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CENTRO UNIVERSITÁRIO – CESMAC PEDRO ROBERTO LOPES DE VASCONCELOS JÚNIOR SÁVIO AUGUSTO VASCONCELOS SOARES A SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: um estudo de caso de um canteiro de obra de uma quadra poliesportiva coberta na cidade de Maceió – AL MACEIÓ-ALAGOAS 2019/02 PEDRO ROBERTO LOPES DE VASCONCELOS JÚNIOR SÁVIO AUGUSTO VASCONCELOS SOARES A SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: um estudo de caso de um canteiro de obra de uma quadra poliesportiva coberta na cidade de Maceió – AL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil, do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação do professor Mestre Rafael Leandro Costa Silva. MACEIÓ-ALAGOAS 2019/02 REDE DE BIBLIOTECAS CESMAC SETOR DE TRATAMENTO TÉCNICO Bibliotecária: Ana Paula de Lima Fragoso Farias – CRB/4 - 2195 V331s Vasconcelos Júnior, Pedro Roberto Lopes de A segurança do trabalho na construção civil / Pedro Roberto Lopes de Vasconcelos Júnior, Savio Augusto Vasconcelos Soares – Maceió: 2019. 32 f.: il. TCC (Graduação em Engenharia Civil) – Centro Universitário CESMAC, Maceió – AL, 2019. Orientador: Rafael Leandro Costa Silva. PEDRO ROBERTO LOPES DE VASCONCELOS JÚNIOR SÁVIO AUGUSTO VASCONCELOS SOARES A SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: um estudo de caso de um canteiro de obra de uma quadra poliesportiva coberta na cidade de Maceió – AL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como requisito final, para conclusão do curso de Engenharia Civil, do Centro Universitário CESMAC, sob a orientação do professor Mestre Rafael Leandro Costa Silva. AGRADECIMENTOS Primeiramente agradecemos a Deus por ter-nos concedido saúde e perseverança, além de uma excelente família. Ao Centro Universitário - Cesmac pela oportunidade, estrutura proporcionada e pela qualidade dos ensinamentos ministrados pelos seus docentes. Ao orientador e professor Rafael Leandro Costa Silva pela orientação do presente trabalho, incentivo e pelas horas dedicadas a nossa formação. Eu, Pedro, agradeço a minha esposa, Jéssica Zallio Faria de Vasconcelos, pela dedicação, estímulo e apoio durante toda a trajetória da minha formação em Engenharia Civil, segurando na minha mão e não me deixando desistir para realização do meu sonho, por mais longa que fosse a caminhada nesses cinco anos. A Michelle Zallio de Faria Freire, pelos conselhos, paciência e orientações metodológicas na realização desse trabalho. Aos amigos, pela compreensão e incentivo em toda caminhada até a conclusão desse curso. E, a todas as pessoas que direta ou indiretamente contribuíram para a realização da pesquisa. Eu Savio, Gostaria de agradecer a Beatriz grande incentivadora e namorada, que se desdobrou em esforços para me ajudar durante todo esse percurso. Obrigada pela a força e cumplicidade ao longo dessa etapa em minha vida. Eu Savio, agradeço imensamente minha família e amigos, em especial a minha mãe e vó, que me apoiou, me auxiliou e sempre acreditou em mim durante toda minha caminhada. A SEGURANÇA DO TRABALHO NA CONSTRUÇÃO CIVIL: um estudo de caso de um canteiro de obra da construção de uma quadra poliesportiva coberta na cidade de Maceió – AL Pedro Roberto Lopes de Vasconcelos Junior Sávio Augusto Vasconcelos Soares Rafael Leandro Costa Silva Mestre em Estruturas rafaelleandrocs@hotmail.com RESUMO A indústria da construção civil é um dos ramos que mais emprega trabalhadores. Devido à exposição dos seus colaboradores aos diversos riscos inerentes da atividade, fica como o maior responsável por muitos acidentes no trabalho nas diversas pesquisas. Diante disso, faz-se necessário a implantação das medidas de prevenção individuais e coletivas, com o intuito de minimizar os acidentes e as diversas doenças ocupacionais do trabalho. Nesta pesquisa será apresentado um breve histórico sobre o assunto, suas Normas Regulamentadoras (NR’s), seus treinamentos, e um estudo de caso, onde foram feitas dez visitas à obra de uma construção de uma quadra poliesportiva coberta em estudo, observando os funcionários e o local de trabalho, assim como os dados relacionados à segurança e saúde do trabalhador (SST). O objetivo principal foi avaliar como a segurança no trabalho é necessária pelos principais intervenientes na sua gestão em um canteiro de obras. Evidenciou-se a importância do profissional de segurança do trabalho na preparação dos documentos relacionados ao tema, e no ambiente da construção civil, para proporcionar benefícios tanto a empresa quanto ao trabalhador, principalmente visando à redução de acidentes. Palavras-chave: Segurança do trabalho, Construção Civil, NR’s. mailto:rafaelleandrocs@hotmail.com SAFETY OF WORK IN CIVIL CONSTRUCTION: a case study of a construction site for the construction of a covered sports court in the city of Maceió – AL Pedro Roberto Lopes de Vasconcelos Junior Sávio Augusto Vasconcelos Soares Rafael Leandro Costa Silva Mestre em Estruturas rafaelleandrocs@hotmail.com ABSTRACT The construction industry is one of the branches that most employs workers. Due to the exposure of its employees to the various risks