Quanto a metodologia a ser utilizada neste estudo será baseada na seleção de artigos científicos, estabelecendo-se como critério de inclusão: artigos com recorte temporal de 11 anos que respondam à questão problema desta pesquisa. Quanto a coleta de dados, a mesma ocorrerá de forma indireta. A partir dos resultados dos artigos analisados conclui-se que os professores de matemática do ensino fundamental II em sua maioria tendem a compreendem a importância dos jogos educativos em destaque os jogos matemáticos, bem como demostraram acreditar que os jogos contribuem sim no aprendizado dos estudantes, bem como influenciam também nos aspectos cognitivo, motor, físico e afetivo dos alunos. Palavras Chaves: Lúdico. Alunos. Professores. 1 INTRODUÇÃO Antigamente, de acordo com Souza (2012), os jogos eram considerados algo sem função, ou seja, algo não sério, no entanto, no período do Romantismo essa ideia foi quebrada e o mesmo surgiu como algo útil e designado a ensinar as crianças. Em relação ao contexto atual, os jogos dentro do ambiente escolar tratam-se de técnicas educativas e recreativas, uma vez que desenvolvem tanto o raciocínio como as questões físicas e metais de uma criança (ROSADA, 2013). De acordo com Figueredo (2011), o uso de atividades lúdicas como os jogos educativos em sala de aula aumentam a curiosidade e a disputa, desta forma prepara os alunos no enfrentamento de problemas e na solução destes, no entanto, para que isso se concretize é necessário que o professor além de ser o estimulador e o incentivador ainda acompanhe o desenrolar das atividades, porém sem interferir no desenvolvimento intelectual dos alunos, resumindo-se, o professor deve acompanhar o desenvolvimento dos jogos sem intervir definitivamente. Ademais, para Rita (2013), o uso de atividades diferenciadas como os jogos educativos, tratam-se de alternativa que auxiliam o aluno a demonstrar suas limitações bem como seus potenciais, mas é necessário que os educadores revejam não só suas aulas, mas suas táticas de ensino e assim seja possível ultrapassar as limitações que envolvem a aprendizagem de seus alunos. Nesse sentido, torna-se indispensável que o processo de formação que trabalham formando pessoas: Crianças, jovens e adultos possam ter essa sensibilidade e consciência de que é por meio de estratégias variadas e multidisciplinares que os respectivos graus de aprendizagem irão s desenvolver ainda mais. Em relação ao ensino da Matemática Silva et al., (2012), afirmam que se trata de um exemplo de ciência que vive em constante evolução, e os jogos educativos atualmente auxiliam nos aprendizados desta matéria que antes era vista como algo tão complexo. Os autores ainda afirmam que ensinar matemática não se trata apenas de repassar cálculos e equações, muito menos em instruir a se decorar códigos e expressões, mas estimular os alunos a adquirir aptidões que os levem a solucionar ocasiões do seu dia a dia. De acordo com os Parâmetros Curriculares Nacionais (PNC), não existe uma única forma de se repassar o conhecimento de uma disciplina, sobre tudo o ensino da matemática, existem diversas formas de se trabalhar e o professor tem a liberdade de planejar sua própria prática. No contexto atual, o lúdico apresenta-se como um recurso que além de apresentar ao aluno o problema também os auxilia a soluciona-los (REIS; ESTEPHAN, 2013). Diante do exposto, torna-se clara a mensagem passada pela PNC de que o educador e em especial o que ensina essa ciência chamada matemática possui liberdade para tentar atingir seus objetivos educacionais. Em relação ao ensino fundamental II, o lúdico é considerado uma técnica que auxilia no desenvolvimento dos alunos, e no caso do ensino da matemática, o professor aumenta as possibilidades de desenvolver as habilidades de seus alunos de acordo com a idade que se encontram, a utilização de jogos sem perder o foco principal é uma maneira inovadora de ultrapassar as dificuldades de se ensinar a matemática (MARQUES; PERIN; SANTOS, 2013). Ademais, para Santana e Ferreira (2009), dentre as vantagens de se trabalhar com o lúdico em especial os jogos, está na facilitação de se abordar mutualmente outras matérias, e prender a tenção de praticamente todos os alunos, o que possivelmente está relacionado ao fato deste quando estão jogando não sentem que o assunto