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CURSO DE CAPACITAÇÃO PROFISSIONAL 
FAVENI – FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE 
 
 
 
 
 
 
 
 
O FENÔMENO RELIGIOSO 
 
 
 
 
 
 
ESPÍRITO SANTO 
 
 
 
2 
 
SUMÁRIO 
1 A INSTITUIÇÃO RELIGIOSA ............................................................................... 4 
2 O QUE SÃO OS RITUAIS? .................................................................................. 6 
2.1 Ritual de benção de alimentos ...................................................................... 7 
3 MAS POR QUE A IGREJA CATÓLICA POSSUI TANTO PODER? ...................12 
4 ATEÍSMO ............................................................................................................17 
5 RELIGIÕES E SEUS VÁRIOS TIPOS.................................................................18 
6 RELIGIÕES ORIGINÁRIAS DO EXTREMO-ORIENTE ......................................18 
6.1 Taoísmo ........................................................................................................18 
6.2 Xintoísmo ......................................................................................................19 
6.3 Hinduísmo ....................................................................................................19 
6.4 Budismo ........................................................................................................21 
6.5 Confucionismo ..............................................................................................22 
7 RELIGIÕES DE ORIGEM AFRICANA ................................................................22 
7.1 Candomblé ...................................................................................................23 
7.2 Umbanda ......................................................................................................23 
8 RELIGIÕES ORIGINÁRIAS DO ORIENTE-MÉDIO ............................................24 
8.1 Judaísmo ......................................................................................................24 
8.2 Cristianismo ..................................................................................................25 
8.3 Islamismo .....................................................................................................26 
9 BIBLIOGRAFIA ...................................................................................................29 
10 TEXTOS PARA REFLEXÃO ............................................................................30 
10.1 O Fenômeno Religioso ..............................................................................30 
10.2 Ensino religioso: lição de tolerância ..........................................................35 
11 ARTIGO PARA REFLEXÃO ............................................................................38 
11.1 A Contribuição Do Fenômeno Religioso Na Construção Da .....................38 
 
 
3 
 
11.2 Sociedade .................................................................................................38 
12 RESUMO .........................................................................................................38 
13 INTRODUÇÃO .................................................................................................39 
13.1 A importância da Fenomenologia ..............................................................40 
13.2 A importância do fenômeno religioso para o homem e para a sociedade .40 
13.2.1 Influências positivas na sociedade .......................................................41 
13.2.2 O risco que envolve o fenômeno religioso ............................................42 
13.2.3 Breve histórico do fenômeno religioso no Brasil ...................................43 
13.2.4 Considerações finais ............................................................................44 
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .................................................................46 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
4 
 
1 A INSTITUIÇÃO RELIGIOSA 
Anunciaram e garantiram que o mundo ia se acabar. 
Por causa disso a minha gente lá de casa 
Começou a rezar... (Assis Valente) 
 
Imagine se algo semelhante ocorresse hoje, ou se nos fosse dado o poder de saber 
o dia de nossa morte? Como agiríamos? O que pensaríamos? Para muitos, a consciência 
de nossa finitude, a certeza de que somos mortais, levaria a repensar nossos valores, nossos 
atos cotidianos, nossas preocupações, as quais, numa situação como a colocada acima, 
ganhariam outra dimensão. 
Os versos citados acima pertencem à música “E o mundo não se acabou” do 
compositor Assis Valente (1908-1958), e foram inspirados numa notícia divulgada nas rádios 
do país no ano de 1938. 
A notícia era uma brincadeira (é claro), mas o fato provocou a preocupação e agitação 
da população do país que teve as mais variadas reações, desde gastar todo o dinheiro, até 
praticar atos considerados insanos... 
Talvez nem seja necessário pensar no fim do mundo, ou na própria morte, mas o 
simples fato de ficar “frente a frente” com a perda de alguém muito querido, comover-se com 
as catástrofes que levam à morte de milhões de pessoas ou com o drama cotidiano dos 
doentes e famintos que passam a vida somente em busca de alimento, e morrem ignorando 
totalmente as possibilidades que a vida pode nos oferecer, sejam situações que certamente 
levam muitos de nós a pensar sobre o sentido da vida, sobre as razões de nossa existência, 
sobre os motivos que fazem cada um de nós termos vidas tão diferentes. Estas são questões 
que incomodam a humanidade desde os mais remotos tempos, muito antes dos filósofos 
gregos colocarem as clássicas questões: De onde viemos? Quem somos? Para onde 
vamos? Para que viemos? 
A busca dessas respostas motivou-nos a desenvolver o que podemos chamar de 
pensamento sagrado, ou seja, nossa imaginação e inteligência, movidas pela curiosidade, 
 
 
5 
 
levou-nos a criar histórias que nos explicam e aquietam nossas angústias sobre os mistérios 
acerca da criação de todo o universo, e sobre o destino que nos espera. É claro que a ciência 
também se encarregou de buscar estas respostas, mas trataremos disto mais à frente. 
 
 
 Fonte:revistagalileu.globo.com 
Segundo Marilena Chauí, filósofa brasileira, o “sagrado opera o encantamento do 
mundo” (Chauí,1998: 297), ou seja, essa forma de pensamento nos remete a um mundo 
povoado de seres sobrenaturais com poderes ilimitados que nos observam, nos 
recompensam, nos castigam, nos auxiliam, etc. Em todas as culturas conhecidas, vamos 
encontrar sinais do sagrado. Não importa se são seres naturais dotados de poderes 
sobrenaturais – a água, o fogo, o vento, se animais – o cordeiro, a vaca, a serpente, se seres 
com forma humana – santos, heróis, ou seres imaginários – anjos, demônios. Em outros 
casos não há deuses, mas práticas, regras ou rituais com dimensões sagradas. 
Exemplificando: para alguns povos indígenas o Sol e a Lua são considerados sagrados, para 
os hindus, a vaca é um animal digno de idolatria, os judeus não cultuam deuses, mas têm 
seus dogmas, assim como os budistas, que transformam todo o universo em entidade 
sagrada. 
Juntamente com o desenvolvimento do pensamento sagrado, são criados os “locais 
sagrados”, templos, igrejas, sinagogas, terreiros, mesquitas, os céus, que são os lugares 
estabelecidos para as celebrações, as homenagens, os sacrifícios, enfim são os lugares em 
http://revistagalileu.globo.com/Ciencia/Espaco/noticia/2015/03/o-universo-pode-acabar-mais-cedo-do-que-pensavamos.html
 
 
6 
 
que as pessoas se reúnem ou aos quais se dirigem mentalmente, para reafirmarem suas 
crenças, celebrarem seus rituais. Observe que para algumas religiões, em alguns momentos 
históricos, esses locais tornam-se verdadeiros símbolos de poder, como as catedrais 
medievais. 
 
Fonte:catedraismedievais.blogspot.com.br 
2 O QUE SÃO OS RITUAIS? 
Os rituais são atos repetitivos,que rememoram o acontecimento inicial da história 
sagrada de determinada cultura. É fundamental na celebração do ritual que as palavras e os 
gestos sejam sempre os mesmos, pois trata-se de uma reafirmação dos laços entre os 
humanos e os deuses. Quem já presenciou uma cerimônia de casamento da Igreja Católica 
conhece de antemão as palavras e os gestos que serão ditos e praticados pelo padre e pelos 
noivos. Trata-se de um ritual de passagem, da vida de solteiro para a vida de casado. Os 
rituais são realizados para agradecermos graças recebidas, para pedirmos ajuda, para 
desculpar-nos por atos considerados incorretos, assim como para sermos aceitos numa 
religião, ou nos despedirmos da vida. 
Outra importante característica das religiões são os dogmas – verdades irrefutáveis 
que são mantidas pela fé. Um dogma jamais pode ser questionado, ou colocado em dúvida. 
Por exemplo: a transformação do vinho e do pão em sangue e corpo de Cristo. Este conjunto 
 
 
7 
 
de símbolos sagrados, que inclui o pensamento religioso, somado aos locais e rituais 
sagrados formará um sistema religioso, ou uma religião. 
 
 
 Fonte:www.forumdoc.org.br/ 
2.1 Ritual de benção de alimentos 
São muitas as definições propostas a este termo. Por tratar-se de um aspecto ao 
mesmo tempo amplo, multifacetado e que envolve a subjetividade humana, torna-se quase 
impossível chegar-se a algum consenso. 
No entanto, escolhemos para este texto uma pequena definição de Peter Berger, 
sociólogo norte-americano: 
 “A religião é uma obra humana através da qual é construído um cosmo 
sagrado”. 
Em sua definição, Berger contempla tanto o aspecto transcendental quanto o cultural 
(obra humana). Prosseguindo nesse raciocínio, cabe a explicação etimológica da palavra 
religião. A partir de um pensamento de Santo Agostinho o qual nos propõe que liguemos 
nossa alma a um único Deus, temos hoje a associação da palavra religião a “religar”. Ligar 
 
 
8 
 
o que a quê? Ligar o mundo sobrenatural, sagrado, ao mundo humano, ou profano, fazer-
nos crer (e este é um aspecto fundamental da religião: a fé), que nós mortais não estamos 
sozinhos no universo, que há um sentido para a vida, e que cabe a cada um de nós 
tentarmos descobrir a que viemos. 
 