inherent in the activity, it is the main responsible for many accidents at work in various research. Given this, it is necessary to implement individual and collective prevention measures in order to minimize accidents and various occupational diseases at work. This research will present a brief history on the subject, its Regulatory Standards (NR's), its training, and a case study, where ten visits were made to the work of a construction of a covered multisport court under study, observing the employees and the as well as data related to occupational safety and health (OSH). The main objective was to assess how occupational safety is required by key players in managing it on a construction site. The importance of the occupational safety professional in the preparation of documents related to the theme, and in the construction environment, was evidenced to provide benefits to both the company and the worker, especially aiming at reducing accidents. Keywords: Work safety, Construction, NR’s. mailto:rafaelleandrocs@hotmail.com LISTA DE SIGLAS CA – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO CIPA – COMISSÃO INTERNA DE PREVENÇÃO DE ACIDENTES DO TRABALHO CLT – CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO EPI – EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL EPC – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO COLETIVA MTE – MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO NR – NORMA REGULAMENTADORA PCMAT – PROGRAMA DE CONDIÇÕES E MEIO AMBIENTE DO TRABALHO PPRA – PROGRAMA DE PREVENÇÃO DE RISCOS AMBIENTAIS PCMSO – PROGRAMADE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL CAT – COMUNICADO DE ACIDENTE DE TRABALHO SST – SAÚDE E SEGURANÇA DO TRABALHADOR PPP – PERFIL PROFISSIOGRÁFICO PREVIDENCIÁRIO LISTA DE FIGURAS FIGURA 1 – Vista do canteiro da obra ................................................................. 22 FIGURA 2 – Quadra Poliesportiva Padrão FNDE finalizada ................................ 23 FIGURA 3 – Funcionários trabalhando com seus devidos EPI´s ......................... 25 FIGURA 4 – Funcionário utilizando seus devidos EPI´s durante o polimento do piso em concreto ................................................................................................. 25 FIGURA 5 – EPC´s utilizados durante os serviços como medida de prevenção 26 FIGURA 6 – Dispositivos de isolamento: obra delimitada com tapume de madeira, evitando a entrada de pessoas não autorizadas e cercado delimitando a fundação para evitar que alguém caia ............................................................... 27 FIGURA 7 – Medida de prevenção coletiva: escadas com corrimão, sinalização com cones, placas zebradas e de CUIDADO: HOMENS TRABALHANDO e ÁREA DE ESCAVAÇÕES ................................................................................... 27 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................ 10 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS ....................................................................... 10 1.2. OBJETIVOS ................................................................................................. 12 1.2.1. Objetivo Geral ............................................................................................ 12 1.2.2. Objetivos Específicos ................................................................................ 12 1.3. JUSTIFICATIVA ........................................................................................... 12 2. METODOLOGIA ............................................................................................. 15 2.1. LOCAL DE PESQUISA ................................................................................. 15 3. ANÁLISE DAS INSTRUÇÕES NORMATIVAS RELATIVAS À SEGURANÇA NO TRABALHO .......................................................................... 17 3.1. ANÁLISE DOS MOTIVOS DA FALTA DE SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL ............................................................... 17 3.2. A EFICÁCIA DOS TRATAMENTOS NA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA A CONSTRUÇÃO ..................................................................................... 19 4. DADOS DE IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CANTEIRO DE OBRA .......... 22 5. RESULTADOS E DISCUSSÃO ...................................................................... 24 6. CONCLUSÃO ................................................................................................. 29 REFERÊNCIAS ................................................................................................... 30 ANEXOS ............................................................................................................. 33 ANEXO A – TABELA DO PPRA – FUNÇÃO SERRALHEIRO ........................... 