que está sendo ensinado seja algo que é obrigado aprender, diferente de quando estão aprendendo nas aulas padrões de matemática. Desta forma, o professor que se apropria desta maneira de ensinar consegue passar o assunto de modo mais agradável e o aluno acaba aprendendo sem se torturar por não conseguir entender a matéria. Outrossim, segundo Figueredo (2011) o ensino da matemática por meio do lúdico desconstruiu sim o padrão de ensino desta disciplina, no entanto, o mesmo alerta que esta metodologia não pode ser posta em sala de aula de qualquer forma, sendo necessário primeiramente que o professor faça um bom planejamento e depois sua aplicação, deste modo evitando-se que em meio as aulas o foco seja perdido. Para Chaves (2009), o professor ao abordar o lúdico em suas aulas deve estar atento a alguns fatores como: a hora certa de estimular, provocar, debater e intrometer-se quando possível, desta forma proporcionando alegria na concretização das atividades. Deste modo, o autor alerta que apara que o objetivo do lúdico alcance o aluno, o educador necessita não só adotar os jogos educativos nas suas aulas, mas também acreditar que este é eficaz. Diante deste contexto, o presente estudo apresenta relevância principalmente para o ambiente escolar uma vez que se trata de um assunto ainda sim pouco aplicado e abordado nas aulas de matemática no ensino fundamental II, e quando aplicado pouco se acredita em sua eficácia principalmente por parte dos próprios docentes. Desta forma, o presente trabalho buscar investigar a importância dos jogos matemáticos segundo os professores de duas escolas de ensino fundamental II, visando analisar se os mesmos são aplicados corretamente e quais as dificuldades que os docentes encontram para aplicar esses jogos a suas turmas. Levando em conta a seguinte questão problema: Qual a compressão dos professores do Ensino Fundamental II sobre a importância do uso de jogos no ensino da matemática? E qual a contribuição dos jogos matemáticos no processo de aprendizagem dos alunos do ensino fundamental I? Quanto a metodologia a ser utilizada neste estudo será baseada na seleção de artigos científicos, estabelecendo-se como critério de inclusão: artigos com recorte temporal de 11 anos (2009 -2020) que respondam à questão problema desta pesquisa. Quanto a coletade dados, a mesma ocorrerá de forma indireta, visto que os dados serão extraídos de artigos já produzidos. E por fim, será possível realizar a análise e descrição dos principais resultados comprovados nos estudos, sobre a importância dos jogos matemáticos no Ensino Fundamental II. 2 REFERÊNCIAL TEÓRICO 2.1 APRENDIZAGEM A palavra aprendizagem surgiu das pesquisas empiristas em Psicologia, o que se refere a averiguações movidas a termo baseado na hipótese que toda informação decorre da experiência. Logo, afirma-se o primado absoluto do objeto e analisa-se o sujeito como tabua inferior, uma parafina mole. No qual as admirações do mundo oriunda dos sentidos são unificadas. Desta forma abrindo espaço para o conhecimento, que se trata de uma junção de ideias atomisticamente oriunda de fatos e se resume a uma ingênua cópia autentica (GIUSTA, 2013). Segundo Moreira (1999, p. 136-140), existem três tipos de aprendizagem: A cognitiva, que se trata do resultado no armazenamento organizado de informações na mente do ser que aprende; a afetiva, que resulta de sinais internos ao indivíduo e pode ser identificada com experiências tais como prazer e dor, satisfação ou descontentamento, alegria ou ansiedade; e a psicomotora, que envolve resposta musculares adquiridas por meio de treino e práticas. No caso do ensino da matemática o processo de aprendizagem é considerado extremamente difícil, logo esta apresenta-se como uma matéria que necessita de métodos/ técnicas que ajudem o professor neste processo de aprendizagem-ensino. Portanto, atualmente a maneira de se ensinar matemática mudou muito em comparação ao que antes era padrão, ou seja, as regras e procedimentos decorativos foram deixados para trás e abriram espaço para uma matemática que além de ser compreendida pelos alunos, os mesmos são capazes de explica-la. Logo é exigido do professor desta matéria que este, esteja sempre atento as mudanças e atualizando a forma como o conteúdo é repassado aos alunos (CORDEIRO, 2012). Nesse