 
 Fonte:www.brasil.discovery.uol.com.br 
Em resumo, consideramos que esta seja uma das formas de compreendermos o 
pensamento religioso. 
A religião como uma forma de alimento às nossas esperanças, como uma força que 
nos impulsiona em direção a construção daquilo que consideramos justo, ético e ideal. A 
crença de que em última instância, algo ou alguém irá nos socorrer, que não estamos 
abandonados à própria sorte, pode nos dar a força necessária para prosseguirmos em nossa 
aventura pela vida! A religião pode também nos ensinar a conviver com nossos conflitos 
interiores e aceitarmos o que é inevitável, caso contrário, a vida se tornará inviável. Talvez 
elevar o pensamento ao Céu possa colocá-lo à altura de nossos desejos. 
Mas por que estudar a religião, e suas várias manifestações 
http://www.brasil.discovery.uol.com.br/
 
 
9 
 
 
 Fonte:www.napec.org/ 
Antes de tudo porque não vivemos isolados no mundo. Estamos em contato contínuo 
com as mais diversas culturas do planeta! Já há muito tempo a antropologia nos alertou 
sobre os riscos e os prejuízos que os pensamentos etnocêntricos causaram à humanidade. 
Quantas culturas arrasadas, quantos povos destruídos e dominados em virtude da 
ignorância e da arrogância de outros, mais poderosos economicamente. 
Hoje, é inadmissível termos este tipo de atitude, qual seja, a de olharmos com 
superioridade para povos com culturas diferentes da nossa, julgarmos como inferiores 
comportamentos culturais que nos parecem “estranhos” ou exóticos. Conhecer as diferentes 
religiões que se espalham por nosso país e pelo mundo afora, possibilita-nos abrirmos os 
olhos para o mundo, ou melhor, conhecermos outras dimensões para se compreender e 
explicar a vida e o universo. Veremos que o mundo é muito maior do que imaginamos e 
muito mais fascinante depois de conhecermos as histórias que buscam dar significado às 
nossas existências. 
Uma segunda forma de compreensão do pensamento religioso é 
percebê-lo como instrumento de dominação, de intolerância, e que ao 
extremo pode chegar ao fanatismo religioso. 
 
 
 
10 
 
 
 Fonte:religiao.culturamix.com/ 
No Brasil, temos hoje o respeito e a tolerância pelas mais diversas religiões. Não 
somos obrigados a seguir uma única religião, como ocorre em alguns países. Inclusive a 
Constituição Nacional nos assegura a liberdade de credo e de culto segundo o art.5º, cap.I, 
inciso VI. 
Isso significa que, ao nascermos, quase sempre seguimos a religião de nossa família, 
mas que ao longo da vida podemos escolher uma nova religião, ou mesmo optarmos pelo 
ateísmo. Essa conquista, no entanto, foi obtida por meio de muita luta e de muita opressão. 
Relembrando um pouco da história de nosso país, vamos chegar aos povos nativos que aqui 
habitavam. Estes povos, assim como ocorre em uma parte das sociedades ditas “primitivas”, 
tinham o pensamento religioso como eixo central de suas vidas, o sagrado permeando todas 
as relações e explicando todos os acontecimentos da comunidade. 
Tinham, portanto, seus deuses, seus rituais, que davam significado à sua existência. 
A chegada dos europeus, povos de tradição católica, na condição de colonizadores, 
provocou um verdadeiro massacre cultural. Os padres jesuítas, representantes do 
catolicismo, iniciaram, no Brasil, na primeira metade do século XVI, sua obra de 
catequização, impondo novos valores e uma visão de mundo aos curumins, que em nada 
correspondiam à cultura daqueles povos. 
 
 
11 
 
 
Fonte:mundoeducacao.bol.uol.com.br/ 
A visão eurocêntrica fazia-os crer que os indígenas, apesar de estarem situados numa 
escala inferior de humanidade, se comparados aos europeus, ainda assim poderiam ser 
cristianizados e salvos com intervenção de um religioso que lhes encaminhasse para a fé. 
Logo em seguida, com o processo de colonização, povos africanos foram trazidos como 
escravos e consigo carregam também seus cultos, suas crenças, seus rituais, enfim 
sistemas religiosos estruturados há muito tempo. No Brasil, essas pessoas foram tratadas 
como mercadorias, como coisas, e, portanto, suas crenças também foram desprezadas, ou 
pior, proibidas. Mais tarde houve a vinda de outros povos europeus e asiáticos que imigraram 
em busca de terras e trabalho. Junto com seus sonhos, trazem também suas religiões, as 
quais buscaram preservar, como forma de manterem-se unidos e mais fortes numa terra tão 
estranha a seus hábitos culturais. 
 
 
12 
 
 
 Fonte:religiao.culturamix.com/ 
No entanto, mesmo com todas essas variedades religiosa, as leis brasileiras 
declaravam o catolicismo como a religião oficial do país. Aliás, a Igreja Católica, no Brasil 
sempre teve um poder muito grande, não somente em seu âmbito, mas também nas 
questões políticas nacionais e regionais. 
Até o advento da República, Estado e Igreja legislavam em conjunto, decidindo os 
rumos da nação. Ainda no período Vargas (1930 – 1945), vamos encontrar fortes influências 
dos chamados setores católicos na política nacional. 
3 MAS POR QUE A IGREJA CATÓLICA POSSUI TANTO PODER? 
 
 Fonte:scritturistico.blogspot.com.br/ 
 
 
13 
 
A origem deste poderio da Igreja Católica pode ser encontrada no fim do Império 
Romano do Ocidente, com a legalização do cristianismo no ano 313. A partir daí o progresso 
do cristianismo se acelerou, chegando ao seu auge na Idade Média europeia. Nesse período 
da história, a Igreja Católica reinou absoluta,decidindo os destinos dos reinos e dos 
indivíduos. Todos eram obrigados a professar a mesma religião, e aqueles que não 
obedecessem seriam duramente castigados. 
Foi um tempo de muito terror e mentiras. Qualquer ato ou sinal que contrariasse os 
rígidos preceitos da Igreja eram considerados heresia ou feitiçaria, motivos para 
perseguições e castigos. 
Muitos séculos se passaram, e somente no século XVI, veremos o poder da Igreja 
Católica ser abalado, com o Movimento da Reforma Religiosa. A Reforma constituiu-se num 
rompimento da Igreja Católica e teve como consequência religiosa o surgimento de novas 
igrejas – conhecidas como protestantes (luteranismo, calvinismo). O conflito tem início 
quando Martinho Lutero (1484–1546), monge alemão rompe com o Papa porque discordava 
de algumas práticas da Igreja, como a venda de indulgências, de relíquias e cargos. 
 
 
 Fonte: tiagolinno.wordpress.com 
A partir do Iluminismo, teremos o acirramento do conflito entre ciência e religião. 
Galileu Galilei (1564–1642) foi obrigado pela Igreja a negar sua teoria (heliocentrismo), caso 
não desejasse sofrer as penas da Inquisição. O Iluminismo introduziu formas inéditas de ver 
o mundo, que até então era percebido somente em termos religiosos, e esta nova visão 
estava associada a uma nova classe social que se insurgia contra o poder aristocrático. 
 
 
14 
 
Neste período (séc.XVIII), a religião está associada ao poder aristocrático. Portanto, é fácil 
perceber que a luta contra o pensamento religioso se transformou numa luta política, contra 
os representantes deste pensamento conservador. 
É neste contexto histórico (séc.XIX), que alguns teóricos da Sociologia iniciam seus 
estudos sobre a religião. Karl Marx (1818 -1883), Émile Durkheim (1858 -1917) e Max Weber 
(1864 -1920) mais uma vez nos auxiliam nesta tarefa da Sociologia de analisar 
contextualmente e desnaturalizar as relações sociais. Chegam a conclusões distintas em 
suas análises e reflexões sobre as funções da religião nas sociedades. 
No entanto, num aspecto é possível observar a convergência entre os três 
pensadores: são unânimes em anunciar o previsível fim da religião. Afirmam que com o 
desenvolvimento das sociedades industriais, a religião tenderia a perder espaço para outras 
atividades sociais. Ou seja, a modernização e a industrialização levaria ao que a Sociologia 
denomina de processo de secularização. 
Para Durkheim, a religião teria a função de fortalecer os laços de coesão social, e 
contribuir para a solidariedade dos membros do grupo. Por isso, as cerimônias e os rituais 
ganham uma grande importância, uma vez que são estes momentos que possibilitam o 
encontro dos fiéis e a reafirmação de suas crenças. 
Durkheim iniciou e baseou suas análises em uma pesquisa realizada com os povos 
aborígenes australianos, na qual abordava a prática do totemismo. 
 