34 10 1 INTRODUÇÃO 1.1. CONSIDERAÇÕES INICIAIS Devido ao aumento do número de acidentes de trabalho durante a execução do serviço em canteiros de obras na construção civil, fez-se necessário inserir a prevenção e o tratamento destes tipos de desastres, com a finalidade de preservar a saúde e segurança do trabalhador. Isto posto, percebe-se o quanto é importante o uso de equipamentos de proteção, tanto individual (EPI) quanto coletivo (EPC). Entretanto, ainda hoje é possível verificar que ainda existem acidentes, com ou sem afastamento, que ocorreram devido ao não uso do EPI e/ou EPC. Segundo o Ministério da Previdência Social (BRASIL, 2015), entre os anos de 2006 e 2010, período em que o setor da construção civil teve grande expansão, com o consequente aumento no número de empregados, a quantidade de acidentes de trabalho aumentou de 29.054 para 54.664, ou seja, um crescimento de 88,14%. Portanto, torna-se necessário que sejam envidados esforços para reduzir os riscos de acidentes do trabalho, que permitam manter a produtividade e o bom ambiente de trabalho. Pensando nisso, as especificidades e a diversidade das atividades realizadas nos canteiros de obra ampliam os riscos a que os trabalhadores estão expostos, sendo necessária a tomada de medidas preventivas. As normas regulamentadoras (NR´s) e as normas técnicas orientam para que várias medidas de prevenção ou redução dos acidentes do trabalho sejam tomadas. O ambiente físico exerce grande influência sobre acidentes, por ser fonte permanente de estresse dos trabalhadores. Um ruído indesejável ou um ofuscamento visual podem modificar o comportamento do trabalhador favorecendo a ocorrência de acidentes (CATAI, 2014). Desta forma, outros tópicos poderiam ser abordados, como: seguros, influência da legislação, o projeto e o escopo dos programas de segurança, o que representa apenas uma pequena parte dos mais variados elementos que influenciam na gestão da segurança do trabalho, o que demonstra a complexidade do problema em questão. Assim, “Medidas pontuais e descoordenadas para gerenciar a segurança não são 11 eficientes, e períodos sem ocorrência de acidentes serão devidos muito mais a fatores circunstanciais do que a tomada de ações preventivas” (SAURIN; RIBEIRO, 2000, p. 6). Com a mudanças rotineiras das legislações relacionadas a SST, o empregador vem mudando sua forma de pensar e agir sobre esse tema, a fim de zelar pela segurança e bem-estar dos empregados, passando a ser obrigação prevista em vários artigos da legislação trabalhista, cível e previdenciária. A cada dia que passa a legislação torna-se mais rigorosa no intuito de prevenir acidentes, assim como, assegurar a boa saúde ocupacional, fazendo com que as empresas apliquem e invistam em recursos de segurança do trabalho. Diante disso, é necessário orientar todos os trabalhadores de acordo com as tendências da evolução da empresa, e manter um constante treinamento em função da especialização. Os empreendedores já começaram a dar sinal de que o acidente de trabalho é caro, não somente por seus custos dentro da empresa, mas também, pelo custo pós-acidentes, por exemplo, processos judiciais. Iudicibus (1998, p.113) salienta que: Na linguagem comercial, custo significa quanto foi gasto para adquirir certo bem, objeto, propriedade ou serviço. A noção de custo, portanto, está ligada à consideração que se dá em troca de um bem recebido. Na linguagem comum, não ligada a compras, vendas etc., a palavra custo pode estar associada a uma noção de sacrifício. Ou seja, os empregadores passaram a entender que, implantando toda parte de SST obrigatória pela legislação em sua organização, passam a cumprir o papel social de prevenção e assim minimizam os custos relacionados a ações trabalhistas de futuras cobranças indesejadas, além de que evitam a estabilidade do trabalhador prevista por acidente de trabalho. Neste sentido, a presente pesquisa tem a intenção de ponderar a necessidade da prevenção e utilização da segurança do trabalho na construção civil de modo amplo, com o intuito de buscar melhorias dos meios convencionais já utilizados e atender à necessidade dos indivíduos e da empresa. 12 1.2. OBJETIVOS 1.2.1. Objetivo Geral Esta pesquisa busca avaliar os procedimentos relativos à segurança no trabalho da construção de uma quadra poliesportiva coberta realizada na cidade de Maceió-AL, buscando fazer o paralelo entreo exigido pelas normas e aquilo realmente encontrado na obra. 1.2.2. Objetivos Específicos • Analisar os motivos da falta de segurança no canteiro de obras na construção de uma quadra poliesportiva coberta; • Apresentar pesquisas que comprovem a eficácia dos tratamentos na segurança do trabalho para a construção; • Comparar os dados encontrados na pesquisa de campo com os estudos de pesquisas já realizados. 