sentido, nota-se que múltiplos são os métodos de ensino para tentar facilitar o aprendizado nessa matéria. Como jogos, vídeo games e entre outros. Tentando intercalar teoria e prática no sentido evolutivo da aquisição de conhecimentos. Com isso, e em síntese como mencionado anteriormente o processo de aprendizagem cognitiva que é considerada extremamente dinâmica e constante, emergindo de dentro do indivíduo, por meio de informações já intricecas que vão sendo projetadas para um novo objeto no mundo exterior que é sugado para o mundo interior do indivíduo, passando assim a fazer parte deste mundo interior do indivíduo, reiniciando tudo novamente configurando assim uma busca constante para o mundo exterior. Assim, para Rehfeldt (2019) que em sua teoria da aprendizagem prioriza a aprendizagem cognitiva, que é a integração do conteúdo aprendido numa edificação mental ordenada e constante, a estrutura cognitiva, sendo que essa estrutura cognitiva representa todo o conteúdo informacional armazenado por um indivíduo, sendo organizado de certa forma em qualquer modalidade do conhecimento. O conteúdo previamente detido pelo indivíduo representa um forte influenciador do processo de aprendizagem, daí então novos dados serão assimilados e armazenados na razão direta da qualidade da estrutura cognitiva prévia do aprendiz. 2.2 JOGOS MATEMÁTICOS Aos jogos atualmente são bastantes defendidos para serem utilizados no ensino de disciplinas, em destaque a matemática. Piaget, Vygotsky, Leontiev e Elkonin são conhecidos com uns dos teóricos que defendem essa técnica. A defesa desta metodologia baseia-se no fato dos alunos entenderem por meio dos jogos e que estes sejam utilizados no ambiente escolar, mais especifico dentro das salas de aulas. Para os professores que apoiam essa metodologia o primeiro passo que estes adotam é proporcionar que suas salas de aulas possuam uma grande variedade de jogos e desta forma possibilitar que os alunos por meio da manipulação dos jogos descubram a sua importância (CABRAL, 2009). Ademais, Silva e Kodama (2009), alertam que ao se trabalhar com jogos é imprescindível que estes sejam selecionados e trabalhados com objetivo que os discentes superem a etapa de tentativa e falhas ou que estes apenas tentem jogar por brincadeira. Logo é fundamental a escolha correta da técnica a ser aplicada permitindo desta forma a correta exploração dos jogos para o estimulo do raciocino logico e intuitivo, dentre os exemplos metodológicos está a resolução de problemas, uma vez que, por meio desta técnica é possível que cada tática estabelecida resulte em diversos questionamentos. Em suma, ensinar a matemática de forma lúdica, ou seja, com o uso de jogos educacionais pode estimular e resultar no desenvolvimento natural e incentivo do conhecimento das crianças/ alunos, bem como possibilita o professor a aumentar suas táticas de ensino, logo desenvolvendo também suas aptidões particulares e profissionais com o conteúdo educacional, permitindo desta forma maior assimilação dos assuntos abordados (DULLIUS, 2015). Com isso, nota-se uma maior disposição dos alunos para estarem conectados as aulas de professores o que proporciona uma aprendizagem mais leve e de real significância para ambos. 2.3 O PAPEL DO PROFESSOR Em relação ao uso de jogos na sala de aula, especificamente durante as aulas de matemática, o papel do professor sofreu uma grande mudança, onde o mesmo passa de comunicador para observador, bem como organizador, conselheiro, intermediário, e quando necessário é interveniente, mas principalmente um incentivador do conhecimento. Ademais, sobre a uma possível intervenção, esta deve ser feita por meio de questionamentos, que possam despertar em seus alunos possíveis hipóteses, ou seja, suposições (SILVA; KODAMA, 2009). Assim, é nítido a percepção de que com a evolução ao longo dos anos que os respectivos métodos de ensino também devem estarem em constante evolução a forma de ministrar aulas, por meio de diferentes tipos de interações e interdisciplinaridade (MIGUEL; MIORIM, 2019). Outrossim, o docente que adota os jogos para dinamizar suas aulas, tem como principal característica ser um profissional que propõem situações desafiadoras e incentiva seus discentes, a ajudarem uns aos outros e superar os desafios, mas também os leva a refletir, aguarda que estes