 
 Fonte:relhumanidades11.blogspot.com.br/ 
 
 
15 
 
Um totem é um objeto sagrado, um símbolo do grupo, venerado nas cerimônias 
ritualísticas. Pode ser uma planta, um animal, ou objeto, que por possuir, em sua origem, um 
significado especial para o grupo, adquire o caráter de sagrado. A utilização do termo Totem 
está restrito às religiões chamadas “elementares” ou simples. Reafirmando, podemos 
concluir que para Durkheim, a religião possui unicamente a função de conservar e fortalecer 
a ordem estabelecida. De forma alguma pode ser associada a questões de poder político ou 
ideológico. 
Marx muitas vezes foi citado como um crítico mordaz da religião, devido 
principalmente à sua famosa frase: “a religião é o ópio do povo” (MARX, 1991: 106). Mas 
veremos que isto não é bem assim. Marx foi um grande pensador e crítico do sistema 
capitalista. Suas análises e críticas estão focadas no lucro, na mais-valia, na divisão da 
sociedade entre burguesia e proletariado, na luta de classes. Portanto, suas principais 
preocupações estavam focadas nas condições materiais das vidas das pessoas, na 
concretude do sistema. Para ele, a forma como a sociedade se organiza para produzir os 
seus bens materiais, ou seja, a forma de organização do trabalho vai exercer forte influência 
sobre a forma como as pessoas pensam. Este pensar é representado pelo conjunto de 
valores e conhecimentos impostos pelo Estado e pela religião. Em seu texto “A questão 
judaica”, escrito em 1844, Marx discute a respeito do papel desempenhado por estas 
instituições no sentido de controlarem e modelarem o pensamento social. 
 
 
Fonte:www.minutopsicologia.com.br/ 
 
 
16 
 
Para Marx, a sociedade civil só terá condições de alcançar a liberdade, ou a 
“emancipação humana” quando tiver condições de participar efetivamente das decisões 
políticas do Estado, e, por conseguinte alcançar a verdadeira democracia. Mas atenção! 
Entenda-se democracia não somente em sentido político/eleitoral, como nos ensinaram os 
liberais do século XVIII, mas sim em seu sentido pleno, como igualdade na distribuição dos 
bens socialmente produzidos e materializados na forma de direitos sociais. 
Por esse motivo, podemos afirmar que para Marx, a grande transformação deveria 
acontecer no modo da sociedade produzir e distribuir seus bens, assim como na presença 
de um Estado que atendesse aos interesses coletivos, pois uma vez construída uma 
sociedade justa e igualitária, não haveria mais necessidade das pessoas sonharem com um 
mundo ideal, ou um paraíso. “Ópio do povo” significa que o povo projeta em seus deuses e 
no mundo sobrenatural a vida que deseja ter aqui na Terra. Esta forma de pensar leva à 
resignação, a aceitação das condições de nossa vida como um destino que não pode ser 
modificado. 
Mas Marx demonstra grande compreensão pelas manifestações religiosas quando 
afirma: “a religião é o coração de um mundo sem coração” (MARX, 1991:106), ou seja, a 
religião é o único refúgio, o único consolo para aqueles a quem a vida é muito dura e ingrata. 
Essa é mais uma forma de compreendermos a religião. Que nos leva 
à acomodação, à submissão, à aceitação de nosso lugar na sociedade 
sem questionamentos como nos sugere o ensinamento “é mais fácil um 
camelo passar num buraco da agulha que um rico entrar no reino dos 
céus”. 
Weber foi um grande estudioso da religião. Empreendeu análises comparativas entre 
as religiões orientais e ocidentais, com o objetivo de compreender as razões do 
desenvolvimento do capitalismo na Europa. 
Concluiu que o mundo oriental não oferecia condições para este tipo de organização 
econômica devido aos seus sistemas religiosos (que veremos adiante), os quais pregavam 
valores de harmonia com o mundo, de passividade em relação às condições de existência, 
ao contrário das religiões cristãs que incentivavam o trabalho e a prosperidade. 
 
 
17 
 
Em sua obra “A ética protestante e o espírito do capitalismo”, Weber desenvolve um 
interessante estudo em que demonstra o quanto os protestantes (em especial os calvinistas) 
contribuíram para o desenvolvimento do capitalismo. Esses possuíam um forte espírito 
empreendedor baseado na crença de que com o trabalho estariam servindo a Deus. O 
enriquecimento e o sucesso material eram sinais de favorecimento divino. 
 
Esses são, portanto, três possíveis olhares sociológicos sobre a 
instituição religiosa. 
4 ATEÍSMO 
Como já comentamos anteriormente, saber da existência e conhecer outras religiões, 
além de ampliar nosso universo cultural e nos ensinar a respeitar a diversidade cultural, leva-
nos principalmente a compreender melhor nossa própria religião. Sim, porque só nós 
percebemos como construtores de cultura na medida em que conhecemos a cultura do 
outro. Quando só conheço o meu mundo este se torna “natural”, ou o único possível! 
Importa ressaltar, antes de conhecermos o quadro das religiões, a existência de uma 
postura filosófica denominada Ateísmo. Surge na antiguidadegreco-romana e ganha maior 
espaço a partir do século XVIII, com o surgimento das teorias anarquistas, liberais e 
socialistas. Consiste na total ausência de explicação divina para a vida. 
Vamos, em seguida, apresentar as principais religiões que podemos encontrar 
espalhadas por todo o mundo. Apenas citaremos e apontaremos algumas características de 
cada uma delas. O interesse e a curiosidade de vocês poderão levar à pesquisa e ao 
aprofundamento sobre o assunto. 
 
 
18 
 
 
 Fonte:www.bulevoador.com.br/ 
5 RELIGIÕES E SEUS VÁRIOS TIPOS 
6 RELIGIÕES ORIGINÁRIAS DO EXTREMO-ORIENTE 
6.1 Taoísmo 
Baseia sua doutrina num livro chamado “Tao Te Ching” – o livro do Tao (ordem do 
mundo) e do Te (força vital), escrito presumivelmente pelo filósofo chinês Lao Tsé, no séc. 
VI a. C. O Taoísmo prega a passividade para se alcançar o Tao, ao contrário do 
confucionismo que propõe o conhecimento. Para Lao Tsé, o mundo ideal era aquele das 
antigas aldeias, onde a simplicidade e a ingenuidade criariam as condições propícias para o 
perfeito equilíbrio entre o Tao e o Te. 
 
 
 
19 
 
 
 Fonte:pt.slideshare.net 
6.2 Xintoísmo 
Trata-se da antiga religião oficial do Japão. Originariamente não possuía um fundador, 
doutrinas nem dogmas. Estrutura-se por intermédio de um conjunto de mitos e ritos que 
estabelecem o contato com o divino e explicam a origem do mundo, do Japão e da família 
imperial japonesa. O universo xintoísta é povoado por milhares de deuses, denominados 
kamis – que se manifesta forma de rios, montanhas, flores, seres humanos, animais, etc. 
Kami também pode ser traduzido por espírito, sendo o culto aos ancestrais uma das práticas 
mais importantes do xintoísmo. 
6.3 Hinduísmo 
São surpreendentes a permanência no tempo e a complexidade desta religião, que 
perdura há aproximadamente 6 mil anos, e compõe-se de tão grande variedade de cultos e 
práticas religiosas, que pode ser considerada como um grande conjunto formado por várias 
pequenas religiões. Mas algumas características unem todos os hinduístas, quais sejam: o 
sistema de castas, a adoração às vacas e a crença no carma. A organização da sociedade 
em castas parte do princípio de que os indivíduos vêm ao mundo já ocupando um lugar na 
hierarquia social, como resultado de suas encarnações nas vidas passadas. Portanto, este 
http://pt.slideshare.net/_IsabelVitoria/taoismo-31408612
 
 
20 
 
deve cumprir com resignação a função que lhe coube, porque um viver com pureza pode 
resultar como “prêmio”, uma vida futura numa casta superior. 
 
 
 Fonte:www.fatem.org.br 
As quatro castas do hinduísmo são: 1º. – os sacerdotes (brâmanes), 2º. – guerreiros, 
3º. – agricultores, comerciantes e artesãos e 4º. – os servos. Um quinto grupo que não é 
considerado casta, são os párias. Cada casta tem suas próprias regras de condutas e suas 
próprias regras religiosas. A vaca é considerada um animal sagrado, um símbolo da vida, 
porque ela supre tudo que é necessário à sobrevivência humana, portanto, não é permitido 
matá-la. 
http://www.fatem.org.br/nossos-cursos/evangelizacao-mundial-hinduismo-e-budismo
 
 
21 
 
6.4 Budismo 
 
Fonte:desafioscristao.blogspot.com.br/ 
 
Criado na Índia, pelo príncipe Sidarta Gautama O Buda (o iluminado), por volta do 
séc. VI a.C. Este é tratado pelos adeptos do budismo como um guia espiritual, e não um 
deus. 
Importa ressaltar que Buda era absolutamente contra o sistema de castas existente 
na Índia. Segundo o budismo, o ser humano está condenado à reencarnação após cada 
morte, e a enfrentar novamente os sofrimentos do mundo (lei do carma). Para encerrar este 
constante ciclo, deve-se buscar o estado da perfeita iluminação, ou nirvana. Este estado é 
alcançado por intermédio da meditação e da contemplação, que corresponde à negação dos 
desejos – fonte de todos os sofrimentos. 
 
