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Universidade Federal do Piauí - UFPI Centro de Tecnologia- CT Disciplina: Elementos de Máquinas II Professor da disciplina: Márcio Davi Tenório Correia Alves Curso: Engenharia Mecânica Trabalho de Elementos de máquina II: Cames e Manutenção de correntes Lucas Medeiros Jacó Teresina-PI 25 de maio de 2021 Cames Os mecanismos de cames são utilizados quando se deseja dar a alguma peça movimentos não uniformes ou intermitentes. As cames desempenham um papel importante nas máquinas e são extensivamente usadas em motores de combustão interna, máquinas operatrizes, antigamente em computadores mecânicos, instrumentos e muitas aplicações. Uma cames pode ser projetada de duas maneiras: (1) Partindo do movimento desejado para o seguidor, projetar a cames para dar este movimento; (2) Partindo da forma da came, determinar características de deslocamento, velocidade e aceleração, a partir do contorno da came. Devido à infinita variedade de perfis e formatos possíveis, a versatilidade é uma característica dos cames que os torna úteis para uma grande série de aplicações. Basicamente um cames é uma peça em forma de cunha, que por contato direto transmite um movimento determinado à outra peça denominada seguidor. Tanto o came como o seguidor estão vinculados a uma terceira peça fixa que é a estrutura. O campo de aplicação dos cames é muito vasto devido à sua versatilidade. De maneira geral, são usados para o posicionamento de peças de acordo com um programa pré- estabelecido. Exemplos de aplicação dos cames: Máquinas de fiação e tecelagem; Máquinas impressoras; Máquinas automáticas de rotulação e embalagens; Instrumentos e calculadores mecânicas digitais ou analógicas; Máquinas operatrizes para o posicionamento das ferramentas de usinagem de perfis especiais, ou para a movimentação da peça usinada, etc; Motores de combustão interna para o comando de abertura e fechamento das válvulas de admissão e escape. Os seguidores podem ser classificados das seguintes formas: Tipo de superfície em contato com o came: a. Seguidor de ponta em que o contato com o cames se dá em um ponto. Devido às altas tensões que surgiriam em funcionamento, este seguidor só tem importância teórica. b. Seguidor de sapata plana. c. Seguidor de sapata cilíndrica ou esférica. Os tipos “b” e “c” têm a vantagem de permitir maior es inclinações no perfil do cames, mas há atrito de escorregamento entre o came e o seguidor. d. Seguidor de rolete em que só há atrito de rolamento entre o cames e o seguidor. Estes seguidores são bastante usados sendo fabricados em série por alguns fabricantes de rolamentos. Tipo de movimento: Os seguidores podem ter movimentos de translação alternativa ou de oscilação angular alternativa. Localização da linha de movimento do seguidor em relação ao centro de rotação do came: Os seguidores podem ser radiais em que a linha do movimento passa pelo centro de rotação do came, ou decalados nos quais isto não acontece . A distância é a chamada decalagem do seguidor. Quanto ao tipo de retorno do seguidor: O retorno do seguidor pode ser das seguintes formas: retorno por gravidade, retorno por mola ou retorno comandado. Os cames podem ser classificados conforme os seguintes critérios: Tipo do ciclo de movimento imposto ao seguidor: Os cames impõem aos seguidores movimentos cíclicos que, no caso geral, têm períodos de repouso. Podem-se dividir os cames quanto aos tipos de movimento do seguidor da seguinte maneira: 1-Repouso - Avanço - Repouso - Retorno – Repouso (R-A-R-Rt-R): É o caso no qual o seguidor fica parado no início do ciclo depois avança até uma posição máxima, para novamente por algum tempo, e retorna à posição inicial, reiniciando-se o ciclo. Este tipo de ciclo é muito comum nas máquinas em geral. 2-Repouso - Avanço - Retorno - Repouso - (R-A-Rt-R): É o caso em que o seguidor não para na posição de deslocamento máximo. 3-Avanço - Retorno - Avanço - (A-R-A): E o caso em que não há períodos de repouso. Este tipo de movimento pode ser facilmente obtido por um mecanismo de "excêntrico", isto é, um came circular que gira fora do seu centro geométrico. Quanto à forma os cames podem ser divididos em: Cames de Translação: É o tipo mais simples possível. O cames é plano com um sulco cortado em uma superfície no qual corre o seguidor que pode ser de translação ou oscilante. O cames tem um movimento qualquer de translação alternativa. É o caso básico da cunha. Cames de disco: É o tipo mais usado de cames, os deslocamentos do seguidor são medidos pela distância radial deste ao eixo de rotação do came. Cames de face: Trata-se de um disco rotativo cuja face há um sulco que serve de guia ao movimento do seguidor. Cames cilíndrico: Formado por um cilindro rotativo cuja superfície há um sulco por onde corre o seguidor. Cames cênicos, esféricos e globoidais: São cames especiais com sulcos ou faces cortados sobre superfícies gerais de revolução. Pouco empregados devido a dificuldades de fabricação. Cames Tridimensionais ou Camóides: São cames especiais em que o seguidor tem movimento relativo ao came, t anto de rotação como de translação. Empregados na usinagem de perfis complexos com os de pás de hélices. Problemas, causas e manutenção de Correntes Vamos citar os principais problemas, como observá-los, suas causas e manutenção: Superaquecimento: Observar a mudança de coloração da corrente. Geralmente causado por lubrificação incorreta, velocidade excessiva bem como atrito com outros elementos de máquina. A manutenção a ser feita deve ser a lubrificação com óleo e sempre atentar à limpeza da corrente. Mal assentamento entre as rodas dentadas e correntes: Deve-se observar os desgastes nas placas e nos lados das rodas dentadas. Causado geralmente por rodas fora da medida, folga excessiva, abraço insuficiente e depósito de material entre os dois elementos. A manutenção a ser feita deve ser a troca de rodas por uma de medida adequada, armazenando a corrente com uma camada de graxa e envolta em papel e limpeza da corrente. Endurecimento da corrente: Deve-se observar a lubrificação da corrente, limpeza, desgaste nas placas e nos lados da roda dentada e carga admitida na corrente. Causado geralmente pela lubrificação incorreta ou deficiente, sobrecarga bem como deposição de material(sujeira). Também ocorre por desalinhamento (causa os desgastes) e recalcamento das quinas de elos. A manutenção a ser feita deve ser a limpeza correta da corrente, lubrificação e observação do alinhamento periodicamente. Excesso de ruído: Deve-se observar os desgastes nas placas e nos lados da roda dentada, limpeza da corrente e sua lubrificação. Causada geralmente por desalinhamento (causa os desgastes), lubrificação inadequada, falta bem como excesso de folga, passo muito grande e mancais soltos. A manutenção necessária é a lubrificação correta e medir periodicamente o aumento do passo que deve ser causado por desgaste de buchas e pinos. Quebra dos dentes das rodas dentadas: Deve-se observar a lubrificação e o alinhamento das correntes nas rodas. Causada principalmente pelo choque violento na aplicação da carga ( carga aplicada instantaneamente), velocidade excessiva, depósito de material nas rodas, lubrificação deficiente, assentamento incorreto das correntes nas rodas, corrosão e material inadequado da roda para o serviço requerido. A manutenção a ser feita deve ser a observação da roda bem como sua composição, a lubrificação da corrente, a troca de roda dentada, a limpezaadequada do conjunto corrente –roda e o alinhamento do mesmo.
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