pensem durante um certo tempo e também os acompanha durante a tentativa de encontrar uma solução até que estes resolvam (MORATORI, 2003). Sobre a eficácia do uso de jogos educacionais, recomenda-se que um docente antes de adotar e introduzir possíveis jogos em suas aulas seja muito importante que este analise antecipadamente cada desafio, portanto, sendo necessário que este jogue e avalie levando em consideração o passo a passo necessário e suas principais jogadas, após isto avalie seus desacertos e acertos, e só assim o mesmo estará capacitado a apresentar a seu alunos e ter ideia das possíveis problemas que os mesmos poderão se deparar (ANTUNES, 2011). 2.4 CONTEXTO ATUAL EM QUE OS ALUNOS SE ENCONTRAM Diante das exigências cada vez significativas e complexas de um mundo em progressivo desenvolvimento continuo, onde tecnologia e informação se relacionam e se desenvolvem exponencialmente, torna-se essencial que a formação educacional deve abranger muito mais do que as matérias tidas como “tradicionais”, e muito menos podem as escolas – órgãos convencionalmente tidos como formadores de cidadãos – manterem antigos métodos de ensino. Assim, como menciona padrões de gestão de pessoas e gestão da qualidade total. De posse das reflexões até aqui levantadas, um outro aspecto primordial a mencionar diz respeito ao atual contexto em que esses alunos estão submetidos, uma vez que estudar torna-se uma imposição de pais e responsáveispensando em um futuro com maiores oportunidades (PONTES, 2019). Assim, percebe-se que os alunos possuem um desafio ainda maior que é terem essa aptidão para a plena absolvição de conhecimentos e posterior desenvolvimento no sentido evolutivo, o que, porém, é colocado em questão principalmente quando a matéria a ser absorvida chama-se matemática, uma vez que estudos apontam que desde sempre estatisticamente os alunos tem menos sentido evolutivo para absorver os temas referentes aos vários aspectos da matemática (FELCHER, 2020). Nesse sentido e reforçando ainda mais a importância de diversos meios para se ensinar essa matéria facilitando não só para os docentes assim como também para os discentes. Nesse cenário, percebe-se a multidisciplinariedade da matemática em seu sentido evolutivo uma vez que a mesma serve de base para praticamente toda a área de ciências extas formando cidadãos com senso crítico e capacitando-os para melhores colocações profissionais futuramente (NASCIMENTO, 2020). 2.5 DIFICULADES EM ENSINAR MATEMÁTICA É nítido que a ciência chamada matemática é considerada uma das disciplinas que proporcionam um maior índice de alunos em recuperação e está presente assiduamente rendimentos baixos extremos como as reprovações. Com isso, inúmeros estudos revelam que a problemática se relaciona a fatores ligados ao ensino prazeroso da Matemática, por meio da introdução de jogos pedagógicos e utilização de programas computacionais nas aulas de geometria e trigonometria (EMMEL; COSTA, 2019). Essas medidas têm contribuído na desmistificação de que a Matemática é um bicho de sete cabeças, impossível de se aprender. A reformulação do ensino da matemática propôs uma série de situações didáticas e novas metodologias na relação ensino-aprendizagem (SOUZA et al. 2020). Com isso, essa constante evolução tem gerado resultados positivos e diretos no que tange a aprendizagem e formação de crianças, jovens e adultos. O surgimento de novos processos educacionais criou um leque de opções, dando liberdade ao professor para mudar sua linha educacional embasado em novas teorias, certificadas e comprovadas. Com isso, alguns fatores envolvendo o baixo rendimento dos alunos em Matemática podem estar diretamente ligados a alguns problemas, como: auditivos, visuais, leitura e escrita (SANTOS; Camila; MATA, 2020). Problema auditivos O aluno não consegue ouvir claramente o que o professor está dizendo, levando-o à incapacidade de aprender os conteúdos matemáticos. Procure relacionar em seu planejamento, aulas orais e exercícios ditados calmamente. Essa estratégia permite que você visualize aquele aluno que está com um possível problema auditivo (CRUZ; ANABELA; MARTINHO, 2019) Este aspecto relacionado a audição é essencial para a relação estabelecida netre professores e alunos, visto que sem uma comunicação efetiva, clara e objetiva será muito complicado