 
22 
 
6.5 Confucionismo 
 
Fonte:www.viajejet.com/ 
Foi a doutrina oficial da China durante quase dois mil anos (do séc.II ao início do séc. 
XX). Criada pelo filósofo Confúcio (Kung Fu Tzu), seus ensinamentos apontam no sentido 
da busca do caminho do Tao – que seria o equilíbrio e a harmonia entre o universo, a 
natureza e o indivíduo. 
Para alcançar este caminho são necessários o conhecimento e a compreensão, os 
quais são obtidos por meio do estudo do passado, da tradição. A respeito da vida após a 
morte, Confúcio não ousava comentar, uma vez que ainda não havíamos compreendido o 
que é a vida na Terra. 
7 RELIGIÕES DE ORIGEM AFRICANA 
Citaremos aqui somente as principais religiões afro-brasileiras presentes hoje no 
Brasil, não esquecendo de que, na África, encontraremos uma grande variedade de religiões 
– as religiões tradicionais ou tribais. 
 
 
23 
 
7.1 Candomblé 
 
Fonte:www.cartaeducacao.com.br/ 
Originário da África, o candomblé chegou ao Brasil junto com os primeiros escravos 
africanos, entre a séc. XVI e XVII. Seus deuses são chamados de Orixás e representam as 
principais nações africanas de língua ioruba. Suas cerimônias são realizadas em língua 
africana, acompanhadas de cantos e sons de atabaques. Como esta forma de religião era 
proibida no Brasil, seus adeptos associaram seus deuses a santos católicos, criando o que 
se conhece como sincretismo religioso. 
Os deuses do candomblé dão proteção às pessoas, mas não determinam como essas 
devem agir, e não castigam caso essas cometam algo considerado incorreto para a 
sociedade. 
7.2 Umbanda 
É uma religião brasileira, resultado da fusão de duas religiões africanas: a cabula e o 
candomblé, e de crenças europeias. O universo para os umbandistas é habitado por 
entidades espirituais – os guias, que entram em comunicação com as pessoas por 
intermédio dos iniciados, ou médiuns. Os guias assumem formas como o caboclo, a pomba-
gira, o preto velho e outros. A umbanda se propagou por todas as regiões do Brasil, e é 
frequentada por pessoas de todas as classes sociais e todas as origens étnicas. 
 
 
24 
 
8 RELIGIÕES ORIGINÁRIAS DO ORIENTE-MÉDIO 
As religiões comentadas abaixo adotam a prática do monoteísmo, ou seja, o culto a 
um único Deus. 
8.1 Judaísmo 
 
Fonte:www.nunes3373.com/br 
É a mais antiga das três grandes religiões monoteístas, sendo suas origens 
encontradas há aproximadamente 1.OOO anos a.C. A palavra judeu deriva de Judéia, parte 
de uma região do antigo reino de Israel. 
Os judeus creem num único Deus, onipotente, o qual estabeleceu com eles um pacto, 
uma aliança. Por isso, consideram-se “o povo escolhido por Deus”. O livro sagrado dos 
judeus é a Bíblia judaica, ou Torá, que corresponde ao Antigo Testamento dos cristãos, 
porém organizada de uma forma um pouco diferente. 
A vida dos judeus é regida por normas rígidas estabelecidas por Deus. O não-
cumprimento dos deveres com Deus e com seus semelhantes implicará em castigos divinos. 
 
 
25 
 
8.2 Cristianismo 
 
Fonte:pt.slideshare.net/ 
Tem origem no séc.I, na região ocupada hoje pelos atuais Estados de Israel e 
territórios palestinos. Seus primeiros adeptos são os seguidores de Jesus Cristo e de seus 
apóstolos. 
A doutrina cristã nos ensina que Deus envia à Terra, seu filho Cristo – o salvador, o 
qual foi morto a favor dos homens que estavam distanciando-se de Deus. Na sua 
ressurreição Jesus oferece às pessoas a possibilidade de salvação eterna após a morte, 
caso essas aceitem seguir seus preceitos de amor a Deus e aos seus semelhantes. 
O cristianismo segue a Bíblia, que se divide em Antigo e Novo Testamento. Algumas 
vertentes do cristianismo são apresentadas a seguir: 
Igreja Católica Romana 
Igreja Ortodoxa 
Igreja Anglicana 
Igreja Luterana 
Igreja Presbiteriana 
Igreja Metodista 
Igreja Batista 
 
 
26 
 
Igreja Pentecostais: Congregação Cristã no Brasil - Assembleiade Deus - Evangelho 
Quadrangular - Deus é Amor 
Igrejas Neopentecostais: Igreja Universal do Reino de Deus, entre outras. 
Cristianismo de fronteira: Mórmons – Adventistas - Testemunhas de Jeová 
8.3 Islamismo 
 
Fonte:pt.wikipedia.org 
Sua origem baseia-se nos ensinamentos do profeta Maomé, assim como ocorre com 
o cristianismo. A palavra islã significa submeter-se. 
Seu deus é chamado Alá, e seus seguidores são conhecidos como muçulmanos (em 
árabe Muslim, aquele que se subordina a Deus). O livro sagrado do islamismo é o Alcorão, 
sendo seus principais ensinamentos: onipotência de Deus e a necessidade de bondade, 
generosidade e justiça entre as pessoas. A maioria dos muçulmanos está concentrada no 
Norte e no leste da África, no Oriente Médio e no Paquistão. 
Após elencarmos todo este numeroso rol de religiões e suas subdivisões em igrejas, 
que aliás não termina aqui, se você pesquisar, certamente encontrará outras ramificações 
destas religiões ou seitas isoladas e provavelmente você ficará surpreso com a quantidade 
e a diversidade de manifestações religiosas existentes no mundo. 
 
 
27 
 
Este quadro constitui-se no que se chama de pluralismo religioso, e certamente nos 
coloca importantes questões sociológicas, que não poderão ser aprofundadas neste 
momento, mas sobre as quais vale a pena pensar: A lógica do mercado que nas últimas 
décadas do século XX invadiu todas as esferas da vida humana nas sociedades capitalistas 
não poupou as religiões. Por isso, temos que estar atentos aos “espertalhões”, que se 
aproveitam dos sofrimentos e falta de perspectivas das pessoas para vender sua 
“mercadoria” e ganhar adeptos que favorecerão seus “negócios”. 
O desenvolvimento industrial levaria a uma perda da influência das religiões, diziam 
os teóricos do séc. XIX. A ciência avançou vertiginosamente no último século, e as religiões, 
por sua vez, ganharam uma abrangência e diversidade nunca antes conhecidas. É 
importante observar o papel dos meios de comunicação na difusão de mensagens religiosas, 
que chegam prontas em nossas casas. 
 
Fonte:conage.catholicus.org/ 
Não importam suas crenças religiosas, não importa se você é ateu. Mas importa que 
você não espere o mundo acabar para lembrar-se da experiência da vida, do presente, que 
se acaba e recomeça a cada dia. 
Caso queiram entender mais sobre o assunto em questão, veja a listagem de filmes 
abaixo que abordam sobre o tema. 
 
 
 
28 
 
 Sugestões de filmes: 
“A letra escarlate”,1995, E.U.A,direção: Roland Joffé 
“Em nome de Deus”, 2002, Inglaterra, direção: Peter Mullan 
“Lutero”, 2003, Alemanha/E.U.A, direção: Eric Till 
“O corpo”, 2001, E.U.A., direção: Jonas MC Cord “Tenda dos Milagres”, 
1977, Brasil, direção: Nelson Pereira dos Santos “O nome da Rosa”, 
1986, Alemanha/França/Itália, direção: Jean Jacques Annaud. “A 
missão”, 1986, Inglaterra, direção: Roland Joffé 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
29 
 
9 BIBLIOGRAFIA 
BOWKER, John. Para entender as religiões. São Paulo, Ática, 1997. 
CELANO, Sandra. Corpo e mente na educação - Uma Saída de Emergência. 
Petrópolis, Vozes, 1999. 
FINE, Dorren. O que sabemos sobre o judaísmo. São Paulo, Callis, 1998. 
GANERI, Anita. O que sabemos sobre o budismo. São Paulo, Callis, 1999. 
GHAI, O P. Unidade na diversidade – Coleção herança espiritual. Petrópolis – 
Vozes, 1990. 
HELLERN, Victor; NOTAKER, Henry; GAARDER, Justein. O livro das religiões. São 
Paulo, CIA das Letras, 2000. 
MARCHON, Benoit e KIEFFER, Jean-François. As grandes religiões do mundo. 
São Paulo, Paulinas, 1995. 
 