1.3. JUSTIFICATIVA Sabe-se que a construção civil é responsável por muitos acidentes no trabalho, devido à exposição dos funcionários a diversos fatores de risco, sejam eles: físico, químico, biológico ou ergonômico. Desta forma, percebe-se a importância da implantação de medidas preventivas benéficas à saúde do trabalhador. Os estudos e leis trabalhistas vêm sofrendo um constante processo de evolução, principalmente desde o início da Revolução Industrial. As leis referentes à segurança do trabalho estão cada vez mais rigorosas e, consequentemente, a ocorrência de acidentes e doenças ocupacionais é cada vez menor. Para o controle e prevenção de acidentes de trabalho, deve-se sempre aliar dois fatores: a conscientização dos funcionários nela envolvidos e o cumprimento das leis de trabalho (STEFANO, 2008). A construção civil é um dos setores que mais emprega operários, visto o número elevado das vagas de trabalho, devido ao surgimento de inúmeras obras, 13 porém, juntamente com este número, aparece a realidade de acidentes no trabalho (DINIZ JÚNIOR, 2002). O autor comenta ainda, que não se observa uma fiscalização adequada e eficiente nesta área, de forma a inibir e/ou controlar as doenças ocupacionais e os acidentes. Diniz Júnior (2002) comenta sobre a importância de sistemas gerenciais nos canteiros de obras, como fundamental para diminuir os riscos de acidentes de trabalho, sendo que a organização e/ou a distribuição de materiais, ferramentas, utensílios de obras podem contribuir significativamente e oferecer bons resultados no campo organizacional que diretamente atingem o setor da segurança em obra. Desta forma, o autor comenta que, A inexistência de técnicos e engenheiros de segurança nos canteiros de obra é mais um dos agravantes. É grande a dificuldade de fazer o operário tornar a sua higiene pessoal e segurança no ambiente de trabalho um hábito (DINIZ JÚNIOR, 2002, p. 12). Para Sampaio (1998 apud DINIZ JÚNIOR, 2002) muitos acidentes, poderiam ser evitados se as empresas tivessem desenvolvido ou implantado programas de segurança e saúde no trabalho, bem como oferecer maior atenção à educação e ao treinamento de seus operários. Sabe-se que a segurança do trabalho é entendida como prevenção de acidentes, visando à preservação da integridade física do trabalhador, pois estudos mostram que os acidentes influenciam negativamente na produção, trazendo consequências, que podem envolver perdas materiais, diminuição da produtividade, contratação de novos funcionários, dias perdidos, até mesmo gastos com indenizações às vítimas ou aos familiares, entre outros. Desta forma, Ribeiro (1995, p. 932 apud DALCUL, 2001, p. 83), declara que, [...] a solução básica, a solução racional para os acidentes de trabalho é evitá- los. Entretanto, o desenvolvimento das práticas de segurança do trabalho tem-se dado em função de exigências legais como consequência natural da evolução social. Foi a necessidade de resolver os problemas da adaptação do homem as mais variadas condições de ambiente, a causa determinante do progresso das técnicas preventivas. A segurança e a saúde do trabalho na área da construção civil baseiam-se, principalmente, em Normas Regulamentadoras (NR´s), sendo a mais importante para 14 as atividades exercidas em canteiros de obras a NR-18, que tem por finalidade estabelecer diretrizes com o objetivo de programar medidas de controle e sistemas de prevenção de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho na Indústria da Construção. A Segurança do Trabalho pode ser considerada como o conjunto de atividades de antecipação, reconhecimento, avaliação e controle dos riscos a acidentes, ou seja, a prevenção dos acidentes de trabalho propriamente ditos (SILVA, 2011). Cabe salientar, de acordo com o autor, que o processo preventivo de acidentes de trabalho requer, além de práticas corretivas, a adequação do ambiente de trabalho ao homem. Diante deste quadro, há uma preocupação com a segurança do trabalhador de construção civil. Desta forma, existe a necessidade de se fazer um estudo no canteiro de obra da cidade de Maceió-AL, com o objetivo de verificar as condições de trabalho sob a ótica da segurança e prevenção de acidentes de trabalho, procurando orientar sobre o cumprimento das normas vigentes e atendimento dos requisitos básicos de segurança de trabalho para os operários da construção civil. 15 2 METODOLOGIA O presente trabalho compõe uma pesquisa de estudo de caso, através da observação in loco e pesquisa em uma obra na construção de uma quadra poliesportiva coberta, utilizando-se como mecanismos de avaliação: coleta e levantamento de dados no local, com fotos da realidade da obra e das medidas de segurança adotadas pela empresa com a intervenção do profissional da área de segurança do trabalho, a fim de obter as informações necessárias para um resultado fidedigno. A coleta e o tratamento dos dados deverão se basear em técnicas qualitativas, nas quais serão realizadas através de observação do local durante o período laboral. As intervenções propostas tiveram embasamento nas referências bibliográficas disponíveis, tais como livros, artigos, teses e dissertações de assuntos pertinentes e relacionados ao tema, bem como consultas a legislação em vigor. Para a descrição e análise dos fatos observados, após o levantamento no local, serão realizadas análise, discussão e conclusão do estudo. Também serão buscadas informações acerca da segurança do trabalho na construção civil em pesquisas já concluídas com o intuito de demonstrar evidências a respeito das aplicações de técnicas de segurança na engenharia. Nesta análise, serão executadas pesquisas no Scielo e Google Scholar. Serão aplicados critérios de exclusão e inclusão. A eliminação de trabalhos indesejados, que não possam contribuir de maneira alguma no presente estudo, será feita a partir dos critérios de não ser uma pesquisa da área da engenharia civil. Os critérios de inclusão são: tratar da segurança em canteiros de obras e não ser uma pesquisa de nível técnico. Através das referências coletadas o trabalho prosseguirá com a composição de novos conceitos e uma conclusão sobre o tema abordado. 