para a absorvição de ensinamentos para os alunos em um ambiente escolar. Problemas relacionados à leitura A ocorrência de falhas no processo de leitura provoca uma interpretação de má qualidade, prejudicando o raciocínio na resolução de situações-problemas. Alguns alunos apresentam problemas em realizar uma leitura dinâmica, mas quando uma pessoa lê o problema em voz alta, eles conseguem raciocinar e buscar soluções adequadas (MACHADO; SANTOS; Andréa, 2019). Este aspecto se relaciona a uma variável multidisciplinar assim como as outras uma vez que reflete em outras disciplinas como a própria língua portuguesa em seu processo de leitura e interpretação. Problemas visuais Os problemas de acuidade visual são comuns na infância, e quando não identificados, podem prejudicar de forma concreta o rendimento escolar. Assim, caso se verifique alunos com essa anormalidade, deve-se procurar situar este estudante mais próximo do quadro e persistindo o a externalidade procurar a coordenação e comunicar o desvio a qual tomará as atitudes necessárias. (ÁVILA, 2020). Problemas relacionados à escrita A disgrafia é um problema ligado à linguagem escrita. Crianças portadoras do mesmo, possuem dificuldade na escrita de letras e números. Dessa forma, a própria criança fica impossibilitada de ler o que escreveu, gerando assim, um baixo rendimento escolar. Caso note que um aluno possui lentidão ao escrever, textos desorganizados, letra ilegível, traços irregulares e espaçamento entre as linhas desordenados, pode ser um sinal de disgrafia. Da mesma forma, procure repassar o problema à coordenação que buscará soluções adequadas e eficientes para solucionar a situação (POMMER, 2020). 2.6 ALUNOS E TECNOLOGIA Relacionando a matemática com os recursos tecnológicos, percebe-se uma intima e intrínseca relação entre ambos, uma vez que a tecnologia nada mais é do que uma representação dá linguagem matemática, assim toda tecnologia apresenta em sua essência estrutural, fundamentos, equações e o cálculos para precisão e previsão das suas funções. Assim, é imprescindível na hora de calcular memória, tempo para efetuar alguma coisa ou simplesmente prevê resultados. Se o orientador conseguir passar essa visão e entendimento para os seus alunos os mesmos em sua ampla maioria dos casos passarão a ter uma praticidade e disponibilidade maior para aprender assuntos relacionados. Ainda pode-se mencionar o fato de que ao se utilizar recursos tecnológicos o aluno passa a ser o ator de sua própria aprendizagem, sendo o papel do professor o de mediador no processo ensino-aprendizagem. Outro aspecto a mencionar diz respeito ao de poder adequar as matérias de acordo com as necessidades específicas de cada estudante. Desta forma, os alunos com deficiência cognitiva por exemplo podem fazer exercícios diferenciados usando o mesmo tópico, e com isso os demais alunos podem avançar nas atividades segundo seu conhecimento, e os superdotados podem seguir adiante, em busca de novos desafios se enquadrando assim de acordo com a demanda de cada aluno. Nesse contexto proporcionado pela constante e crescente evolução tecnológica, pode-se verificar que cada vez mais os alunos estão utilizando dessas ferramentas para implementar e integra-las ao contexto escolar facilitando tanto o ensino quanto a aprendizagem na relação aluno-professor (MEDEIROS; MEIRA, 2019). Além do mais, porém cabe a cada orientador, gestor e propriamente o professor orientar e dar suporte para essa integração tecnológica ao ambiente escolar dos alunos o que se bem feito refletirá direta e significativamente no rendimento e desenvolvimento do aluno (TEIXEIRA, 2019). Assim, utilizando de princípios de melhoria continua e de gestão de qualidade e eficiência nota-se um alto grau de desenvolvimento de crianças e jovens ao se utilizar de recursos tecnológicos para além da sala de aula como no caso do desenvolvimento e formação de cidades críticos e conscientes de suas atitudes (SOUZA, ARAUJO; ALENCASTRO, 2019). O que reforça a importância de se ter várias formas de tentar interligar assuntos para facilitar a aprendizagem das crianças, jovens e adultos por meio de jogos, recursos tecnológicos, brincadeiras e entre outras maneiras de se atingir esse fim maior chamado: aprendizagem. Com isso nota-se cada vez mais a tecnologia sendo alinhada à educação não só no brasil como no mundo uma vez que é inimaginável em pleno século XXI ter convívio e comunicação sem internet e seus derivados tecnológicos tanto para assuntos estratégicos entre políticos, administradores e gestores como para todos os cidadãos integrantes das mais diversas sociedades. 