 
30 
 
10 TEXTOS PARA REFLEXÃO 
DISPONÍVEL EM: http://professorrodrigosouza.blogspot.com.br 
AUTOR: Rodrigo Sousa 
ACESSO EM: 18/07/2016 
10.1 O Fenômeno Religioso 
Frente aos fenômenos religiosos, duas posições se fazem possíveis: uma 
estritamente intelectual, outra pessoal-existencial. Sendo que, a primeira considera o 
fenômeno religioso como objeto de sua pesquisa, e de seu estudo. No entanto a segunda é 
empenhativa, ou seja, a interpretação do fenômeno religioso é através da própria pessoa. O 
homem faz com que as interpretações existenciais adquiram sempre novas formas, novas 
significações, novas exigências e conduza a novas decisões. 
Antes de tudo, cabe uma distinção entre experiência religiosa e formas religiosas. A 
experiência religiosa só é possível quando se exprime de forma concreta. Pois ela não se 
faz no vazio, no abstrato. A forma religiosa é uma forma histórica e cultural do homem. 
Portanto neste caso ambas fazem uma só realidade. 
Essa junção da experiência e da forma religiosa faz com que uma delas se torne 
vazia. Pois se pode rejeitar uma delas ao mesmo tempo. 
Podemos dizer que o fenômeno religioso está situado dentro de uma tradição cultural, 
que no qual o homem a produz e de outro lado a religião produz o homem. Portanto o homem 
produz sua cultura religiosa, más está cultura faz com que o homem também se produza 
religiosamente. 
A Bíblia é considerada como a descrição do paraíso terrestre, pois é uma confissão 
pública, um manifesto de resistência, um grito de esperança, um apelo de transformação do 
mundo. Pois seu autor não está interessado em elaborar uma teoria sobre como o mal entrou 
no mundo, mas em oferecer uma estratégia de como fazê-lo sair do mundo. 
Mas, no entanto, há uma interpretação errônea do homem, que no qual usa a “palavra 
de deus” como uma forma de corromper o outro. 
http://professorrodrigosouza.blogspot.com.br/2010/08/o-fenomeno-religioso.html
 
 
31 
 
Vejo que o poder pessoal é maior que a própria Bíblia, que, no entanto, é considerada 
como “livro sagrado” ou “a palavra de Deus”. Portanto esta conclusão se dá pelo convívio 
com pessoas que dizem seguir a Bíblia, pois a maioria delas agem de forma diferente na 
qual a própria Bíblia propõe. Ou seja, as pessoas agem de forma preconceituosa contra o 
outro, onde a um descaso com a vida humana. 
Algumas das críticas teóricas tratam antes de tudo, da concepção do homem do que 
seria religião, quais são suas propostas e o que a religião traz de benefício e de malefício ao 
homem. 
Para Durkheim a religião é a ”matriz dos laços e das coisas de qualquer sociedade”. 
Ou seja, a religião é necessária para que o homem se torne um ser social, que o transforma 
em um ser coletivo. 
Já para Marx a religião é uma alienação ou “o ópio do povo”. Segundo Marx a religião 
é sempre um conceito de alienação, pois, a consciência religiosa é falsa consciência, algo 
de vazio sobre qualquer sabedoria do real. 
Portanto, analisando o conceito de religião de Durkheim e Marx, podemos chegar à 
conclusão que a religião em si é necessária para que o homem tenha algo de valioso em 
sua vida que é Deus, más esta sua concepção pode vir a se tornar alienação pelo fato no 
qual o homem a absorve. 
A religião seria uma espécie de esconderijo do homem enquanto um ser sofredor que 
busca em Deus sua salvação. 
Podemos dizer então que a religião faz com que o homem se sinta mais feliz, e busque 
em Deus sua felicidade. Mas também o homem neste sentido chega a ser brutal com sigo e 
com outro, trazendo para a sociedade problemas no qual a própria religião o apresenta como 
sua conduta moral, um exemplo claro disto é os mulçumanos que se explodem por Deus, ou 
por uma moral religiosa. 
Portanto, tanto Durkheim, como Marx de certa forma estão certos em suas 
afirmações, ou seja, o homem tem a religião como uma forma de integração ao mundo 
interior e exterior, mas às vezes se tornam flexíveis a estas integrações, trazendo para si 
uma forma errônea de buscar sua felicidade. 
Frente aos fenômenos religiosos, duas posições se fazem possíveis: uma 
estritamente intelectual, outra pessoal-existencial. Sendo que, a primeira considera o 
fenômeno religioso como objeto de sua pesquisa, e de seu estudo. No entanto a segunda é 
empenhativa, ou seja, a interpretação do fenômeno religioso é através da própriapessoa. O 
 
 
32 
 
homem faz com que as interpretações existenciais adquiram sempre novas formas, novas 
significações, novas exigências e conduza a novas decisões. 
Antes de tudo, cabe uma distinção entre experiência religiosa e formas religiosas. A 
experiência religiosa só é possível quando se exprime de forma concreta. Pois ela não se 
faz no vazio, no abstrato. A forma religiosa é uma forma histórica e cultural do homem. 
Portanto neste caso ambas fazem uma só realidade. 
Essa junção da experiência e da forma religiosa faz com que uma delas se torne 
vazia. Pois se pode rejeitar uma delas ao mesmo tempo. 
Podemos dizer que o fenômeno religioso está situado dentro de uma tradição cultural, 
que no qual o homem a produz e de outro lado a religião produz o homem. Portanto o homem 
produz sua cultura religiosa, más está cultura faz com que o homem também se produza 
religiosamente. 
A Bíblia é considerada como a descrição do paraíso terrestre, pois é uma confissão 
pública, um manifesto de resistência, um grito de esperança, um apelo de transformação do 
mundo. Pois seu autor não está interessado em elaborar uma teoria sobre como o mal entrou 
no mundo, mas em oferecer uma estratégia de como fazê-lo sair do mundo. 
Mas, no entanto, há uma interpretação errônea do homem, que no qual usa a “palavra 
de deus” como uma forma de corromper o outro. 
Vejo que o poder pessoal é maior que a própria Bíblia, que, no entanto, é considerada 
como “livro sagrado” ou “a palavra de Deus”. Portanto esta conclusão se dá pelo convívio 
com pessoas que dizem seguir a Bíblia, pois a maioria delas agem de forma diferente na 
qual a própria Bíblia propõe. Ou seja, as pessoas agem de forma preconceituosa contra o 
outro, onde a um descaso com a vida humana. 
Algumas das críticas teóricas tratam antes de tudo, da concepção do homem do que 
seria religião, quais são suas propostas e o que a religião traz de benefício e de malefício ao 
homem. 
Para Durkheim a religião é a ”matriz dos laços e das coisas de qualquer sociedade”. 
Ou seja, a religião é necessária para que o homem se torne um ser social, que o transforma 
em um ser coletivo. 
Já para Marx a religião é uma alienação ou “o ópio do povo”. Segundo Marx a religião 
é sempre um conceito de alienação, pois, a consciência religiosa é falsa consciência, algo 
de vazio sobre qualquer sabedoria do real. 
 
 
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Portanto, analisando o conceito de religião de Durkheim e Marx, podemos chegar a 
conclusão que a religião em si é necessária para que o homem tenha algo de valioso em 
sua vida que é Deus, más esta sua concepção pode vir a se tornar alienação pelo fato no 
qual o homem a absorve. 
A religião seria uma espécie de esconderijo do homem enquanto um ser sofredor que 
busca em Deus sua salvação. 
Podemos dizer então que a religião faz com que o homem se sinta mais feliz, e busque 
em Deus sua felicidade. Mas também o homem neste sentido chega a ser brutal com sigo e 
com outro, trazendo para a sociedade problemas no qual a própria religião o apresenta como 
sua conduta moral, um exemplo claro disto é os mulçumanos que se explodem por Deus, ou 
por uma moral religiosa. 
Portanto, tanto Durkheim, como Marx de certa forma estão certos em suas 
afirmações, ou seja, o homem tem a religião como uma forma de integração ao mundo 
interior e exterior, mas às vezes se tornam flexíveis a estas integrações, trazendo para si 
uma forma errônea de buscar sua felicidade. 
Frente aos fenômenos religiosos, duas posições se fazem possíveis: uma 
estritamente intelectual, outra pessoal-existencial. Sendo que, a primeira considera o 
fenômeno religioso como objeto de sua pesquisa, e de seu estudo. No entanto a segunda é 
empenhativa, ou seja, a interpretação do fenômeno religioso é através da própria pessoa. O 
homem faz com que as interpretações existenciais adquiram sempre novas formas, novas 
significações, novas exigências e conduza a novas decisões. 
Antes de tudo, cabe uma distinção entre experiência religiosa e formas religiosas. A 
experiência religiosa só é possível quando se exprime de forma concreta. Pois ela não se 
faz no vazio, no abstrato. A forma religiosa é uma forma histórica e cultural do homem. 
Portanto neste caso ambas fazem uma só realidade. 
Essa junção da experiência e da forma religiosa faz com que uma delas se torne 
vazia. Pois se pode rejeitar uma delas ao mesmo tempo. 
Podemos dizer que o fenômeno religioso está situado dentro de uma tradição cultural, 
que no qual o homem a produz e de outro lado a religião produz o homem. Portanto o homem 
produz sua cultura religiosa, más está cultura faz com que o homem também se produza 
religiosamente. 
A Bíblia é considerada como a descrição do paraíso terrestre, pois é uma confissão 
pública, um manifesto de resistência, um grito de esperança, um apelo de transformação do 
 