2.1. LOCAL DA PESQUISA A pesquisa será realizada na construção de uma quadra poliesportiva coberta, na cidade de Maceió, no estado de Alagoas, mas também, com fundamento e tomando por base pesquisas doutrinárias, virtuais e dados estatísticos. 16 Será selecionada ao acaso uma obra executada no ano de 2018/2019, da empresa de engenharia Construtora Vasconcelos, esta escolhida por conveniência. A obra em estudo fica localizada na Escola Estadual Professora Margarez Maria Santos Lacet, localizada na Avenida General Walfrido Jerônimo da Rocha, S/N, bairro Tabuleiro do Martins, Maceió-Alagoas. 17 3 ANÁLISE DAS INSTRUÇÕES NORMATIVAS RELATIVAS À SEGURANÇA NO TRABALHO 3.1. ANÁLISE DOS MOTIVOS DA FALTA DE SEGURANÇA NO CANTEIRO DE OBRAS NA CONSTRUÇÃO CIVIL A influência de elementos relacionados à segurança é geralmente considerada de forma superficial ou mesmo desconhecida por muitas empresas e profissionais, o que é reflexo, em parte, da falta de estudos científicos acerca de estratégias para gerenciamentoda segurança e de fiscalização perante aos setores responsáveis por tal aplicarem a devida cobrança. O Brasil tem 410 mil acidentes de trabalho por ano, que matam 3 mil brasileiros e custam R$ 32 bilhões ao país. Eles matam oito (08) trabalhadores brasileiros por dia e esta conta pode ser muito maior, já que não inclui os brasileiros da economia informal. Números assustadores retratam o descuido de boa parte do empresariado com as normas de segurança e com seus funcionários. Além disso, milhares de trabalhadores adquiriram em suas funções doenças com as quais terão de conviver pelo resto de seus dias (MINISTÉRIO DA PREVIDÊNCIA E ASSISTÊNCIA SOCIAL, 2002 apud SILVA, 2011). Embora os custos econômicos e sociais dos acidentes de trabalho sejam altos (HINZE, 1991), geralmente as empresas não procuram evitá-los através de abordagens sistemáticas, limitando-se ao cumprimento da legislação. Contudo, as normas brasileiras possuem um escopo restrito, focando principalmente na implantação de medidas relacionadas às instalações físicas de segurança (guarda-corpos ou aterramentos, por exemplo), e deixando de exigir medidas preventivas mais amplas que visem eliminar ou reduzir os riscos nas suas origens. Os envolvidos com os acidentes de trabalho, como trabalhadores, empresários, membros do governo, técnicos em segurança, explicam que a maioria dos acidentes são causados por características negativas dos próprios trabalhadores, tais como, descuido, desatenção, brincadeiras, despreparo, incapacidade, ausência em treinamentos. Também é evidente que o ambiente pode ser perigoso e hostil aos que estão submetidos os funcionários operando maquinas velhas e perigosas, com 18 ausência de manutenção, trabalho pesado/insalubre, como um subproduto da interação homem-máquina, algo inevitável ou como decorrência natural relacionada a cultura do povo brasileiro em não valorizar a prevenção, o cuidado, a segurança e a própria pessoa envolvida no trabalho. A Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) foi criada pelo Decreto número 5.452, de 01/05/1943, e reuniu a legislação relacionada com a organização sindical, previdência social, justiça e segurança do trabalho. A CLT, no seu Capítulo V – Da Segurança e da Medicina do Trabalho, dispõe sobre diversos temas, tais como a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), máquinas e equipamentos, caldeiras, insalubridade, medicina do trabalho, higiene industrial, entre outros. Esta legislação foi alterada por diversas vezes e serviu como base para as atuais Normas Regulamentadoras (NR´s). O Decreto 7036, de 10/11/1944 definiu como acidente de trabalho não só o acidente típico, mas também a causa, entendendo que todo evento que tivesse alguma relação de causa e efeito, ainda que não fosse o único responsável pela morte, perda ou redução da capacidade de trabalho, configuraria acidente de trabalho. Abrangeu, ainda, a prevenção de acidentes e a assistência, indenização e reabilitação do acidentado (OLIVEIRA, 2012). Recentemente, houve uma alteração da legislação relacionada a acidente de trajeto deixando de ser acidente de trabalho (MP 905/2019), revogando o art. 21, inciso IV, letra “d”, da Lei nº 8.213/91, que equiparava o acidente de trajeto sofrido pelo empregado ao acidente do trabalho típico. Com a decisão, o acidente de trajeto não será mais considerado como do trabalho e, portanto, enquanto a MP tiver validade as empresas não precisarão emitir CAT. Muitos empregados da construção civil utilizam meios de transporte alternativos próprios, como bicicleta ou motocicleta, podendo ocorrer acidentes de percurso. Isso antes era considerado acidente de trabalho, o que elevava o índice em pesquisas que tratassem do mesmo tema em questão. Agora, diante desta