3 ANÁLISE DOS DADOS Quanto aos dois (100%) artigos selecionados como base de dados para este trabalho (Tabela 1), todos trataram-se de estudos de caso de escola de ensino fundamental II, cuja finalidade era verificar o grau de informação dosdocentes sobre a importância da utilização de jogos matemáticos e se estes utilizavam em suas metodologias de ensino jogos educacionais. TITULO DO ARTIGO AUTORES ANO Contribuição dos jogos matemáticos na aprendizagem dos alunos da 2° fase do ciclo da escola Estadual 19 de maio de Alta Floresta - MT (1) Marques; Perin; Santos 2013 Discutindo a importância dos jogos e atividades em sala de aula (2) Tessaro; Jordão 2009 Tabela 1 - Artigos utilizados como fonte de dados. (Fonte: Autor, 2021). Quanto ao resultado destas pesquisas foram os seguintes: 3.1 IMPORTÂNCIA DOS JOGOS MATEMÁTICOS Sobre o grau de conhecimento dos docentes de ambas as escolas em estudo sobre a importância de se utilizar jogos matemáticos no processo de ensino e aprendizagem, verificou-se que no artigo (1) somente 89% das professoras entrevistadas confirmaram possuir conhecimento da importância dos jogos matemáticos. Quanto ao artigo (2) 100% dos professores entrevistados confirmaram o conhecimento sobre este assunto. Também foi possível notar que dos professores que possuem conhecimento da importância dos jogos educativos, estes também põem em pratica esse conhecimento o que é muito importante. De acordo com Castoldi e Polinarski (2009), na maioria das instituições de ensino apesar dos professores terem conhecimento da importância dos jogos, muitas vezes esse conhecimento não é colocado em pratica devido os fatores como: precárias condições de trabalho, outros preferem optara pela utilização de livros que é mais “fácil” ou até mesmo por comodismo. Logo, estes profissionais limitam-se a apresentar a seus educandos os conteúdos com o mínimo de mudanças, desta forma caracterizando-se puramente apenas como um técnico e abrindo mão da liberdade e autonomia que este tem em planejar e repassar suas aulas. 3.2 JOGOS MATEMÁTICOS APLICADOS Em relação aos jogos que eram aplicados em ambos os estudos tanto, no artigo (1) como no artigo (2), notou-se que os jogos mais utilizados pelos professores são: xadrez, dama, dominó, quebra-cabeça, bingo, dado, e jogo da memória. Quanto ao modo que são aplicados no artigo (1) 95% das professoras entrevistadas confessaram não possuir dificuldades em se trabalhar com jogos, enquanto os outros 5% confessaram possuir dificuldades, além disso, das professoras que possuem facilidades em aplicar os jogos, todas atribuíram essa pratica as formações continuadas que estas participam. Sobre a formação continuada destacada pelas professoras, segundo Nicola e Paniz (2016), estes declaram que é durante essas formações que muitos professores são orientados a utilizar recursos diferenciados para melhorar a forma como suas aulas serão repassadas, além do mais, é nestes momentos que os profissionais muitas vezes trocam experiências que os levam a melhorar seu desenvolvimento intelectual e mental. A respeito do artigo (2) do modo como são aplicados os jogos, todos os professores (100%) apesar de demonstrarem conhecimento da importância dos jogos no processo de ensino e aprendizagem não possuem formação continuada, logo as aulas com lúdico não são planejadas e muitas vezes improvisadas. Para Silva Neto (2013), os jogos para serem considerados como educacionais precisam ser aplicados com base em uma metodologia que possua estrutura para orientar o processo de interação, motivação e descoberta dos alunos, deste modo, facilitando a aprendizagem dos assuntos. 