 
34 
 
mundo. Pois seu autor não está interessado em elaborar uma teoria sobre como o mal entrou 
no mundo, mas em oferecer uma estratégia de como fazê-lo sair do mundo. 
Mas, no entanto, há uma interpretação errônea do homem, que no qual usa a “palavra 
de deus” como uma forma de corromper o outro. 
Vejo que o poder pessoal é maior que a própria Bíblia, que, no entanto, é considerada 
como “livro sagrado” ou “a palavra de Deus”. Portanto esta conclusão se dá pelo convívio 
com pessoas que dizem seguir a Bíblia, pois a maioria delas agem de forma diferente na 
qual a própria Bíblia propõe. Ou seja, as pessoas agem de forma preconceituosa contra o 
outro, onde a um descaso com a vida humana. 
Algumas das críticas teóricas tratam antes de tudo, da concepção do homem do que 
seria religião, quais são suas propostas e o que a religião traz de benefício e de malefício ao 
homem. 
Para Durkheim a religião é a ”matriz dos laços e das coisas de qualquer sociedade”. 
Ou seja, a religião é necessária para que o homem se torne um ser social, que o transforma 
em um ser coletivo. 
Já para Marx a religião é uma alienação ou “o ópio do povo”. Segundo Marx a religião 
é sempre um conceito de alienação, pois, a consciência religiosa é falsa consciência, algo 
de vazio sobre qualquer sabedoria do real. 
Portanto, analisando o conceito de religião de Durkheim e Marx, podemos chegar à 
conclusão que a religião em si é necessária para que o homem tenha algo de valioso em 
sua vida que é Deus, más esta sua concepção pode vir a se tornar alienação pelo fato no 
qual o homem a absorve. 
A religião seria uma espécie de esconderijo do homem enquanto um ser sofredor que 
busca em Deus sua salvação. 
Podemos dizer então que a religião faz com que o homem se sinta mais feliz, e busque 
em Deus sua felicidade. Mas também o homem neste sentido chega a ser brutal com sigo e 
com outro, trazendo para a sociedade problemas no qual a própria religião o apresenta como 
sua conduta moral, um exemplo claro disto é os mulçumanos que se explodem por Deus, ou 
por uma moral religiosa. 
Portanto, tanto Durkheim, como Marx de certa forma estão certos em suas 
afirmações, ou seja, o homem tem a religião como uma forma de integração ao mundo 
interior e exterior, mas às vezes se tornam flexíveis a estas integrações, trazendo para si 
uma forma errônea de buscar sua felicidade. 
 
 
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DISPONÍVEL EM: http://novaescola.org.br/ 
AUTOR: Arthur Guimarães 
ACESSO EM: 18/07/2016 
10.2 Ensino religioso: lição de tolerância 
Refletir sobre a relação entre escola e religião ajuda a compreender a importância de 
respeitar a liberdade de crenças 
Arthur Guimarães (novaescola@fvc.org.br) 
A separação entre Igreja e Estado representa uma conquista histórica que sempre 
esteve associada ao reconhecimento da liberdade e da pluralidade espiritual. Garante-se, 
assim, a tolerância a todos os cultos e inibem-se manifestações oficiais sobre a validade de 
qualquer posição religiosa. Em nosso país, a Constituição Federal contempla essa tendência 
e assegura como inviolável aliberdade de consciência e de crença. 
Por outro lado, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) explicita que 
o ensino religioso nas escolas de Ensino Fundamental é parte integrante da formação básica 
do cidadão, tendo matrícula facultativa e devendo ser multiconfessional, o que significa que 
todas as religiões devem ter as mesmas oportunidades de estudo. O período em que as 
aulas devem ser ministradas não foi definido formalmente. O ideal é que elas aconteçam no 
turno inverso ao das aulas regulares. Entre os especialistas, esse tema gera um embate. 
Há os que defendem que os estabelecimentos públicos não podem servir de espaço 
para a pregação religiosa e os que argumentam que a escola tem a obrigação de oferecer 
tal ensino dentro da proposta curricular regular. Esse debate continua em curso e acaba 
potencializado pelas diferentes interpretações da lei. "Definições sobre a forma de 
financiamento, perfil dos professores, horário das aulas e conteúdo a ser trabalhado ficaram 
sob responsabilidade dos sistemas de ensino, estaduais e municipais", explica Lúcia Lodi, 
do Ministério da Educação (MEC). Dessa forma, peça informações à mantenedora da sua 
escola para saber como organizar o ensino religioso em sua unidade, evitando ações sem 
respaldo legal. 
É importante, de qualquer maneira, refletir sobre seu papel na construção da 
espiritualidade dos estudantes. "Uma coisa é certa: o respeito mútuo, a não-violência e a 
mailto:novaescola@fvc.org.br
 
 
36 
 
compreensão não têm relação direta com a religião. São valores que podem ser ensinados 
independentemente de crenças", exemplifica Roseli Fischmann, da Faculdade de Educação 
da Universidade de São Paulo (USP). 
 
 
Respostas às suas principais dúvidas 
 
Na escola pública, a educação religiosa sempre foi motivo de polêmica. Algumas das 
questões que mais afligem o professor foram respondidas por Roseli Fischmann, da USP. 
 
Meus alunos são obrigados a assistir às aulas de ensino religioso? 
 
Tratando-se de uma instituição pública, não. O estudante só poderá cursar as aulas se a 
família consentir por meio de uma carta, que deverá ficar arquivada na secretaria. No 
entanto, mesmo com essa permissão, a criança tem o direito de optar por não frequentar as 
aulas. Por isso, a direção da unidade é obrigada a informar ao estudante que há essa 
escolha. E sob nenhuma hipótese ele poderá ser reprovado por falta ou nota - o que seria 
ilegal e inconstitucional. Já no caso de colégio privado que optar pelo caráter confessional, 
e que for assim reconhecido e autorizado pelo Estado, a opção deve ficar explícita para a 
comunidade. 
 
Como devo lidar com a espiritualidade dos estudantes? Lembre-se de que os estudantes 
têm liberdade de crença, como qualquer cidadão brasileiro. Há tradições religiosas que 
pregam o monoteísmo, outras o politeísmo e as que nem sequer se referem a uma figura 
divina. Com relação a temas da espiritualidade, o importante é saber que temos de nos 
respeitar, sem constranger quem pensa de um modo distinto do nosso. Respeito independe 
de concordância e essa é a grande lição que a escola pode ensinar. 
Eu preciso saber se meus alunos têm religião e qual? 
A criança não pode ser forçada a se manifestar nesse sentido. A crença, como a não-crença, 
habita o íntimo das pessoas, como a consciência. Assim como ninguém pode ser impedido 
de manifestar sua religiosidade, também não pode ser obrigado a manifestá-la ou mesmo a 
possuí-la. Isso pode gerar constrangimento, vergonha e medo. E, o que é pior, desenvolver 
esses sentimentos em relação a ser quem é, porque a criança se sente "diferente" do que 
 
 
37 
 
os outros dizem que deveria ser. E quem não está filiado a uma religião ou escolheu ser ateu 
deve ter igualmente reconhecida sua dignidade. 
Nós, professores, acabamos servindo de exemplo para muitas crianças. Como evitar que a 
nossa fé tenha influência sobre elas? Pautando sua atuação pelo respeito às crenças de 
todos, ao mesmo tempo que exige respeito à sua escolha religiosa. Nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental, os professores são, mesmo, reconhecidos pela criança como uma 
grande e respeitada autoridade. Se ela sente que essa figura, muito amada, por sinal, a 
reprova ou a discrimina por ter um modo de crer e de manifestar a crença diferente do seu, 
o dano à construção de sua identidade pode ser muito grande. Há o risco até mesmo de o 
próprio processo de ensino-aprendizagem ser prejudicado. 
Tem problema se, durante as aulas, eu falar da minha religião, que conheço bem e acho a 
melhor? 
Não é correto expor a turma a seu modo de praticar a fé, seja ela qual for, quando estiver na 
escola pública. Num país como o Brasil, nação de composição populacional marcada pela 
pluralidade cultural, étnica e religiosa, você corre o risco de ofender qualquer um que não 
tenha a mesma crença. A simples ideia de rezar ou orar antes da aula, na rede pública, pode 
significar a transmissão de uma forma de exclusão para seus alunos. Ao mesmo tempo, 
homogeneizar as mensagens religiosas é atitude simplificadora e corresponde, 
frequentemente, a mutilar a verdade presente em cada credo. É preciso deixar claro para a 
turma que nós, seres humanos, somos iguais em dignidade e direitos, como ensina a 
Declaração Universal dos Direitos Humanos e a Constituição Federal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
38 
 
11 ARTIGO PARA REFLEXÃO 
DISPONÍVEM EM: http://fases.com.br 
AUTORES: Humberto Dias 1 
 William Antônio 
ACESSO EM: 18/07/2016 
 