alteração, este mesmo assunto não será mais levado em consideração para análises quantitativas nas futuras pesquisas de acidentes de trabalho em construção civil. Com a necessidade de implantação da gestão em SST, as NR´s foram revisadas na década de 90 e sofrem alterações constantes, conforme já mencionado, a fim de adequar as necessidades vividas pelos trabalhadores, seguem as principais 19 NR´s utilizadas como parâmetros para a atividade da construção civil (PORTARIA nº 3214, 1978): • NR 6 – EPI – Equipamento de Proteção Individual; • NR 7 – PCMSO – Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional; • NR 8 – Edificações; • NR 9 – PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais; • NR 10 – Segurança em instalações e serviços em eletricidade; • NR 15 – Atividades e operações insalubres (limites de tolerância para ruídos e exposição ao calor; • NR 17 – Ergonomia; • NR 18 – Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção. Com a implantação do “Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção” – PCMAT, trazido pela NR-18, as empresas com vinte (20) ou mais trabalhadores ficam obrigadas a possuir esse programa. O mesmo contempla os riscos de todas as etapas da obra, devendo ser elaborado antes do início das atividades. O PCMAT estabelece processos de ordem administrativa, de planejamento e de organização, que objetivam a implantação de medidas de controle e sistemas preventivos de segurança nos processos, nas condições e no meio ambiente de trabalho da construção (NR-18). Conforme nota técnica SIT-DSST nº 96, de 19/04/2019, a competência de elaboração do PCMAT é de engenheiros de segurança do trabalho, devidamente licenciados pelo CREA, devendo este profissional elaborar e assinar o programa, mesmo quando o documento é feito junto com outros profissionais técnicos e da área da saúde. 3.2. A EFICÁCIA DOS TRATAMENTOS NA SEGURANÇA DO TRABALHO PARA A CONSTRUÇÃO É certo que, para tratar da eficácia da implantação da SST na construção civil, deve-se levar em consideração todos os riscos ocupacionais, já pesquisados anteriormente, fazendo com que a implantação de medidas cabíveis seja suficiente para evitar o acidente no trabalho. Cita-se então pesquisas já realizadas comprovando 20 que para conseguir resultados positivos é necessário implantar as técnicas de prevenção baseadas na legislação vigente, e, conscientização dos empresários. O estudo de Cisz (2015) procurou analisar os riscos presentes nas atividades desenvolvidas durante a construção de uma obra, além de medidas técnicas (prevencionistas) para que o acidente não venha a acontecer, exaltando a importância do uso de equipamentos de proteção durante o desenvolvimento das atividades e as Normas que devem ser seguidas rigorosamente por empregados e empregadores. O autor aplicou um questionário, onde foram abordados aspectos relacionados aos dados dos trabalhadores, tendo a população definida em 80 pessoas. Constatou- se que a segurança do trabalho ainda é um assunto tratado em segundo plano e mesmo que todos estejam cientes da importância da utilização do EPI, o autor acredita que nunca obterá um resultado efetivamente positivo, enquanto houver a ausência de uma prática de antecipação. Já no estudo de Welter (2014), qualquer acidente que ocorre, com consequências relacionando a lesão física aos trabalhadores ou não, gera um gasto financeiro significativo, uma vez que todos os custos diretos e indiretos resultantes são creditados no custo de produção, revertendo em ônus para a empresa. O objetivo deste estudo foi apresentar os riscos causados pela falta de sistemas de gestão e de que forma a empresa em estudo trabalha com estes e que, além de ser um benefício para a segurança física do trabalhador, o que poucos empresários entendem, é que a demanda financeira que um acidente causa pode ser evitado com a simples implementação de sistemas que evitem ou supram com agilidade o mesmo. No presente caso usou-se levantamento de dados, sendo feita pesquisa de campo em uma construtoraque tem seu ramo na construção de edificações verticais residenciais, foi elaborado um check-list, onde se avaliou a estrutura da empresa, aplicação de segurança e saúde do trabalho, gestão de qualidade e gestão ambiental. Como resultado obtido, grande parte dos empresários ainda visualiza somente os custos diretos relacionados aos acidentes, enquanto que os custos indiretos podem ser de 3 a 10 vezes maiores que o custo direto. Enfim, concluiu-se que apesar da relevância dos sistemas, da importância do seu planejamento e implementação em grandes, médias e pequenas empresas, muitos empresários ainda não dão o devido valor à segurança de seus funcionários e ao planejamento financeiro de sua empresa. 