3.3 INFLUENCIA POSITIVA DOS JOGOS SOBRE A APRENDIZAGEM DOS ALUNOS Quanto a opinião dos professores sobre a influência do lúdico em especial os jogos matemáticos no processo de ensino-aprendizagem dos alunos. No artigo (1) 78% das entrevistadas acreditam que os jogos contribuem sim no aprendizado dos alunos, 11% não responderam à pergunta. Já no artigo (2) foi unanime a opinião dos professores, todos os entrevistados declararam acreditar na contribuição dos jogos em suas aulas. Ademais, sobre os professores que afirmaram influência positiva dos jogos principalmente nas aulas de matemática em ambos os artigos, notou-se que todos associaram esta nova forma de ensino a uma melhora na obtenção de informações, socialização, cordialidade, capacidade criadora, criticidade, reflexão e a aprendizagem de seus alunos. Sobre essas melhoras nos aspectos cognitivo, motor, físico e afetivo dos alunos, Anjos (2013) afirma que os jogos além de auxiliarem no desenvolvimento dos alunos, também ajuda as crianças na aquisição de valores humanos, logo trata-se sim, de um importante meio didático que pode ser utilizado nas escolas. Outrossim, segundo Bianchini, Gerhardt e Dullius (2011), outro ponto positivo da introdução de jogos matemáticos nas salas de aula é referente a probabilidade de muitos alunos ao jogarem reduzirem seus bloqueios em relação a matéria que por vezes incapacita-os a aprender. Os autores ainda acrescentam que o uso de jogos pode ser um caminho de aprendizagem, não só na solução de problemas matemáticos, mas na vida pessoal, logo visando um desenvolvimento matemático com sucesso. 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS A partir dos resultados dos artigos analisados conclui-se que os professores de matemática do ensino fundamental II em sua maioria tendem a compreendem a importância dos jogos educativos em destaque os jogos matemáticos, visto que, estes possuem conhecimento sobre aplicação de jogos e buscam aplicar em suas aulas esse novo método de ensino. Quanto aos jogos matemáticos que são utilizados por estes profissionais tratam-se unanimemente de jogos de xadrez, dama, dominó, quebra-cabeça, bingo, caça-palavras, dado, e jogo da memória, e que na maioria das vezes são utilizados para aprender em conjunto com outras matérias como Português. Em relação ao modo como são aplicados nem todos os professores sentem segurança na hora de pôr em pratica essa metodologia, o que por vezes pode estar associado a falta de capacitação ou mesmo falta de planejamento. No entanto, sobre a opinião dos docentes em relação a colaboração dos jogos no processo de aprendizagem de seus alunos, 89% dos entrevistados demostraram acreditar que os jogos contribuem sim no aprendizado dos estudantes, bem como influenciam também nos aspectos cognitivo, motor, físico e afetivo dos alunos. 7 REFERÊNCIAS ANJOS, J. A. A importância das atividades lúdicas nas aulas de educação física no processo ensino aprendizagem. 2013. 45 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Educação Física). Universidade de Brasília– Polo Ariquemes, dez. 2013. ANTUNES, C. Jogos para a estimulação das múltiplas inteligências. Editora Vozes Limitada, 2011. ÁVILA, G. Várias faces da matemática: tópicos para licenciatura e leitura geral. Editora Blucher, 2020. BIANCHINI, G.; GERHARDT, T.; DULLIUS, M. M. Jogos no ensino de matemática “quais as possíveis contribuições do uso de jogos no processo de ensino e de aprendizagem da matemática? ”. Revista Destaques Acadêmicos, v. 2, n. 4, 2011. CABRAL, M. A. et al. A utilização de jogos no ensino de matemática. 2006. 52 f. Monografia (Licenciatura em Matemática). Universidade Federal de Santa Catarina, fev. 2009. CASTOLDI, R.; POLINARSKI, C. A. A utilização de Recursos didáticopedagógicos na motivação da aprendizagem. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ENSINO DE CIÊNCIA E TECNOLOGIA, 1, Ponta Grossa, 2009. Anais do I SINECT. 2009. CHAVES, E. F. S. O LÚDICO E A MATEMÁTICA. 2009. 51 f. Monografia (Licenciatura em Matemática). Faculdade Pedro II, abr. 2009. CORDEIRO, M.J. de; Silva, V. N de. A importância dos jogos para a aprendizagem da Matemática. Revista Científica Eletrônica de Ciências Sociais Aplicadas da Eduvale. n. 7, 2012. CRUZ, A; MARTINHO, M. H. Desafios à inclusão dos alunos com deficiência auditiva numa aula de matemática. 2019 DULLIUS, M. M. BRINCANDO E APRENDENDO MATEMÁTICA- 1ª edição. Editora Univates, 2015. EMMEL, R.; COSTA, P. O Ensino da Matemática, a aprendizagem e o fracasso escolar: uma análise dessas relações no Ensino Médio Integrado de uma instituição da rede federal de Ensino Básico, Técnico e Tecnológico. REMAT: Revista Eletrônica da Matemática, v. 5, n. 2, p. 96-107, 2019. FELCHER, C. D. O. Tecnologias digitais: percepções dos professores de matemática no contexto do desenvolvimento profissional docente. 