11.1 A CONTRIBUIÇÃO DO FENÔMENO RELIGIOSO NA CONSTRUÇÃO DA 
11.2 SOCIEDADE 
 Humberto Dias 2 
 
 William Antônio 
 
12 RESUMO 
O presente artigo tem a finalidade de abordar de modo racional à construção da sociedade 
através da contribuição do fenômeno religioso perpassando pela família e pelo indivíduo. Foi realizada 
uma pesquisa bibliográfica para a compreensão e enriquecimento do assunto através de vários autores. 
As principais conclusões mostram que apesar de muitos equívocos humanos ocorridos nos principais 
palcos em que se verifica o fenômeno religioso, a sua importância para a sociedade como um todo, vai 
além de uma influência do referido fenômeno que tende a restringi-la aos templos. Na verdade, se 
estende até a instituição, hoje em decadência: a família. A presença do fenômeno religioso centrado, 
equilibrado e coerente tem trazido profundos benefícios e ajudado decisivamente na construção da 
família brasileira. Faremos esta abordagem através destes sub-itens: introdução, a importância da 
fenomenologia, a importância do fenômeno religioso para o homem e para a sociedade, influências 
 
1 Concluinte do curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião: Educação/Ensino Religioso da Universidade 
Presidente Antônio Carlos – UNIPAC – Uberlândia. Pastor da Shalon Comunidade Cristã. 
2 Concluinte do curso de Pós-Graduação em Ciências da Religião: Educação/Ensino Religioso da Universidade 
Presidente Antônio Carlos – UNIPAC – Uberlândia. Pastor da Shalon Comunidade Cristã. 
http://fases.com.br/old/upload/artigo13.pdf
 
 
39 
 
positivas para a sociedade, o risco que envolve o fenômeno religioso, breve histórico do fenômeno 
religioso no Brasil e considerações finais. 
 
 
PALAVRAS-CHAVE: fenômeno religioso; construção; família, ética. 
13 INTRODUÇÃO 
 O objetivo deste trabalho é analisar, estudar e pesquisar a contribuição do fenômeno 
religioso na construção da sociedade. O estudo da fenomenologia permite compreender de 
modo mais claro o fenômeno religioso e de que forma ele contribui na construção da 
sociedade.Para tal estudaremos a contribuição de vários autores ligados ao tema, dentre 
eles WOLTON (2000) CATÃO (1995), SANCHIS (1997), INCONTRI 
(2002). 
 A religião é um fenômeno universal e de uma complexidade no mínimo 
transcendente. A religião tem um papel de fato importante na construção da sociedade de 
modo benéfico? A escolha deste tema se deve ao fato de ser constatado por pesquisadores 
a significativa contribuição do fenômeno religioso na construção da história, na construção 
de famílias e de muitas sociedades e na construção do indivíduo que busca de um modo ou 
de outro uma aproximação e compreensão do sagrado. Segundo Malinowski (1983, p. 19), 
 
 Não existem povos, por mais primitivos que sejam, sem religião e magia. Tampouco 
há povos primitivos sem atitudes científicas ou ciência, mesmo que se lhes fosse 
negada esta capacidade. Encontrou- se nestas sociedades duas esferas distintas, 
o sagrado e o profano; em outras palavras, o domínio da magia e religião como o 
da ciência. 
 
 
 É sabido que, por ser parte integrante da história da raça humana desde os seus 
primórdios, a religião ocupa um espaço importantíssimo e ao mesmo tempo indissociável 
de todo o contexto sociológico que todas as gerações anteriores e a atual têm 
experimentado. 
 
 
 
 
40 
 
13.1 A importância da Fenomenologia 
 
 A função da fenomenologia é interpretar os fenômenos que se apresentam à 
percepção. A fenomenologia surgiu para extinguir a separação entre “sujeito” e “objeto”. 
Para Immanuel Kant, o fenômeno tem duas propriedades: tempo e espaço. O tempo é a 
priori enquanto dedução lógica da coisa, e a posteriori enquanto identificação do objeto. Por 
isso, o homem como ser religioso acredita numa divindade, dentro ou fora de si. A religião é 
a forma de expressão do ser humano em relação ao sagrado que influencia toda a sua 
existência. 
 Em outras palavras, dizia Jung (1971f: 25): 
 Acusaram-me de ‘deificação da psique'. Foi Deus, e não 
eu, quem a deificou! Não fui eu quem criou para alma uma função religiosa, ao 
contrário, somente expus os fatos que comprovam que a alma é naturaliter 
religiosa, (...). 
A alma humana é essencialmente religiosa e é inegável a sua atração àquilo 
que é transcendente, ao que é invisível, porém real. O sagrado é parte da existência 
humana até para mesmo para os que a negam. 
13.2 A importância do fenômeno religioso para o homem e para a sociedade 
 
 Sabemos que a religião tem um forte poder de influência sobre o ser humano e 
pressupõe-se que ela traga respostas às indagações mais íntimas do homem. Segundo 
CATÃO (1995), 
Dentre os inúmeros instrumentos de que dispõe a sociedade para alcançar tão 
elevado objetivo está a religião, pois somente quando se coloca a questão da 
transcendência, a que se denomina Deus, encontra a comunidade humana e cada 
uma das pessoas individualmente, respostas às perguntas fundamentais que todos 
se colocam diante da vida. 
 
 No Brasil, esta importância foi destacada mais uma vez através de uma pesquisa 
feita sobre o tema juventude e religião, publicada no livro Retratos da Juventude Brasileira 
(Fundação Perseu Abramo, 2005). O tema encontra-se em terceiro lugar no ranking de 
 
 
41 
 
assuntos que os jovens mais gostariam de discutir com seus pais ou responsáveis, acima 
de assuntos de grande importância e visibilidade, como saúde e relacionamentos amorosos. 
 Conhecido como o “Pai da filosofia moderna”, Descartes menciona o 
Sagrado/Deus de modo a contribuir de maneira relevante dizendo que: 
(...) resta tão somente à ideia de Deus, na qual é preciso considerar se há algo que 
não possa ter vindo de mim mesmo? Pelo nome de Deus entendo uma substância 
infinita, eterna, imutável, independente, onisciente, onipotente e pela qual eu próprio 
e todas as coisas que são foram criadas e produzidas. (DESCARTES, 1996, p. 107). 
 
 A família, como elemento de base para uma sociedade mais humana, é referencial 
para o ser humano, contribuindo decisivamente para a socialização de um povo. Coopera 
também para o aprendizado do amor, da ética e do respeito ao outro, ainda que não da 
mesma família. Para Aristóteles, “toda arte e toda indagação, assim como toda ação e todo 
propósito, visam algum bem” e desta forma, a ética teria como seu principal bem a amizade 
pois “a função própria de um homem bom é o bom e nobilitante exercício desta atividade. ” 
(ARISTÓTELES, 1996, p.17). 
 
 Com a fragilização da família (separações, divórcios, brigas, inversão de papéis, 
etc.), o ser humano e o meio em que ele vive – a sociedade – sofrem diretamente as 
consequências desta fragilização, produzindo pessoas cada vez mais egoístas, desumanas 
e gananciosas. A longo prazo está fragilização causa uma devastação moral, cultural e 
mesmo material de difícil mensuração. Segundo WOLTON (2000, p. 247-8), 
A crise do vínculo social é o resultado da dificuldade em encontrar um novo equilíbrio 
no seio deste modelo de sociedade. As relações primárias, vinculadas à família, ao 
município, à profissão desapareceram; e as relações sociais, vinculadas às 
solidariedades de classe e de pertença religiosa e social também decaíram. 
 
 Dessa forma, a contribuição do fenômeno religioso, se mostra altamente relevante, 
pois concebido e manifestado de modo correto, produz resultados permanentes em uma 
sociedade, trazendo benefícios compatíveis com a racionalidade sadia de uma comunidade. 
 
13.2.1 Influências positivas na sociedade 
 
 
 
 
42 
 
 Uma sociedade estabelecida sobre um sistema religioso equilibrado, especialmente 
com base e fundamentação cristã é comprovadamente mais ajustada principalmente no que 
diz respeito ao comportamento ético do ser humano, pois “(...) toda religião comporta uma 
ética e toda ética desemboca numa religião, na mesma medida em que a ética se orienta 
pelo sentido do transcendente da vida humana" (CATÃO, 1995, p. 63). 
 Está claramente evidenciado em toda a história das civilizações, que quanto mais o 
homem se afasta do sagrado, mais ele tende a perder os seus valores e sua consciência da 
necessidade de andar debaixo de leis e regras que contribuem para o bem da coletividade. 
Observamos que embasado no reconhecimento do homem como ser religioso e da 
capacidade inata e espontânea da criança para a religiosidade, um dos grandes líderes da 
escola nova, definiria assim a proposta: 
Assim temos tido a satisfação de educar nossos filhos para a plenitude de seu ser, 
de inspirar-lhes um espírito reto e puro e de prepará-los para que sejam na vida 
homens completos e almas religiosas, no sentido mais elevado da palavra. 
(FERRIÈRE, 1930, p.152). 
 
 A influência religiosa cristã coerente (define-se como coerente um ensino que 
abrange valores éticos e morais bem como o respeito ao criador e à sua criação), como já 
destacada anteriormente, é um anseio que permeia o ser humano ainda que de forma 
inconsciente. Para muitos, reconhecer esta necessidade é algo que só vem com o tempo, 
com as imprevisíveis catástrofes familiares e/ou com a busca pela razão da existencialidade 
humana. 
 