21 Analisando esses dois trabalhos, citados acima, com a pesquisa deste estudo de caso, houve uma grande evolução no pensamento dos empresários, pois a legislação tornou-se mais rigorosa, fazendo com que os empregadores pensem duas vezes antes de não aplicar o que é obrigatório. Através do Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014, ficou instituído o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial e dá outras providências. Em seu Art. 2º, no inciso I, estabeleceu a escrituração digital, contendo informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas. O sistema eletrônico regido por esse decreto, que engloba o Ministério do Trabalho, alinhado com a Receita Federal e agregados, fortalecerá ainda mais o rigor dessas informações obrigatórias da Saúde e Segurança do Trabalhador (SST), pois haverá fiscalização eletrônica e presencial, pelos responsáveis dos entes federativos, fazendo com que seja efetiva a redução dos acidentes de trabalho na indústria da construção civil, consequentemente, as empresas terão obrigação de enviar as informações, tais como: • S-1060 - Tabela de Ambientes de Trabalho; • S-2210 - Comunicação de Acidente de Trabalho; • S-2220 - Monitoramento da Saúde do Trabalhador; • S-2221 - Exame Toxicológico do Motorista Profissional; • S-2240 - Condições Ambientais do Trabalho - Fatores de Risco; • S-2245 - Treinamentos, Capacitações, Exercícios Simulados e Outras Anotações. Tais eventos estão diretamente relacionados à SST, porém existem dados em outros eventos que serão utilizados para compor as informações exigidas pelos formulários substituídos, tais como o PPP e a CAT. 22 4 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO E ANÁLISE DO CANTEIRO DE OBRA Foram realizadas dez (10) visitas em um canteiro de obra (FIGURA 1) da empresa Construtora Vasconcelos, onde estava sendo feita uma quadra coberta poliesportiva (FIGURA 2) para a Escola Estadual Professora Margarez Maria Santos Lacet, localizada na Avenida General Walfrido Jerônimo da Rocha, S/N, bairro Tabuleiro do Martins, Maceió-Alagoas, com área total de 980 m2, coberta em arcos metálicos e telhas metálicas onduladas, possuindo fechamento frontal e nos fundos com elementos vazados (cobogós anti-chuva). FIGURA 1 – Vista do canteiro da obra. Fonte: Autoria própria. De acordo com o PPRA da empresa para a obra em questão, a quantidade de funcionários (QUADRO 1) que estavam nesta obra são: QUADRO 1 - Quadro de funcionários presentes na obra em pesquisa. SETOR FUNÇÃO QUANTIDADE Obra Pedreiro 03 Obra Servente 02 Obra Pintor 01 Obra Serralheiro 01 Obra Carpinteiro 01 Obra Eletricista 01 Obra Mestre de Obras 01 TOTAL 10 Fonte: PPRA da empresa Construtora Vasconcelos. 23 FIGURA 2 – Quadra Poliesportiva Padrão FNDE finalizada. Fonte: Autoria própria. Esta obra teve início em novembro de 2018, com prazo previsto de término em agosto de 2019, com o devido acompanhamento do profissional e engenheiro de segurança do trabalho, apresentando as medidas de segurança das NRs aos trabalhadores e evidenciando a eficácia do tratamento dos devidos treinamentos, a fim de evitar acidentes de trabalho. Tomando como exemplo de medida de segurança, a função do serralheiro é a que possui maior exposição a risco. No Anexo A, consta a tabela do PPRA da função do serralheiro com os riscos a que ele está exposto. 24 5 RESULTADOS E DISCUSSÃO Após algumas visitas no local da obra, foi possível observar que os funcionários utilizavam seus EPI´s (FIGURAS 3 e 4) de acordo com as Normas Regulamentadoras, que foram implementadas pela empresa. Os EPI´s necessários para este tipo de obra, de acordo com o PPRA, foram relacionados de acordo com a função de cada colaborador (QUADRO 2): QUADRO 2 – Relação de Equipamentos de Proteção Individual por função de cada colaborador da obra em pesquisa. FUNÇÃO EPI´s Pedreiro Uniforme completo, bota de segurança, óculos de segurança, protetor auricular, respirador PFF2, capacete de segurança, luva de proteção (malha e látex), cinto de segurança paraquedista com talabarte duplo (trabalho em altura). Servente Uniforme completo, bota de segurança, óculos de segurança, protetor auricular, respirador PFF2, capacete de segurança, luva de proteção (malha e látex), cinto de segurança paraquedista com talabarte duplo (trabalho em altura). Pintor Uniforme completo, bota de segurança, óculos de segurança, protetor auditivo, capacete de segurança, luva de proteção (látex), máscara semifacial para vapores orgânicos e gases ácidos, avental de PVC. Serralheiro Uniforme completo, bota de segurança, óculos de segurança, protetor auricular, respirador PFF2, capacete de segurança, avental de raspa, luva de raspa, perneira de raspa, mangote de raspa, máscara para solda, cinto de segurança paraquedista com talabarte duplo (trabalho em altura). Carpinteiro Uniforme completo, bota de segurança, óculos de segurança, protetor auricular (concha), protetor facial, respirador PFF2, capacete de segurança, luva de proteção (vaqueta e malha), avental de raspa de couro, cinto de segurança paraquedista com talabarte duplo (trabalho em altura). Eletricista Uniforme completo, bota de segurança com bidensidade, óculos de segurança, protetor auricular, capacete de segurança, respirador PFF2, luva de proteção (sensiling), cinto de segurança paraquedista com talabarte duplo (trabalho em altura). Mestre de Obras Uniforme completo, bota de segurança, óculos de segurança, protetor auditivo, capacete de segurança, respirador PFF2, luva de proteção (malha e látex), cinto de segurança paraquedista com talabarte duplo (trabalho em altura). Fonte: PPRA da empresa Construtora Vasconcelos. Para a verificação do uso correto dos Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s) e dos Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC’s) foram necessárias visitas constantes no ambiente da obra, a fim de zelar em campo pela eficácia das medidas adotadas. 