2020. FIGUEREDO, M. S. A importância do lúdico no ensino de Matemática: Uma amostra da concepção de professores do Ensino Fundamental II na cidade de Pombal-PB. 2011. 63 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Matemática). Universidade Federal da Paraíba, jun. 2011. GIUSTA, A. S. Concepções de aprendizagem e práticas pedagógicas. Educação em Revista, v. 29, n. 1, p. 20-36, 2013. MACHADO, A. P. G.; SANTOS, M. A. M. Compreensão Leitora na Resolução de Problemas na Prova Brasil de Matemática. Signum: Estudos da Linguagem, v. 22, n. 1, p. 88-113, 2019. MARQUES, M. C. P.; PERIN, C. L; SANTOS, E. Contribuição dos Jogos Matemáticos na Aprendizagem dos alunos da 2ª fase do 1º ciclo da Escola Estadual 19 de maio de Alta Floresta-MT. Revista Eletrônica da Faculdade de Alta Floresta, v. 2, n. 1, 2013. MIGUEL, A.; MIORIM, M. Â. História na educação matemática. Autêntica Editora, 2019. MORATORI, P. B. Por que utilizar jogos educativos no processo de ensino aprendizagem. UFRJ. Rio de Janeiro, p. 04, 2009. MOREIRA, M. A. Teorias de aprendizagem. São Paulo: Editora pedagógica e universitária, 1999. NASCIMENTO, A. A. N. A INFLUÊNCIA DA AUTOESTIMA NA MINIMIZAÇÃO DAS DIFICULDADES DE APRENDIZAGEM DA MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL. Unificada: Revista Multidisciplinar da FAUESP, v. 2, n. 1, p. 82-96, 2020. NICOLA, J. A.; PANIZ, C. M. A importância da utilização de diferentes recursos didáticos no ensino de biologia. Infor, Inov. Form., Rev. NEaD-Unesp, São Paulo, v. 2, n. 1, p.355-381, 2016. POMMER, W. M. MANIFESTAÇÕES DE ALUNOS INICIANTES DE UM CURSO DE LICENCIATURA EM CIÊNCIAS FRENTE AO PAPEL ORGANIZADOR DA ESCRITA ALGÉBRICA NA RESOLUÇÃO DE PROBLEMAS MATEMÁTICOS. VIDYA, v. 40, n. 1, p. 355-376, 2020. PONTES, E. A. S. A Capacidade de Gerar Soluções Eficientes e Adequadas no Processo Ensino e Aprendizagem de Matemática. Revista Psicologia & Saberes, v. 8, n. 10, p. 193-205, 2019. PRODANOV, C. C; FREITAS, E. C. Metodologia do trabalho científico: métodos e técnicas da pesquisa e do trabalho acadêmico-2ª Edição. Editora Feevale, 2013. REHFELDT, M. J. H.; DA SILVA, M. S.. Podcast como recurso de aprendizagem: um elo entre as mídias digitais, a aprendizagem significativa e o educar pela pesquisa. Ensino em Re-Vista, p. 1171-1194, 2019 REIS, M. C.; ESTEPHAN, V. M. OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE – 1° edição. Editora Cadernos PDE, 2013. RITA, C. H. O PROFESSOR E O USO DE JOGOS EM AULAS DE MATEMÁTICA. 2013. 50 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Licenciatura em Ciências Exatas). Universidade Federal do Pampa, nov. 2013. ROSADA, A. M. C. A IMPORTANCIA DOS JOGOS NA EDUCAÇÃO MATEMÁTICA NO ENSINO FUNDAMENTAL. 2013. 45 f. Monografia (Educação: Métodos e Técnicas de Ensino). Universidade Tecnológica Federal do Paraná – UTFPR, dez. 2013. SANTANA, P. O.; FERREIRA, O. P. Usando jogos para ensinar matemática. Obtido em, v. 7, p. 905-4, 2009. SANTOS, A. O.; OLIVEIRA, C. R.; MATA, J. D. G. Os jogos da família mancala do ensino de matemática nos primeiros anos do ensino fundamental: origens, contextos e aplicações. Itinerarius Reflectionis, v. 16, n. 2, p. 01-19, 2020. SILVA NETO, S. R. et al. Jogos educacionais como ferramenta de auxílio em sala de aula. In: Anais do Workshop de Informática na Escola. p. 130. 2013. SILVA, A. F.; KODAMA, H. M. Y. Jogos no ensino da Matemática. II Bienal da Sociedade Brasileira de Matemática, p. 1-19, 2009. SILVA, M. M. A. et al. BRINCAR E ESTUDAR: OS JOGOS NO ENSINO DA MATEMÁTICA. 2012. 10 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia). Faculdades Adamantinenses Integradas – FAI, jan. 2012. SOUZA, D. A. et al. ATUAÇÃO DO PROJETO “CIÊNCIA INTERATIVA” NA MICRORREGIÃO DE ILHÉUS-ITABUNA: Um relato de experiência. Revista PINDORAMA, 2020. SOUZA, E. N. A MATEMÁTICA NOS JOGOS E BRINCADEIRAS NA EDUCAÇÃO INFANTIL: uma construção de aprendizagem. 2012. 53 f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Pedagogia). Centro Universitário Católico Salesiano Auxilium, ago. 2012. TESSARO, J. P.; JORDÃO, A. P. M. Discutindo a importância dos jogos e atividades em sala de aula. Psicologia. com. pt, o portal dos psicólogos, v. 2, n. 08, 2009.
Compartilhar