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Fármacos Anti-parasitários

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Farmacologia aplicada
Anti-parasitários
ALVOS FARMACOLÓGICOS
1. Material genético: danos em DNA, RNA
2. Síntese de proteínas 
3. Respiração celular 
4. Transporte e movimento 
5. Permeabilidade 
6. Metabolismo em geral
PROTOZOÁRIOS
ANTIPROTOZOÁRIOS
✔Fármacos usados para tratar amebíase, giardíase, tricomoníase, toxoplasmose,
doença de Chagas e malária.
✔ Alguns anti-protozoários podem ter atividade anti-helmíntica e vice-versa: Nitazoxanida
✔Principais mecanismos de ação:
▪ Aumento de espécies reativas intracelulares
▪ Danos ao DNA
▪ Inibição da respiração
-Amebíase, giardíase e tricomoníase
Metronidazol, Tinidazol, Secnidazol
▪Inibindo sua síntese e a divisão celular
▪Também inibe a função respiratória na forma adulta do parasita (trofozoítos)
✔ Também usado para Clostridium spp e Bacteroides spp
✔ Usado via oral, tópico (creme, gel intravaginal)
✔ Efeitos adversos: cefaleia, diarréia, náuseas, vômitos, boca seca, alterações do paladar (gosto
metálico), anorexia e ataxia. Menor com tinidazol e secnidazol
✔ Interage com álcool, produz acetaldeído = cãibras abdominais, náuseas, vômitos e cefaleia
Nitazoxanida 
▪Protozoários - interfere no metabolismo por inibir a enzima piruvado oxidorredutase – bloqueia a transferência de elétrons – altera a polimerização da tubulina = inibe divisão celular, citoesqueleto, formação de cílios e flagelos, transporte de substâncias 
▪Helmintos – inibe a polimerização da tubulina destes parasitas 
✔ Uso oral 
✔ Os efeitos adversos mais comuns são náusea, vômito e dor abdominal
-Doença de Chagas – Trypanosoma cruzi
Benznidazol
▪Da classe do metronidazol – quando ativado pelo tripanossoma produz um composto citotóxico e mutagênico que danifica o DNA, inibe síntese de RNA e de proteínas 
✔ Fármaco de escolha na fase aguda e crônica – melhor eficácia e segurança 
✔ Taxa de cura 80 % na fase aguda 
✔ Administração oral 
✔ Efeitos adversos limitam o uso crônico: anorexia, vômitos, cefaleia, ataxia, insônia e convulsões - revertidos pela interrupção do uso ou redução de dose
-Toxoplasmose
Sulfadiazina + pirimetamina 
▪Inibidores metabólicos – inibem a síntese do folato 
✔Efeitos colaterais: náusea, diarréia, cristalúria, febre, cefaleia, tremores, flebite anafilaxia, fotossensibilidade
-Malária (Plasmodium ssp
▪Brasil – áreas endêmicas na região amazônica DATASUS (2018) – 194.271 casos de malária
A. Agentes esquizonticidas sanguínenos: cloroquina 
B. Agentes esquizonticidas teciduais: primaquina 
C. Agentes profiláticos – bloqueiam a ligação entre estágio eritrocitário e tecidual: atovaquona 
D. Agentes para evitar transmissão: primaquina
✔ + 100 países possuem malária endêmica – metade na África sub-Saara 
✔ 300 – 500 milhões de casos/ano 
✔ 90 % das mortes acometem criança menores de 5 anos 
✔ Sintomas – febre, calafrios, sudorese, cefaléia, mialgia, náuseas e vômitos 
✔ Sequelas de complicações severas incluem problemas cognitivos, distúrbios de comportamento, epilepsia, problemas de visão, audição e fala 
✔Tratamento visa: 
▪Interromper esquizogonia sanguínea - patogenia e manifestações clínicas
▪Destruição de formas latentes no ciclo tecidual (hipnozoítos) das espécies P. vivax e P. ovale, evitando assim as recaídas
▪Interrupção da transmissão por impedir o desenvolvimento dos gametócitos
Malária – Agentes sanguíneos (fase aguda):
▪Cloroquina, hidroxicloroquina, mefloquina, quinina, lumefrantrina
▪Impedem a polimerização do heme em hemozoína nos vacúolos digestivos do plasmódio = toxicidade e morte do parasita 
✔ Ativa contra todas as formas eritrocitárias, mas não hepática = Cloroquina + primaquina 
✔ Escolha para tratamento e profilaxia de plasmódio não resistente 
✔ Eliminação do parasita no plasma entre 48 e 72 h 
✔ Efeitos adversos: cefaleia, vômito, visão turva, tontura, fadiga e confusão mental. Atenuados por administração junto às refeições ou redução de dose 
✔ Quinina = gosto amargo, hipoglicemia. Mefloquina 1/2 vida 30 dias, alterações psiquiátricas
▪Artesunato e arteméter (v.o.) – derivados da artemisinina
▪Ativados pelo ferro do parasita, ativa endoperóxidos e inibe a enzima Ca2+ ATPase que bombeia Ca2+ para as organelas do parasita. Inibição da síntese protéica e ácido nucléico 
✔ Muitas vezes são os únicos capazes de tratar P. falciparum resistentes 
✔ Artesunato + mefloquina Arteméter + lumefantrina 
✔ Potencializam efeitos da mefloquina, primaquina e tetraciclina, usados em combinação com outros fármacos antimaláricos 
✔ Efeitos colaterais mínimos: febre e neutropenia
▪Atovaquona (v.o.) 