25 FIGURA 3 – Funcionários trabalhando com seus devidos EPI´s. Fonte: Autoria própria. FIGURA 4 – Funcionário utilizando seus devidos EPI´s durante o polimento do piso em concreto. Fonte: Autoria própria. Também foram utilizados os seguintes EPC´s (FIGURA 5): Placas de sinalização; Sinalização de desnível de piso; dispositivos de isolamento de área de riscos (exemplo: piso molhado, cones, fita zebrada); áreas sinalizadas de descarregamento/carregamentos de mercadorias. 26 FIGURA 5 – EPC´s utilizados durante os serviços como medida de prevenção. Fonte: Autoria própria. As medidas de proteção coletiva em construções podem ser consideradas como toda e qualquer medida protecionista que faça parte do corpo da obra em construção, visando à proteção de um conjunto de trabalhadores. As periferias, as escadas, escoras e andaimes suspensos apresentavam as medidas de proteção coletiva, instaladas conforme as normas de segurança. As escoras possuíam isolamento com fita zebrada, para evitar a passagem ao redor; os andaimes suspensos, além do isolamento feito comfita zebrada, também se utilizou cones de sinalização e os funcionários estavam com o cinto de segurança para trabalhos em altura; as escadas possuíam corrimão. Na FIGURA 6, foram demonstrados os dispositivos de isolamento utilizados nas periferias da obra, a fim de evitar acidentes. Durante a escavação das fundações, as medidas de prevenção tomadas foram os dispositivos de isolamento, placas de sinalização, placas zebradas, cones e escadas com corrimão (FIGURA 7). 27 FIGURA 6 – Dispositivos de isolamento: obra delimitada com tapume de madeira, evitando a entrada de pessoas não autorizadas e cercado delimitando a fundação para evitar que alguém caia. Fonte: Autoria própria. FIGURA 7 – Medida de prevenção coletiva: escadas com corrimão, sinalização com cones, placas zebradas e de CUIDADO: HOMENS TRABALHANDO e ÁREA DE ESCAVAÇÕES. Fonte: Autoria própria Durante o período da obra, foram realizados treinamentos sobre segurança do trabalho, que são obrigatórios por lei, seguindo o que preconiza as Normas Regulamentadoras, de acordo com o Cronograma de Atividades do PPRA da empresa: • Treinamento introdutório para os colaboradores; • NR-6 (EPI e EPC); • Inspeções periódicas nos equipamentos elétricos; • PPRA e PCMSO; • Treinamento de prevenção de combate a incêndio; • Treinamento de procedimentos de emergência; • Treinamento de levantamento de peso; • NR-12 (Inspeção de segurança em máquinas e equipamentos); • NR-17 (Ergonomia); • Treinamento de conceito de acidente de trabalho; • Treinamento de proteção auditiva; 28 • Treinamento para trabalhadores que realizam atividades em altura. Com relação aos acidentes de trabalho, nesta obra em pesquisa não houve acidente de trabalho durante a realização da construção da quadra. Faz-se também necessário citar que a empresa em questão cumpre com todos as medidas preventivas e padrões constantes nas NR´s. 29 6 CONCLUSÃO Este trabalho apresentou um panorama geral das recomendações normativas vigente no país e procurou verificar se estas estavam sendo cumpridas em uma obra realizada na cidade de Maceió-AL. Conforme exposto, ficou evidenciado através do estudo in loco que a empresa em questão, segue a legislação vigente, aplicando as normas regulamentadoras (NR’s) e possui os programas de saúde e segurança do trabalhador obrigatórios (PPRA e PCMSO), proporcionando um ambiente saudável, seguro e preventivo aos trabalhadores. Não houve registro de acidente de trabalho dentro da obra estudada, pois, a empresa tomou todas as medidas cabíveis para segurança dos seus funcionários, inclusive obrigando-os a usar o EPI para a execução dos seus trabalhos dentro do canteiro de obra, passível de advertência ou suspensão no caso de não cumprimento dessa exigência. Verificou-se a necessidade de se seguir às recomendações normativas com o intuito de reduzir as chances de acidentes de trabalho dentro do canteiro de obras. Tal atitude gera mais segurança. 30 REFERÊNCIAS BRASIL. Decreto nº 8.373, de 11 de dezembro de 2014. Institui o Sistema de Escrituração Digital das Obrigações Fiscais, Previdenciárias e Trabalhistas - eSocial e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 2014. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/decreto/d8373.htm>. Acesso em: 20 Fev. 2019. BRASIL. Medida Provisória nº 905, de 11 de novembro de 2019. Institui o Contrato de Trabalho Verde e Amarelo, altera a legislação trabalhista, e dá outras providências. Diário Oficial, Brasília, 2019. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2019-2022/2019/Mpv/mpv905.htm>. Acesso em: 20 Fev. 2019. BRASIL. Ministério da Previdência Social. Anuário Estatístico de Acidentes do Trabalho. 2015. 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