13.2.2 O risco que envolve o fenômeno religioso 
 
 O mundo inteiro convive com o impacto que o fenômeno religioso produz em um 
povo. A religião pode e deve ser benéfica, mas corre o risco de se tornar um problema ao 
invés de proporcionar melhora na vida das pessoas pois “(...) todas as religiões, no início, 
são dinâmicas, revolucionárias, criativas, transformadoras. (...) Mas, conforme o tempo 
passa, a religião cria instituições, regras rígidas, poderes... e aí se torna conservadora, 
estagnada e até contrária ao progresso”. (INCONTRI, 2002, p. 87). 
 Outro risco é a substituição da religião e tudo que a ela pertence por elementos ou 
coisas que apesar de não serem todas necessariamente ruins, a descaracterizam e podem 
presumir extingui-la.Segundo FEURBACH (1988, p. 24) “ [...] para substituir a religião, a 
 
 
43 
 
filosofia deve tornar-se religião enquanto filosofia... Para o lugar da fé, entrou a descrença... 
Para o lugar da Bíblia, a Razão”. 
 Se quisermos substituir a religiosidade, a fé e a Bíblia estaremos entrando na 
contramão da história e repetiremos a história onde tenta-se matar Deus e tudo o que a ele 
se refere. 
 
13.2.3 Breve histórico do fenômeno religioso no Brasil 
 
 O Brasil, desde o seu descobrimento, foi religiosamente colonizado pelo catolicismo 
romano que desde a sua chegada por estas terras tem procurado manter a hegemonia 
religiosa sobre a população brasileira. Esta hegemonia ainda prevalece, mas com a chegada 
dos escravos de ascendência africana e com a vinda de missionários europeus, americanos 
e outros, aliado à chegada das religiões orientais e de outros países, esta religião tida como 
que “oficial” tem sido questionada, e abandonada por muitos que descobrem várias falhas 
doutrinárias e mesmo por buscarem algo de maior impacto de transcendência. Hoje, o Brasil, 
possui uma grande variedade de religiões, o que expressa a busca das pessoas por um 
contato mais próximo com o sagrado. 
Segundo Pierre Sanchis, 
 Quando se olha para o campo religioso brasileiro contemporâneo, um primeiro 
fato chama a atenção: a transformação introduzida nele pelo fim da hegemonia – 
quase que monopólio – católica, [...]. Aceleradamente as diferenças – e 
cruzamentos – se manifestam. Diversificação ativa, que a Igreja Católica, as 
instâncias de referências indenitárias, os sistemas de atribuição de sentido, as 
famílias de espírito reagrupadas em torno de visões de mundo e etos 
institucionalizados... (SANCHIS, 1997, p. 103-104). 
 
Não poderíamos de modo algum nos esquecer de destacar a influência do movimento 
na Europa chamado de Reforma protestante, o qual marcou forte presença em todas as 
classes sociais do nosso país e em muitos outros, mas de uma maneira mais acentuada nas 
classes sociais menos favorecidas, fazendo o homem pensar e sair da condição de 
manipulado pela elite religiosa dominante. 
Os estudiosos da religião apontaram o movimento “neopentecostal” como um 
movimento marcante nos últimos anos. Foi também, o grupo que marcou presença através 
de diversas publicações, dissertações e teses que abordavam vários aspectos deste 
movimento. 
 
 
44 
 
Ricardo Mariano no seu livro “Neopentecostais”, aponta que 
o Pentecostalismo brasileiro pode ser dividido em: 
[...] três ondas[...] pentecostalismo clássico; [...]A segunda onda teve início nos anos 
50 na cidade de São Paulo com o trabalho missionário de dois ex-atores de filmes 
de faroeste do cinema americano, Harold Williams e Raymond Boatright, vinculados 
à International Church of The Fourthsquare Gospel [...] A terceira onda começa na 
segunda metade dos anos 70, cresce e se fortalece no decorrer das décadas de 80 
e 90[...] demarca o corte histórico-institucional da formação de uma corrente 
pentecostal que será aqui designada de neopentecostal. (P.28-33, ênfase do autor) 
 
 A influência positiva do movimento neopentecostal merece destaque em nosso 
contexto histórico haja vista a sua grande contribuição para a saúde espiritual, financeira 
emocional e física de milhões de brasileiros, saúde esta que continua a fazer eco até os 
nossos dias. 
 
13.2.4 Considerações finais 
 
 
 Observamos através desta pesquisa bibliográfica, a importância do fenômeno 
religioso no contexto familiar e social como fator de construção de valores do ser humano 
através de uma pesquisa bibliográfica que gera compreensão e enriquecimento de um 
assunto tão pertinente em nossos dias, portanto digna de acurado estudo. 
 O estudo dos fenômenos religiosos é comprovadamente essencial para a 
compreensão da causa/efeito nas sociedades. O resultado, positivo ou negativo, varia de 
sociedade para sociedade na medida em que a religiosidade internalizada é mais ou menos 
acentuada em termos de prática exteriorizada. 
 Percebemos claramente que o fenômeno religioso equilibrado, racional e inteligente, 
não somente de dogmas e regras “sacras”, mas de conteúdo cristão, é de extrema 
importância para a construção do indivíduo e de suas relações interpessoais na sociedade 
que o cerca, especialmente contribuindo para a sua formação ética e seu caráter, 
viabilizando assim a sua convivência no seio de uma família. 
 Apesar de a religiosidade sadia de um povo ter muitas possibilidades de ser benéfica, 
existem riscos dela se tornar uma forma de engessamento mental e espiritual, caso não 
sejam observados os cuidados devidos no ensino e transmissão da mesma. É sábio procurar 
realçar a importância do Sagrado e não a tolice da exaltação humana em nome de Deus. 
 
 
45 
 
João Batista, famoso por sua mensagem de transformação interior, dizia: “É necessário que 
Ele (Deus) cresça e que eu diminua”. (Evangelho de João, cap. 3, verso 30, Bíblia Sagrada). 
 Dentro do assunto abordado, entendemos ser fundamental destacar a importância 
indubitável do movimento protestante que teve e até hoje tem influenciado de modo mais 
positivo que negativo a sociedade brasileira. A fé por este movimento proclamada e ensinada 
tem um saldo extremamente positivo: milhões de pessoas libertas de seus vícios letais, 
famílias recuperando seus valores e importância, uma infinidade de jovens e adultos 
aprendendo a viver de modo coerente com os valores morais equilibrados, e com a ética 
necessária para a construção de uma sociedade que pretende ir muito além de uma mera 
“civilização moderna”, degradada por pessoas e por uma mídia descompromissada com o 
valor do ser humano. 
 Diante do que foi exposto, evidencia-se a importância do fenômeno religioso na 
construção da sociedade. Compreendemos que, respeitada a individualidade e crença de 
cada pessoa, a religiosidade sadia não deveria em instância alguma ser coibida, mas 
incentivada por todos, pois ela é parte inerente de cada ser humano, queira este ou não, e 
pode definitivamente contribuir para termos uma sociedade mais justa, mais humana e mais 
próxima de Deus. 
 
 
 
 
46 
 
14 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
DESCARTES, R. Meditações Metafísicas. In: Coleção os Pensadores. São 
Paulo: Ed. Nova Cultural, 1996. 
 
ARISTÓTELES. Ética a Nicômaco. In: Coleção os Pensadores. São Paulo: Ed. 
Nova Cultural, 1996. 
 
CATÃO, Francisco. O Fenômeno Religioso. São Paulo, Editora Letras & 
Letras, 1995. 
 
FEURBACH, L. Princípios da Filosofia do Futuro. Lisboa. Edições 70, 1988. 
 
JUNG, Carl Gustav. Psicologia e Alquimia. Petrópolis: Vozes, CW 12, 1971. 
 
WOLTON, Dominique. Internet, ¿y después?: una teoría crítica de los nuevos 
medios de comunicación. Barcelona: Gedisa, 2000. p. 247-8 
 
MALINOWSKI, B. Magia, Ciência e Religião. São Paulo: Ática, 1983. 
 
BIBLIA SAGRADA. Trad. João Ferreira de Almeida. Revista e Corrigida no 
Brasil. Rio de Janeiro: Imprensa Bíblica Brasileira. 1996. 
 
MARIANO, Ricardo. Neopentecostais – Sociologia do novo pentecostalismo 
no Brasil. São Paulo: Edições Loyola, 1999. 
 
KANT, Immanuel. A Crítica da Razão Pratica. Edições 70, 1988. 
 
FERRIÈRE, Adolfo. Problemas de la Educación. Madri, Francisco Beltran, 
1930. 
 
INCONTRI, Dora; BIGHETO, Alessandro. Ensino religioso sem Proselitismo. 
É possível? (In: Videtur, Salamanca/São Paulo, Arvo/USP, V. 13, 2002). 
 
SANCHIS, Pierre. As religiões dos brasileiros. Horizonte. Belo Horizonte. 2º 
Sem., 1997.

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