▪Inibe cadeia de transporte mitocondrial de elétrons do parasita 
✔ Usada para casos resistentes e de forma profilática 
✔ Usada em associação com proguanil 
✔ Efeitos colaterais: dor abdominal, náusea e vômitos
▪Sulfadoxina + pirimetamina, proguanil
▪Inibem síntese de folato 
✔ Proguanil é derivado da pirimidina, inibindo a di-hidrofolato redutase 
✔ Também usados para evitar transmissão 
✔ Associados ao artesunato
Malária – Agentes teciduais (cura radical):
▪Primaquina e tafenoquina (só para P. vivax e P. ovale) 
▪É convertida em mediadores oxirredutores, gera ROS = citotoxicidade 
✔ Ativa contra as formas latentes hepáticas (hipnozoítos) = cloroquina + primaquina 
✔ Usado no tratamento e para evitar transmissão 
✔ Efeitos adversos: cefaléia, náusea, cólicas. Atenuados por administração junto às refeições ou redução de dose 
✔ Contraindicado para gestantes, menores de 6 meses
Malária – Agentes de quimioprofilaxia
▪Atovaquona, proguanil 
▪Mefloquina, cloroquina, doxiciclina 
▪Quando o risco de doença grave superar os efeitos adversos
Malária – Agentes para evitar a transmissão
▪Primaquina 
▪Destroem os gametócitos evitando a transmissão pelo mosquito e, assim, diminuindo o reservatório humano da doença 
✔ Raramente usados apenas para esse fim
HELMINTOS
ANTI-HELMINTOS
-Ascaridíase, tricuríase, teníase, enterobiose (oxiurose)
•Atuam localmente no intestino contra larvas e vermes adultos 
•Impedem o movimento do verme, dificultando sua fixação na parede intestinal 
•Afetam o metabolismo e a reprodução Albendazol, mebendazol, tiabendazol* 
✔ Ligam-se à beta-tubulina, inibe a polimerização do microtúbulo, impede a divisão celular
✔ Inibem o transporte de glicose e a fumarato redutase, enzima mitocondrial envolvida na síntese de ATP, afetando o metabolismo do parasita = morte 
✔ Efeitos colaterais: distensão e dor abdominal, diarréia, tontura e cefaléia 
✔ Contra-indicados para gestantes e crianças menores de 2 anos Albendazol também usado para neurocisticercose
*inativo contra Tenia spp 
•Pamoato de pirantel 
✔ Bloqueador neuromuscular despolarizante e anticolinesterásico de amplo espectro, seguro e eficaz = paralisia no parasita 
✔ Efeitos colaterais: gastrintestinais transitórios e leves, ocasionalmente cefaléia, tontura, erupções cutâneas e febre
•Ivermectina 
✔ Ativa canais de cloro regulados por glutamato (presentes nos invertebrados) nas células da musculatura faríngea. A hiperpolarização gera paralisia muscular, comprometendo a fixação ao intestino e o comportamento alimentar dos parasitas
✔ Agonista de receptores GABAérgicos, potencializando o efeito de paralisia muscular e contribuindo para a morte do parasita 
✔ Não é ativo contra Tenia spp - não apresentam canais de cloro regulados por glutamato ou GABA 
✔ Efeitos adversos: tontura, náusea e vômito. Taquicardia, dor abdominal, diarréia, prurido, hipotensão ortostática, artralgia, alterações séricas de enzimas hepáticas e convulsões podem ocorrer na dependência da dose e do tempo de tratamento
-Tenia spp
•Mebendazol, albendazol, pamoato de pirantel e niclosamida 
•Niclosamida - comprimidos mastigáveis 
✔ Inibe a fosforilação oxidativa mitocondrial, tornando o cestódeo suscetível às enzimas proteolíticas do hospedeiro, o que promove a digestão parcial do escólex e dos proglotes que são eliminados pelas fezes
✔ Por não promover morte ou paralisia do parasita, aumenta o risco de cisticercose em caso de infestação por T. solium
✔ Efeitos colaterais: náusea, vômito, diarréia, dor abdominal e anorexia
-Tenia spp e Schistosomamansoni
•Teníase, cisticercose e esquistossomose 
•Praziquantel 
✔ Baixas concentrações: captado pelo parasita adulto, aumenta atividade muscular, contração e paralisia espástica. O parasita afetado é deslocado da parede das veias mesentéricas para o fígado
✔ Altas concentrações: promove dano tegumentar (influxo de cálcio e geração de ROS) expondo antígenos e tornando o parasita suscetível ao sistema imune do hospedeiro
✔ Efeitos adversos: dor abdominal, náusea, diarréia, cefaléia e tontura. Mais raramente febre, prurido, urticária, rash cutâneo, artralgia e mialgia, provavelmente em função da morte do parasita e da liberação de antígenos
Mecanismos envolvidos com resistência a antiparasitários
1. Inativação do fármaco
2. Alteração da permeabilidade da membrana à droga, diminuindo o influxo e/ou aumentando a excreção
3. Ativação de vias metabólicas alternativas 
4. Alteração do alvo da droga, diminuindo sua afinidade 
5. Aumento da concentração do alvo

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